



Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
O objetivo é definir a prática exploratória do ser humano, suas características e causas dentro do continente africano. A escravidão trabalhou com diversas formas no âmbito das formações sociais, seja com relação ao senhor-escravo ou vice versa. A religião islâmica, principal dentro das regiões do continente africano, desempenhou um forte papel na prática da escravidão, ditando práticas próprias em comparação à outras religiões ou até mesmo culturas.
Tipologia: Trabalhos
1 / 5
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Este artigo foi feito com base na leitura da obra de Paulo Lovejoy sobre a escravidão na África. O objetivo é definir a prática exploratória do ser humano, suas características e causas dentro do continente africano. A escravidão trabalhou com diversas formas no âmbito das formações sociais, seja com relação ao senhor-escravo ou vice versa. A religião islâmica, principal dentro das regiões do continente africano, desempenhou um forte papel na prática da escravidão, ditando práticas próprias em comparação à outras religiões ou até mesmo culturas. Num processo evolutivo, a escravidão se intensificou com o comércio para fora da África, fez com que fossem organizados o comércio e a exportação, assim desestruturando sociedades e disseminando guerras e a dominação de nações por outras. Palavras-chave: Escravidão, propriedade, tráfico negreiro. ABSTRACT: this article was based on Reading the work of Paul Lovejoy on slavery in Africa. The goal is to define and exploratory practice of human beings, their characteristics and causes within the African continent. Slavery worked with various forms within social formations, whether with respect to the master-slave or vice versa. A, within the main regions of Africa, Islam played a strong role in the practice of slavery, dictating own practices. Compared to other religions or even cultures. In an evolutionary process, slavery intensified with trade out Africa, gt them organized trade and export, thus disrupting societies and spreading wars and domination of other nations. Keywords : Slavery, property, slave trade. INTRODUÇÃO A obra de Paul Lovejoy é um importante trabalho sobre a escravidão na África. O autor faz uma análise importante sobre o tema colocando ao longo do texto as transformações da prática da escravidão pelos africanos, seja deste a inserção da cultura e religião islâmica até o contato com os europeus. Muitas dessas transformações, o autor defende que houveram por influências externas em paralelo com condutas internas. Os africanos construíram resistências ao que vinha ¹ Graduando em Licenciatura em História pela Faculdade de São Paulo - Uniesp do exterior, queriam manter dentro de seus domínios tudo sobre sua cultura e foram cerceados disso por conta da exploração agressiva da escravidão.
preciso distinguir os cativos. A imposição exercida pelo senhor, muitas vezes não era total, havia, de certo modo, uma forma de acomodação. Em nível psicológico, os escravos estavam inseridos nessa acomodação e também na servidão, eles sabiam de sua dependência. O trabalho muitas vezes não era forçado ao extremo, havia um certo nível de negociação e isso dava equilíbrio entre a servidão e a revolução. O papel desempenhado por cada escravo era importante, isso ajuda a definir se a escravidão aparecia como instituição, como modo de produção escravista. Na economia os escravos podiam assumir funções diversas, trabalhadores braçais, passando por soldados, trabalhos domésticos e até sexuais. A religião islâmica desempenhou um papel importante nos estados africanos, com isso, a escravidão passou a ser legitimada pela religião e sofreu modificações. As mulheres desempenhavam certos papéis e eram mais facilmente incorporadas aos grupos sociais, os meninos eram colocados nos serviços militares e as meninas nos trabalhos domésticos. Apesar da prática de escravização ter sido mantida, pelos fatores de tradição onde a base era o parentesco ou a dependência pessoal, somou-se à isso as guerras nas fronteiras dos estados islâmicos que faziam escravos e viraram principal base do mercado escravista. A religião desempenhou papel importante, um dos deveres do senhor era ensinar a religião, pois, teoricamente um muçulmano não poderia ser escravizado. A conversão não necessariamente levava à emancipação, mas levava ao conhecimento e assimilação da religião. A entrada do europeu no processo escravista africano contribuiu para subir os níveis da prática. Principalmente na costa ocidental onde a religião islâmica tinha pouca influência. O comércio transatlântico foi responsável por um salto na procura pela mão de obra escrava, a demanda do mercado europeu cresceu e favoreceu esse crescimento. Lovejoy destaca esse crescimento: “ As exportações de escravos cresceram gradualmente durante os primeiros 150 anos do comércio atlântico, chegando a 409.000 escravos de 1450 a 1600. Posteriormente o comércio aumentou numa escala que superou todas as exportações anteriores da África”. (LOVEJOY,2002,P.51) O engajamento dos portugueses no tráfico de escravos integrou-se à rede preexistente de comércio de escravos ligada aos mulçumanos do Norte do continente, logo eles construíram feitorias, fortes e presídios para servir como pontos de apoio logístico à compra e venda de cativos africanos para as distantes colônias americanas (RODRIGUES,2005, p.46). Como consequência, a escravização virou o maior item do continente africano. Regiões e localidades viviam somente para a captura de nativos para o trabalho escravo. O comércio
europeu transferiu para o continente africano a disputa de mercado e levou a desigualdade social ao extremo. A prática de escravidão não islâmica na parte da costa ocidental acabou por virar uma instituição fundamental, pautada em uma estrutura política e social. A prática torna-se comum, e essa forma estrutural vai durar até o final do século XIX. CONCLUSÃO A escravidão na África ganhou proporções de comércio com a entrada dos europeus. Esses disseminaram a escravidão no próprio continente e implantaram um modo de produção escravista. Com esse acontecimento as sociedades foram transformadas e até mesmo o processo de escravização existente, seja ele praticado pelas tradições locais ou pela religião islâmica, transformou-se. Seja nos estados islâmicos, seja nos estados africanos, os escravos eram levados para longe de seus locais de origem, mas tratando-se do último, o modo de produção escravista fez com que a escravidão servisse unicamente para alimentar o processo de exportação inserido pelo comércio europeu. REFERÊNCIAS LOVEJOY, Paul. A escravidão na África: uma história de suas transformações. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. THORNTON, John. A África e os africanos na formação do mundo Atlântico, 1400-1800. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. RODRIGUES, Jaime. De costa a costa: escravos, marinheiros e intermediários do tráfico negreiro de Angola ao Rio de Janeiro (1780-1860). São Paulo: Companhia das Letras, 2005.