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Guias e Dicas
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Síndrome de Lise Tumoral em Emergências Oncológicas, Manuais, Projetos, Pesquisas de Diagnóstico

A síndrome de lise tumoral (slt) em emergências oncológicas, incluindo objetivos, definição, quadro clínico, diagnóstico, fatores de risco, exames complementares, graduação da gravidade, tratamento e prevenção. Além disso, são fornecidas referências bibliográficas.

O que você vai aprender

  • Quais são os sintomas clínicos da síndrome de lise tumoral?
  • Qual é a definição da síndrome de lise tumoral?
  • Quais são os fatores de risco para a desenvolvimento da síndrome de lise tumoral?

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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Gaucho_82 🇧🇷

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Revista Qualidade HC
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Emergências Oncológicas - Síndrome de
lise Tumoral na Emergência
Autores e Afiliação:
José Maurício S C Mota - Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, ex-médico assistente da
Unidade de Emergência - FMRP-USP.
Área:
Unidade de Emergência / Subárea: Clínica Médica.
Objetivos:
1. Reconhecer casos de síndrome de lise tumoral (SLT) e de risco potencial para SLT.
2. Atuar na prevenção e travento de SLT no cenário de Urgência/Emergência.
Data da última alteração: Segunda Feira, 24 de julho de 2017
Data de validade da versão: Sábado, 04 de agosto de 2018
Definição / Quadro Clínico:
Emergência oncológica em que a maciça destruição de células tumorais (espontânea ou
causada pelo tratamento oncológico) acarreta liberação no sangue periférico de grande
quantidade de eletrólitos intracelulares e produtos do metabolismo dos ácidos nucléicos.
Classificação de Cairo-Bishop.
- SLT laboratorial:
1. Hiperuricemia: >=8 mg/dL ou aumento de 25% do valor basal.
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Emergências Oncológicas - Síndrome de

lise Tumoral na Emergência

Autores e Afiliação:

José Maurício S C Mota - Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, ex-médico assistente da Unidade de Emergência - FMRP-USP.

Área:

Unidade de Emergência / Subárea: Clínica Médica.

Objetivos:

  1. Reconhecer casos de síndrome de lise tumoral (SLT) e de risco potencial para SLT.
  2. Atuar na prevenção e travento de SLT no cenário de Urgência/Emergência.

Data da última alteração: Segunda Feira, 24 de julho de 2017

Data de validade da versão: Sábado, 04 de agosto de 2018

Definição / Quadro Clínico:

Emergência oncológica em que a maciça destruição de células tumorais (espontânea ou causada pelo tratamento oncológico) acarreta liberação no sangue periférico de grande quantidade de eletrólitos intracelulares e produtos do metabolismo dos ácidos nucléicos.

Classificação de Cairo-Bishop.

  • SLT laboratorial:
  1. Hiperuricemia: >=8 mg/dL ou aumento de 25% do valor basal.
  1. Hipocalcemia: <= 7 mg/dL ou redução de 25% do valor basal.
  2. Hipercalemia: >= 6 mg/dL ou aumento de 25% do valor basal.
  3. Hiperfosfatemia: >= 4.5 mg/dL ou aumento de 25% do valor basal.
  • SLT clínica:
  1. Presença de SLT laboratorial associada a insuficiência renal aguda, arritmia aguda, morte súbita e convulsões.

Quadro clínico:

  1. Náuseas, vômitos, astenia;
  2. Lesão renal aguda;
  3. Arritmias secundárias a hipercalemia e hipocalcemia;
  4. Convulsões e tetania (secundárias a hipocalcemia);
  5. Calcificação ectópica;
  6. Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS).

Diagnóstico:

O diagnóstico é baseado no quadro clínico e laboratorial referido acima.

Fatores de risco:

  1. Neoplasias hematológicas, particularmente linfomas de alto grau e leucemia com alta celu- laridade;
  2. Neoplasias sólidas muito quimiossensíveis (tumores germinativos, neoplasias de pequenas células);
  3. Alta carga tumoral, presenças de massas bulky;
  4. Desidratação;
  5. Doença renal crônica pré-existente;
  6. Presença de hiperuricemia ou hiperfosfatemia antes do tratamento oncológico.

Exames Complementares:

Função renal, ácido único, cálcio, fósforo, ácido úrico, potássio, diurese.

  • Alopurinol intravenoso (usar em casos mais graves): dose: 200 a 400 mg/m2 diaria- mente (máximo de 600 mg/dia), dividido em 3 doses diárias; iniciar 1 a 2 dias antes da quimioterapia; necessita correção de dose para insuficiência renal;
  • Alopurinol via ora (usar em casos mais leves)l: 600 a 800 mg/dia, dividido em 3 doses diárias;

Tratamento da SLT clínica:

  1. Hidratação endovenosa
  2. Monitorização em UTI ou sala de emergência
  3. Rasburicase (se disponível) ou alopurinol
  4. Exames a cada 4-6 horas
  5. Solicitar avaliação da nefrologia para acompanhamento em conjunto

Referências Bibliográficas:

1. PMID: 21561350

  1. Larson RA et al. Tumor lysis syndrome: Prevention and treatment. Uptodate.
  2. PMID: 22496380
  3. PMID: 18509186
  4. PMID: 15384972

Anexos:

Tabela 1 - Graduação da Síndrome de Lise Tumoral