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Esclerites e Episclerites, Resumos de Patologia

Uma análise detalhada sobre as esclerites e episclerites, condições inflamatórias que afetam a esclera, a parte branca do olho. São abordados os principais tipos de esclerite (anterior não-necrosante, anterior necrosante e posterior), suas características clínicas, sinais e sintomas, associações com doenças sistêmicas e tratamento. Também é discutida a episclerite, uma condição menos grave que envolve apenas a camada superficial da esclera. O texto traz informações relevantes sobre o diagnóstico diferencial, complicações oculares e exames complementares, como a ecografia b-scan, que podem auxiliar no manejo dessas condições oftalmológicas.

Tipologia: Resumos

2024

Compartilhado em 05/06/2024

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ranieri-ferreira 🇧🇷

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Esclerites e Episclerites
Paulo Adriano Santos, Ranieri Ferreira Gomes e Thaisy Peres Lopes 1
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Esclerites e Episclerites

Paulo Adriano Santos, Ranieri Ferreira Gomes e Thaisy Peres Lopes 1

Esclerite

Ocorre na Esclera, a famosa “parte branca do olho” que é composta por fibras de colágeno de diferentes tamanhos e não organizadas uniformemente, por isso não é transparente como a córnea. A falta de colágeno pode ocasionar Esclera Azul, normalmente associada a patologias como: osteogênese imperfeita, síndrome de Marfan e anemia Ferroptiva.

Episclerite

Ocorre na Episclera, que está localizada entre a conjuntiva e a esclera. É vascularizada e responsável pela nutrição da esclera, fornecendo a resposta celular a inflamação. Anteriormente é formada por uma camada de tecido conjuntivo, que se situa entre o estroma superficial da esclera e a cápsula de Tenon. URBANO, Andréia P.; URBANO, Alessandra P.; URBANO, Ivan; KARA-JOSÉ, Newton. Episclerite e esclerite. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, 2

Episclerite

Simples (Setorial – Difusa)

KANKI, Jack J. Oftalmologia clínica. 6. ed. Espanha - KANKI, Jack J. Oftalmologia clínica: Uma abordagem sistemática. 5. ed^4

Nodular

Episclerite Simples É uma inflamação benigna, autolimitada, do tipo mais comum, ocorre em 75% dos casos e mais da metade são bilaterais, costuma durar de alguns dias até 3 semanas. Ocorre geralmente em adultos jovens, principalmente em mulheres. Normalmente é idiopática, entretanto, pode estar associada a doenças oculares e sistêmicas, exemplo disso são: olho seco, herpes-zoster e artrite. Essas patologias têm sido encontradas em até um terço dos pacientes. 5 SETORIAL DIFUSA KANKI, Jack J. Oftalmologia clínica: Uma abordagem sistêmica. 8. ed. - KANKI, Jack J. Oftalmologia clínica: Uma abordagem sistemática. 5. ed - SPALTON, David J.; HITCHINGS, Roger A.; HUNTER, Paul A. Atlas de oftalmologia clínica. 3. ed. São predispostas a doenças associadas ao colágeno.

7 Em casos leves, não é necessário tratamento, compressas frias ou lagrimas artificiais refrigeradas podem ser uteis, mas pode-se utilizar esteroide tópico. Anti-inflamatório não esteroide tópico (AINE), pode ser utilizado, porém menos eficaz. Às vezes são necessários AINEs orais, (ibuprofeno ou um agente mais potente, como a indometacina). Em casos muito raros, é utilizado o recurso a terapêuticas sistêmicas mais agressivas, mas isso acontece normalmente em pacientes com doença sistêmica associada. Tratamento KANKI, Jack J. Oftalmologia clínica: Uma abordagem sistêmica. 8. ed. Pode aumentar a PIO

Episclerite Nodular 8 Tem início menos agudo e curso mais prolongado, quando comparado com a episclerite simples. Da mesma forma, pode estar associado a doenças sistêmicas e oculares. Na episclerite nodular, o edema e infiltração da episclera é localizado em um ou mais lugares, com ingurgitamento dos vasos episclerais em torno de um nódulo claro central. Os nódulos podem ser móveis sobre a esclera subjacente, e não ocorre necrose. SPALTON, David J.; HITCHINGS, Roger A.; HUNTER, Paul A. Atlas de oftalmologia clínica. 3. ed. - KANKI, Jack J. Oftalmologia clínica: Uma abordagem sistêmica. 8. ed.

No geral, é resolvido sem tratamento, porém dura mais tempo que a Episclerite simples. Entretanto, dependendo de seu caso pode ser utilizado:

  • Lubrificantes ou vasoconstritores em casos leves.
  • Esteroides tópicos, sua aplicação frequente é indicada quando há pequenos pulsos, porém sua utilização pode causar recorrência.
  • Anti-inflamatórios orais não esteroides (AINE), por alguns dias pode ser recomendado no caso de inflamações recorrentes severas ou prolongadas. 10 Tratamento SPALTON, David J.; HITCHINGS, Roger A.; HUNTER, Paul A. Atlas de oftalmologia clínica. 3. ed. - GERSTENBLITH, Adam T.; RABINOWITZ, Michael P. Manual de doenças oculares do Wills Eye Hospital: Diagnóstico e tratamento no consultório de emergência. 6. ed. Medicamentos que constringem os vasos

Diagnostico Diferencial Podem ser confundidas com: Esclerite, Irite, Conjuntivite, Lente de contato Uma forma de diferenciar a esclerite e episclerite é utilizando Fenilefrina 10%, onde a hiperemia ocular diminui significativamente na Episclerite. GERSTENBLITH, Adam T.; RABINOWITZ, Michael P. Manual de doenças oculares do Wills Eye Hospital: Diagnóstico e tratamento no consultório de emergência. 6. ed 11 (uso exagerado ou síndrome da lente apertada) Tem-se risco de morte, pois pode causar hipertensão.

Caracterizada por um edema e infiltrado de células inflamatórias em toda a espessura da esclera. É considerado como uma doença severa. Mais rara quando comparada com a Episclerite. Pode ser induzida por: Procedimentos cirúrgicos -- Infecciosa -- Associado a doenças sistêmicas KANKI, Jack J. Oftalmologia clínica. 6. ed. - KANKI, Jack J. Oftalmologia clínica: Uma abordagem sistemática. 5. ed. 13 Quando não é infecciosa, é chamada de Imunomediada. (A) Deformações graves das mãos na artrite reumatoide; (B) TC evidenciando cavitação pulmonar na granulomatose de Wegener; (C) deformação nasal em sela na policondrite redicivante; (D) púrpura na poliarterite nodosa.

Induzida por procedimentos cirúrgicos: Sua etiologia não é conhecida, mas é associada a doenças sistêmicas. É caracterizada por normalmente aparecer nos 6 primeiros meses do pós operatório com uma área focal, de intensa inflamação e necrose adjacente à incisões cirúrgicas. Associações a doenças sistêmicas ocorrem em 50% dos pacientes. Artrite reumatoide é a mais comum, seguida pela granulomatose de Wegener, policondrite recorrente e poliarterite nodosa. A esclerite infecciosa é mais frequentemente desenvolvida pela infecção secundaria da úlcera de córnea. Pode ser associada ao trauma, ou à excisão de pterígio com beta irradiação ou mitomicina C. A infecção por pseudomonas é muito difícil de tratar e o prognostico é ruim. A infecção fúngica é muito rara. KANKI, Jack J. Oftalmologia clínica: Uma abordagem sistemática. 5. ed. 14

Sinais e Sintomas É caracterizado por uma inflamação disseminada, envolvendo uma parte ou toda da esclera anterior. Mais comum em mulheres, geralmente por volta dos 50 anos de idade. Ocorre hiperemia ocular e desconforto, alguns dias depois a dor pode se espalhar para a face e têmpora. Esse incomodo normalmente aparece logo nas primeiras horas do dia, e melhora ao decorrer do tempo.

  • Manifestações Secundarias: Inflamação, Edema Palpebral, Uveíte Anterior e PIO elevada.
  • Raramente progride para a forma nodular ou necrosante. 16 Difusa KANKI, Jack J. Oftalmologia clínica: Uma abordagem sistemática. 5. ed. - KANKI, Jack J. Oftalmologia clínica: Uma abordagem sistêmica. 8. ed. Pressão Intraocular

À medida que o edema regride, a área afetada, muitas vezes, adquire uma aparência levemente cinza-azulada por causa do aumento da transluscência escleral; Isto é causado pelo rearranjo das fibras esclerais mais do que pela diminuição na espessura escleral. As recidivas no mesmo local são comuns, a menos que a causa subjacente seja tratada. A doença dura aproximadamente seis anos e a frequência das recidivas diminui depois dos primeiros 18 meses. O prognóstico visual a longo prazo é bom. KANKI, Jack J. Oftalmologia clínica: Uma abordagem sistemática. 5. ed. - KANKI, Jack J. Oftalmologia clínica: Uma abordagem sistêmica. 8. ed. 17

AINE via oral (como Flurbiprofen ou Meloxicam) é o tratamento inicial; Para pacientes resistentes ou intolerantes ao AINE, utiliza-se Prednisolona via oral; Caso não responderem adequadamente ao trabalho de drogas isoladas: Terapia combinada com AINE e baixas doses de esteroides. Injeção de esteroide subconjuntivais com acetato de triancinolona, opção segura e eficiente ao tratamento sistêmico, mas apenas para a forma não necrosante. 19 Tratamento KANKI, Jack J. Oftalmologia clínica: Uma abordagem sistemática. 5. ed. - GERSTENBLITH, Adam T.; RABINOWITZ, Michael P. Manual de doenças oculares do Wills Eye Hospital: Diagnóstico e tratamento no consultório de emergência. 6. ed.

COM INFLAMAÇÃO

20 Esclerite Anterior Necrosante URBANO, Andréia P.; URBANO, Alessandra P.; URBANO, Ivan; KARA-JOSÉ, Newton. Episclerite e esclerite. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia - KANKI, Jack J. Oftalmologia clínica: Uma abordagem sistemática. 5. ed.

SEM INFLAMAÇÃO