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ESTÁGIO SUPERVISIONADO III: Farmácia Hospitalar, Manuais, Projetos, Pesquisas de Relatórios e Produção

ESTÁGIO SUPERVISIONADO III: Farmácia Hospitalar

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2019

Compartilhado em 02/09/2019

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AJES - FACULDADE NOROESTE DO MATO GROSSO
CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA
PATRICIA FERREIRA DA COSTA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO III: Farmácia Hospitalar
Juína-MT
2019
FACULDADE NOROESTE DO MATO GROSSO - AJES
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AJES - FACULDADE NOROESTE DO MATO GROSSO

CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA

PATRICIA FERREIRA DA COSTA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO III: Farmácia Hospitalar

Juína-MT 2019 FACULDADE NOROESTE DO MATO GROSSO - AJES

PATRICIA FERREIRA DA COSTA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO III: Farmácia Hospitalar

Relatório de Estágio Supervisionado III, apresentado ao curso de Bacharelado em Farmácia, da AJES - Faculdade Noroeste do Mato Grosso, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharelado em Farmácia, sob a orientação da Prof. Isania Geraldini Costa de Andrade.

Juína-MT 2019 PATRICIA FERREIRA DA COSTA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO III: Farmácia Hospitalar

___________________________________________________________ Isania Geraldini Costa de Andrade. CRF: 134700

Orientadora de Estágio:


Prof.ª. Dra. Isanete Geraldini Costa Bieki - CRF: 1123-MT E-mail: isabieski20@gmail.com

Coordenador de Curso de Bacharelado em Farmácia:


Prof.ª. Dra. Isanete Geraldini Costa Bieski. CRF: 1123-MT E-mail: isabieski20@gmail.com

Juína – MT, ____ de _____________ de _____.

RESUMO

Farmácia hospitalar é a unidade clínico-assistencial, técnica e administrativa, onde se processam as atividades relacionadas à assistência farmacêutica, dirigida exclusivamente por farmacêutico, compondo a estrutura organizacional do hospital e integrada funcionalmente com as demais unidades administrativas e de assistência ao paciente. O estágio em Farmácia Hospitalar possibilita aos alunos o contato com a rotina prática, permitindo-lhes que instituam um conceito do que foi adquirido para que possa ser incrementado ou adaptado às instituições em que venham a atuar, solidificando o conhecimento do aluno e proporcionando-lhe uma visão prática e vasta da atuação do farmacêutico no hospital. Deste modo, este relatório objetivou-se a apresentar as principais atividades relacionadas às rotinas na unidade hospitalar de Juína/MT. O estágio foi realizado com a supervisão da Farmacêutica Isania Geraldini Costa de Andrade durante o período de fevereiro a julho de 2019. O farmacêutico hospitalar é de suma importância para o âmbito hospitalar, pois ele é responsável por

toda a medicação que administrada no hospital, tendo total responsabilidade pela qualidade, eficácia e segurança dos tratamentos. O presente relatório tem intuito de relatar as atividades desenvolvidas associando a fundamentação teórica vistos em âmbito universitário durante o curso de farmácia e a prática do farmacêutico nas farmácias. A realização do estágio permite a consolidação de competências, habilidades e valores. Compreende um momento ímpar no qual o acadêmico aprimora sua formação, atividade fundamental, não só para a formação técnica, mas também para a social e pessoal.

Palavras-chave: Farmácia Hospitalar, Dispensação, Estágio, Rotina Prática, Acadêmico.

LISTA DE SIGLAS

1 JUSTIFICATIVA

Considerada como uma das mais antigas e fascinantes, a profissão farmacêutica tem como seu princípio fundamental a cura e a melhoria da qualidade de vida da população. O farmacêutico deve nortear-se pela ética, configurando-se como peça fundamental na sociedade, pois é a garantia do recebimento de toda a informação

adequada e voltada ao uso do medicamento (CARLOS; LOBATO, 2015). A legislação

referente à atuação do farmacêutico no ambiente hospitalar é a Resolução 300/97, a qual regulamenta o exercício profissional em Farmácia e unidade hospitalar, clínicas e casa de saúde de natureza pública ou privada. Para maximizar os benefícios e minimizar os riscos, é incontestável a necessidade de um profissional responsável por todo o ciclo do medicamento dentro do hospital, desde sua seleção, negociação com fornecedores, armazenamento, controles, até a dispensação e o uso pelo paciente. O reconhecimento da importância do uso racional do medicamento faz com que a farmácia hospitalar seja cada vez mais valorizada. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os farmacêuticos são singularmente qualificados pois, compreendem a garantia de qualidade aplicados

aos medicamentos; apreciam as complexidades da cadeia de distribuição e renovação dos estoques; e detêm um grande volume de informações técnicas sobre os produtos disponíveis; podem orientar os pacientes com enfermidades leves e os pacientes com

condições crônicas com isso melhorando a qualidade de vida da população( CARLOS;

LOBATO, 2015). A realização do estágio permite a consolidação de competências, habilidades e valores. Compreende um momento ímpar no qual o acadêmico aprimora sua formação, e é atividade fundamental, não só para a formação técnica, mas também para a social e pessoal (MARINI, 2012). O estágio supervisionado traz conhecimento amplo da realidade profissional além de aprimorar os conhecimentos em outras áreas, como a dispensação de medicamentos, atribuição base que faz toda a diferença na vida profissional e no mercado de trabalho.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

A disciplina tem como objetivo promover o desenvolvimento de habilidades e competências para o exercício da profissão farmacêutica em farmácia de magistral.

  1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
  • Operar sistema manual e informatizado de controle de estoque. •Acompanhar a elaboração de pedido de medicamentos. •Realizar o planejamento da rotina de atendimento e produção dos medicamentos. •Conhecer os tipos de fornecedores de matérias primas •Saber identificar as matérias primas de medicamentos e seu acondicionamento. •Saber como são realizados os estocagem de matéria prima de medicamentos. •Auxiliar o setor de manipulação: destreza na pesagem de materiais, embalagem, rotulagem, controle. •Conhecer a compatibilidades e estabilidades entre os componentes de uma formulação,
  • Sanitário: está inserido no mesmo espaço que o estoque, e pode ser utilizado apenas por funcionários.
  • Área de dispensação: destinada ao atendimento dos medicamentos receitados pela junta medica aos pacientes que ali se encontram acamados, são feitas as avaliações das receitas e prontuários com nome e número de apartamento especificado, e pôr fim a dispensação de medicamentos.
  • Área administrativa: escrivaninha com cadeira, telefone e computador, enquadrada ao mesmo espaço do estoque.
  • Estocagem e armazenamento dos medicamentos e produtos: os medicamentos são estocados em prateleiras afastados do chão, sendo que nenhum produto fica em contato direto com o chão e paredes, ainda são protegidos da umidade, luz e altas temperaturas. A limpeza das prateleiras e a validade dos medicamentos e produtos são realizadas mensalmente. Os medicamentos e produtos que estão próximos do vencimento são colocados em ordem de prazo de validade e são retirados das prateleiras quando esse prazo termina.
  • Medicamentos controlados: esses medicamentos são armazenados no local dos outros produtos, organizados em armários com chave com acesso restrito.

3.2 QUADRO DE FUNCIONÁRIOS

A farmácia hospitalar conta com 05 funcionários sendo eles: Farmacêutica responsável e técnicas (os) de enfermagem.

3.3 COMPRA

No estabelecimento as compras são feitas por licitação pela Prefeitura Municipal. Todo pedido de compra é feito pela farmacêutica responsável. As compras são realizadas com os fornecedores e entregue por distribuidoras.

3.4 ESTOQUE

Quando as mercadorias chegam ao estabelecimento é realizada a conferência de acordo com a nota e com o pedido. Posteriormente, é feito o armazenamento conforme a classificação. Os medicamentos controlados são armazenados em armário com chave. Os medicamentos tarjados são armazenados na prateleira na área de atendimento para

facilitar a dispensação. Os medicamentos impróprios para a dispensação são armazenados em local reservado, sendo sinalizado e especificado.

Os medicamentos vencidos são inutilizados e descartados para evitar problemas, como intoxicações, uso sem necessidade, falta de efetividade, reações adversas, proteção do meio ambiente, entre outros. A empresa que faz o recolhimento dos resíduos na cidade é a Máxima Ambiental localizada na Rodovia MT, 351 Lote 132 CPA I - Cuiabá – MT.

estoque e ficam em gandulas (caixas em prateleiras) por ordem alfabética para o melhor acesso e maio agilidade na hora da dispensação. Após a separação das medicações são entregues e administradas pelos enfermeiros. Nas semanas seguintes iniciei a dispensação de medicamentos com a supervisão e auxilio dos técnicos presentes no dia.

4.3 CICLO DA ASSISTÊNCIA FARMACEUTICA

Na dispensação o farmacêutico responsável deve assegurar a qualidade do medicamento que está dispensando, por esse motivo o farmacêutico é responsável em fazem as etapas do ciclo da Assistência Farmacêutica. O Ciclo da assistência farmacêutica é um conjunto de processos que constitui um sistema e são divididos em etapas que são:

  • Seleção.
  • Programação.
  • Aquisição.
  • Armazenamento.
  • Distribuição.
  • Dispensação de medicamentos. O primeiro processo do ciclo da assistência farmacêutica se inicia na seleção, onde irá ser feito uma análise e considerar o perfil epidemiológico, econômico e técnico da uma região, bem como sua estrutura de serviços e consolidado por uma Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT). Nesse processo são feitas às seleções de medicamentos que são considerados seguros, eficazes e indispensáveis para garantir a sua efetividade terapêutica buscando suprir as necessidades da população com vários níveis da atenção em saúde (CFF, 2001).

A seleção de medicamentos para as unidades de saúde é feita pela equipe disciplinar composta por um médico, um farmacêutico e médico dentista, sendo eles os responsáveis por elaborar a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME), que estabelece os critérios de inclusão e exclusão, métodos a ser aplicado e periodicidade de revisão, que nesse caso ocorre a cada dos anos dois anos.

A segunda etapa do ciclo é a programação, onde estima-se a quantidade de produto necessário para dar atendimento as demandas por um determinado período. Este processo é feito através da utilização de dados de consumo e demanda dos produtos que são utilizados, perfil epidemiológico, recursos disponíveis e prioridades para que sejam definidas as quantidades necessárias a ser compradas (BRASIL, 2006).

Esta fase da programação é fundamental para a identificação da quantidade de produtos necessários para os estabelecimentos de saúde evitando as faltas e sobras excessivas de acordo com os recursos disponíveis. Para a otimização do processo são utilizados métodos individuas ou combinados como o perfil epidemiológico, consumo histórico, consumo médio mensal e ofertas de serviços (BRASIL, 2006).

A próxima etapa é a aquisição, processo pelo qual se realiza a compra dos medicamentos necessários estabelecidos na etapa anterior que é a programação, e visa o propósito de atender a demanda da unidade hospitalar com qualidade, melhor custo- efetividade e com o máximo de eficiência para o tratamento dos pacientes (CFF, 2001).

O processo de aquisição é uma etapa muita complexa, existindo vários fatores que influência na sua execução, sendo eles:

  • Política de aquisição com diretrizes claras e concisas, prioridades e processo detalhado da aquisição;
  • Programação da compra – produto a ser comprados, prioridades a ser atendida, modalidade da aquisição e período que será atendido com aquela compra;
  • Existência de relação de medicamentos essências – norte a política e a gestão;
  • Pessoal qualificado – pessoas que tem conhecimento sobre leis e suas atualizações. . A compra dos medicamentos é diferenciada de outros produtos, devendo estar claros os requisitos e critérios específicos de ordem administrativa e técnica, garantindo satisfação e qualidade no processo.

Para realização da aquisição faz-se o lançamento de edital um edital. O artigo 40 da lei N ° 8666 de 1993 estabelecem a determinações que está implícito no edital.

Edital – é a lei interna da Licitação. A vinculação ao Edital é princípio básico de toda Licitação. Nenhuma exigência que não conste no Edital poderá ser solicitada ao fornecedor. Por tanto, o mesmo deve ser bem elaborado e constar de requisitos técnicos e administrativos, como forma de assegurar a qualidade do processo de aquisição e dos

Controle de Qualidade, Responsável técnico (o nome do farmacêutico, o número do Conselho Regional de Farmácia e a unidade federativa na qual está inscrito), Embalagem (deve estar em conformidade com a Portaria SVS n° 802/98, de 08/10/98), Rotulagem (deve observa o Artigo 3° da Portaria SVS n° 802/98, de 08/10/98), Lote, validade e transporte (BRASIL, 2007).

Na farmácia hospitalar a chegada de toda mercadoria é conferida os dados administrativos no ato da entrega, como documentação fiscal e quantidade. Também são conferidos os aspectos técnicos, como validade, apresentação, forma farmacêutica, concentrações, inviolabilidade e a qualidade do produto. Depois de conferido todas as notas, uma cópia fica armazenada no local e a via original é enviado para a prefeitura para ser guardada pelo departamento de compras. Quando algum medicamento apresenta discrepância, é informado ao fornecedor por meios formais.

O próximo passo é a distribuição e deve seguir várias etapas como:

  • Análise da solicitação, onde se faz uma avaliação criteriosa para proceder ao atendimento requerido, verificando as quantidades distribuídas, o consumo, a demanda (atendida e não atendida), o estoque existente, a data do último atendimento e a solicitação anterior.
  • Após a análise das informações e a identificação das necessidades, atende-se à solicitação mediante documento elaborado em duas vias, sendo uma cópia para a unidade requisitante e a outra para o controle da distribuição.
  • Preparação e liberação do pedido que deve ser feita por um funcionário e revisada por outro, para evitar falhas na conferência.
  • Conferência onde após todos os processos anteriores deve-se conferir todos os itens e assinar às duas vias do documento (nome por extenso, número da identidade ou da matrícula, local, setor de trabalho e data do recebimento). Para otimizar o tempo, recomenda-se confeccionar um carimbo com os referidos dados.
  • Registro de saída onde registram-se as informações do documento de saída em livro ata, ficha de controle ou computador, dependendo do sistema de controle.
  • Arquivo da documentação, que por fim deve-se manter o arquivo das cópias de todos os documentos por um período de cinco anos (CFF, 2001).

Na farmácia hospitalar a distribuição de medicamentos é feita internamente para os leitos e todos os pacientes que aí se encontram internados.

A última etapa do ciclo da assistência farmacêutica é a dispensação: “Ato profissional farmacêutico, que consiste em proporcionar um ou mais medicamentos, em resposta à apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado. Neste ato o farmacêutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento” (BRASIL, 2006). A dispensação compreende a orientação ao paciente e analise da prescrição, que se dá em três etapas, aspectos legais – verificação se o receituário atende a normas legais; aspectos técnicos – análise da prescrição e conferencia do medicamento; e aspecto assistencial – onde o farmacêutico faz as orientações necessárias ao paciente sobre o uso do medicamento.

A ação de dispensar medicamento objetiva contribuir para o uso racional, garantindo adesão ao tratamento, uso correto do medicamento, cumprimento da prescrição, minimização de possíveis erros, e proporcionar atenção farmacêutica de qualidade ao paciente. Para uma dispensação adequada, é necessária uma prescrição racional; informação correta, simples, objetiva e de forma compreensível; instrumentos que facilitem a orientação; orientação ao paciente; normas e procedimentos, além de adesão ao tratamento (CFF, 2001).

4.4 SISTEMA DE DISPENSAÇÃO DE MEDICAMETOS

No ambiente hospitalar há basicamente dois tipos de dispensação de medicamentos claramente definidos; a dispensação intra-hospitalar e a dispensação extra hospitalar ou ambulatorial. A dispensação intra-hospitalar é direcionada ao paciente internado (hospitalizado) e a outra é destinada aos pacientes que são atendidos nos ambulatórios do hospital (MOLERO &ACOSTA; 2002; OPAS/OMS, 1997c). A dispensação de medicamentos é o ato farmacêutico associado à entrega e dispensação dos mesmos, mediante prescrição médica, no qual o profissional farmacêutico analisa a prescrição, repassa informações necessárias para o bom uso dos medicamentos e em alguns casos prepara as doses a serem administradas (ORTIZ, 2004). A dispensação intra-hospitalar difere da dispensação ambulatorial e da dispensação realizada na farmácia comercial ou pública, pois apesar da prescrição também ser direcionada ao farmacêutico, o medicamento não é entregue diretamente ao paciente, mas à equipe de enfermagem, e esta é responsável pela administração ao

parte da farmácia, mas de todo o hospital. Os gastos com medicamentos são extremamente altos e também não há a preocupação em se estipular uma padronização mínima de medicamentos a serem utilizados na instituição hospitalar. Tal sistema faz com que existam medicamentos “espalhados” por quase todos os setores do hospital e infelizmente é o mais usado nos hospitais brasileiros (OSÓRIO DE CASTRO & CASTILHO, 2004).

2.4.2 Sistema de Dispensação Individualizado O sistema de dispensação individualizado caracteriza-se pelo fato de o medicamento ser dispensado por paciente, geralmente, para um período de 24 horas. Esse sistema divide-se em indireto e direto (GOMES & REIS,2003). No sistema de dispensação individualizado indireto, a dispensação é baseada na transcrição da prescrição médica. A solicitação à farmácia é feita por paciente e não por unidade assistencial, como no coletivo. No sistema de dispensação individualizado direto, a dispensação é baseada na cópia da prescrição médica, eliminando a transcrição. Neste contexto, é possível uma discreta participação do farmacêutico, na terapêutica medicamentosa, sendo já um grande avanço para a realidade brasileira (GOMES & REIS,2003). O sistema de dispensação individualizado já é adotado em hospitais brasileiros, existindo algumas variações, de acordo com as peculiaridades de cada instituição, como: forma da prescrição médica, o modo de preparo e dispensação das doses e fluxo de rotina operacional. O sistema de dispensação individualizado pode ser operacionalizado de várias formas: a) os medicamentos são dispensados em um único compartimento, podendo ser um saco plástico identificado com a unidade assistencial, o número do leito, o nome do paciente, contendo todos os medicamentos de forma desordenada , semelhante ao sistema de distribuição coletivo e para um período determinado que, geralmente, pode ser 12 horas, 24 horas ou por turno de trabalho.

b) os medicamentos são fornecidos em embalagens, dispostos, segundo o horário de administração constante na prescrição médica, individualizados e identificados para cada paciente e para, no máximo, de 24 horas. Sua distribuição pode ser feita em embalagem plástica, com separações obtidas por termos solda ou em escaninhos adaptáveis a carros de medicamentos, adequados ao sistema de distribuição.

2.4.3 Sistema de Dispensação Combinado ou Misto No sistema de dispensação combinado ou misto, a farmácia distribui alguns medicamentos, mediante solicitação, e outros por cópia da prescrição médica (GOMES & REIS, 2003). Portanto, parte do sistema é coletivo e parte individualizado. Geralmente, as unidades de internação, de

forma parcial ou integral, são atendidas pelo sistema individualizado e os serviços (radiologia, endoscopia, ambulatórios, serviços de urgências e outros) são atendidos pelo sistema coletivo. É indicado que, nesse sistema, as solicitações encaminhadas pelas unidades assistenciais sejam embasadas em relação de estoque, previamente estabelecida entre farmácia e enfermagem. Estes estoques deverão ser controlados e repostos pela farmácia, mediante documento justificando o uso do medicamento (GOMES & REIS, 2003).

2.4.4 Sistema de Dispensação de Medicamentos por Dose Unitária (SMDU) O sistema de dispensação por dose unitária foi desenvolvido a partir da década de 60 por farmacêuticos hospitalares americanos que perceberam a necessidade devido ao surgimento, no mercado, de novos e mais potentes medicamentos, mas também causadores de efeitos colaterais importantes (GOMES&REIS, 2003). No sistema de dispensação de medicamentos por dose unitária, a solicitação de medicamentos é feita a partir da cópia da prescrição (ou por algum tipo de sistema informatizado), por paciente e para 24 horas (ASHP, 2002; NAPAL et al., 2002). A medicação é preparada em dose e concentração determinadas na prescrição médica, sendo administrada ao paciente diretamente de sua embalagem “unitarizada”, ou seja, “dose prescrita como dose de tratamento a um paciente em particular, cujo envase deve permitir administrar o medicamento diretamente ao paciente” (AGUILAR & D’ALESSIO, 1997).

O sistema de dispensação por dose unitária é um método farmacêutico de dispensação e controle de medicamentos em instituições de saúde. Em sua operacionalização, a prescrição médica ou cópia é enviada à farmácia, onde farmacêuticos preparam a folha de dispensação e o perfil farmacoterapêutico do paciente, para a efetivação do controle de aspectos de farmacovigilância específica da prescrição. Após a separação dos medicamentos, o farmacêutico procede a conferência da dose unitária, de acordo com a prescrição médica. Caso seja necessário, no momento do registro do perfil farmacoterapêutico, as incorreções ou possíveis problemas detectados devem ser relatados à equipe médica. Os elementos principais que distinguem o SDMDU dos sistemas tradicionais são medicamentos contidos em embalagens unitárias, dispostos conforme horário de administração e prontos para serem administrados, segundo a prescrição médica, individualizados e identificados para cada paciente. Sua distribuição pode ser em embalagem plástica, com separações obtidas por solda ou em escaninhos adaptáveis a carros de medicamentos adequados ao sistema de dispensação.