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Você entende como as mudanças sociais afetam a saúde das populações? A Transição Demográfica e Epidemiológica é fundamental para compreender o cenário atual das doenças, do envelhecimento populacional e da atuação da Nutrição em Saúde Pública. Este resumo prático e direto traz os principais conceitos, fases, teorias e marcos históricos dessa transformação — conteúdo indispensável para estudantes de Nutrição e áreas da saúde que desejam aprender de forma objetiva e aprofundada.
Tipologia: Notas de estudo
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É perceptível que existam outras civilizações que tiveram impactos na área Epidemiológica, não irei cita-las por completo pois quero apenas deixar visível que devido o avanço tecnológico e social das civilizações, surge um maior cuidado para com a saúde alheia e as doenças, o que leva a medidas de proteção, levando a melhoria na saúde e ao uso de dados. Almeida Filho propõe que existam três pilares na epidemiologia: 1.Saber Clínico racionalista, moderno e natural 2.Base metodológica / Estatística 3.Questão social-politica da medicina social No ano de 1918, nos EUA, inaugura-se a Johns hopkins School of Hygiene and Public Health. Ela serve como modelo para programas de Escolas de Saúde Pública. É importante ressaltar que esse pequeno passo na criação da escola no Johns Hopkins leva a utilização da estatística para estudar incidência e a prevalência de doenças, avaliando causas determinantes. Crise econômica de 1929 traz uma crise na área médica, pois mesmo com o avanço tecnológico demasiado há uma elevação dos custos e uma elitização na saúde, isso dentro de um momento de crise social e econômica que demandavam serviços de saúde. Período da 2ª Guerra Mudial e o seu Pós Guerra mostram a necessidade de avaliar as questões físicas e mentais das tropas e infermidades, isso leva a possível aplicação de inqueritos para a sociedade civil. A epidemiologia agora apresenta novas tendências, com novos campos de estudos, novos modelos teóricos, sistemas de informações avançados e pesquisas epidemiológicas mais complexas. Fernando Filho Rouquayrol define epidemiologia como sendo uma ciência que estuda a relação saúde- doença na população, ela é capaz de analisar os fatores e a distribuição das doenças, vai observar os danos a saúde, e por fim vai propor medidas de prevenção, controle ou mesmo a erradicação de doenças, isso ocorre pois a mesma vai fornecer dados indicadores que vão atuar como suporte no planejamento, administração e avaliação das ações de saúde. Vale ressaltar que a epidemiologia não trata doenças como a área clínica, ela vai apenas se debruçar sobre os problemas de saúde em grupo de pessoas (Coletivo) sem sequer realizar tratamentos, ela apenas sugere meios para lidar com a doença, diferente da clínica que vai realizar o tratamento individual do paciente. A epidemiologia resumidamente vai analisar e falar do grau dos problemas de saúde na população, vai usar e criar dados essenciais para estabelecer prioridades e por fim identifica fatores associados a formação das doenças. Epidemiologia
Raízes Históricas Supõe-se que a epidemiologia começou a surgir com o Hipócrates, com os estudos de epidemias e enfermidades nos ambientes. Galeno também tem significado na formação da epidemiologia, com seus avanços médicos. Durante a Era Romana, começa-se a organizar censos periódicos e até registros de nascimentos e óbitos da população. O mundo árabe também tem sua relevância, com amplo destaque para os avanços tecnológicos e questão social da medicina, eles também observaram a relação da demografia e das questões sanitárias com questoes epidemiológicas, tanto que começam programas de "vigilancia Epidemiológica".
Fernando Filho Fase pré-industrial ou primitiva : Contém altas taxas de mortalidade e natalidade, principalmente infantil, há um crescimento populacional lento porém gradual. Essa fase pega tudo antes da Revolução Industrial (XVIII). População mais jovem. Fase intermediária de divergência dos coeficientes : Há a queda da mortalidade, alto nivel de natalidade e isso resulta no crescimento acelerado da população, Baby Boom ou Explosão Populacional. População mais jovem porém tem-se inicio do envelhecimento. Fase intermediária de convergência dos coeficientes : A natalidade vai diminuir de forma mais acelerada do que a mortalidade, o crescimento populacional ainda continua alto mas é visto o envelhecimento populacional. Fase pós transição : Natalidade e Mortalidade baixos. A população tem seu crescimento natural atingindo certa estabilidade. Menor população ativa e maior número de idosos. Quando estudou-se a questão do crescimento populacional, surgiram duas ideias importantes: Thomas Malthus e Engels/Marx. Malthus vai abordar o crescimento populacional como geométrico e crescimento dos recursos no padrão aritmético, logo haveria uma crise de miséria, onde os pobres eram os mais limitados ao acesso de recursos e causadores do aumento populacional. Marx e Engels falam que cada existiam fases diferentes e que a própria população tomaria ciência de suas condições econômico-sociais e que as forças produtivas iriam se desenvolver para atender as necessidades sociais. Desse modo vemos que Malthus tinha uma visão de que o aumento da população iria impedir o desenvolvimento e que só por meio de restrições políticas envolvendo a natalidade era que se controlaria a situação. Porém, Engels e Marxs trazem outro ponto de vista, onde o desenvolvimento econômico iria sozinho promover mudanças sociais que reduziriam a natalidade. Trazendo um pouco mais sobre o conceito de Transição Demográfica, esse conceito está relacionado com as mudanças populacionais dos países, mudanças essas que envolvem a quantidade de pessoas, quem são essas pessoas, qual a idade dessas pessoas, definir faixas etárias e identificar grupos etários e seu percentual em relação a população total (+ ou - crianças/adultos/idosos). Para identificar essas questões existem os censos e pesquisas, porém podemos ter algumas ideias por meio de teorias, conhecidas como Teorias da Transição Demográfica do século XX. Existem 4 fases ao todo, que explicam as caracteristicas da natalidade, mortalidade e detalha o crescimento populacional.
Décadas de 50 e 60: Primeira fase (população com idade mediana de 18 anos). Mais de 6 filhos por mulher ao final da vida reprodutiva, resultaram nas taxas de crescimento populacional mais elevadas na história do país. Meados da década de 60 (idade mediana 19 anos e a proporção idosos superou 5,0%), mortalidade continua diminuindo e é percebido o processo de envelhecimento populacional. A partir de 1970, níveis de natalidade e mortalidade drasticamente reduzidos. Entre 1991 e 2010, queda mais acentuada da mortalidade e natalidade, porém existe um aumento na expectativa de vida, de 70 para 73, anos em 2010. A sociedade evolui de uma estrutura rural e tradicional, com famílias numerosas e alto risco de morte infantil, para uma configuração urbana, com arranjos familiares diversos e risco reduzido de morte na infância. Transição Demográfica no Brasil
Fernando Filho Com o envelhecimento, a população enfrenta uma mudança nas principais doenças que causam morte, passando de doenças infecciosas e parasitárias, que afetam mais os jovens, para um aumento de doenças crônicas e degenerativas. O quadro de doenças muda conforme o quadro etário vigente, ou seja, com a mudança dos principais grupos etarios há também mudanças nas doenças. É isso que se trata a transição epidemiológica, ela vai se referir a essas mudanças nos padrões de saúde e doença em uma população ao passar do tempo. Se existe um aumento na expectativa de vida e uma queda na mortalidade, o envelhecimento populacional traz mudanças no número de doenças características das faixas etárias mais velhas. Evolução de um perfil de alta mortalidade por doenças infecciosas para um com predominância de óbitos por doenças cardiovasculares, neoplasias, causas externas e doenças crônico-degenerativas. No Brasil, essa transição ainda não ocorre de fato, pois por mais que haja maior índice de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), ainda existe um grande número de doenças infecto- parasitárias, indicando uma natureza não Unidirecional conhecida como Contratransição ou Polarização Epidemiológica. A permanência de grandes endemias em algumas regiões do país, altos coeficientes de mortalidade em comparação a países desenvolvidos e variações geográficas nos padrões epidemiológicos e serviços de saúde, todos esses fatores acabam por caracterizar a Polarização Epidemiológica. Nos países da America Latina é visivel uma superposição dos contextos epidemiológicos ou transição lenta. Nos países Industrializados centrais do capitalismo essa transição epidemiológica é mais significativa.
Transição Epidemiológica Referências: Aula Transição Epidemiologica e Demográfica ROUQUAYROL, Maria Zélia. Epidemiologia & Saúde. Rio de Janeiro:MedBook, 2013; MEDRONHO, Roberto de Andrade et al. Epidemiologia. São Paulo: editoraAtheneu, 2009; OMRAM, A. R., 1971. The epidemiologic transition: a theory of the epidemiology of populationchange. Milbank Memorial Fund Quarterly, 49 (Part 1): 509-538.PEREIRA, Rafael Alves; ALVES-SOUZA, Rosani Aparecida; VALE, Jessica Sousa. O processo de transiçãoepidemiológica no Brasil: uma revisão de literatura. Revista Científica da Faculdade de Educação eMeio Ambiente, v. 6, n. 1, p. 99-108, 2015