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Documento contendo soluções detalhadas para exercícios de cálculo de esforços em vigas hiperestáticas, incluindo cálculo de momentos, reações e esforços seccionais.
Tipologia: Notas de estudo
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ESTRUTURA EM CONCRETO ARMADO
Vigas Contínuas: são vigas hiperestáticas com dois ou mais vãos.
Na determinação dos esforços seccionais de vigas isostáticas utilizam-se as três equações de
equilíbrio da estática, necessárias e suficientes para garantir sua estabilidade.
Para as vigas hiperestáticas, as incógnitas (reações) são em número superior as três equações de
equilíbrio da estática, sendo necessários então novos métodos para determinação dos seus esforços. Foram
criados então vários métodos para o cálculo das reações de apoio e dos momentos fletores nos vãos. Uma
vez conseguidos estes valores, pode-se calcular os momentos fletores e forças cortantes nos demais pontos
da viga e consequentemente desenhar os diagramas.
Métodos de Cálculo:
Método dos Deslocamentos
Método dos Esforços
Método de Cross
Método da Equação dos Três Momentos
O método apresentado a seguir trata-se de uma simplificação de modelos matemáticos avançados e
é válido apenas para:
toda a viga (mesma seção transversal para todos os vãos);
de rotação seja o mesmo dessas forças;
Desse modo, não se leva em consideração as reações horizontais que os apoios possam
apresentar.
Nesse modelo as incógnitas hiperestáticas a serem determinadas serão os momentos atuantes nas
seções transversais situadas sobre os apoios internos, uma vez que os apoios externos serão nulos ou
facilmente identificáveis caso exista algum balanço nas extremidades. Em princípio, todas as incógnitas de
momentos fletores existentes nos apoios internos são, supostamente, positivos, com tração nas fibras
inferiores e compressão nas fibras superiores.
n- 1
n
e X n+
: momentos nos apoios;
n
2
e
n 1
1
: Fatores de carga (função do tipo de carga atuante no vão).
Os fatores de carga (
n
2
e
n 1
1
), que aparecem na Equação 1, representam a contribuição do
carregamento externo e dos momentos fletores nas extremidades de cada viga (vão), através de constantes
provenientes das rotações no apoio comum de dois vãos adjacentes, como ilustrado na Figura 4.
Figura 4. Carga e deformações em dois vãos adjacentes e seus efeitos na viga hiperestática submetida a um carregamento qualquer.
Essas constantes (fatores de carga) podem ser obtidas através de alguns métodos (Integração Direta
e Teorema de Castigliano). No entanto, para simplificação do assunto, apresenta-se na Tabela 1 os valores
dos fatores de carga (
n
2
e
n 1
1
) para alguns casos de carregamento.
É oportuno ressaltar que é válido o princípio da superposição dos efeitos dessas ações para o
cálculo dos fatores de carga, ou seja, quando houver mais de uma carga atuando em um mesmo vão, os
fatores de carga finais são dados pela soma dos fatores de carga de cada uma das cargas.
Tabela 1. Fatores de Carga (SILVA, 2004)
Tipo de Carregamento 1
2
q.l
q.l
2
2
l − ( )
2
2
l −
2
l + ( 2 a)
2
l +
2
2
( l− )
l
2 2
2
l −
l
2
2
( l+ )
l
2 2
2
l −
l
2
2
l
l
)
2
2
l
l
Para se calcular os momentos fletores em todos os apoios de uma viga contínua, deve-se aplicar a
equação dos três momentos em vãos subsequentes dois a dois. O resultado é que o número total de
aplicações é igual ao número de vãos menos um. Desse modo, para uma viga com quatro vãos, por exemplo,
aplica-se três vezes a equação dos três momentos. Nas Figuras 5 (a), 5 (b) e 5 (c) evidencia-se os números de
aplicações do método para vigas com 2, 3 e 4 vãos, respectivamente.
(a)
(b)
(c)
Figura 5. Viga contínua com a) dois vãos, b) três vãos e c) com quatro vãos.
Com três aplicações (Figura 5 (c)), fica-se com três equações dos três momentos, uma para cada
aplicação e três incógnitas (X 1
2
e X 3
), já que os momentos X 0
e X 4
são previamente conhecidos.
q
l 1
l l l 2 3 4
1 ª aplicação
2 ª aplicação
3 ª aplicação
conhecido
conhecido
1.3.1 Exercício 1 : Calcular e desenhar diagrama dos esforços seccionais de viga contínua ilustrada na
Figura 6.
Figura 6. Viga hiperestática com dois vãos.
Equação 1:
n 1
1
n
n- 1 n n 1 2
n n n 1 n 1
Análise:
Dois vão → Uma aplicação. Para nomear vãos e apoios, sempre iniciar com n=1.
(vãos ❶ e ❷): n = 1
Vãos Apoios
n = 1
n +1 = 2
n - 1 = 0
n = 1
n +1 = 2
2
1
1
1 0 1 2 1 2 2 2
Observação:
Nos apoios de extremidade o valor do momento será igual a 0 (zero) - se não houver balanço ou carga
momento aplicada.
Apoio 0 → X 0 = 0
Apoio 2 → X 2 = 0
Figura 6.3. Separação dos vãos (vigas) para determinação das reações de apoio.
Para vão 1:
0
R 9,11kN
1
1
R 4,89kN
0
0
Para vão 2:
1
R 2 = 2,31 kN
1
R 1 = 7,69 kN
0
= 4 , 89 kN
1
= 9 , 11 + 7 , 69 = 16 , 80 kN
2
= 2 , 31 kN
Figura 6.4. Reações de apoios.
com carregamentos e reações, não sendo necessário a representação dos momentos nos
apoios, uma vez que estes serão determinados normalmente nesses cálculos (Figura 10 );
início e fim de carga distribuída, cargas concentradas);
é sempre o mesmo!!!!!!
Olhando as cargas à esquerda da seção considerada:
considera como positivo o momento com tendência de giro no
sentido horário
Olhando as cargas à direita da seção considerada: considera
como positivo o momento com tendência de giro no sentido
anti-horário
→ DIAGRAMA DOS ESFORÇOS (Figura 6.6)
Figura 6.6. Diagrama dos Esforços Seccionais (DEC e DMF).
19 , 56 − 4 ,89x = 9 ,11x
19 , 56 = 9 ,11x + 4 ,89x
x = 1 , 40 m
max
1.3.2 Exercício 2 : Calcular e desenhar diagrama dos esforços seccionais de viga contínua ilustrada na
Figura 7.
Figura 7. Viga hiperestática com dois vãos.
Equação 1:
n 1
1
n
n- 1 n n 1 2
n n n 1 n 1
Analise:
Dois vão → Uma aplicação. Para nomear vãos e apoios, sempre iniciar com n=1.
(vãos ❶ e ❷): n = 1
Vãos Apoios
n = 1
n +1 = 2
n - 1 = 0
n = 1
n +1 = 2
2
1
1
1 0 1 2 1 2 2 2
Observação:
Nos apoios de extremidade o valor do momento será igual a 0 (zero) - se não houver balanço
Apoio 0 → X 0
Apoio 2 → X 2 = 0
DETERMINAÇÃO DOS FATORES DE CARGA - Consultar Tabela 1. Cargas distribuídas.
Fator de carga vão 1 Fator de carga vão 2
2 2
2
=
4 × 2 , 5
2
24 × 4 , 5
( 2 × 4 , 5
2
− 2 , 5
2
) = 7 , 93
2
2
2
2
Para vão 1:
0
1
𝟏
0
1
𝟎
Para vão 2:
1
2
𝟐
1
2
𝟏
𝟐
0
= 10 , 09 kN
1
= 19 , 91 − 0 , 23 = 19 , 68 kN
2
= 0 , 23 kN
→ DIAGRAMA DOS ESFORÇOS: Após cálculo das reações, calcula-se então os esforços seccionais
(Esforço Cortante e Momento Fletor).
Figura 7.1. Diagrama dos Esforços Seccionais (DEC e DMF).
𝑚𝑎𝑥
X -35,81kN.m
2 (3,0 4,0) X - 6 (16,875 66,67)
2( ).X -6( )
1
1
2
1
1
1 2 1 2
=
+ = +
Para vão 1:
= 0
0
M
R 34,44kN
1
1
V= 0
R 10,56kN
0
0
Para vão 2:
= 0
1
M
R 41,05kN
2
2
V= 0
R 58,95kN
1
1
0
= 10 , 56 kN
1
= 34 , 44 + 58 , 95 = 93 , 93 kN
2
= 41 , 05 kN
DIAGRAMA DOS ESFORÇOS: Após cálculo das reações, calcula-se então os esforços seccionais (Esforço
Cortante e Momento Fletor).