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Esclerose Sistêmica - Reumatologia, Notas de estudo de Reumatologia

Informações sobre a esclerose sistêmica, uma doença crônica multissistêmica que afeta principalmente mulheres na terceira a sexta década de vida. O texto aborda os mecanismos vasculares e fibrosantes envolvidos na doença, critérios diagnósticos e quadro clínico, com destaque para o espessamento da pele como principal critério diagnóstico.

Tipologia: Notas de estudo

2022

À venda por 08/11/2022

Stellamazioli
Stellamazioli 🇧🇷

27 documentos

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Reumatologia
Esclerose sistêmica
Stella C. Mazioli
Introdução
Doença crônica multissistêmica
caracterizada pela deposição de tecido
conjuntivo, glicosaminoglicanos e proteínas da
matriz extracelular na derme e órgãos
internos associada lesão vascular por
endarterite proliferativa isquêmica.
Processo fibrótico e isquêmico vascular
Mais comum nas mulheres (3°-6° década)
e no homem a tendência é ser mais tardio e
mais grave
Mecanismo vascular
Alterações vasculares e das células
endoteliais que regulam o tônus dos vasos
Mediadores
Endotelina (mais potente vasoconstritor
endógeno e estimula a fibrogênese)
Óxido nítrico (regula a ação da endotelina
nos vasos normais)
Processo fibrosante
Fibroblastos são os responsáveis pela
fibrose na doença
Seleção clonal de fibroblastos
hipersecretores com apoptose retardada, ou
seja, a sobrevida aumentada
E isso leva a produção de fibras
colágenas tipo 1 e 3 e proteínas da matriz
extracelular durante período mais prolongado
Ocorre mais comum em tecidos
hipoxêmicos (a hipóxia seria então um dos
mecanismos ativadores do distúrbio do
fibroblasto)
Gera um estado de fibrose cutâneo-
visceral
Critérios diagnósticos ACR 1980
Diagnóstico: 1 critério maior ou 2 critérios
menores
Maior Esclerodermia proximal as
metacarpofalengeanas
Menor Esclerodactilia, ulcerações de
polpas digitais ou reabsorção das falanges
distais e fibrose pulmonar nas bases
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Esclerose sistêmica

Introdução

➡ Doença crônica multissistêmica

caracterizada pela deposição de tecido conjuntivo, glicosaminoglicanos e proteínas da matriz extracelular na derme e órgãos internos associada lesão vascular por endarterite proliferativa isquêmica.

➡ Processo fibrótico e isquêmico vascular

➡ Mais comum nas mulheres (3°-6° década)

e no homem a tendência é ser mais tardio e mais grave

Mecanismo vascular

➡ Alterações vasculares e das células

endoteliais que regulam o tônus dos vasos

➡ Mediadores

↪ Endotelina (mais potente vasoconstritor endógeno e estimula a fibrogênese)

↪ Óxido nítrico (regula a ação da endotelina nos vasos normais)

Processo fibrosante

➡ Fibroblastos são os responsáveis pela

fibrose na doença

➡ Seleção clonal de fibroblastos

hipersecretores com apoptose retardada, ou seja, a sobrevida aumentada

➡ E isso leva a produção de fibras

colágenas tipo 1 e 3 e proteínas da matriz extracelular durante período mais prolongado

➡ Ocorre mais comum em tecidos

hipoxêmicos (a hipóxia seria então um dos mecanismos ativadores do distúrbio do fibroblasto)

➡ Gera um estado de fibrose cutâneo-

visceral

Critérios diagnósticos – ACR 1980

➡ Diagnóstico: 1 critério maior ou 2 critérios

menores

➡ Maior – Esclerodermia proximal as

metacarpofalengeanas

➡ Menor – Esclerodactilia, ulcerações de

polpas digitais ou reabsorção das falanges distais e fibrose pulmonar nas bases

Esclerose sistêmica

Critérios diagnósticos – 2013

Classificação

➡ Localizada

  • Morféia ↪ Em placas (espessa que pode fazer retração da pele)

↪ Linear ↪ Golpe de sabre

➡ Difusa

  • Envolvimento cutâneo generalizado (tronco, abdome, face, membros)
  • Progressão cutânea rápida (contraturas articulares)
  • Comprometimento visceral precoce
  • Anti-scl70 e Ant-RNA polimerase III

➡ Limitada

  • Envolvimento cutâneo restrito as extremidades (mãos, pés e face)
  • Calcinose
  • Comprometimento visceral tardio
  • Anti-centrômero

Quadro clínico - pele

➡ Principal critério diagnóstico: ESPESSAMENTO DE PELE ↪ Fase endematosa: edema difuso, depressível, extremidades, evolução centrípeta ↪ Fase indurativa: endurecimento progressivo da pele, extremidades ↪ Fase atrófica: espessamento cutâneo acentuado, contraturas em flexão (garra), face em microstomia, afinamento do nariz, ausência de rugas, perda dos sulcos perilabiais

Esclerose sistêmica

➡ Intestino delgado

  • Síndrome de má absorção
  • Pseudo – obstrução

➡ Intestino grosso

  • Constipação

Quadro clínico – pulmão

➡ Responsável pela mortalidade

➡ Pneumopatia intersticial

  • Mais frequente – 60-90%
  • Ocorrem mais no cutâneo difuso
  • Assintomático e pode ter evolução (dispnéia progressiva aos esforços, tosse, dor pleurítica)
  • EF: estertores crepitantes bibasais
  • Espirometria: distúrbio ventilatório de padrão restritivo
  • Realiza a TC (vidro-fosco, faveolamento, fibrose)

➡ Hipertensao arterial pulmonar

  • Ocorre mais no cutâneo limitado
  • 5-50%
  • Assintomático até a doença se estabelecer avançada
  • Realiza o Eco do coração para acompanhar a PsAP (>40mmHg começa a tratar)

Quadro clínico - rim

➡ Crise renal esclerodérmica

  • Ocorre mais no difuso, 20-25% dos pacientes nos primeiros 5 anos de doença
  • HAS de difícil controle acompanhada por uma insuficiência renal rapidamente progressiva
  • Hematúria, proteinúria
  • Tratamento: IECA (captopril)

Quadro clínico – coração

➡ Pericardite, miocardite, arritmias

Laboratório

➡ VHS, PCR elevadas na fase ativa

➡ Anemia leve

➡ Inespecífico

Esclerose sistêmica

Autoanticorpos

➡ FAN + (90%)

➡ Anti-scl70 (20-45%)

➡ Anti-centrômero (12-44%)

➡ Esclero difusa – tendência a doença pulmonar intersticial e Anti-Scl

➡ Esclero limitada - tendência a hipertensão de artéria pulmonar e Anti-centrômero

Exames complementares

➡ Vídeo capilaroscopia

↪ Auxilia no diagnóstico diferencial das doenças autoimunes

↪ Diferenciar fenômeno Raynaud primário x secundário

↪ Analisa a densidade capilar, arquitetura, morfologia, hemorragias

Tratamento

↪ OBS: Não vai cobrar. O tratamento depende do caso e do acometimento do paciente