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Guias e Dicas
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enpacs 10passos, Notas de estudo de Nutrição

enpacs_10passos

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 25/02/2011

denise-bandeira-6
denise-bandeira-6 🇧🇷

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Dez passos para uma
alimentação saudável
Guia alimentar para crianças
menores de dois anos
Um guia para o profissional
da saúde na atenção básica
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Brasília – DF
2010
Disque Saúde
0800 61 1997
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
www.saude.gov.br/bvs
capa Guia 10 passos.indd 1 7/7/10 6:02:11 PM
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Dez passos para uma

alimentação saudável

Guia alimentar para crianças

menores de dois anos

Um guia para o profissional

da saúde na atenção básica

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Brasília – DF

Dez passos para uma

alimentação saudável

Guia alimentar para crianças

menores de dois anos

Um guia para o profissional

da saúde na atenção básica

2ª edição

Série A. Normas e Manuais Técnicos

Brasília – DF

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Secretaria de Atenção à Saúde

Departamento de Atenção à Saúde

Dez passos para uma alimentação saudável

Apresentação (^) 7 Introdução (^) 8 Boas Técnicas de Comunicação (^) 10

Passo 1 - Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento (^) 12 Passo 2 - Ao completar 6 meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais (^) 15

Passo 3 - Ao completar 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia, se a criança estiver em aleitamento materno (^) 18

Passo 4 - A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança (^) 21

Passo 5 - A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; iniciar com a consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família (^) 23

Passo 6 - Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida (^) 25

Passo 7 - Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições (^) 26

Passo 8 - Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas, nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação (^) 28

Passo 9 - Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados (^) 30

Passo 10 - Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação. (^) 32

Referências (^) 34 Anexos (^) 35 Anexo A - Orientações para crianças não amamentadas no primeiro ano de vida (^) 35 Anexo B - Alimentação Variada: garantir os grupos de alimentos (^) 39 Anexo C - Receitas de papas salgadas para crianças de 6 a 11 meses (^) 44 Anexo D - Práticas alimentares que previnem a anemia (^) 61 Anexo E - Práticas específicas para controlar o excesso de peso (^) 62 Anexo F - Situações alimentares comuns na puericultura (^) 63

Sumário

Ministério da Saúde

Ministério da Saúde

Introdução

Os primeiros anos de vida de uma criança, especialmente os dois primeiros, são caracterizados por crescimento acelerado e enormes aquisições no processo de desenvolvimento, incluindo habilidades para receber, mastigar e digerir outros alimentos, além do leite materno, e no autocontrole do processo de ingestão de alimentos, para atingir o padrão alimentar cultural do adulto.

Essas considerações podem ser confirmadas quando observamos que uma criança cresce, em média, 25 cm no primeiro ano de vida e 12 cm no segundo ano, passando, a partir dos 3 anos, a crescer de 5 a 7 cm por ano. Associado a esse crescimento físico, a criança vai adquirindo capacidades psicomotoras e neurológicas que podem ser observadas a cada mês. Esse processo é rápido, de modo que, dos 4 aos 5 meses de idade já sustenta a cabeça e com 6 meses é capaz de sentar sem apoio. Assim, torna-se inquestionável a importância da alimentação da criança nessa fase, uma vez que deficiências nutricionais ou condutas inadequadas quanto à prática alimentar podem, não só levar a prejuízos imediatos na saúde da criança, elevando a morbi-mortalidade infantil, como também deixar sequelas futuras como retardo de crescimento, atraso escolar e desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis.

O governo brasileiro e órgãos representativos no Brasil recomendam o aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida e adequação das práticas da alimentação complementar ao leite materno a partir dessa idade.

A II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno realizada nas capitais brasileiras e no Distrito Federal mostrou que a mediana de tempo de aleitamento materno exclusivo no Brasil foi de 54,1 dias (1,8 meses) e de aleitamento materno foi de 341,6 dias (11,2 meses). Na mesma pesquisa observou-se que o início do processo de desmame ocorre precocemente

  • dentro das primeiras semanas ou meses de vida –, com a introdução de chás, água, sucos e outros leites e progride de modo gradativo. Cerca de um quarto das crianças entre 3 e 6 meses já consumia comida salgada e frutas. Na faixa etária de 6 a 9 meses, 69,8% das crianças haviam consumido frutas e 70,9%, verduras/legumes. Em relação ao consumo de alimentos não saudáveis, observou-se consumo elevado de café (8,7%), de refrigerantes (11,6%) e bolachas e/ou salgadinhos (71,7%) entre crianças de 9 a 12 meses (MS, 2009). Pode-se afirmar que o processo de introdução de alimentos complementares não é oportuno, podendo ser inadequado do ponto de vista energético e nutricional.

Com relação às condições nutricionais da criança a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) mostrou que a prevalência de baixo peso para a estatura em crianças menores de 5 anos no Brasil foi de 1,6%, baixa estatura para a idade foi de 6,8% e excesso de peso foi de 7,4%. Em comparação aos dados de 1996, evidencia-se a diminuição da desnutrição infantil. Outra informação de cobertura nacional fornecida pela PNDS que fortalece a

Dez passos para uma alimentação saudável

adoção de estratégias de promoção da alimentação complementar saudável, refere-se à prevalência de 20,9% de crianças com anemia e 17,4% com deficiência de vitamina A (BRASIL, 2008, 2009). A promoção da alimentação saudável, de modo geral, deve prever um escopo amplo de ações que contemplem a formação de hábitos alimentares saudáveis desde a infância, com a introdução da alimentação complementar em tempo oportuno e de qualidade, respeitando a identidade cultural e alimentar das diversas regiões brasileiras. Assim, este manual objetiva a operacionalização dos Dez passos da Alimentação Saudável para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos recomendados pelo Ministério da Saúde e OPAS/OMS.

Dez passos para uma alimentação saudável

como acenar positivamente com a cabeça, sorrir e usar expressões como “sei”, “continue”. Se você repetir ou ecoar o que ela está dizendo, mostra que está ouvindo e a estimula a falar mais. É útil mesclar respostas que ecoam as informações com outras respostas como, por exemplo, “é mesmo, continue” ou fazer perguntas abertas.

4. Demonstre empatia

  • A empatia ocorre quando demonstramos que estamos ouvindo o que a pessoa diz e tentando entender como ela se sente; quando observamos a situação do ponto de vista dela. A simpatia é diferente. Quando simpatizamos com alguém, usamos o nosso próprio ponto de vista. 5. Evite palavras que pareçam envolver julgamento
  • Palavras que podem soar como se você estivesse julgando alguém incluem: certo, errado, bem, mal, bom, suficiente, adequadamente, apropriadamente, problema. Por exemplo: “Seu bebê está se alimentando bem ?” Essa pergunta traz a implicação de que existe um padrão de alimentação e que o bebê pode não estar atingindo esse padrão. 6. Aceite o que a pessoa pensa ou sente
  • Podemos aceitar as idéias e sentimentos das pessoas sem discordar delas ou dizer que não há nada para se preocupar. Aceitar o que ela diz não é o mesmo que concordar. Você pode aceitar o que ela diz e posteriormente fornecer a informação correta. Aceitar o que uma pessoa diz aumenta a confiança dela em você. 7. Reconheça e elogie
  • Reconheça e elogie o que as mães, pais e cuidadores conseguem realizar. Por exemplo, diga à mãe que ela está de parabéns porque tem trazido o bebê às consultas. 8. Ofereça ajuda prática
  • Quando as pessoas têm um problema prático para resolver, elas precisam de ajuda para conseguirem relaxar. Observe se ela não está com sede, com fome ou cansada e precisando descansar, antes de ouvir as suas orientações. 9. Forneça informações relevantes em linguagem adequada
  • Descubra o que as pessoas precisam saber naquele momento.
  • Use palavras adequadas que ela entenda.
  • Não exagere na quantidade de informações. 10. Ofereça sugestões e não ordens
  • Ofereça escolhas e deixe que a pessoa decida o que é melhor para ela.
  • Não diga o que ela deve ou não fazer.
  • Limite suas sugestões a uma ou duas que sejam relevantes à sua situação.

Ministério da Saúde

“Revendo e informando sobre os dez passos

da boa alimentação infantil.”

Passo 1

Dar somente leite materno até

os 6 meses, sem oferecer água,

chás ou qualquer outro alimento.

Lembrar a mãe de que: Antes dos seis meses, ela não deve oferecer complementos ao leite materno. O Leite materno é tudo que a criança precisa.

Revendo seus conhecimentos:

Para que o aleitamento materno exclusivo seja bem sucedido é importante que a mãe esteja motivada e, além disso, que o profissional de saúde saiba orientá-la e apresentar propostas para resolver os problemas mais comuns enfrentados por ela durante a amamentação. Por que as mães oferecem chás, água ou outro alimento?Porque acham que a criança está com sede, para diminuir as cólicas, para acalmá-la a fim de que durma mais, ou porque pensam que seu leite é fraco ou pouco e não está sustentando adequadamente a criança. Nesse caso, é necessário admitir que as mães não estão tranquilas quanto a sua capacidade para amamentar. É preciso orientá-las:

  • Que o leite dos primeiros dias pós-parto, chamado de colostro, é produzido em pequena quantidade e é o leite ideal nos primeiros dias de vida, inclusive para bebês prematuros, pelo seu alto teor de proteínas.
  • Que o leite materno contém tudo o que o bebê necessita até o 6º mês de vida, inclusive água. Assim, a oferta de chás, sucos e água é desnecessária e pode prejudicar a sucção do bebê, fazendo com que ele mame menos leite materno, pois o volume desses líquidos irá substituí-lo. Água, chá e suco representam um meio de contaminação que pode aumentar o risco de doenças. A oferta desses líquidos em chuquinhas ou mamadeiras faz com que o bebê engula mais ar (aerofagia) propiciando desconforto abdominal pela formação de gases, e consequentemente, cólicas no bebê. Além disso, pode-se instalar a confusão de bicos, dificultando a pega correta da mama e aumentar os riscos de problemas ortodônticos e fonoaudiológicos.

Ministério da Saúde

Sinais indicativos de que a criança está mamando de forma adequada

Boa posição

  • O pescoço do bebê está ereto ou um pouco curvado para trás, sem estar distendido
  • A boca está bem aberta
  • O corpo da criança está voltado para o corpo da mãe
  • A barriga do bebê está encostada na barriga da mãe
  • Todo o corpo do bebê recebe sustentação
  • O bebê e a mãe devem estar confortáveis

Boa pega

  • O queixo toca a mama
  • O lábio inferior está virado para fora
  • Há mais aréola visível acima da boca do que abaixo
  • Ao amamentar, a mãe não sente dor no mamilo

Produção versus ejeção do leite materno A produção adequada de leite vai depender, predominantemente, da sucção do bebê (pega correta, frequência de mamadas), que estimula os níveis de prolactina (hormônio responsável pela produção do leite). Entretanto, a produção de ocitocina, hormônio responsável pela ejeção do leite, é facilmente influenciada pela condição emocional da mãe (autoconfiança). A mãe pode referir que está com pouco leite. Nesses casos, geralmente, o bebê ganha menos de 20 g e molha menos de seis fraldas por dia. O profissional de saúde pode contribuir para reverter essa situação orientando a mãe a colocar a criança mais vezes no peito para amamentar inclusive durante a noite, observando se a pega do bebê está correta.

Dez passos para uma alimentação saudável

Passo 2

Ao completar 6 meses, introduzir

de forma lenta e gradual outros

alimentos, mantendo o leite

materno até os dois anos de idade

ou mais.

Lembrar a mãe de que: Para que o bebê continue crescendo bem, a partir dos seis meses, ele necessita receber outros alimentos além do leite materno.

Revendo seus conhecimentos:

  • A partir dos 6 meses, as necessidades nutricionais da criança já não são mais atendidas só com o leite materno, embora este ainda continue sendo uma fonte importante de calorias e nutrientes.
  • A partir dessa idade, a criança já apresenta maturidade fisiológica e neurológica para receber outros alimentos.
  • Mesmo recebendo outros alimentos, a criança deve continuar a mamar no peito até os 2 anos ou mais. O leite materno continua alimentando a criança e protegendo-a contra doenças.
  • Com a introdução dos alimentos complementares é importante que a criança receba água nos intervalos. A água oferecida deve ser a mais limpa possível (tratada, filtrada e fervida).
  • A partir dos 6 meses o reflexo de protrusão da língua diminui progressivamente, o que facilita a ingestão de alimentos semissólidos; as enzimas digestivas são produzidas em quantidades suficientes para essa nova fase; e a criança desenvolve habilidade para sentar-se, facilitando a alimentação oferecida por colher.
  • Os alimentos complementares, especialmente preparados para a criança, são chamados de alimentos de transição. A partir dos 8 meses de idade a criança já pode receber gradativamente os alimentos preparados para a família, desde que sem temperos picantes, sem alimentos industrializados, com pouco sal e oferecidos amassados, desfiados, triturados ou picados em pequenos pedaços.
  • A introdução dos alimentos complementares deve respeitar a identidade cultural e alimentar das diversas regiões, resgatando e valorizando os alimentos regionais, ou seja, as frutas, legumes e verduras produzidas localmente.

Dez passos para uma alimentação saudável

As preparações regionais são exemplos de como resgatar alimentos das diversas regiões brasileiras. Destaca-se que, no início da introdução dos alimentos complementares, as preparações “básicas” como arroz, tubérculos, feijão, legumes, verduras, carnes e ovos sejam oferecidas separadas no prato da criança, pois a criança precisa conhecer os novos sabores e texturas dos alimentos.

Sugestões para as diferentes combinações de papas salgadas

Região Norte

  1. Açaí com farinha de tapioca e peixe desfiado.
  2. Peixe com alfavaca e papa de batata com pupunha.
  3. Arroz e feijão com tucumã e frango desfiado.
  4. Carne desfiada com maxixe e mandioca.
  5. Cará e cenoura, carne, feijão com chicória.

Região Nordeste

  1. Baião de dois (arroz e feijão) com carne moída e bredo.
  2. Cozido Maranhense.
  3. Arroz com vinagreira, feijão e peixe desfiado.
  4. Purê de jerimum com inhame e frango desfiado (escondidinho) ou com carne desfiada.
  5. Feijão fradinho com mandioquinha e frango desfiado.

Região Centro-Oeste

  1. Galinhada com cenoura e salsinha.
  2. Cozidão para criança.
  3. Maria Isabel com beterraba.
  4. Mojica (mandioca, peixe e temperos).
  5. Quibebe de abóbora, frango desfiado e arroz com feijão.

Região Sudeste

  1. Angu com quiabo, frango e feijão.
  2. Arroz com beldroega, feijão e fígado bovino.
  3. Tutu de feijão com ora–pro-nóbis e frango desfiado com caldo.
  4. Arroz colorido (ovo e cenoura, abobrinha).
  5. Bambá.

Região Sul

  1. Sopa de lentilha com carne bovina e espinafre.
  2. Maria Rita (arroz com carne moída, tempero e repolho).
  3. Arroz com pinhão e peixe com repolho roxo.
  4. Purê de batata baroa, arroz com feijão e frango desfiado.
  5. Purê de batata doce com rúcula, arroz com cenoura ralada e carne desfiada. 17

Ministério da Saúde

Passo 3

Ao completar 6 meses, dar

alimentos complementares (cereais,

tubérculos, carnes, leguminosas,

frutas e legumes) três vezes ao dia,

se a criança estiver em aleitamento

materno.

Revendo seus conhecimentos:

  • Os alimentos complementares são constituídos pela maioria dos alimentos básicos que compõem a alimentação do brasileiro.
  • Complementa-se a oferta de leite materno com alimentos saudáveis que são mais comuns à região e ao hábito alimentar da família.
  • Ao completar 6 meses de idade os alimentos complementares devem ser oferecidos três vezes ao dia (papa de fruta, papa salgada e papa de fruta), pois contribuem com o fornecimento de energia, proteína e micronutrientes, além de preparar a criança para a formação dos hábitos alimentares saudáveis no futuro.
  • Ao completar 7 meses deve ser acrescentado ao esquema alimentar a segunda papa salgada.
  • A partir do momento que a criança começa a receber qualquer outro alimento, a absorção do ferro do leite materno reduz significativamente; por esse motivo a introdução de carnes, vísceras e miúdos, mesmo que seja em pequena quantidade, é muito importante. Oriente quanto ao consumo de vísceras e miúdos (ex. fígado, coração, moela) no mínimo uma vez por semana.
  • Para aumentar a absorção do ferro não heme presente nos alimentos de origem vegetal, como por exemplo, os vegetais verde-escuro, é importante o consumo de alimentos fontes de vitamina C, junto ou logo após a refeição.
  • A papa salgada deve conter um alimento do grupo dos cereais ou tubérculos, um dos legumes e verduras, um do grupo dos alimentos de origem animal (frango, boi, peixe, miúdos, ovo) e um das leguminosas (feijão, soja, lentilha, grão de bico).
  • O ovo cozido (clara e gema) pode ser introduzido ao completar 6 meses, mas seu uso deve ser avaliado pela equipe de saúde. É importante considerar a história familiar de alergias alimentares e a disponibilidade financeira da família para oferecer outras fontes protéicas. Outro fato importante é que freqüentemente as mães oferecem para as crianças alimentos que já possuem ovo na sua composição, por isso não seria necessário retardar a sua introdução.

Lembrar a mãe de que: A alimentação oferecida ao bebê, depois dos seis meses, deve ser composta de grãos (cereais e feijões), carnes, frutas e verduras.