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Escoamento Permanente Gradualmente Variado, Exercícios de Cálculo

d'agua original, na forma das chamadas curvas de remanso. • barragem na seção de um rio ou canal (degrau de grande altura).

Tipologia: Exercícios

2022

Compartilhado em 07/11/2022

A_Santos
A_Santos 🇧🇷

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bg1
20/11/2019
1
Escoamento Permanente
Gradualmente Variado
LFRReis
Já vimos: tipos de escoamento
Escoamento Permanente Gradualmente
Variado (EPGV)
acontece quando:
alterações promovidas numa seção do canal, pela introdução de dispositivos ou
singularidades, provocam a variação gradual dos parâmetros hidráulicos do
escoamento (velocidade, profundidade, etc.) , modificando, o perfil da linha
d’agua original, na forma das chamadas curvas de remanso
barragemna seção de um rio ou canal (degrau de grande altura)
degrau(∆Z+) ou rebaixo (∆Z-)
alargamentoou estreitamento de seção
comporta de fundo (adufa)
mudançade declividade de fundo do canal
queda brusca
combinaçõesde diferentes efeitos citados anteriormente
Exemplos de dispositivos ou singularidades que podem ser
responsáveis pela ocorrência do EGV :
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd

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Escoamento Permanente

Gradualmente Variado

LFRReis

Já vimos: tipos de escoamento

Escoamento Permanente Gradualmente

Variado (EPGV)

• acontece quando:

• alterações promovidas numa seção do canal, pela introdução de dispositivos ou

singularidades, provocam a variação gradual dos parâmetros hidráulicos do

escoamento (velocidade, profundidade, etc.) , modificando, o perfil da linha

d’agua original, na forma das chamadas curvas de remanso

  • barragem na seção de um rio ou canal (degrau de grande altura)
  • degrau (∆Z+) ou rebaixo (∆Z-)
  • alargamento ou estreitamento de seção
  • comporta de fundo (adufa)
  • mudança de declividade de fundo do canal
  • queda brusca
  • combinações de diferentes efeitos citados anteriormente

Exemplos de dispositivos ou singularidades que podem ser

responsáveis pela ocorrência do EGV :

Classificação das curvas de remanso

1.de acordo com a declividade de fundo do canal e;

2. de acordo com a zona ou faixa de desenvolvimento do perfil d’água

em relação às profundidades normal e crítica.

Classificação de acordo com a declividade de fundo do canal (5 Tipos)

1. Curvas M (mild) - canais de baixa declividade (I 0 < Ic)

2. Curvas S (Step) - canais de alta declividade (I 0 > Ic)

3. Curvas C ( Critical) - canais de declividade crítica (I 0 = Ic)

4. Curvas H ou N ( Horizontal ou Null) - canais de declividade

horizontal ou nula (I 0 = 0)

5. Curvas aclive (I A ( Adverse) – canais de declividade adversa ou em

Tipo de declividade de fundo do canal Perfil longitudinal esquemático do canal
Declividade baixa ou moderada “ M ild” ( M ) I 0 < I c
Declividade alta “ S teep” ( S ) I 0 > I c
Declividade crítica “ C ritical” (C) I 0 = I c
D “Horizontal” (N oueclividade nula H ou) horizontal “Null”ou I 0 = 0
Declividade adversa “ (fundo do canal ascendente) A dverse” (A) I 0 > 0

I 0 > 0 Classificação de acordo com a declividade de fundo do canal (5 Tipos) Classificação de acordo com a zona ou faixa de desenvolvimento do perfil d’água (3 tipos)

Zona 1 : profundidades maiores que y 0 e yc

Zona 2 : profundidades entre y 0 e yc

Zona 3 : profundidades menores que y 0 e yc

Curvas H2 e H3 (HORIZONTAL) canais horizontais (declividade nula) Nestes canais não é possível a existência de movimento uniforme (y 0 não existe) Zona 1 : profundidades maiores que y 0 e yc Zona 3 : profundidades menores que y 0 e yc H H y > yc y < yc Curvas A2 e A3 (ADVERSE) canais em aclive Zona 1 : profundidades maiores que y 0 e yc Zona 3 : profundidades menores que y 0 e yc Nestes canais não é possível a existência de movimento uniforme (y 0 teoricamente = infinito) y > yc y < yc Curvas de Remanso: Equacionamento

Equação da Energia Total em Uma Seção Genérica

Pela análise da Figura, a específico, pode ser escrita como: energia total disponível numa dada seção, por unidade de peso

2 V H z y z E g      Curvas de Remanso: Formulação

  • Equação Diferencial do Escoamento
  • Hipóteses simplificadoras:

 medida Declividade perpendicularmente I 0 de fundo do canal ao fundo é pequena, do canal de podemodo ser que confundida a altura d’água com a

altura d’água medida na vertical;

 Canal é prismático, ou seja, a seção transversal é constante ao longo do

comprimento em forma e em dimensões;

 Coriolis Distribuição pode de ser velocidades considerado em igual uma a um seção; é fixa, isto é, o coeficiente de

 Distribuição de pressões é hidrostática, ou seja, existe paralelismo entre as

linhas verticais de de corrente pressão. do escoamento , podendo ser desprezadas as forças

Curvas de Remanso: Equacionamento Equação da Energia Total em uma Seção em termos de Q

2 V H z y z E g     

2 2 Q H z y z E gA      Q = V.A E = energia específica Curvas de Remanso: Equacionamento Derivação da Eq. da Energia Total em x

2 V H z y z E g      dH dz dE dx dx dx   dE dH dz dx dx dx   Curvas de Remanso: Equacionamento

  • Equação Diferencial do Escoamento dE dH dz dx dx dx   f dH I dx   0 dz (^) I dx  

0 f

dE I I dx   If : é a declividade da linha de energia, apresentando valor negativo pois decai na direção adotada para o eixo x (escoamento). I adotada para o eixo x (escoamento). 0 : é a declividade de fundo do canal, de valor negativo, pois decai segundo a direção Curvas de Remanso: Equacionamento

  • Equação Diferencial do Escoamento : (dy/dx)

0 f

dE I I dx   1 2

r

dE (^) F dy  

1 2

f

r

dE dx I^ I^ dy dE (^) F dx dy     𝑑𝐻 𝑑𝑦 =

Curvas S1, S2 e S

a b c d e f g h i j=f/i k
Decliv. fundo do Canal Tipo de perfil Faixa de profund. Comparaçã o
y e y 0
Comparaç ão I 0 e If Valor de (Io-If)
numerador
Comparaçã o
y e yc
Valor de Fr 2 Valor de (1 Fr 2 )-
denominador
Valor de
dy/dx
Desenvolv. da curva
Steep

I 0 >Ic y 0 <yc

S1 y>y 0 >yc y>y 0 If <I 0 >0 y>yc <1 >0 + + = + ascendente

S2 y 0 >y>yc y<y 0 If >I 0 <0 y>yc <1 >0 − + = - descendente

S3 y 0 >yc>y y<y 0 If >I 0 <0 y1 <0 − − = + ascendente

0 1 2 f r dy^ I^ I dx F   (^) 

f.^. 23

H

I^ n Q

A R

Curvas C1 e C

a b c d e f g h i j=f/i k
Decliv. fundo do Canal Tipo de perfil Faixa de profund. Comparaçã o
y e y 0
Comparaç ão I 0 e If Valor de (Io-If)
numerador
Comparaç ão
y e yc
Valor de Fr 2 Valor de (1 Fr 2 )-
denominador
Valor de
dy/dx
Des. da curva

Critical I 0 =Ic y 0 =yc

C1 y>y 0 =yc y>y 0 If <I 0 >0 y>yc <1 >0 + + = + ascendente

C2 (^) Não existe esta faixa de desenvolvimento da curva pois y 0 =yc

C3 y<y 0 =yc y<y 0 If >I 0 <0 y1 <0 − − = + ascendente

0 1 2 f r dy^ I^ I dx F   

f. H

I^ n Q

A R

Curvas H2 e H

Decliv. fundo^ a^ b^ c^ d^ e^ f^ g^ h^ i^ j=f/i^ k
do Canal^ Tipo de perfil^ Faixa de profund.^ Comparaçã y e y o 0 Comparaç ão I 0 e If numerador^ Valor de (Io-If)^ Comparaç y e ão yc^ Valor de Fr^2 denominador^ Valor de (1 Fr^2 )- dy/dx^ Valor de^ Desenvolv. da curva

Horizontal I 0 =^0 y 0 = +∞

H1 Não existe esta faixa de desenvolvimento da curva pois y 0 teoricamente encontra-se em +∞

H2 y 0 >y>yc y<y 0 If >I 0 <0 y>yc <1 >0 − + = - descendente H3 y<y 0 <yc y<y 0 If >I 0 <0 y1 <0 − − = + ascendente 0 1 2 f r dy^ I^ I dx F   (^)  2 (^23)

f. H

I^ n Q

A R

H 2 H 3 Curvas A2 e A

Decliv. fundo^ a^ b^ c^ d^ e^ f^ g^ h^ i^ j=f/i^ k
do Canal^ Tipo de perfil^ Faixa de profund.^ Comparaçã y e y o 0 Compara ção I If 0 e numerador^ Valor de (Io-If)^ Compara y e y çãoc^ Valor de Fr^2 denominador^ Valor de (1 Fr^2 )-^ Valor dy/dx de^ Desenvolv. da curva
Steep I 0 >
y 0 =+∞
A1 Não existe esta faixa de desenvolvimento da curva pois y 0 teoricamente encontra-se em +∞

A2 y 0 >y>yc y<y 0 If >I 0 <0 y>yc <1 >0 − + = - descendente A3 y<y 0 <yc y<y 0 If >I 0 <0 y1 <0 − − = + ascendente 0 1 2 f r dy^ I^ I dx F   (^) 

f.^. 23

H

I^ n Q

A R

^ ^ 

  • Curvas de Remanso: M1, M2 e M3 Curvas de Remanso:S1, S2 e S
    • Curvas de Remanso: C1 e C3 Curvas de Remanso:H2 e H
      • H
      • H

Cálculo das Curvas através do “Direct Step Method” (Diferenças Finitas)-cont. Na forma de diferenças finitas pode-se escrever (Eq.13): Relembrando-se que If pode ser representada por Chezy ou Manning; Na Equação 1.13, ∆E e If são dependentes de y, para um valor de Q e n constantes.

∆𝑥 = 𝐼 0 ∆ −𝐸 𝐼𝑓 =^ ∆^ 𝑦^ +^

𝑉 2𝑔^2

Cálculo das Curvas através do “ A aplicação da Equação 1.13, para um trecho de tamanho ∆x = x Direct Step Method” (Diferenças Finitas)-cont. 1 e 2, pode ser expressa por:^2 - x^1 , entre duas seções Eq. 14 Eq. O valor de e 2, ou seja: é calculado considerando-se a altura média da água entre as seções 1

∆𝑥 = 𝐼 0 ∆ −𝐸 𝐼𝑓 =^ ∆^ 𝑦^ +^

𝑉 2𝑔^2

∆𝑥 = 𝑥 2 − 𝑥 1 = 𝐸 𝐼^20 −−^ 𝐸𝐼𝑓^1

𝑦 = 𝑦^1 + 2 𝑦^2 𝐼𝑓 =^ 𝑓(𝑦)

Cálculo das Curvas através do “ A partir da Equação 14, discretizada Direct : Step Method” (Diferenças Finitas)-cont. Assumindo uniforme para o cálculo de-se válido o emprego de uma equação de resistência do movimento I f , por exemplo a equação de Manning: O procedimento de cálculo pode seguir os seguintes passos:

𝐻^2 /^3

∆𝑥 = 𝑥 2 − 𝑥 1 = 𝐸 𝐼^20 −−^ 𝐸𝐼𝑓^1

Cálculos- passo a passo “Direct Step Method” (Diferenças Finitas) 1.O cálculo tem início com um y 1 conhecido (a altura d’água y na seção de controle) 2.Adota quando o cálculo se iniciar da região-se um valor para ∆y, positivo ou montante para jusante negativo, se a curva for e negativo quando iniciar da região ascendente ou descendente, respectivamente. Positivo jusante para montante. 3.Com o ∆y conhecido, temos o valor de y 2 , que pode ser maior ou menor que y 1 4.Tendo y 1 e y 2 , calcula-se E 1 e E 2 , portanto tem-se o valor do numerador das Equações 1..

  1. Tendo se, portanto, o denominador das equações y 1 e y 2 , é possível determinar o valor de, 1.14 e assim calcular , através de Manning. Tem- (^6) procedimentos se sucedem, passo a passo, até atingir um valor coerente da extensão total x (dimensão longitudinal da. Utilizando-se a equação 1.14, e conhecendo-se (E 2 - E 1 ) e , calcula-se o primeiro valor de ∆x. A partir da seção 2, os curva). (M 1 , S 2 )^ ou, alternativamente^ (M 2 , M 3 , S 1 e^ S 3 )

𝑦 = 𝑦^1 + 2 𝑦^2 𝐼𝑓 =^ 𝑓(𝑦)

∆𝑥 = 𝑥 2 − 𝑥 1 = 𝐸 𝐼^20 −−^ 𝐸𝐼𝑓^1 ∆𝑥^ =^ 𝑥 2 −^ 𝑥 1 =^ 𝐼 0 −𝐸 12 −^ 𝐸^1

2 (𝐼𝑓^1 +^ 𝐼𝑓^2 )

Outro método de integração numérica

H

H

I n Q

dy A R

dx Q B

gA

^ ^  

Nosso problema 𝑦′^ = 𝑓 𝑦 = 𝑘 1 = 𝑓(𝑦 1 ) 𝑘 2 = 𝑓(𝑦 1 + ∆ 2 𝑥 𝑘 1 ) 𝑘 3 = 𝑓(𝑦 1 + ∆ 2 𝑥 𝑘 2 ) 𝑘 4 = 𝑓 𝑦 1 + ∆𝑥𝑘 3 𝑦 2 = 𝑦 1 + ∆ 6 𝑥 (𝑘 1 + 2 𝑘 2 + 2 𝑘 3 + 𝑘 4 ) 𝑥 2 = 𝑥 1 + ∆𝑥

Observações:

∆x: positivos negativo quando iniciar na região jusante. ou negativos. Positivo quando o cálculo se iniciar na região montante e (depende do sentido em que o controle é

exercido)

Os as condições de contorno do problema. Por exemplo, no cálculo da curva M1, a valores da extensão total , ou devem estar de acordo e estarem compatíveis com

extensão total da curva , pode ter início nas proximidades do ponto de descarga do vertedor, terminando no ponto de equivalência com a altura normal situada na porção

montante do canal.

No valor constante para ∆y para cálculo dos valores correspondentes de ∆x. Conforme já “passo a passo”, nas mudanças progressivas das seções, costuma-se adotar um

citado, discretização a precisão dos. cálculos será tão maior quanto menor for o intervalo de

No curta e devido a isto, há que se tomar o cuidado em adotar valores relativamente cálculo por exemplo da citada curva M3, trata-se de uma curva relativamente

menores de ∆y, quando extensão. comparados ao caso da curva M1, em geral de longa

Exercício completo (13-6 do livro)

Um canal retangular, suficientemente longo, de 1 , 0 m de largura, I 0 =

0 , 001 , n = 0 , 015 , transporta em regime permanente e uniforme uma

certa vazão com altura d’água 0 , 50 m. Em uma determinada seção

necessita-se de uma altura d’´agua igual a 0. 8 m e para isso instalou-se

um vertedor retangular de parede delgada (que satisfaz eq. de Francis),

com a mesma largura do canal. Determine a altura que deve ter o

vertedor. Desenhe o perfil do escoamento , com as alturas que seja

possível calcular. Lembrando, para vertedor retangular de parede fina,

eq. de Francis (eq. 12. 75 ): Q = 1. 838 Lh^3 /^2 , com h carga sobre o

vertedor.

Exercício 13-6: resolução-Step Method:

y (m) 0,800 A (m2) 0,800 E (m) 0,814 dE (m) - ym (m) - A (m2) - ARH2/3 - /n If - dx - (m) x (m) 0,
0,790 0,780 0,7900,780 0,8040,795 - 0,010-0,010 0,7950,785 0,7950,785 24,11723,736 0,00030,0003^ - -13,79613,970 - -13,79627,

dy= - 0,

yc (m) y0>yc y>y0 Curva
declividade curva^ canal de fraca
M zona 1 M
B (m) 1,000 0,001I 0 0,015n 0,500 y0 (m)
A (m 0,500 2 ) 2,000P (m) RH (m)0,250 Q (m3/s)0,
h (m)^ vertedor p (m) nível (m)
canal

Exemplo de aplicação 1 Um dissipação vertedor retangular de uma debarragem mesma descarregalargura que umao vertedor vazão. (^) Aunitária formação q = de 7. 0 um m 3 ressalto/(s.m) em hidráulico uma bacia deverá de ser crítico ocorrer sobre pela a soleira, colocação determine de uma a soleiraaltura elevada∆Z requerida na extremidade pela soleira da para bacia que. Supondo o ressalto escoamento se forme dentro da bacia de dissipação. Despreze as perdas de carga no escoamento pelo vertedor.