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Estratégias de Prevenção e Tratamento da Hipertensão e Diabetes, Notas de estudo de Enfermagem

As atividades e responsabilidades da equipe de saúde da família no cuidado e prevenção de doenças cardiovasculares, com foco em hipertensão e diabetes. A equipe deve atuar de forma integrada e capacitada para identificar fatores de risco, orientar a comunidade, aferir pressão arterial e verificar peso, entre outras atividades. Além disso, o documento aborda a importância da educação do paciente e da individualização do tratamento.

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 05/02/2011

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Curso de
Enfermagem e o PSF
MÓDULO IV
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
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descritos na Referência Consultada.
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Curso de

Enfermagem e o PSF

MÓDULO IV

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na Referência Consultada.

MÓDULO IV

SAÚDE DO ADULTO

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO ADULTO E DO IDOSO

IDADE VACINAS DOSES DOENÇAS EVITADAS

dT (Dupla tipo adulto) (1)

1ª dose Contra Difteria e Tétano Febre Amarela (2) Dose inicial

A partir de 20 anos Contra Febre Amarela

SCR (Tríplice viral) (3)

Dose única

Contra Sarampo, Caxumba e Rubéola 2 meses após a 1ª dose contra Difteria e Tétano

dT (Dupla tipo adulto)

2 ª dose Contra Difteria e Tétano

4 meses após a 1ª dose contra Difteria e Tétano

dT (Dupla tipo adulto)

3 ª dose Contra Difteria e Tétano dT (Dupla tipo adulto) (4)

reforço Contra Difteria e Tétano A cada 10 anos por toda a vida Febre Amarela reforço Contra Febre Amarela Influenza (5) Dose anual

Contra Influenza ou Gripe 60 anos ou mais Pneumococo (6) Dose única

Contra Pneumonia causada pelo pneumococo (1) A partir dos 20 anos (vinte) anos, não gestante, homens e idosos que não tiverem comprovação de vacinação anterior seguir o esquema acima. Apresentando documentação com esquema incompleto, completar o esquema já iniciado. Intervalo mínimo entre as doses é 30 dias. (2) Adulto/idoso que resida ou que for viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF, área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG. Em viagem para essas áreas, vacinar 10 (dez) dias antes da viagem. (3) A vacina tríplice viral – SCR (Sarampo, Caxumba e Rubéola) deve ser administrada em mulheres de 12 a 49 anos que não tiverem comprovação de vacinação anterior e em homens até 39 (trinta e nove) anos. (4) Mulher grávida que esteja com a vacina em dia, mas recebeu sua última dose há mais e 05 (cinco) anos, precisa receber uma dose de reforço. A dose deve ser aplica no mínimo 20 dias antes da data provável do parto. Em caso de ferimentos graves, a dose de reforço deverá ser antecipada para cinco anos após a última dose.

Visando à detecção e ao acompanhamento de pacientes portadores de hipertensão e/ou diabetes, o Ministério da Saúde criou o Programa chamado HIPERDIA. Essa estratégia é norteadora das atividades da atenção primária em saúde e, portanto deve ser desenvolvida pelo Programa de Saúde da Família. Esse programa consiste em desenvolver atividades de conscientização e educação em saúde visando a detecção precoce de novos pacientes portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica, que eventualmente não apresentem manifestações sintomatológicas, fato que justifica o fato da Hipertensão também ser conhecida como uma “doença silenciosa” e ainda, “assassina silenciosa”. Após a identificação dos casos, o paciente deve ser cadastrado no programa e deverá ser acompanhado pela equipe de saúde mensalmente, ou em intervalos menores se houver a necessidade. Os valores pressóricos podem ser modificados pela variação do volume sanguíneo ou de sua viscosidade, da freqüência cardíaca (número de batimentos por minuto) e da elasticidade da parede dos vasos sanguíneos. Ainda há a interferência pessoal e ambiental sobre o controle hormonal e nervoso que também exerce importante papel nessa regulação pressórica. Existem ainda fatores que determinam riscos para o desenvolvimento de determinadas patologias que podem intervir nesse mecanismo de regulação da pressão arterial sistêmica.

Estratificação de risco Baseia-se na classificação inicial levando-se em conta o exame clínico e avança para a indicação de exames complementares quando a avaliação clínica apontar grau de risco. Indicadores de alto risco: infarto agudo do miocárdio prévio; acidente vascular encefálico ou ataque isquêmico transitório prévio; doença aneurismática de aorta; doença vascular periférica; insuficiência cardíaca congestiva de etiologia isquêmica; angina de peito, doença renal crônica.

Indicadores intermediários de risco: idade > 45 anos homens; > 55 anos mulheres; história familiar de infarto agudo do miocárdio; morte súbita ou acidente vascular encefálico em familiares de 1º grau ocorrido antes dos 50 anos; diagnóstico prévio de diabetes mellitus; tolerância à glicose diminuída; glicemia de jejum alterada, diabete gestacional, diagnóstico prévio de dislipidemia, diagnóstico prévio do ovário policístico, tabagismo, obesidade. Algumas situações podem elevar, ocasionalmente, os valores pressóricos de um indivíduo tais como: exercícios físicos em excesso, fumo, etilismo, cafeína, drogas, preocupações em excesso, nervosismo e até mesmo situações de emoção excessiva. A Hipertensão Arterial Sistêmica consiste de uma elevação da pressão arterial a níveis acima de 140 X 90 mmHg em adultos com idade acima de 18 anos, que tenha aferido sua pressão após 15 minutos de repouso e ainda confirmada por outras aferições. Para o procedimento de aferição, o profissional deverá tomar alguns cuidados importantes, tais como:

  • Solicitar ao paciente que esvazie sua bexiga antes de aferir sua pressão arterial;
  • Deixar o paciente em repouso por 15 minutos antes de realizar o procedimento;
  • Não falar durante o procedimento;
  • Para pacientes tabagistas ou que realizaram atividades físicas, ingeriram álcool ou café é necessário aguardar 30 minutos para a realização do procedimento;
  • Se houver necessidade de conferir o valor obtido é necessário esperar de 1 a 2 minutos para uma nova aferição;
  • É importante usar manguito adequado, ou seja, este deve ter a largura de 40% da circunferência do braço e ficar firme e ajustado ao braço e este por sua vez, deve estar na altura correspondente ao coração;
  • Em caso de crianças e obesos deve-se adotar manguito especial a cada situação.
  • No sistema cerebral podem ocorrer acidentes vasculares encefálicos (“derrames”), hemorragias e infartos do tecido neural;
  • Quando há presença de doença renal associada pode ocorrer nefro esclerose;
  • Ainda há o risco de complicações vasculares como obstrução das artérias carótidas, aneurisma de aorta e doença vascular periférica acometendo os membros inferiores;
  • Pode ocorrer no campo visual, uma diminuição da acuidade visual desencadeada por uma retinopatia. Para instituir o tratamento mais indicado ao paciente é necessário classificar a sua hipertensão quanto ao risco que está representando. Com base na estratificação do risco individual proposta pelo Ministério da Saúde. O médico da equipe de saúde da família deve levar em consideração não apenas os valores pressóricos, mas também os fatores de risco e as morbidades co-associadas que podem interferir na conduta a ser adotada, bem como na classificação do risco.

Atribuições e competências da equipe de saúde A Equipe de Saúde da Família deve atuar de forma integrada e com níveis de competência estabelecidos para que medidas preventivas primárias e atendimento ao indivíduo portador de hipertensão e/ou diabetes, obtenham êxito. Para tanto é necessário a participação efetiva e específica de cada profissional. Agente Comunitário de Saúde deve: esclarecer a comunidade sobre os fatores de risco para as doenças cardiovasculares, orientado-a sobre as medidas de prevenção; bem como reforçar as orientações de adotar hábitos mais saudáveis de vida. Deve ser capaz de identificar na população por ele assistida, pessoas com fatores de risco para doença cardiovascular, ou seja, idade igual ou superior a 40 anos, sedentarismo, obesidade, hipertensão, devendo encaminhá-las a consultas de enfermagem aquelas consideradas suspeitas, assim como, orientá-las para avaliação clínica adicional e exames laboratoriais; verificar o comparecimento das mesmas às consultas agendadas na Unidade de Saúde, verificar se as orientações

quanto à dieta estão sendo seguidas, e ainda, hábitos de fumar e ingerir bebida alcoólica e se estão aderindo à terapia prescrita, registrar em sua ficha de acompanhamento, intercorrências e medicamentos em uso. Para que o agente comunitário de saúde cumpra responsabilidades pré- estabelecidas se faz necessário que, esteja interado do tratamento estipulado ao paciente e mantenha vínculo estreito com as famílias que acompanha. Compete ao auxiliar de enfermagem: verificar os níveis pressóricos, peso, altura e circunferência abdominal, em indivíduos da demanda espontânea da Unidade. Orientar a comunidade sobre a importância das alterações no estilo de vida, ligadas à dieta e prática de exercícios físicos rotineiros, orientarem as pessoas da comunidade sobre os fatores de risco cardiovascular, em especial aqueles ligados a hipertensão e diabetes, agendar consultas de enfermagem e médicas para os casos indicados. Proceder às anotações devidas em ficha clínica, cuidar dos equipamentos (tensiometros e glicosímetros) e solicitar sua manutenção quando necessária, encaminhar as solicitações de exames complementares para serviços de referência. E controlar o estoque de medicamentos e solicitar reposição, seguindo as orientações do enfermeiro da Unidade, no caso da impossibilidade do farmacêutico.

DIABETES MELLITUS

O Diabetes mellitus é uma síndrome de etiologia múltipla decorrente da falta de insulina ou da incapacidade desta exercer corretamente suas funções, o que leva a sintomas agudos e complicações crônicas. É uma doença que apresenta grande morbimortalidade, com perda importante na qualidade de vida. O Diabetes Melitus configura-se hoje como uma epidemia mundial, traduzindo-se em grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo. O envelhecimento da população, a urbanização crescente e a adoção de estilo de vida pouco saudável, como: sedentarismo, dieta inadequada e obesidade são os grandes responsáveis pelo aumento da incidência e prevalência do diabetes em todo o mundo.

complicações e que pessoas e comunidades progressivamente têm acesso a esses cuidados. Nesse contexto, é imperativo que os governos orientem seus sistemas de saúde para lidar com os problemas educativos, de comportamento, nutricionais e de assistência que estão impulsionando a epidemia de diabetes, sobretudo no sentido de reduzir a iniqüidade de acesso a serviços de qualidade. Por sua vez, o Ministério da Saúde implementa diversas estratégias de Saúde Pública, economicamente eficazes, para prevenir o diabetes e suas complicações, por meio do cuidado integral a esse agravo de forma resolutiva e com qualidade.

Classificação do Diabetes Mellitus Esse distúrbio é classificado etiologicamente nas seguintes formas clínicas:

  • Diabetes mellitus tipo I – ocorre em cerca de 5 a 10% dos casos de diabéticos e é resultante primariamente da destruição das células beta do pâncreas. E tem tendência à cetoacidose (acidose metabólica causada por excesso de acetoácidos decorrente da deficiência de insulina), geralmente essa destruição das células pancreáticas é decorrente de doença auto-imune;
  • Diabetes mellitus tipo II – ocorre em cerca de 90% dos pacientes diabéticos e em geral se dá por graus variáveis de resistência à insulina (situação em que ocorre menor captação de glicose por tecidos periféricos, em especial, o muscular e o hepático) e também por relativa deficiência na secreção de insulina. Nesse tipo, o principal fator desencadeante da resistência orgânica à insulina consiste da obesidade que está presente na grande maioria dos diabéticos tipo II. Lesões pancreáticas também podem ser responsáveis pelo desencadear do diabetes tipo II e podem ser desencadeadas por agressões tóxicas decorrentes de processos infecciosos, uso de determinados medicamentos como, por exemplo, a corticoterapia, e ainda abuso de substâncias como álcool e drogas;
  • Diabetes mellitus gestacional - é a intolerância à glicose diagnosticada pela primeira vez durante o período gestacional, podendo ou não persistir após o parto.

Os sintomas são, de modo geral, sede excessiva (polidipsia), aumento do volume e freqüência urinária (poliúria e polaciúria), aumento da freqüência urinária durante a noite (nictúria), polifagia (aumento do apetite), rápido emagrecimento, fraqueza, astenia, letargia, prurido vulvar ou balanopostite. Diminuição repentina, da acuidade visual. Ou ainda, achados de hiperglicemia ou glicosúria (presença de glicose na urina) em exames de rotina. As complicações do Diabetes mellitus também apresentam sintomas que são de grande importância clínica: proteinúria (presença de proteína na urina), neuropatia periférica, retinopatia, ulcerações crônicas nos pés, doença vascular aterosclerótica, impotência sexual, infecções urinárias e dermatológicas de repetição. Alguns sintomas tendem a se agravar progressivamente quando não se consegue manter controlados os valores glicêmicos, evoluindo para complicações severas como a cetoacidose diabética (em pacientes com diabetes tipo I) e o coma hiperosmolar (em pacientes com diabetes tipo II). Assim como na hipertensão, também é necessário classificar o diabetes quanto ao seu tipo a fim de instituir terapêutica mais indicada ao paciente. Com base nessa classificação, cabe ao médico da equipe de saúde da família levar em consideração não apenas os valores glicêmicos, mas também investigar quais são os fatores de risco e os fatores agravantes, visando aumentar a chance de sucesso da terapêutica adotada. A presença de morbidades co–associadas ao diabetes também podem interferir na conduta a ser adotada, bem como na classificação do risco. Cerca de 50% da população com diabetes não sabe que são portadores da doença, algumas vezes permanecendo sem diagnóstico até que sinais de complicações se manifestem. Fatores indicativos de maior risco:

  • Idade > 45 anos;
  • Sobrepeso (Índice e Massa Corporal - IMC > 25);
  • Obesidade central ( cintura abdominal > 102 cm para homens e > 88 cm para mulheres, medida na altura da crista ilíaca);

PREVENÇÃO DE DOENÇAS E COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES

DECORRENTES DA HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES MELLITUS

A prevenção ainda é o melhor caminho para a manutenção da saúde e ainda consiste na forma mais barata e gratificante de tratar os agravos à saúde. Dentre suas etapas a mais significante e que garante o sucesso das etapas seguintes é a educação da comunidade e do indivíduo para as medidas de promoção e prevenção em saúde que consiste em adotar medidas saudáveis para a sua vida. As medidas de prevenção primordiais consistem em um conjunto de ações que desenvolva na comunidade noções de cidadania, a fim de estimular que a própria comunidade busque soluções para problemas de condições de moradia, trabalho, educação e lazer. E também para atuarem de maneira efetiva em áreas insalubres, ou seja, que representam riscos à saúde e requerem medidas de saneamento. A prevenção primária consiste na eliminação de fatores de risco e deve ser realizada de modo bem efetivo e constante por todos da equipe de saúde. Deve-se enfatizar o controle do tabagismo, da obesidade, do etilismo, do consumo de sal, do sedentarismo e estimular uma alimentação saudável e medidas de controle do estresse laboral (presente cada vez mais entre os trabalhadores, principalmente entre aqueles que sofrem com o excesso de trabalho e que muitas vezes não desenvolvem a atividade que gostariam). Esta prevenção é tão importante que se realizada de forma efetiva poderia se prevenir 2,5% dos novos casos de diabéticos apenas com o controle de peso e a prática de atividade física. Cabe à equipe de saúde da família:

  • realizar campanhas educativas periódicas, enfatizando os fatores de risco para Hipertensão e Diabetes e as possíveis conseqüências;
  • programar periodicamente, atividades de lazer individual e comunitário, de forma a sensibilizar a população-alvo da importância dessa prática; A prevenção secundária consiste na detecção e tratamento precoce do Diabetes e da Hipertensão, e objetiva alcançar a remissão dessas doenças, bem como, evitar o aparecimento de complicações e a progressão do quadro clínico.

A atuação do profissional de saúde deve estar voltada para a identificação de fatores de risco associados a possíveis lesões em órgãos-alvo e aparecimento de morbidades associadas. Para isso o profissional enfermeiro ou médico do PSF deve realizar o acompanhamento mensal ou em intervalos menores se considerar necessário, para acompanhamento dos indivíduos já acometidos. O nível terciário da prevenção consiste em evitar o aparecimento de complicações e retardar o aparecimento de complicações agudas e crônicas, além de evitar óbitos precoces. Nesta fase é necessário que toda a equipe seja capaz de atuar na reabilitação de indivíduos já acometidos por complicações.

Atribuições E Competências Da Equipe De Saúde Da Família Na Hipertensão Arterial E No Diabetes Mellitus

Agente Comunitário de Saúde:

  • Orientar a comunidade sobre medidas de prevenção para diabetes e hipertensão e sobre os fatores de riscos para doenças cardiovasculares;
  • Rastrear a hipertensão arterial em indivíduos com mais de 20 anos pelo menos uma vez ao ano, incentivando-os a procurar a Unidade de Saúde para tal;
  • Identificar, entre a população de sua microárea, pessoas com fatores de risco para diabetes tipo II, ou seja, pessoas com idade igual ou superior a 40 anos, sedentarismo, obesidade, hipertensão, mulheres que tiveram filhos com peso ao nascer maior que 4 kg e pessoas com história familiar de diabetes. Indivíduos portadores de fatores de risco para diabetes e hipertensão devem ser encaminhados à consulta de enfermagem
  • Verificar o comparecimento das pessoas encaminhadas às consultas de enfermagem;
  • Verificar a presença de sintomas de elevação e⁄ou queda de açúcar no sangue e encaminhar para consulta extra;
  • Questionar o paciente sobre a regularidade do uso de suas medicações, do cumprimento das orientações dietéticas, práticas de atividades físicas, controle de peso e hábitos de tabagismo e etilismo quando presentes;
  • Encaminhar para consulta médica todo indivíduo de difícil controle e adesão ao tratamento, portadores de lesão em órgãos-alvo (cérebro, coração, rins, olhos, sistema vascular, pés, etc.) ou com morbidades associadas;
  • Encaminhar para consulta médica semestral os indivíduos controlados e sem sinais de lesão em órgãos-alvo e comorbidades;
  • Realizar o exame dos membros inferiores para identificar possíveis pés diabéticos e proceder ao tratamento e orientar sobre o autocuidado;
  • Realizar o exame de glicemia capilar em pacientes diabéticos a cada consulta e em pacientes hipertensos não-diabéticos uma vez ao ano.

Médico:

  • Realizar consulta para confirmação diagnóstica, avaliação de fatores de risco, identificação de possível lesão em órgãos-alvo e comorbidades, objetivando a classificação do paciente hipertenso e diabético;
  • Prescrever tratamento medicamentoso e não-medicamentoso, bem como solicitar exames complementares quando necessário;
  • Programar junto à equipe as estratégias de educação da comunidade e dos grupos;
  • Encaminhar às Unidades de referência secundária e terciária os pacientes que apresentarem hipertensão arterial grave e refratária ao tratamento. Com importantes lesões em órgãos-alvo, suspeitas de causas secundárias e, estados de emergência e urgência hipertensiva;
  • Quando não for possível realizar na Unidade de Saúde, o médico da equipe deverá encaminhar à unidade de referência, os pacientes diabéticos para rastreamento de complicações crônicas;
  • Encaminhar à unidade de referência secundária os pacientes em dificuldade de controle metabólico, os casos de diabetes gestacionais e demais pacientes que necessitem de consulta especializada (cardiologia, oftalmologia, etc.). O Ministério da Saúde implementa diversas estratégias de saúde pública, economicamente eficazes, para prevenir o Diabetes e suas complicações, por meio do cuidado integral a esse agravo de forma resolutiva e com qualidade.

PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PRÓSTATA

A próstata é uma glândula localizada na parte inferior do abdômen e presente apenas nos homens. Consiste de um pequeno órgão com formato semelhante ao de uma maçã e situado logo abaixo da bexiga e adiante do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra que consiste de um tubo por aonde a urina, armazenada na bexiga, passa até ser eliminada. A próstata produz parte do sêmen, um líquido espesso que contêm os espermatozóides produzidos pelos testículos e que é eliminado durante o ato sexual. O câncer da próstata surge quando as células da próstata passam a se dividir e se multiplicar de forma desordenada, levando à formação de um tumor, as razões pelas quais isso acontece ainda não são totalmente conhecidas pela ciência. Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos do corpo e podendo levar à morte. Uma grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta que não chega a apresentar sintomas durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem. Até o momento, não são conhecidas formas específicas de prevenção do câncer da próstata. No entanto, sabe-se que a adoção de hábitos saudáveis de vida é capaz de evitar o desenvolvimento de certas doenças, entre elas o câncer. Dessa forma, é importante adotarmos hábitos saudáveis diariamente na nossa vida, como:

  • Realizar, no mínimo 30 minutos diários de atividade física;
  • Manter o seu peso na medida correta, para isso pode – se usar o índice de massa corpórea, que pode ser calculado dividindo – se seu peso pelo valor de sua altura ao quadrado;
  • Ter uma alimentação rica em fibras, frutas e vegetais;
  • Reduzir a quantidade de gordura na alimentação, principalmente as de origem animal;
  • Consumir moderadamente o álcool;
  • Não ter hábitos nocivos à saúde como tabagismo e consumo de drogas ilícitas;

SAÚDE DO IDOSO

INTRODUÇÃO

O envelhecimento, antes considerado um fenômeno, hoje faz parte da realidade da maioria das sociedades. O mundo está envelhecendo. Tanto isso é verdade que para o ano de 2050 estima-se que vai existir cerca de dois bilhões de pessoas com sessenta anos e mais no mundo, a maioria em países em desenvolvimento. No Brasil, estima-se que atualmente, existam cerca de 17,6 milhões de idosos. O envelhecimento populacional é uma resposta á mudança de alguns indicadores de saúde, especialmente a queda da fecundidade e da mortalidade e o aumento da esperança de vida. Não é homogêneo para todos os seres humanos sofrendo influência dos processos de discriminação e exclusão associados ao gênero, à etnia, ao racismo, às condições sociais e econômicas, à região geográfica de origem e à localização de moradia. A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) define envelhecimento como “um processo seqüencial individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie. De maneira que o tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte”. Todo o ser humano tem o direito de envelhecer dignamente, no entanto, a degradação das condições físicas e intelectuais do indivíduo o leva, muitas vezes, a situações de dependência física e psicológica, tendendo para o isolamento e a depressão. Essas condições podem ser agravadas, ainda, pela presença de outras patologias que provocam sofrimento e requerem cuidados especiais ou até mesmo simples, mas que muitas vezes não são mais realizáveis por esses pacientes com idade mais avançada. Algumas situações auxiliam no agravamento dessas situações, como por exemplo, a perda de bens materiais e o falecimento de entes queridos (ás vezes o esposo ou esposa de anos de união).

Os desafios trazidos pelo envelhecimento da população têm diversas dimensões e dificuldades, mas nada é mais justo do que garantir ao idoso a sua efetiva integração na comunidade. A qual pertence e para garantir seus direitos foi aprovado em 2003 o “Estatuto do Idoso” que tem por objetivo assegurar os direitos civis da pessoa na terceira idade, quando muitas vezes a família sente no direito de conduzir as suas vidas sem questioná-los sobre preferências, mesmo em perfeita saúde mental. Considerando o progressivo aumento das expectativas de vida da população mundial, a ciência intensificou seus conhecimentos a cerca do envelhecimento do ser humano, visando garantir que esse aumento de expectativa de vida fosse acompanhado de anos a mais com condições de aproveitamento, ou seja, com qualidade de vida. Os constantes avanços científicos que vêm ocorrendo, proporcionam novos conhecimentos a respeito do código genético dos seres humanos, dos mecanismos celulares e moleculares do processo de envelhecimento e da produção de vacinas para inúmeras doenças. Permitindo essa extensão da vida com qualidade e preservando padrões de saúde até então não imagináveis para o idoso. Diante desse panorama, o serviço de saúde também necessita passar por intervenções a fim de aumentar a oferta de serviços para atender essa demanda populacional, conhecidamente mais vulnerável ao adoecer. Embora muitos ainda associem o passar dos anos com a ocorrência de doenças, entendendo que invariavelmente teremos que conviver com inúmeros problemas de saúde e limitações com o avançar da idade. Os atuais conceitos científicos demonstram que o processo natural de envelhecimento não é um fator impeditivo para a maioria das atividades cotidianas de um idoso. Os verdadeiros responsáveis pelas deficiências e disfunções atribuídas à velhice são as doenças, que podem ser prevenidas e/ou tratadas eficientemente em sua maioria. Reconhecendo e aceitando essa condição de que o envelhecer é inevitável a todos, devemos buscar constantemente o controle dos determinantes e/ou das morbidades em si.