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Este documento discute as diferentes classes de queijos e as necessidades de proteção específicas deles, além de apresentar os principais materiais e embalagens utilizados para cada tipo. O texto aborda queijos frescos, maturados por fungos, filados e maturados por bacterias, e processados, discutindo as principais funções das embalagens para cada grupo e os materiais mais comuns utilizados.
Tipologia: Resumos
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EMBALAGENS PARA QU EI JOS
A mudan~a nos habitos alimentares eo surgimento de uma classe de consumidores que busca produtos mais sofisticados fizeram com que o mercado de queijos no Brasil apresentasse, nos ultimos anos, urn crescimento tanto em volume de produ~ao como em diversifica~ao de produtos. De maneira geral, a qualidade e vida-de-prateleira de queijos estao relacionadas a diversos fatores como: a qualidade microbiol6gica do Ieite e outras materias-primas, 0 tipo e condi~oes tecnol6gicas e higienico-sanitarias de fabrica~ao, a temperatura de armazenamento e emprego de um sistema de embalagem adequado. A natureza e velocidade das rea~oes de degradac;ao e conseqiientes necessidades de prote~ao dependem do tipo de queij o e da vida-de-prateleira desejada. Assim, os principais materiais e embalagens utilizadas serao discutidos para classes de queijos que necessitam de requisitos de prote~ao semelhantes e, desta forma, serao divididos em queijos: frescos (ex: Minas Frescal, Ricota, Cottage, Cremosos, Quark); maturados por fungos (ex: Camembert, Gorgonzola, Port-Salut, Brie); filados e maturados por bacterias (ex: Mozarela, Prato, Gouda, Sui~o, Parmesao) e processados (ex: fundidos, requeijao).
Queijos frescos
Queijos frescos sao caracterizados por uma textura muito fragil, uma alta atividade de agua, sendo a vida-de-prateleira limitada por deteriora~oes microbiol6gicas. As principais fun~oes das embalagens utilizadas para essa classe de queijos sao evitar grandes perdas de umidade e a contamina~ao com uma flora estranha ao produto. Minas Frescal e Ricota sao principalmente acondicionados em embalagens flexiveis de polietileno de
baixo custo dessa embalagem. 0 fechamento por grampos e, muitas vezes, encontrado e nao garante uma boa hermeticidade. Com a mesma aplica~ao das embalagens de PEBD, estao surgindo as com fechamento por termossoldagem que alem de aumentar a vida-de-prateleira, melhoram a apresenta~ao do produto. Nesses casos, o material da embalagem sao filmes co-
vinita (EVA). Uma outra op~ao de embalagem, que acrescenta uma melhor prote~ao mecanica ao produto sao OS potes termoformados de polipropileno (PP) usados para queijos "Minas Frescal" fabricados por processo de ultrafiltra~ao.
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0 formato dessa embalagem possibilita conveniencia no
sobretampa. 0 fechamento e hermetico devido a termossoldagem de urn selo de aluminio e, desta forma, e necessario que a fabrica~ao ocorra sob boas condi~oes higienico- sanitarias de modo a nao haver desenvolvimento de microrganismos liberadores de gas que causariam o estufamento da embalagem. Embalagens semelhantes sao utilizadas para queijos tipo Cottage e Quark. 0 material mais utilizado e 0 pp devido a sua grande disponibilidade atualmente no Brasil. Outros materiais poderiam ser usados na fabrica~ao dos potes como, por excmplo: o poliestireno (PS), que, no entanto, seriam mais quebradi~os quando comparados aos de PP. Mas a op~ao por este material e feita quando se usam maquinas
tcrmoformagem. Essas embalagens sao usadas para OS queijos cremosos aerados.
Oueijos maturados por fungos Na matura~ao desses queijos ocorre urn processo progressivo de hidr6lise de proteinas e essa prote6lise e 0 limitante da vida- de-prateleira desses produtos. Alguns trabalhos sugerem que parte dessa matura~ao ocorra no produto embalado e, assim, a embalagem dcveria possibilitar uma troca gasosa (entrada de oxigenio e safda de gas carbonico) juntamente com as outras condi~oes de matura~ao (temperatura, umidade, pH, atividade de agua, etc). Mas, na grande maioria, esses queijos sao maturados completamente em camaras e depois embalados, visando principalmente impedir o desenvolvimento dos fungos pela ausencia do oxigenio e, desta forma, retardar a deteriora~ao do produto. Para tanto utiliza-se envolt6rio de folha-de-alummio (AI) que e excelente barreira ao oxigenio ao mesmo tempo que tambem protege o produto de perda de umidade e contaminac;ao com uma flora estranha. 0 oxigenio do espa~o-livre tambem e reduzido, uma vez que o alumfnio se ajusta asuperffcie do queijo. Como o alumfnio e urn material facilmente corroivel e preciso protege-to com um verniz de modo a impedir perfura~oes. Os vernizes mais utilizados sao a base de resina ep6xi, vinilica e poliester. E tambem o aluminio nao apresenta boa resistencia mecanica e, assim, embalagens secundarias sao utilizadas para proteger o aluminio de perfura~oes e melhorar 0 desempenho mecanico do sistema da embalagem como urn todo. As embalagens secundarias mais utilizadas sao filmes esticaveis· de PVC e cartuchos de cartao duplex ou branco ou caixas de
madeira. Alem de melhorar a resistencia mecanica, essas embalagens secundarias sao bons substratos para uma impressao de boa qualidade (nos cartuchos e r6tulos), o que possibilita urn born visual.
Queijos filados e maturados por bacterias
Os queijos desse grupo sao mais estiiveis, podendo ter maior vida- de-prateleira desde que protegidos para evitar a desidrata~ao e o desenvolvimento de microrganismos aer6bicos na superffcie. Visando evitar ou retardar tais deteriora~oes, as embalagens mais utilizadas sao filmes plasticos
estrutura as caracterfstieas desejaveis de barreira ao vapor de agua, oxigenio e vapores organicos. A retirada de oxigenio do espa~o-livre e feita por apliea<;ao de vacuo e urn fechamento hermetico e conseguido pela facilidade de selagem do EVA. Ap6s fechamcnto, o produto embalado e mergulhado num banho ou passa por tunel com jatos de agua qucntc para que ocorra o encolhimento do material de cmbalagem sobre a superficie do produto, o que au ~ ilia na resistencia mecanica da embalagem, melhora o aspecto e reduz o
apresentam excelentes caracterfsttcas de encolhimento a temperaturas de cerca de 90aC. Outras combina~oes de materiais tambem estao sendo utilizadas, onde a barreira ao oxigenio e obtida pela utiliza<;ao de poliamida (P A) e/ou copolfmeros de etileno e alcool vinflico (EVOH) eo material interno da estrutura e o PEED para fornecer barreira ao vapor de agua e
urn ionomero que apresenta as vantagens de possibilitar urn born fechamento, mesmo na presen~a de contamina~oes de gordura na area de selagem e de ser boa
Nesse grupo de queijos, o tipo Parmesao, quando "ralado", apresenta uma caracterfstica diferenciada que e a exposi~ao de grande area do produto com a fragmenta~ao, o que o torna mais sensfvel as rea<;6es de oxida~ao de gordura, conferindo o sabor/odor de ran~o. Queijo parmesao ralado e embalado em sacos de tres soldas de estrutura laminada de poliester (PET)/PEBD, celofane (celo)/PEBD e celo/AI/PEBD. A estrutura onde o aluminio esta presente apresenta excelente barreira ao
produto. Estruturas contendo PET metalizado tambem estao sendo utilizadas para esse produto e apresentam uma prote~ao intermediaria entre as estruturas com e sem alumfnio. Quando a op~ao para queijos ralados e por urn "design" que possibilite uma conveniente "embalagem de mesa", as embalagens utilizadas sao frascos soprados rigidos de PEAD ou embalagens compostas.
Queijos processados
Dentro desse grupo, o requeiJao cremoso, e o produto de menor tempo de vida uti! e 0 principallimitante da vida-de-prateleira sao as altera~oes causadas pelo desenvolvimento da flora deteriorante remanescente ao tratamento termico. Os outros tipos de queijos fundidos sao produtos mais estaveis pelas caracterfsticas de processo e porque podem sofrer a adi~ao de conservantes para inibir o crescimento de anaer6bicos. Podem ter a vida-de-prateleira limitada pela desidrata~ao e pelo desenvolvimento de microrganismos aer6bicos na superffcie. 0 requeijao cremoso e principalmente acondicionado em embalagens de vidro hermeticamente fechada com uma tampa de folha-de- flandres ou em potes injetados de PP selados com aluminio e a aplica~ao posterior de uma sobretampa. Essas embalagens oferecem a barrcira necessaria quanto ao vapor de agua e hcrmeticidade. Poles de PP sao preferencialmente injetados para permitir uma maior temperatura de enchimento e nao colapsar com 0 vacuo formado durante o resfriamento. Requeijao padrao e envolvido por urn filme de celofane dentro de caixas de madeira ou acondicionado em pote de PP termoformado. Os potes de PP, por nao apresentarem urn fechamento hermetico, nao apresentam problemas de colapsar, uma vez que nao ha forma~ao de vacuo e por isso sao normalmente fabricados por tcrmoforma~ao. Queijos fundidos sao acondicionados em embalagens termoformadas de PS, termosseladas com alumfnio ou envolvidos por urn filme plastico e acondicionados em uma embalagem secundaria de cartao ou madeira. 0 PS e termolabil e nao permite 0 enchimento a temperaturas superiores a 60-65°C, mas e utilizado, uma vez que e facilmente termoformado em maquinas. "forma-enche-sela". Os filmes plasticos apresentam como barreira ao vapor de agua o PVDC. As duas embalagens protegem o produto contra a desidrata~ao, e o oxigenio e eliminado da embalagem rfgida pelo enchimento a quente
queijo. Queijos processados de textura mais rigida sao acondicionados em folha de aluminio que, neste caso, recebem urn verniz termosselante para permitir o fechamento por calor. 0 aluminio e uma excelente barreira ao vapor de agua, oxigenio e vapores organicos, ao
devido ao facil rasgamento, uma praticidade na utiliza~ao do produto.
a·luminio, uma embalagem secundaria composta de cartao ou cartao mais uma bandeja de PS e utilizada para dar resistencia mecanica e proteger 0 aluminio de perfura~oes. Queijos processados fatiados requerem estruturas
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