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Enzimas digestivas: degradação de macronutrientes, Resumos de Nutrição

Enzimas são proteínas de ocorrência natural que atuam catalisando, ou seja, acelerando as inúmeras reações bioquímicas que ocorrem no organismo. As enzimas permitem que os processos metabólicos se desenvolvam em velocidade adequada em condições fisiológicas, diminuindo a energia de ativação necessária para que a reação ocorra e assim, acelerando a velocidade desta reação. Sem a atividade catalítica das enzimas, as reações biológicas seriam lentas demais para permitir a vida.

Tipologia: Resumos

2025

À venda por 29/03/2025

dra-ianna-carmo
dra-ianna-carmo 🇧🇷

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O QUE SÃO ENZIMAS?
Enzimas são proteínas de ocorrência natural que atuam catalisando, ou seja, acelerando as
inúmeras reações bioquímicas que ocorrem no organismo. As enzimas permitem que os
processos metabólicos se desenvolvam em velocidade adequada em condições fisiológicas,
diminuindo a energia de ativação necessária para que a reação ocorra e assim, acelerando a
velocidade desta reação. Sem a atividade catalítica das enzimas, as reações biológicas seriam
lentas demais para permitir a vida.
Fisiologicamente, as enzimas podem ser categorizadas de acordo com a função principal
desempenhada, sendo digestivas ou metabólicas. Este último grupo catalisa diferentes reações
bioquímicas que ocorrem nas células e tecidos do organismo, como a produção de energia,
síntese e reparo de estruturas celulares e replicação e reparo do material genético. Já as enzimas
digestivas, presentes no trato gastrointestinal (TGI), estão envolvidas com a degradação de
macronutrientes obtidos através da alimentação - como proteínas, carboidratos e lipídios - em
aminoácidos, monossacarídeos e ácidos graxos, para que sejam então absorvidos.
Adicionalmente, as enzimas alimentares, encontradas em frutas e verduras cruas, são
importantes para o processo digestivo, permitindo a absorção de nutrientes presentes neste tipo
de alimento.
COMO FUNCIONAM AS ENZIMAS DIGESTIVAS
As enzimas digestivas são quimicamente classificadas como hidrolases, ou seja, promovem a
quebra das ligações químicas das macromoléculas através de reações de hidrólise em sítios
ativos. Cada enzima apresenta determinada especificidade para um substrato, hidrolisando
apenas determinadas ligações, de forma que, para que haja a digestão de nutrientes complexos,
várias enzimas podem ser necessárias.
A atividade das enzimas digestivas pode ser influenciada por condições como temperatura e pH.
A exposição à temperatura elevada durante o cozimento pode alterar a estrutura enzimática e
dificultar a ligação da enzima ao seu substrato, como ocorre com alimentos vegetais. O pH do
TGI, que pode estar alterado em algumas doenças crônicas, pode também comprometer o
processo digestivo.
Diversos fatores podem interferir com a produção de enzimas digestivas e afetar a digestão,
incluindo a falta de mastigação, distração e estresse durante as refeições, uso de certos
medicamentos, declínio da produção endógena com o envelhecimento, fisiopatologias e o
consumo de alimentos altamente processados.
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA SUPLEMENTAÇÃO COM ENZIMAS DIGESTIVAS
• Melhora a digestão, a biodisponibilidade e absorção dos nutrientes;
• Restaura a atividade enzimática endógena ausente ou insuficiente;
Reduz possíveis desconfortos gastrointestinais associados ao consumo de alguns alimentos
específicos, como laticínios, trigo, legumes ou alimentos ricos em fibras;
• Fortalece o sistema imune, reduzindo a severidade de intolerâncias e alergias alimentares.
CLASSIFICAÇÃO DAS ENZIMAS DIGESTIVAS
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O QUE SÃO ENZIMAS?

Enzimas são proteínas de ocorrência natural que atuam catalisando, ou seja, acelerando as inúmeras reações bioquímicas que ocorrem no organismo. As enzimas permitem que os processos metabólicos se desenvolvam em velocidade adequada em condições fisiológicas, diminuindo a energia de ativação necessária para que a reação ocorra e assim, acelerando a velocidade desta reação. Sem a atividade catalítica das enzimas, as reações biológicas seriam lentas demais para permitir a vida. Fisiologicamente, as enzimas podem ser categorizadas de acordo com a função principal desempenhada, sendo digestivas ou metabólicas. Este último grupo catalisa diferentes reações bioquímicas que ocorrem nas células e tecidos do organismo, como a produção de energia, síntese e reparo de estruturas celulares e replicação e reparo do material genético. Já as enzimas digestivas, presentes no trato gastrointestinal (TGI), estão envolvidas com a degradação de macronutrientes obtidos através da alimentação - como proteínas, carboidratos e lipídios - em aminoácidos, monossacarídeos e ácidos graxos, para que sejam então absorvidos. Adicionalmente, as enzimas alimentares, encontradas em frutas e verduras cruas, são importantes para o processo digestivo, permitindo a absorção de nutrientes presentes neste tipo de alimento. COMO FUNCIONAM AS ENZIMAS DIGESTIVAS As enzimas digestivas são quimicamente classificadas como hidrolases, ou seja, promovem a quebra das ligações químicas das macromoléculas através de reações de hidrólise em sítios ativos. Cada enzima apresenta determinada especificidade para um substrato, hidrolisando apenas determinadas ligações, de forma que, para que haja a digestão de nutrientes complexos, várias enzimas podem ser necessárias. A atividade das enzimas digestivas pode ser influenciada por condições como temperatura e pH. A exposição à temperatura elevada durante o cozimento pode alterar a estrutura enzimática e dificultar a ligação da enzima ao seu substrato, como ocorre com alimentos vegetais. O pH do TGI, que pode estar alterado em algumas doenças crônicas, pode também comprometer o processo digestivo. Diversos fatores podem interferir com a produção de enzimas digestivas e afetar a digestão, incluindo a falta de mastigação, distração e estresse durante as refeições, uso de certos medicamentos, declínio da produção endógena com o envelhecimento, fisiopatologias e o consumo de alimentos altamente processados. PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA SUPLEMENTAÇÃO COM ENZIMAS DIGESTIVAS

  • Melhora a digestão, a biodisponibilidade e absorção dos nutrientes;
  • Restaura a atividade enzimática endógena ausente ou insuficiente;
  • Reduz possíveis desconfortos gastrointestinais associados ao consumo de alguns alimentos específicos, como laticínios, trigo, legumes ou alimentos ricos em fibras;
  • Fortalece o sistema imune, reduzindo a severidade de intolerâncias e alergias alimentares. CLASSIFICAÇÃO DAS ENZIMAS DIGESTIVAS

As enzimas digestivas costumam ser classificadas de acordo com o tipo de alimento, ou substrato, no qual atuam, sendo principalmente: LIPASES: enzimas que catalisam a hidrólise de lipídios e gorduras em ácidos graxos livres. CARBOIDRASES: enzimas que catalisam a hidrólise de ligações em carboidratos, levando à formação de monossacarídeos. PROTEASES: enzimas que catalisam a hidrólise de ligações peptídicas de proteínas, produzindo peptídeos e aminoácidos. EXEMPLOS DE ENZIMAS DIGESTIVAS ALFA AMILASE (Fonte: Aspergillus oryzae ) Alfa-amilase é a enzima que catalisa a quebra de carboidratos, como o amido, em cadeias menores, os dissacarídeos, e posteriormente, no monossacarídeo glicose, mais facilmente digerido e absorvido. É produzida no organismo humano, na boca, estômago e intestino delgado e em condições de deficiência, como insuficiência pancreática, deve ser suplementada para que haja o aproveitamento nutricional dos carboidratos da dieta e um aporte adequado de energia ao organismo.

  • Auxilia na digestão de carboidratos SUGESTÃO POSOLÓGICA: 5.000 a 20.000 SKB ao dia ALFA GALACTOSIDASE (Fonte: Aspergillus niger ) A alfa galactosidase é uma enzima necessária para a digestão de alimentos ricos em amido, como feijão, brócolis, couve de Bruxelas e repolho, dentre outros. Quando há deficiência desta enzima, alguns indivíduos podem experimentar problemas gástricos, tais como desconforto abdominal e produção de gases e flatulência, que ocorrem devido à ausência de hidrólise das ligações alfa galactosídicas presentes em carboidratos (oligossacarídeos) não digeríveis, que acabam sendo fermentados pelas bactérias do trato intestinal. Assim, a suplementação com alfa galactosidase pode melhorar a qualidade do processo digestivo, reduzindo possíveis inconvenientes associados ao consumo de leguminosas, grãos e frutas.
  • Auxilia na digestão de carboidratos complexos, como a amido, e reduzindo a formação de gases e flatulência. SUGESTÃO POSOLÓGICA: 400 a 1.200 GalU BROMELINA

SUGESTÃO POSOLÓGICA:

400 a 1.200 SU LACTASE (Fonte: Aspergillus niger ) A lactase ou beta galactosidase é uma enzima que hidrolisa a lactose - o principal carboidrato presente no leite e derivados - em glicose e galactose no trato gastrointestinal, especificamente no intestino delgado. Indivíduos com insuficiência na produção da enzima lactase apresentam manifestações relacionadas à intolerância à lactose, como dor abdominal, inchaço, diarreia e flatulências. Assim, a suplementação oral de lactase pode ser especialmente útil no manejo destes sintomas.

  • Auxilia na digestão da lactase presente no leite e derivados
  • Reduz os sintomas associados à intolerância à lactose SUGESTÃO POSOLÓGICA: 1.000 a 10.000 ALU LIPASE (Fonte: Aspergillus sp .) A lipase é secretada com o pepsinogênio no meio estomacal e é uma enzima essencial para a digestão de gorduras – clivando os triacilgliceróis em ácidos graxos e glicerol – atuando em conjunto com os efeitos de emulsificação dos sais biliares liberados pela vesícula biliar. Quando há insuficiência na produção da lipase, o metabolismo de lipídios pode estar comprometido e se manifestar em indigestão e esteatorréia. Assim, a suplementação de lipase reduz os sintomas como desconforto gástrico e gases após refeições ricas em gordura.
  • Auxilia no processo de digestão de lipídios da dieta
  • Reduz o desconforto gástrico e gases SUGESTÃO POSOLÓGICA: 750 a 4.800 FIP MALTASE (Fonte: Aspergillus oryzae ) A maltose é formada no organismo humano durante a digestão do amido pela amilase como um produto intermediário. A enzima maltase decompõe o dissacarídeo maltose em duas moléculas de glicose, que são utilizadas pelo organismo para a produção de energia a partir de fontes dietéticas, especialmente grãos e vegetais ricos em amido. A suplementação com maltase pode

melhorar a digestão ao longo de todo o trato gastrointestinal, reduzindo, por exemplo, a ocorrências de episódios de diarreia.

  • Melhora a digestibilidade da maltose presente em alimentos ricos em amido SUGESTÃO POSOLÓGICA: 200 a 400 DP PANCREATINA (Fonte: Pâncreas suíno) A pancreatina é um complexo enzimático produzido no pâncreas de mamíferos, contendo principalmente amilase, lipase e protease, que por sua vez atuam na digestão de amido, gordura e proteínas. A suplementação desta enzima tem sido utilizada em deficiências pancreáticas como pancreatite e fibrose cística associada à esteatorréia, condições que podem acarretar má- digestão e, por consequência, má absorção de nutrientes.
  • Utilizada em condições nas quais há insuficiência enzimática pancreática, comprometendo a digestão SUGESTÃO POSOLÓGICA: 10.000 A 50.000 U.FIP por refeição PECTINASE (Fonte: Aspergillus niger ) A pectinase é uma enzima que digere a pectina, um dos principais componentes da parede celular dos vegetais das frutas e vegetais, também presente em geléias como agente espessante e gelificante. Quando utilizada em associação à celulase e hemicelulase, a pectinase pode aumentar o valor nutricional e potencial prebiótico dos alimentos de origem vegetal. Assim, a pectinase melhora a absorção dos nutrientes ingeridos através da dieta, bem como melhora o processo digestivo de forma geral.
  • Aumenta a digestibilidade e absorção de nutrientes de origem vegetal SUGESTÃO POSOLÓGICA: 35 a 100 ENDO PG ao dia PAPAÍNA (Fonte: Carica papaya ) A papaína é uma enzima com ação proteolítica e antiinflamatória, obtida do mamão ( Carica papaya ). Auxilia no processo digestivo promovendo a dissociação de proteínas em moléculas mais simples passíveis de serem absorvidas. Em geral, é associada com outras enzimas

As proteases são enzimas que pertencem ao grupo das hidrolases que clivam as ligações peptídicas das proteínas, formando os peptídeos e aminoácidos, mais prontamente biodisponíveis ao organismo. As proteases atuam em diferentes faixas de pH ao longo do trato gastrointestinal, de forma que a protease alcalina, de pH ótimo entre 7 e 9, atua na digestão proteica em nível intestinal, bem como em demais processos fisiológicos, como ativação de outras enzimas e coagulação sanguínea.

  • Promove a digestão proteica SUGESTÃO POSOLÓGICA: 5.000 a 10.000 PC XILANASE (Fonte: Trichodema viride ) A xilanase é uma enzima que hidrolisa a hemicelulose presente na parede celular de vegetais que fornecem fibras solúveis, como aveia, trigo, centeio e arroz. Esta enzima não é produzida pelo organismo humano e pode ser suplementada com o intuito de melhorar o processo digestivo de forma geral, reduzindo flatulências e gases.
  • Melhora a digestibilidade de fibras solúveis presentes em alimentos de origem vegetal SUGESTÃO POSOLÓGICA: 750 a 1.200 XU ao dia