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Guias e Dicas
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Enfermidades da Patologia, Esquemas de Patologia

Detalha as enfermidades das patologias na construção civil

Tipologia: Esquemas

2020

Compartilhado em 17/01/2025

jhonny-cruz-9
jhonny-cruz-9 🇧🇷

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
PATOLOGIA E TERAPIA
DAS ESTRUTURAS
ORIGEM DAS
ENFERMIDADES
PROF. ÉLVIO MOSCI PIANCASTELLI
ESCOLA DE ENGENHARIA
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

PATOLOGIA E TERAPIA

DAS ESTRUTURAS

ORIGEM DAS

ENFERMIDADES

PROF. ÉLVIO MOSCI PIANCASTELLI

ESCOLA DE ENGENHARIA

Origem das Enfermidades Prof. Élvio Mosci Piancastelli

    1. INTRODUÇÃO SUMÁRIO
    1. DEFEITOS DE PROJETO
    • 2.1. Má Avaliação de Cargas
    • 2.2. Erros no Modelo Estrutural
    • 2.3. Erros na Definição da Rigidez das Peças
    • 2.4. Falta de Drenagem (Retenção ou Falta de Desvio das Águas)
    • 2.5. Penetração d’Água ou Materiais Sólidos
    • 2.6. Deficiências de Detalhamento
    1. DEFEITOS DE EXECUÇÃO
    • INADEQUADO DOS MESMOS 4. MÁ QUALIDADE DOS MATERIAIS OU EMPREGO
    1. SINISTROS OU CAUSAS FORTUITAS
    1. USO INADEQUADO DA ESTRUTURA
    1. MANUTENÇÃO IMPRÓPRIA
    1. BIBLIOGRAFIA

Origem das Enfermidades Prof. Élvio Mosci Piancastelli

O nível de incidência de cada origem varia de país para país. A Tabela 1.1 apresenta os níveis de incidência para nove paises.

Tabela 1.1 - Incidência de Origens de Enfermidades - Calavera, J.R. PAÍS (^) N o^ CAUSAS (%) CASOS Projeto Materiais Execução Utilização Fortuitas Manutenção Outras Inglaterra 510 49 11 29 10 1 - - Alemanha 1576 40 14 29 9 5 2 1 Romênia 481 40 15 29 10 3 2 1 Bélgica 1800 46 15 22 8 5 3 1 Dinamarca 601 37 25 22 9 5 2 1 Iuguslávia 117 34 22 24 12 3 4 1 França 10000 37 5 51 7 - - - Espanha 586 32 16 39 13 - - - Brasil 527 18 7 51 13 6 3 2

A Figura 1.3 resume a distribuição relativa das causas para o caso do Brasil.

Observa-se que, em estatística, os resultados dependem da amostragem adotada. Com relação aos resultados apresentados abaixo, nossa experiência confirma a grande incidência de enfermidades relacionadas com problemas executivos.

Incidência no Brasil

Manutenção 3%

Execução 51%

Projeto 18%

Materiais 7%

Fortuitas 6% Utilização 13%

Outros 2%

Figura 1.3 - Incidência das Origens das Enfermidades (Carmona Filho,A., Marega,A.)

A seguir são analisadas cada uma das origens indicadas na Figura 1.2.

Origem das Enfermidades Prof. Élvio Mosci Piancastelli

2. DEFEITOS DE PROJETO

A seguir, são indicados alguns dos erros cometidos na fase de projeto, que dão origem a enfermidades.

2.1. Má Avaliação de Cargas

  • Erro na estimativa dos valores das cargas;
  • Não consideração de cargas (vento, temperatura, empuxo d’água, etc);

Vento Temperatura

Empuxo D’Água

  • Erro na combinação de cargas;

Origem das Enfermidades Prof. Élvio Mosci Piancastelli

  • pouca rigidez dos paramentos dos arrimos ⇒ flechas excessivas e desconforto psicológico dos usuários;

2.4. Falta de Drenagem (Retenção ou Falta de Desvio das Águas)

  • Retenção de águas ⇒ aumento do carregamento;

(lajes de cobertura)

(arrimos)

Origem das Enfermidades Prof. Élvio Mosci Piancastelli

  • Falta de desvio das águas ⇒ manchas e predisposição para patologias;

2.5. Penetração d’Água ou Materiais Sólidos

  • Penetração de água ou materiais sólidos nas juntas ⇒ predisposição para patologias em locais de difícil reparo ou mau funcionamento das juntas;
  • Ausência de impermeabilização ⇒ predisposição para patologias (vazamento, corrosão e eflorecência)

Vazamentos e Corrosão do Concreto

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  • Consolos curtos - Erro no sistema de apoio ⇒ quebra da borda devida à flexão da viga;
  • Falta ou má distribuição de estribos em pilares ⇒ flambagem da armadura longitudinal;
  • Inversão das posições das armaduras ⇒ fissuração excessiva ou ruptura;

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  • Falta de armadura suplementar em arrimos ⇒ fissuras por diferença de temperatura ou por funcionamento como parede estrutural;
  • Má distribuição da armadura (congestionamento) ⇒ más condições de lançamento e adensamento do concreto;
  • Falta de armadura para combater momentos volventes ou tensões devidas a entalhes;
  • Mal dimensionamento da espessura das juntas;

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  • Lançamento e adensamento incorretos do concreto ⇒ segregação, exsudação, ninhos;
  • Contaminações no concreto (desmoldante e outros elementos estranhos) ⇒ queda nas resistências, fissuras;
  • Cura deficiente do concreto ⇒ retração, dessecação superficial, permeabilidade;

Tempo de cura: cimento Portland....................07 a 10 dias; cimento de Alto Forno............10 a 15 dias; cimento Pozolâmico................20 a 30 dias.

  • Erros na instalação dos aparelhos de apoio e na execução de juntas de dilatação ⇒ mau funcionamento, trincas, corrosões (concreto e armaduras);
  • Não tratamento das juntas de concretagem ⇒ fissuras, percolação d’água, alterações no comportamento estrutural (principalmente de reforços);

Origem das Enfermidades Prof. Élvio Mosci Piancastelli

  • Não utilização de espaçadores ⇒ cobrimento insuficiente, ⇒ corrosão das armaduras;
  • Posicionamento incorreto das armaduras ⇒ trincas, segregações, ruptura;
  • Desforma ou descimbramento precoces ou incorretos ⇒ deformações e deslocamentos excessivos, fissuras, ruptura;
  • Não consideração dos esforços oriundos do método ou sequência de execução ⇒ deformações e deslocamentos excessivos, fissuras, ruptura;

Origem das Enfermidades Prof. Élvio Mosci Piancastelli

♦ dilatação das peças durante sua ocorrência;

♦ retração das mesmas após o seu término;

♦ dilatação das armaduras (a altas temperaturas bem diferente da do concreto);

♦ efeitos sobre o concreto (redução da resistência e do módulo de elasticidade);

♦ efeitos sobre o aço (redução da resistência, principalmente nos encruados a frio - tipo B antigo).

6. USO INADEQUADO DA ESTRUTURA

O uso inadequado das estruturas ocorre geralmente em função de:

  • Acréscimos de sobrecarga em função da utilização para fins diferentes daqueles para os quais foram projetadas;
  • Aumento das solicitações em função da ocorrência de cargas superiores às definidas, corretamente, no projeto original (aumento do trem tipo ou da carga de pontes rolantes);
  • Alterações estruturais indevidas, em função de reformas;
  • Alterações, nas reformas, de materiais de revestimento.

7. MANUTENÇÃO IMPRÓPRIA

  • Limpeza com utilização de produtos agressivos ao concreto armado (ácidos, bases fortes ou sais;
  • Ausência de limpeza (depósitos de fuligem, fungos, empoçamentos d’água, derramamentos acidentais de produtos agressivos, etc);
  • Não execução de operações de manutenção de conhecimento geral (pinturas e impermeabilizações);
  • Ausência de inspeções periódicas para a detecção de sintomas patológicos;
  • Adiamento de operações de reparo, recuperação ou reforço.

Origem das Enfermidades Prof. Élvio Mosci Piancastelli

8. BIBLIOGRAFIA

[1] Piancastelli, E.M. - Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto Armado - Ed. Depto. Estruturas da EEUFMG - 1997 - 160p.

[2] Johnson, S.M. - Deterioro, Conservacion y Reparacion de Estructuras, 1a^ ed., Editora Blume, Madrid, 1973, 334p.

[3] Cánovas, M.F. - Patologia e Terapia do Concreto Armado, 1 a^ ed., Editora Pini, São Paulo, 1988, 522p.

[4] Leonhardt, F. e Mönnig E. - Construções de Concreto, Vol.3, 1 a^ ed., Editora Interciência, Rio de Janeiro, 1978, 273p.

Élvio Mosci Piancastelli. Professor Adjunto do Depto. de Engenharia de Estruturas da Escola de Engenharia da UFMG. Engenheiro Consultor pela Fundação Christiano Ottoni e FUNDEP.

Correio Eletrônico: elvio@dees.ufmg.br Telefones: 31-9907-4140 (cel.) - 031-3238-1998 (com.)