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Sistemas de esgotamento sanitário
Tipologia: Trabalhos
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Não perca as partes importantes!
Departamento de Engenharia Curso de Engenharia Civil Disciplina de Saneamento Básico
Col aboração: A cadêm i ca F ern an da Posch R i os
Not as de aul a da Di sci pl i na de Saneament o Bási co do Curso de Engenhari a C i vi l da Uni versi dade Cat ól i ca de Goi ás, mi ni st rada pel o Prof essor João Bosco de Andrade.
A u t o r P r o f e s s o r J o ã o B o s c o d e A n d r a d e
A u t o r P r o f e s s o r J o ã o B o s c o d e A n d r a d e
E n g e n h a r i a C i v i l – S a n e a m e n t o B á s i c o P ri ncí pi os de F unci onam ent o_______________________________________________________________ 59 P arâm et ros de Dim ensi onam ent o___________________________________________________________ 59 C ondi ções Locai s__________________________________________________________________________ 59
INT RO DUÇÃO _______________________________________________________________________________ 60
FAS ES DE IMPL ANT AÇÃO _________________________________________________________________ 61
Locaç ão___________________________________________________________________________________ 62 Desm at am ent o_____________________________________________________________________________ 62 R aspagem __________________________________________________________________________________ 62 Escavaç ão_________________________________________________________________________________ 62 Escari fi c ação ______________________________________________________________________________ 63 Terrapl enagem _____________________________________________________________________________ 63 C onst rução dos Di ques_____________________________________________________________________ 63
DIS POS IT IVO S DE E NT RADA______________________________________________________________ 69
DIS POS IT IVO S DE S AÍDA__________________________________________________________________ 71
Í N D I C E D E T A B E L A S
A u t o r P r o f e s s o r J o ã o B o s c o d e A n d r a d e C o l a b o r a ç ã o A c a d ê m i c a F e r n a n d a P o s c h R i o s
A u t o r P r o f e s s o r J o ã o B o s c o d e A n d r a d e
E n g e n h a r i a C i v i l – S a n e a m e n t o B á s i c o
A u t o r P r o f e s s o r J o ã o B o s c o d e A n d r a d e C o l a b o r a ç ã o A c a d ê m i c a F e r n a n d a P o s c h R i o s
E n g e n h a r i a C i v i l – S a n e a m e n t o B á s i c o
As fossas sépticas evoluíram a partir das fossas Mouras. Em 1860, Jean Louis Mouras
construiu um tanque de alvenaria, para o qual encaminhou, antes de destiná-los a um sumidouro,
os esgotos de uma habitação, na cidade de Vesoul, na França. Este tanque aberto, 12 anos mais
tarde, não apresentava acumulada a quantidade de sólidos para lá endereçada, em função da
redução apresentada no efluente líquido do tanque, em termos de teor de sólidos. Essa fossa foi
patenteada em 1881.
Fossa séptica é um dispositivo de tratamento de esgotos destinado a receber a contribuição
de um ou mais domicílios, dando aos esgotos um grau de tratamento compatível com a sua
simplicidade e custo.
Fossas sépticas são câmaras construídas em alvenaria de tijolos ou pré-moldadas em
concreto, e destinadas a reter os despejos por um período de tempo especificamente estabelecido,
de forma a permitir a sedimentação dos sólidos e a retenção do material graxo (gorduras e óleos)
contidos nos esgotos, transformando-os, bioquimicamente, em substâncias mais simples e
estáveis.
Em uma fossa séptica ocorrem os seguintes fenômenos:
T a b e l a 1 - P e r í o d o d e d e t e n ç ã o ( T ) e m f u n ç ã o d a v a z ã o a f l u e n t e ( N C )
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E n g e n h a r i a C i v i l – S a n e a m e n t o B á s i c o
Contribuição (NC) litros /dia Período de detenção Horas Dias Até 6000 24 1 6000 a 7000 21 0, 7000 a 8000 19 0, 8000 a 9000 18 0, 9000 a 10000 17 0, 1000 a 11000 16 0, 11000 a 12000 15 0, 12000 a 13000 14 0, 13000 a 14000 13 0, Acima de 14000 12 0,
A fossa séptica pode receber todos os despejos domésticos de cozinhas, lavanderias domiciliares,
lavatórios, vasos sanitários, bidês, banheiras, chuveiros, mictórios, ralos de pisos. É conveniente a
insta1ação de dispositivos retentores de óleos, gorduras e graxas (caixas de gordura) evitando o aporte
de quantidades expressivas desses materiais nas fossas.
O volume útil de uma fossa séptica é calculado da seguinte forma:
Os termos adotados correspondem aos seguintes valores:
A u t o r P r o f e s s o r J o ã o B o s c o d e A n d r a d e C o l a b o r a ç ã o A c a d ê m i c a F e r n a n d a P o s c h R i o s
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T a b e l a 2 - C o n t r i b u i ç õ e s u n i t á r i a s d e e s g o t o s ( C ) e d e l o d o f r e s c o ( L f ) p o r t i p o d e p r é d i o s e d e o c u p a n t e s
Prédio Unidade Contribuição ( Litros / dia ) Esgotos ( C ) Lodo fresco ( LD )
1. Ocupantes permanentes Hospitais leitos 250 1, Apartamentos pessoa 200 1, Residências pessoa 150 1, Escola – Internatos pessoa 150 1, Casas populares – rurais pessoa 120 1, Hotéis (sem cozinha e lavanderia) pessoa 120 1, Alojamentos temporários pessoa 80 1, 2. Ocupantes temporários Fábricas em geral operário 70 0, Escritórios pessoa 50 0, Edifícios públicos ou comerciais pessoa 50 0, Escolas – externatos pessoa 50 0, Restaurantes e similares refeição 25 0, Cinema, teatro e templos. lugar 2 0,
A u t o r P r o f e s s o r J o ã o B o s c o d e A n d r a d e C o l a b o r a ç ã o A c a d ê m i c a F e r n a n d a P o s c h R i o s
E n g e n h a r i a C i v i l – S a n e a m e n t o B á s i c o F i g u r a 1 - D e t a l h e s e x e c u t i v o s d e u m a f o s s a s é p t i c a p r i s m á t i c a r e t a n g u l a r d e c â m a r a ú n i c a
A u t o r P r o f e s s o r J o ã o B o s c o d e A n d r a d e C o l a b o r a ç ã o A c a d ê m i c a F e r n a n d a P o s c h R i o s
E n g e n h a r i a C i v i l – S a n e a m e n t o B á s i c o ♦ no dia seguinte encher o buraco com água, aguardando que a mesma escoe completamente; ♦ encher novamente a cavidade com água, até a altura de 15cm, marcando o tempo que o nível da mesma baixa 1cm. Quando o tempo for inferior a 3 minutos, deve-se refazer esta etapa do ensaio por 5 vezes. O intervalo de tempo verificado para o último teste deve ser adotado como o real. Com o tempo determinado poderá ser obtida, na curva que se segue, a capacidade de absorção em litros/m2/dia. Para sumidouros, fazer o teste em diferentes profundidades e adotar o menor coeficiente de infiltração.
F i g u r a 2 - C u r v a d a c a p a c i d a d e d e a b s o r ç ã o d e u m s o l o CURVA DE ABSORÇÃO DO SOLO
0
5
10
15
20
0 25 50 75 100 125 150 175 200 LITROS POR m 2 POR DIA
M I N
UTO
S
VALA DE FILTRAÇÃO VALA DE INFILTRAÇÃO
40
Na impossibilidade de se realizar ensaio de infiltração, poderão ser adotados os valores da
tabela abaixo. T a b e l a 3 - T e m p o d e P e n e t r a ç ã o e m F u n ç ã o d o T i p o d e S o l o Descrição do Solo Tempo de Penetração Areia grossa limpa 13 segundos a 1 minuto Cinza, carvão 30 segundos a 1 minuto Cascalhos e argila com poros não cheios 13 segundos a 45 segundos Areia fina 2 minutos a 5 minutos Areia com argila 5 minutos a 10 minutos Argila com um pouco de areia 30 minutos a 60 minutos Argila compacta ou rocha decomposta 2 horas a 5 horas
O diâmetro dos sumidouros varia de 1,5m a 1,8m. Como segurança, a área do fundo não
deve ser considerada pois o fundo logo ficará colmatado pelos sedimentos eventualmente contidos
nos efluentes das fossas sépticas.
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E n g e n h a r i a C i v i l – S a n e a m e n t o B á s i c o A área das paredes necessária para que haja a infiltração poderá ser determinada pela
expressão:
i
Q = contribuição de esgotos em litros por dia = NC; Ci = coeficiente de infiltração, em litros/m^2 /dia.
O volume útil mínimo do sumidouro deverá ser igual ao volume da fossa contribuinte. A área lateral das paredes é dada por:
Assim é determinada a profundidade ( P ) necessária. O fundo do sumidouro deve estar no
mínimo a l,50m do nível do lençol freático. A distância mínima, entre sumidouros e poços rasos
(cisternas ), deve ser de 15m.
Deve-se reservar terreno para futuras ampliações.
F i g u r a 3 - D e t a l h e s c o n s t r u t i v o s d o s u m i d o u r o
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CAPÍTULO II - SISTEMA COLETOR DE ESGOTOS
SANITÁRIOS
Em 1778, Joseph Bramah patenteou o vaso sanitário. Em 1847, 69 anos depois, não
havendo outro meio mais prático para dispor as águas imundas, os ingleses adotaram o transporte
daquelas águas em canalizações para o afastamento dos dejetos. Criou-se assim o sistema de
esgotamento com transporte hídrico. Com essa opção a água passou a ter uma dualidade de usos;
água limpa para o consumo e água suja para o afastamento das imundícies.
Na Europa foi autorizado o lançamento dessas águas servidas nas galerias de água pluvial,
criando-se assim o sistema unitário que prevalece ainda em Paris, (os esgotos sanitários e as águas
pluviais escoam pela mesma canalização).
Em 1879, o engenheiro George Waring Jr. concebeu o primeiro sistema coletor de esgotos
sanitários do tipo separador, para a cidade de Memphis Tennessee, após a epidemia de cólera que
assolou aquela cidade.
Ramal predial – trecho compreendido entre o limite do lote e o coletor público.
Coletor secundário – canalização de menor diâmetro que recebe os esgotos das residências, transportando-os para os coletores troncos ou principais. Coletores troncos – canalizações do sistema coletor que recebem as contribuições dos coletores secundários, transportando-as para os interceptores. Os diâmetros são usualmente maiores que os dos coletores secundários. Interceptores – desenvolvem-se ao longo dos fundos de vale, margeando cursos d’água ou canais. Os interceptores são responsáveis pelo transporte dos esgotos de sua sub-bacia, evitando que os mesmos sejam lançados nos corpos de água. Em
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E n g e n h a r i a C i v i l – S a n e a m e n t o B á s i c o virtude das maiores vazões transportadas, os diâmetros são usualmente maiores que os dos coletores troncos. Emissári o – canalização que liga a extremidade final da rede à Estação de Tratamento, quando houver, e/ou ao local de lançamento. Os emissários não recebem contribuições ao longo de seu percurso. Elevatória – quando as profundidades das tubulações se tornam demasiadamente elevadas, quer devido à baixa declividade do terreno, quer devido à necessidade de se transpor uma elevação, torna-se necessário bombear os esgotos para um nível mais elevado. A partir desse ponto, os esgotos podem voltar a fluir por gravidade. As unidades que efetuam o bombeamento dos esgotos são denominadas elevatórias, e as tubulações que transportam o esgoto bombeado são denominadas linhas de recalque. Estação de Tratamento dos Esgotos ( ETE ) – A finalidade das estações de tratamento de esgotos é a de remover os poluentes dos esgotos, os quais poderiam causar uma deterioração da qualidade dos corpos d’água. O tratamento dos esgotos tem sido negligenciado em nosso meio, mas deve-se ter em mente que o sistema de esgotamento sanitário só pode ser considerado completo se incluir a etapa de tratamento. Disposição Final – Após o tratamento, os esgotos são lançados em um corpo d’água receptor ou, eventualmente aplicados no solo. Em ambos os casos, há que se levar em conta os poluentes eventualmente ainda presentes nos esgotos tratados, especialmente os organismos patogênicos e metais pesados. Poços de visita – os poços de visita são estruturas complementares do sistema de esgotamento. A sua finalidade é permitir a inspeção e limpeza da rede
Os coletores devem ser assentados, de preferência, do lado da rua no qual ficam os
terrenos mais baixos.
A existência de estruturas ou canalizações de serviços públicos, tais como: galerias de
águas pluviais, redes de água, adutoras, cabos elétricos, e telefônicos pode, entretanto, determinar
o deslocamento dos coletores de esgotos para posições mais convenientes.
Para ruas com largura superior a 18,00 m, deverão ser executados dois coletores ( um de
cada lado ) de modo a viabilizar o atendimento dos domicílios de ambos os lados com
profundidades convenientes.
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