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Emergências Oncológicas: Hipertensão Intracraniana e Hipercalcemia Maligna, Resumos de Oncologia

Emergências Oncológicas: Hipertensão Intracraniana e Hipercalcemia Maligna (HM). Abordando o quadro clínico e as condutas de forma objetiva

Tipologia: Resumos

2024

À venda por 14/01/2025

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É uma emergência oncológica caracterizada por níveis elevados de cálcio sérico,
frequentemente associada a neoplasias malignas. Essa condição, além de causar
desconforto significativo ao paciente, pode levar a complicações graves e até mesmo à
morte, se não tratada adequadamente.
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A HM pode ocorrer por diversos mecanismos( principalmente a reabsorção óssea) sendo os
principais:
Produção de PTHrP (peptídeo relacionado ao paratormônio): É a causa mais comum.
Tumores, como os de pulmão, rim e mama, secretam PTHrP, que mimetiza a ação do
paratormônio, aumentando a reabsorção óssea e a reabsorção tubular renal de cálcio, (
diminuição da excreção renal). Normalmente não relacionado a metástase.
Secreção de PTH : por tumores de paratireoide.
Produção local de fatores osteoclásticos: Alguns tumores produzem substâncias que
estimulam diretamente os osteoclastos, aumentando a reabsorção óssea.
Produção de vitamina D ativa ( calcitriol): Células tumorais podem produzir
1,25-dihidroxivitamina D, aumentando a absorção intestinal de cálcio e reabsorção óssea.
Metástase óssea : Tumores que metastatizam para os ossos podem causar a liberação de
cálcio diretamente para a circulação.
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Os sintomas da HM são variados e podem ser inespecíficos ( como a desidratação)
Os mais comuns incluem:
Neurológicos: Sonolência,Fraqueza muscular, fadiga, letargia, confusão,convulsão, coma. (
relação com o prognóstico)
Gastrointestinais: Anorexia, náuseas, vômitos, constipação.
Renais: Poliúria, polidipsia, insuficiência renal.
Cardíacos: Arritmias, hipertensão.
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Emergências oncológicas

Hipercalcemia Maligna (HM)

É uma emergência oncológica caracterizada por níveis elevados de cálcio sérico, frequentemente associada a neoplasias malignas. Essa condição, além de causar desconforto significativo ao paciente, pode levar a complicações graves e até mesmo à morte, se não tratada adequadamente.

Fisiopatologia A HM pode ocorrer por diversos mecanismos( principalmente a reabsorção óssea) sendo os principais: ● Produção de PTHrP (peptídeo relacionado ao paratormônio): É a causa mais comum. Tumores, como os de pulmão , rim e mama , secretam PTHrP, que mimetiza a ação do paratormônio, aumentando a reabsorção óssea e a reabsorção tubular renal de cálcio, ( diminuição da excreção renal). Normalmente não relacionado a metástase. ● Secreção de PTH : por tumores de paratireoide. ● Produção local de fatores osteoclásticos: Alguns tumores produzem substâncias que estimulam diretamente os osteoclastos, aumentando a reabsorção óssea. ● Produção de vitamina D ativa ( calcitriol): Células tumorais podem produzir 1,25-dihidroxivitamina D, aumentando a absorção intestinal de cálcio e reabsorção óssea. ● Metástase óssea : Tumores que metastatizam para os ossos podem causar a liberação de cálcio diretamente para a circulação.

Manifestações Clínicas

Os sintomas da HM são variados e podem ser inespecíficos ( como a desidratação) Os mais comuns incluem: ● Neurológicos: Sonolência,Fraqueza muscular, fadiga, letargia, confusão,convulsão, coma. ( relação com o prognóstico) ● Gastrointestinais: Anorexia, náuseas, vômitos, constipação. ● Renais: Poliúria, polidipsia, insuficiência renal. ● Cardíacos: Arritmias, hipertensão.

Diagnóstico O diagnóstico da HM é baseado na história clínica (diagnóstico de neoplasia) , exame físico e exames complementares: ● Dosagem de cálcio sérico: > 10,5 Confirma o diagnóstico. ● Dosagem de cálcio iônico: até 1,4 é normal ● Dosagem de PTH: Geralmente está suprimido na HM. ● Dosagem de PTHrP: Confirma o diagnóstico em muitos casos. ● Radiografias e tomografia computadorizada: Avaliam lesões ósseas e metastáticas.

  • fósforo geralmente reduzido
  • Em situações de hipoalbuminemia, a quantidade de cálcio livre (ionizado) pode estar aumentada mesmo que o cálcio total esteja dentro da faixa de referência. Cálcio total vs. cálcio ionizado: O exame de sangue geralmente mede o cálcio total, que inclui tanto a fração ligada à albumina quanto a fração ionizada. Cálcio corrigido = cálcio total + 0,8 x (4 - albumina)

Tratamento O tratamento da HM é direcionado tanto para a correção da hipercalcemia quanto para o tratamento da neoplasia subjacente. As principais medidas terapêuticas incluem:

● MOV: monitoração, oxigênio, “veia” (acesso) ● Hidratação Vigorosa : Aumenta a excreção renal de cálcio.

  • se pct cardiopata ou com doença renal realizar hidratação com parcimônia ● Furosemida: Após a hidratação e melhora clínica ou em caso de edema. É um diurético de alça que aumenta a excreção de cálcio. ● Bisfosfonatos: Inibem a atividade osteoclástica, impedindo a reabsorção óssea. Possuem ação lenta.
  • Ácido zoledrônico ( dose menor e difusão em menos tempo se houver disfunção renal)
  • Pamidronato ● Denosumabe : mais eficaz que os bisfosfonatos e pode usar mesmo com disfunção renal. Caro, não tem no SUS. ● Calcitonina: Taquifilaxia ( depois de algumas doses perde eficácia ). Inibe a reabsorção óssea a curto prazo. Pode-se associar aos bisfosfonatos ( diminuir o nível sérico de cálcio até o bisfosfato agir) ● Corticosteroides: Podem ser úteis em alguns casos, como no mieloma múltiplo. ● Diálise: Em casos graves, com insuficiência renal. Último recurso.

Prognóstico O prognóstico da HM está diretamente relacionado à natureza da neoplasia subjacente e à resposta ao tratamento. A HM é considerada uma emergência oncológica e o tratamento precoce é fundamental para melhorar o prognóstico.

Diagnóstico O diagnóstico da HIC em pacientes oncológicos envolve: ● História clínica detalhada: Incluindo os sintomas, o tipo de câncer e o tratamento prévio. ● Exame físico neurológico: Avaliação do estado mental, dos pares cranianos e da função motora e sensitiva. ● Tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM): Imagens que demonstram a presença de tumores, edema cerebral, hidrocefalia ou hemorragia. ● Punção lombar: Em alguns casos e após o exame de imagem, medir pressão do LCR e analisar o líquido. Pode-se detectar carcinomatose meníngea ( a imagem pode ser normal), que tem clínica clássica da tríade : sonolência, cefaleia e náusea/vômito

Conduta: ● Manter PA média > 70 e pressão intracraniana < 20 ( NA UTI) ● Elevar decúbito ● Anticonvulsivante ● Manter pct euvolêmico ● Correção de distúrbios hidroeletrolíticos ● Hiperventilação (uti) ● Corticosteróide ● Manitol ● Sedação RESUMO: PA, TC, corticoide, chama o neuro

Tratamento O tratamento da HIC em pacientes oncológicos depende da causa subjacente e da gravidade dos sintomas. As principais medidas terapêuticas incluem: *** Corticosteroides: Reduzem o edema cerebral e a pressão intracraniana** .Reduzem sintomas. Dexametasona 2cp de 4mg

  • Manitol: Diurético osmótico que promove a redução da pressão intracraniana. ( se uti)
  • Descompressão cirúrgica: Remoção do tumor, drenagem de ventrículos ou colocação de shunts para desviar o fluxo de LCR. Tratar causa: Se trombose → Heparina

Se metástase: ● Radioterapia: Utilizada para reduzir o tamanho do tumor e controlar o edema. ● Quimioterapia: Tratamento sistêmico do câncer.