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Resumo completo e detalhado, baseado em livros atualizados de patologia e oncologia sobre epidemia das neoplasias, ciclo celular e introdução nas alterações celulares para formação do tumor.
Tipologia: Notas de estudo
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O homem, cumprindo seu duplo papel histórico, de um lado, como unidade social, absorve o que a sociedade lhe oferece; de outro, como indivíduo capaz de criar, atua na transformação da própria sociedade.
Dessa maneira, problemas interpretados como relevantes frequentemente suscitam pesquisas que levam a descobertas, criando um novo saber, que irá modificar os contornos das crenças, das opiniões e dos conhecimentos no meio social em que o indivíduo vive, gerando novos fatos que poderiam ser catalogados como problemáticos. Quando localizados ou percebidos nas relações entre o homem e a natureza, esses problemas às vezes são rapidamente identificados, e soluções são propostas pela tecnologia; contudo, quando se encontram nas relações entre os homens, sua identificação e compreensão envolvem uma visão mais ampla (processo mais lento e mais complicado e nem sempre manipulável). À Medicina, como tecnologia biológica, cabe a tarefa de focalizar e resolver os problemas que, direta ou indiretamente, atuam no processo saúde-doença do homem, embora, às vezes, tanto o problema como sua solução estejam completamente fora da área médica. Geralmente o enfoque desses problemas médicos tem sido concentrado na relação homem-natureza, sob uma visão cada vez mais reducionista, apontando soluções que, a curto alcance, parecem ser as mais acertadas. Pouca, contudo, tem sido a preocupação de avaliar os efeitos iatrogênicos das soluções apontadas, bem como qual parcela da população obtém um real benefício dessa tecnologia. A medicina Social tem sido vista como a disciplina que se voltaria para os processos que mantêm a saúde ou provocam a doença e para as práticas sociais que procuram recuperar ou manter aquela. Trata-se de uma mudança qualitativa, porque o objetivo de tal disciplina não seria representado por corpos biológicos, mas por corpos sociais. Não se trata tão somente de indivíduos, mas de sujeitos sociais, de grupos e de classes sociais e de relações sociais referidas ao processo saúde-doença. Segundo essa definição, a disciplina abarcaria pelo menos duas outras: a Epidemiologia social e a assistência médica, que explicariam, respectivamente, os aspectos sociais da manutenção da saúde ou da provocação das doenças, e as práticas sociais que mantêm e recuperam a saúde. Lillienfeld enumera 23 definições para Epidemiologia, apresentadas por vários autores em diferentes anos, variando de 1927 a 2000. Alguns exemplos: Frost, 1927: é o estudo da história natural das doenças. Gordon, 1963: é o estudo da doença como fenômeno coletivo ou de massa. MacMahon, 1970: é o estudo da distribuição da doença e dos determinantes de sua prevalência no homem. Sartwell, 1973: é o uso de todos os métodos pertinentes que estão disponíveis para estudar a distribuição e a dinâmica das doenças nas populações humanas. Armijo, 1974: é uma ciência, fundamentalmente um método de raciocínio indutivo utilizado na investigação e solução de qualquer problema de saúde concernente à comunidade. Sinnecker, 1976: é a disciplina voltada para o estudo da disseminação em massa das doenças.
Pereira, 2000: é entendida no sentido amplo como o estudo do comportamento coletivo da saúde e da doença. Neste texto trabalharemos com Epidemiologia como um conjunto de conceitos, teorias e métodos que permitam estudar, conhecer e transformar o processo saúde-doença na dimensão coletiva. Evidentemente, isso implicará sempre transformações biológicas, antropológicas ou sociais. Transformações poderão ser necessárias na infraestrutura ou na supraestrutura da sociedade. Em geral, os conceitos apresentam como denominador comum a definição em torno de doença na população, estudando sua distribuição e/ou seus agentes determinantes. De modo geral, utilizamo-nos de um modelo para orientar a interpretação de qualquer fenômeno que ocorra na natureza e na sociedade. No caso daqueles que ocorrem na área médica, especificamente quando se trata de interpretação da doença, surgem alguns problemas sobre os quais se torna necessário refletir. Na compreensão das doenças, pode haver diferentes níveis explicativos, desde os decorrentes de alterações biológicas intracelulares, até o que vê a sociedade como um todo (Figura 1). A título de ilustração tomaremos o câncer como exemplo, refletindo nos fatores assim chamados “causais” carcinogênicos, fatores ligados ao hospedeiro e fatores ambientais: A. Fatores “causais” carcinogênicos: mais de duzentos carcinogênicos são conhecidos na indústria. Assim, tem-se: carcinogênicos químicos (orgânicos e inorgânicos); carcinogênicos físicos (raios ultravioleta, raios corpusculares alfa e beta, raio X, raios gama); perturbações nutricionais envolvendo metabolismo de proteínas, gorduras e vitaminas, levando ao câncer do fígado, faringe e tireoide; carcinogênicos biológicos e ambientais indefinidos contidos no bago de bétel e no Schistosoma haematobium, vírus etc. Estes fatores poderiam atuar nos níveis 1, 2 ou 3 da Figura 1. B. Fatores ligados ao hospedeiro: raciais – há diferenças de incidência segundo idade, sexo e grupos étnicos. Exemplo: câncer de pele está associado com pigmentação da pele. Este item ilustra o nível 4 da figura; familiares, hereditários – o câncer de mama tem uma tendência hereditária, ocorrendo com uma frequência de três para um nas filhas de mulheres com câncer de mama, quando comparado com a população feminina em geral. Este item ilustra o nível 5 da figura; ligados a costumes e hábitos – a ocorrência de câncer de pele do abdome e das coxas, entre indianos, provavelmente está associada com o hábito de aquecer o corpo com o “Kangri”; alta incidência de câncer bucal nas Filipinas está associada com o hábito dos nativos de mastigar o “buyo”; má-nutrição crônica constante de uma população subdesenvolvida está associada com ocorrência de câncer primário; o costume da circuncisão está associado com um decréscimo da incidência de câncer de pênis; há uma associação muito forte entre hábito de fumar e câncer do pulmão. Esses fatores ilustram o nível 6 da figura. C. Fatores ambientais: climáticos – há associação entre exposição aos raios ultravioletas solares e incidência de câncer de pele (casos de marinheiros e agricultores); higiene ambiental – carcinoma de bexiga está associado à bilhárzia no Egito, devido às altas prevalências de esquistossomose hematóbica; câncer de esôfago e pele são mais frequentes em grupos de renda econômica mais baixa; câncer de cérvix, nos Estados Unidos, é mais frequente entre mulheres negras do que nas brancas, associado porém às condições de vida que gozam essas mulheres, mais do que propriamente devido à cor. Assim, as relações homem-natureza, bem como as relações entre os homens, sobretudo as vinculadas às
A OPAS17 apresenta os seguinte usos: Programas de saúde: contribuição para o desenvolvimento dos programas de saúde, avaliação da saúde, planejamento dos serviços de saúde, vigilância epidemiológica. Formação de recursos humanos. Investigação aplicada ao planejamento, avaliação dos serviços de saúde e vigilância epidemiológica. Bibliografia Fundamentos da epidemiologia - Laércio Joel Franco; Afonso Dinis Costa Passos – 3 ª edição – capítulo 2 – “epidemiologia: conceitos e usos” – 2021. A epidemiologia é uma disciplina fundamental no campo da saúde pública e desempenha um papel crucial em várias áreas, incluindo a prevenção, controle e compreensão das doenças e condições de saúde em uma população. Sua importância pode ser destacada da seguinte forma: Identificação de Fatores de Risco: A epidemiologia ajuda a identificar os fatores de risco associados ao desenvolvimento de doenças. Isso permite que os profissionais de saúde tomem medidas preventivas e implementem intervenções direcionadas para reduzir a incidência de doenças. Monitoramento de Saúde Pública: Através da coleta, análise e interpretação de dados epidemiológicos, é possível monitorar a saúde da população e detectar surtos de doenças, epidemias ou pandemias. Isso permite uma resposta rápida e eficaz para conter a propagação de doenças. Avaliação de Intervenções de Saúde: A epidemiologia ajuda a avaliar a eficácia de intervenções médicas e de saúde pública. Isso é essencial para determinar se uma intervenção está tendo o impacto desejado na saúde da população e ajustar abordagens conforme necessário. Planejamento de Serviços de Saúde: Com base em dados epidemiológicos, os sistemas de saúde podem planejar adequadamente a alocação de recursos, como leitos hospitalares, equipamentos médicos e pessoal de saúde, para atender às necessidades da população. Identificação de Tendências e Padrões: A análise epidemiológica ajuda a identificar tendências e padrões de doenças ao longo do tempo e em diferentes grupos populacionais. Isso pode levar à identificação de grupos mais vulneráveis e à implementação de estratégias específicas de prevenção. Base para Pesquisa Científica: A epidemiologia fornece a base para pesquisas científicas relacionadas
à saúde pública. Ela ajuda os pesquisadores a formular hipóteses, projetar estudos, coletar dados e tirar conclusões sobre a relação entre fatores de risco e doenças. Tomada de Decisões Informadas: Os tomadores de decisão, sejam eles políticos, gestores de saúde ou líderes comunitários, dependem dos dados epidemiológicos para tomar decisões informadas sobre políticas de saúde, alocação de recursos e estratégias de prevenção. Prevenção e Controle de Epidemias: Durante surtos de doenças infecciosas, a epidemiologia desempenha um papel crucial na identificação da fonte da infecção, na compreensão da maneira como a doença se espalha e na implementação de medidas para conter a epidemia. Promoção da Saúde: A epidemiologia também é usada para identificar fatores que promovem a saúde e o bem-estar da população, auxiliando na implementação de programas de promoção da saúde e prevenção de doenças. Em resumo, a epidemiologia é essencial para a compreensão da saúde populacional, a prevenção de doenças e a promoção do bem-estar geral. Ela fornece uma base sólida para a formulação de políticas de saúde, estratégias de intervenção e tomada de decisões informadas no campo da saúde pública. O conceito de saúde é o usado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) elaborado em 1947, que define saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”. O verbo "mensurar" deve ser entendido como o procedimento de aplicar uma escala padrão a uma variável ou um conjunto de variáveis, enquanto que o substantivo "mensuração" se refere à extensão, dimensão ou quantidade de um atributo. De acordo com Morgenstern, mensurar variáveis de saúde abrange diferentes níveis de mensuração, concebidos de duas formas:
Gestão dos sistemas e melhoria da qualidade: A produção e a observação periódica de indicadores de saúde também retroalimentam os sistemas visando melhorar a tomada de decisão em vários sistemas e setores. Por exemplo, o progresso substancial na qualidade dos dados e indicadores produzidos nos Estados Membros da OPAS é devido em grande parte à melhoria nos sistemas nacionais.de saúde na coleta, análise e monitoramento de um conjunto de indicadores básicos de saúde. No Brasil, por exemplo, a Rede Interagencial de Informação para a Saúde (RIPSA) incentiva a produção e a análise de indicadores de saúde e a retroalimentação às fontes de dados e sistemas de informação nacionais. Avaliação: Os indicadores de saúde reproduzem os resultados das intervenções em saúde. O monitoramento destes indicadores reflete a repercussão de políticas, programas, serviços e ações de saúde. Vários autores analisaram o nível de adequação (resultados compatíveis com o esperado) e plausibilidade (resultados não explicados por fatores externos) das evidências do impacto em saúde, em que as tendências e a distribuição dos indicadores de saúde são úteis e, em certos casos, suficientes como evidências para demonstrar o efeito das políticas, programas, serviços e ações em saúde pública.
O teste utilizado em rastreamento deve ser seguro, relativamente barato e de fácil aceitação pela população, ter sensibilidade e especificidade comprovadas, além de relação custo-efetividade favorável (WHO, 2007). Tanto a incidência como a mortalidade por câncer do colo do útero podem ser reduzidas com programas organizados de rastreamento. Uma expressiva redução na morbimortalidade pela doença foi alcançada nos países desenvolvidos após a implantação de programas de rastreamento de base populacional a partir de 1950 e 1960 (WHO, 2002a). O rastreamento do câncer do colo do útero se baseia na história natural da doença e no reconhecimento de que o câncer invasivo evolui a partir de lesões precursoras (lesões intraepiteliais escamosas de alto grau e adenocarcinoma in situ), que podem ser detectadas e tratadas adequadamente, impedindo a progressão para o câncer. O método principal e mais amplamente utilizado para rastreamento do câncer do colo do útero é o teste de Papanicolaou (exame citopatológico do colo do útero). Segundo a OMS, com uma cobertura da população- alvo de, no mínimo, 80% e a garantia de diagnóstico e tratamento adequados dos casos alterados, é possível reduzir, em média, de 60 a 90% a incidência do câncer cervical invasivo (WHO, 2002b). A experiência de alguns países desenvolvidos mostra que a incidência do câncer do colo do útero foi reduzida em torno de 80% onde o rastreamento citológico foi implantado com qualidade, cobertura, tratamento e seguimento das mulheres (WHO, 2007). O método de rastreamento do câncer do colo do útero no Brasil é o exame citopatológico (exame de Papanicolaou), que deve ser oferecido às mulheres ou qualquer pessoa com colo do útero, na faixa etária de 25 a 64 anos e que já tiveram atividade sexual (BRASIL, 2016). Isso pode incluir homens trans e pessoas não binárias designadas mulher ao nascer (CONNOLLY, HUGHES, BERNER; 2020; WHO, 2021). A priorização desta faixa etária como a população- alvo do Programa justifica-se por ser a de maior ocorrência das lesões de alto grau, passíveis de serem tratadas efetivamente para não evoluírem para o câncer. Segundo a OMS, a incidência deste câncer aumenta nas mulheres entre 30 e 39 anos de idade e atinge seu pico na quinta ou sexta décadas de vida. Antes dos 25 anos prevalecem as infecções por HPV e as lesões de baixo grau, que regredirão espontaneamente na maioria dos casos e, portanto, podem ser apenas acompanhadas conforme recomendações clínicas. Após os 65 anos, por outro lado, se a mulher tiver feito os exames preventivos regularmente, com resultados normais, o risco de desenvolvimento do câncer cervical é reduzido dada a sua lenta evolução (INCA, 2016; 2021). A rotina recomendada para o rastreamento no Brasil é a repetição do exame Papanicolaou a cada três anos, após dois exames normais consecutivos realizados com um intervalo de um ano. A repetição em um ano após o primeiro teste tem como objetivo reduzir a possibilidade de um resultado falso-negativo na primeira rodada do rastreamento (BRASIL, 2016). A periodicidade de três anos tem como base a recomendação da OMS e as diretrizes da maioria dos países com programa de rastreamento organizado. Tais diretrizes justificam-se pela ausência de evidências de que o rastreamento anual seja significativamente mais efetivo do que se realizado em intervalo de três anos (WHO, 2007) O rastreamento de mulheres portadoras do vírus HIV ou imunodeprimidas constitui uma situação especial, pois, em função da defesa imunológica reduzida e, consequentemente, da maior vulnerabilidade para as lesões precursoras do câncer do colo do útero, o exame deve ser realizado logo após o início da atividade sexual, com periodicidade anual após dois exames normais consecutivos realizados com intervalo semestral. Por outro lado, não devem ser incluídas no rastreamento mulheres sem história de atividade sexual ou submetidas a histerectomia total por outras razões que não o câncer do colo do útero4. O êxito das ações de rastreamento depende dos seguintes pilares: Informar e mobilizar a população e a sociedade civil organizada; Alcançar a meta de cobertura da população alvo; Garantir acesso a diagnóstico e tratamento; Garantir a qualidade das ações; Monitorar e gerenciar continuamente as ações.
É importante destacar que a priorização de uma faixa etária não significa a impossibilidade da oferta do exame para as mulheres mais jovens ou mais velhas. Na prática assistencial, a anamnese bem realizada e a escuta atenta para reconhecimento dos fatores de risco envolvidos e do histórico assistencial da mulher são fundamentais para a indicação do exame de rastreamento (BRASIL, 2010). As mulheres diagnosticadas com lesões intraepiteliais do colo do útero no rastreamento devem ser encaminhadas à unidade secundária para confirmação diagnóstica e tratamento, segundo as diretrizes clínicas estabelecidas No Brasil, a notificação de casos de câncer é uma parte essencial da vigilância epidemiológica, permitindo que o governo monitore a incidência da doença, planeje intervenções de saúde pública e avalie a eficácia das políticas de prevenção e tratamento. A notificação de casos de câncer segue um processo coordenado pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e pelo Sistema de Informação do Câncer (SISCAN), que faz parte do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), órgão vinculado ao Ministério da Saúde. Abaixo estão os passos principais do processo de notificação de casos de câncer no Brasil: Diagnóstico e Tratamento: Quando um paciente é diagnosticado com câncer, o médico responsável pelo diagnóstico e tratamento é encarregado de registrar as informações relevantes no prontuário médico do paciente. Notificação Obrigatória: Os médicos e estabelecimentos de saúde são obrigados por lei a notificar os casos de câncer ao sistema de vigilância epidemiológica. Isso é feito por meio do preenchimento de formulários específicos contendo informações sobre o paciente, o tipo de câncer, o estágio da doença e outras informações relevantes. Registro no SISCAN: As informações coletadas são inseridas no Sistema de Informação do Câncer (SISCAN), um sistema de informação que centraliza os dados sobre casos de câncer no país. Esses dados são utilizados para compilar estatísticas, analisar tendências e tomar decisões informadas sobre políticas de saúde. Confidencialidade: As informações pessoais dos pacientes são protegidas e mantidas em sigilo, conforme as leis e regulamentações de proteção de dados e privacidade. Análise e Relatórios: Com base nos dados coletados, o governo pode analisar a incidência de diferentes tipos de câncer, identificar áreas geográficas com maior prevalência, traçar perfis demográficos dos pacientes e avaliar a eficácia das intervenções de prevenção e tratamento. Planejamento e Políticas de Saúde: As informações coletadas a partir da notificação de casos de câncer auxiliam na formulação de políticas de saúde, alocação de recursos e planejamento de programas de prevenção e tratamento. Pesquisa Epidemiológica: Além de serem usadas para políticas de saúde pública, as informações sobre casos de câncer também podem ser utilizadas para pesquisa epidemiológica, contribuindo para o avanço do conhecimento científico. A notificação de casos de câncer é fundamental para entender a prevalência e os padrões da doença no Brasil, permitindo a implementação de ações eficazes para reduzir o impacto do câncer na população. O INCA/Ministério da Saúde elabora diretrizes para a detecção precoce do câncer e desenvolve estudos para subsidiar a gestão e o monitoramento da rede de atenção oncológica do SUS. As Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero (abre em nova janela), os Parâmetros Técnicos para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero (abre em nova janela) e o Manual de Gestão da Qualidade para Laboratório de Citopatologia (abre em nova janela) são os atuais documentos de referências. O INCA é atualmente o gestor do Sistema de Informação do Câncer (Siscan), uma ferramenta de apoio à gestão para monitorar as ações de detecção precoce do câncer de mama. Lançado em 2013, vem sendo implantado em todo território nacional, substituindo e integrando o SISMAMA e o SISCOLO. Os dados gerados pelo sistema permitem avaliar a oferta de mamografias para a população alvo e estimar sua cobertura, avaliar a qualidade dos
acompanhamento dos valores orçamentários e financeiros, total e médio (por paciente), pertinentes às consultas e exames relacionados à cada etapa para realização do diagnóstico e, também, relativos aos tratamentos, de cada um dos cânceres mais prevalentes, por grau de estadiamento e por período de avaliação / controle (mensal, semestral ou anual);