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Tipologia: Resumos
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FESP – M. ARGENTO/ HELVIO FREGOLENTE JR. - BE2- EDIÇÃO 2012
Conceit os int uit i vos de car g a elét r ica; conceit os int uit i vo s de pot enci al e lét r ico; dif er ença de pot encial elét r ico; m at er iai s condut or es e isola nt es; bipolos e lét r ic os; cor r ent e elét r ica.
C APÍ TULO 1 : Co nceit os i nt uit i vos d e car g a elét r ica; conceit os int uit i vos de pot encial e lét r ico; dif er ença de pot encial el ét r ico; mat er iais condut or es e isola nt es; bipolos e l ét r icos; cor r ent e elét r ica.
1 - CARG A ELÉT RI CA; CO NCEI T O S I NT UIT I VO S:
Não se def ine o q ue vem à ser um a carga elét r ica , ent r et anto t em os um a noção do q ue sig nif iq ue: dize m os q ue um cor po est á elet r izado, ou possui car g a elét r ica, q uando o núm er o de elét r ons é dif er ent e do núm er o de prót ons; dizem os q ue o elét r on possu i c ar g a elét r ica; di zem os q ue o pr ót on possu i c ar g a elét r ica, podem os af ir m ar q ue a car g a elét r ica é um a das car act er íst icas de alg um as par t ícu las do át om o; sabem os q ue e xist em car g as el ét r icas posit i vas e neg at ivas, m as ape sar disso não def inim os o q ue vem a ser carg a elét r ica. Apesar de não def in ir m os o q ue é carg a elét r ica, ist o não no s im pede de m edi - la , e no sist em a MKS a sua un idade é o Co ulom b ( C). A m enor car g a elét r ica q ue se conhece é a car g a do e lét r on ( elet r i zam os um cor po nor m alm ent e, r et ir ando ou colocando e lét r ons do m esm o) , sendo que o val or dest a car g a elem ent ar é:
q (^) e = - 1, 6. 10 - 1 9^ C
Em pr im eir a aná lise im ag inem os um cor po de m assa m , sit u ado a um a cer t a a lt ur a h do solo, num local onde exist e um a aceler ação de g r avida de de va lor g :
Nest as condições d i zem os q ue o cor po possui um a ener g ia pot encial da da por :
E (^) p = m.g. h
FESP – M. ARGENTO/ HELVIO FREGOLENTE JR. - BE2- EDIÇÃO 2012
consider ado const a nt e at é um a a lt ur a, ou dist ânc ia d da t e r r a onde a par t ir de st a, t al valor t ende a d i m inuir ) ; se im ag ina r m os um planet a d e m assa M, iso lado , e suf icient em ent e af ast ado par a q ue possam os consider a- l o punt if or m e podem os ent ender e r esum ir o f enôm eno da seg uint e f orm a:
a) a m assa M cr ia p ot encial nos po nt os P 1 , P 2 e P, enf im nos pont os sit uad os n as suas vi zinha nças;
b) o pot enci al cr iad o nos po nt os P 1 , P 2 e P, depen de da m assa cr iador a M e da dist ância d cons ider ada;
c) no esq uem a dado, o pot encial q ue M cr ia no pont o P 1 é ig ual ao p ot encia l cr ia do no pont o P 2 ( Just if ique! ) ;
d) não exist e f or ça aplic ada nos pont os P 1 , P 2 ou P, nem tam pouco f az sent ido pensar m os em ener g ia desses pont os; nest es pont os exist e pot enc ial g r avit aciona l;
e) pot encial g r avit aciona l não se def ine, ent r et ant o ao dizer m os q ue num pont o P exist e pot enci al, est am os di zendo q ue s e naq uele pont o P f or colocado um out r o cor po de m assa m , sobr e est e cor po exist ir á en er g ia pot encial m ecân ica, ou exist ir á a ação de f or ça aplicada no cor p o
a) a car g a elét r ica Q , cr ia um pot encia l el ét r ico nos pont o s P 1 , P 2 , P, et c, en f im nos pont os sit uados nas suas vi zinhanç as;
b) o pot enci al elét r ico cr ia do pe la c ar g a Q , nos pont os P 1 , P 2 e P depend e da car g a cr iador a Q e da dist ancia d consi d er ada:
FESP – M. ARGENTO/ HELVIO FREGOLENTE JR. - BE2- EDIÇÃO 2012
c) par a a f ig ur a dada, o pot encia l e lét r ico q ue Q cr ia no pont o P 1 , é ig ual ao pot encial e lét r ico cr i ado no pont o P 2 ( Just if iq ue! ) ;
d) não e xist e f or ça apl icada nos pont os P 1 , P 2 o u P, ne m t ampouco f az al g um sent ido pens ar m os em ener g ia nest es pont os; nos m esm os exist e pot en cial elét r ico
e) pot encial elét r ic o não se def ine; e nt r et ant o, ao dizer m os q ue num ponto P exist e pot encia l, est am os af ir m ando q ue se naq uele pont o f or colocada um a out r a car g a elét r ica q, sobr e est a car g a exist ir á ener g ia pot encia l elét r ica, ou ai nda q ue exist ir á f or ça elét r ica aplicad a sobr e a car g a q.
O UT RAS CO NSI DE RAÇÒ ES:
a) pot encia l e lét r ic o é um a g r ande za escalar , não vet or i al e com o depe nde da car g a cr iador a Q, conclu ím os q ue car g as elét r icas posit i vas cr iam pot en cial posit i vo; car g as elét r icas neg at i vas ir ão cr iar pot enc ial neg at ivo ( obser var q ue no exem p lo da m ecânic a não exist e m assa neg at iva, e nest as condições, o pot enci al g r avit aciona l ser á sem pr e posit ivo) ;
b) nor m alm ent e r epresent am os o pot encial e lét r ico e xist ent e num pont o P por : V (^) P ( pot encial do pont o P) , e no sist em a MK S, sua unidade ser á o Volt ( V).
c) O pot encial elét r i co cr iado pela car g a Q num pont o P situado a um a dist ânci a d
da car g a, é dado p ela e xpr essã o: V K
P (^) d = ⋅ ; onde K é conhec ida com o
3- DI FEREN ÇA DE PO T ENCI AL- T ENSÃO : im ag inem os dois pont os dist int os P 1 e P 2 , sit uados n as pr oxim idades d e car g as elét r icas; nest as condições f acilm en t e ent ender em os q ue sobr e P 1 ser á cr iad o um pot encia l V 1 , e sobr e P 2 t er em os um pot encial V (^) 2 , dif er ent e de V 1. Por t ant o e nt r e os dois pont os t er em os um a dif er ença de pot encial ou a ind a dir em os q ue exist e t ensão ent r e os mesm os:
FESP – M. ARGENTO/ HELVIO FREGOLENTE JR. - BE2- EDIÇÃO 2012
6- CO RRENT E ELÉ T RI CA: a t ít ulo de com pr eensão do f enôm eno im ag inar em os um a exper i ência f eit a com um condut or , bipol o passi vo; ist o é: um bipolo r ecept or de ener g ia. Nest as condições ap liq uem os um a ddp, ou um a t ensão V = V 1 - V 2 , ao bipo lo. Com o p or hi pót ese o m esm o é condut or , ele p ossu i car g as elét r icas , ou ainda: Elét r ons l i vr e s, q ue ir ão se m ovi m ent ar dent r o do bipolo, ou sej a:
Com est as consider ações, not ar q ue t em os no int er ior do bipo lo, um a ver dad eir a cor r ent e de e lét r ons, cam inhando d ent r o do m at er ial. T om em os um a seção t r ansver sal q ualq uer do condut or , e dur ant e um cer t o t em po ∆t , ver if iq uem os o núm er o n de elét r ons (q ue t r aduz em si um a carg a elét r ica ∆Q ) , q ue at r avessar am a seção t r ansver sal consider ada. T er emos:
Nest as condiç ões, def inir em os com o int ensid ade m édi a da cor r ent e elé t r ica
( sim boli zad a daq ui em diant e por : I ) com o sendo : I
t
; e ainda,
conve ncion ar em os o sent ido dest a int ensidade de cor r ent e elét r ica, com o t endo o sent ido c ont r ár io ao sent ido de m o vi m ent o dos elét r ons li vr es, ou c om o t endo o sent ido de m o vim e nt o das car g as elét r icas posit i vas s e elas se m ovess em; por t ant o:
FESP – M. ARGENTO/ HELVIO FREGOLENTE JR. - BE2- EDIÇÃO 2012
Sem pr e q ue nos r ef er im os à cor rent e el ét r ica, est ar em os nos r ef er indo a cor r ent e conve ncion al, e não à cor r ent e elét r ica real ( a m enos q ue est ej am os lidando com o r ar íss im o caso de m ovim ent o de car g as posit i vas, ond e nest as cond ições , a cor r ent e r eal ser á a pr ópr ia cor r ent e convenc iona l). A unida de da int ens idade m éd ia da cor r ent e elét r ica, ou si m plesm ent e da cor r ent e elét r ica no sist em a MKS é o Am pèr e ( A) ou sej a:
[ I ]
O BSERVA ÇÃO I MP O RT ANT E:: em bipolos passi vos ( vi de exem plo r ecent em ent e anal isado) , o sent ido da t ensão é o contr ar io do da cor r ent e. A t ít ulo de e xem plo, par a m el hor f irm ar m os os conceit os at é aq ui vis t os im ag inem os um a bat er ia de aut om óvel idea l e sua r e pr esent ação; par a f ins didát icos um a bat er ia pode ser ent endida c om o send o um poço da c a r g as posit i vas, est abelec endo um pot encial p osit i vo em um de seus pólos, e um poço de car g as neg at ivas, est abelecendo um po t encial neg at i vo em out r o polo:
Not em os ent ão q ue ent r e os pól os e xi st e um a dif er ença de pot encia l, ou u m a t ensão; se nada f or lig ado a est es não e xist ir á cor r ent e, por q uant o o ar q ue exi st e ent r e os pólos é r a zoave lm ent e iso lant e não per m it indo a p assag em de elét r ons de um par a outr o; pode m os at é int er pr et ar o f at o com o t endo- se um a t ensão apl ica da pela bat er ia ao ar ; r epr esent ando o f enôm eno:
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Vam os im ag inar que após alg um t em po de f uncionam ent o, a bat er ia est ej a r azoa ve lm ent e des car r eg ada ( poucos elét r ons e p ouca s car g as posit i vas ) e q ueir am os r ecar r ega- la: par a t ant o r et ir em os a lâm pada, e conect em os na bat er ia um alt er nador ( cuj a f unção é r epor as car g as q ue a bat e r ia per deu at r avés da t r ansf or m ação de ener g ia m ecânica e m elét r ica) ; a r ecar g a da bat er ia ocor r erá t ir ando elét r ons do poço V 1 ( por t ant o def inindo car g as posit i vas no m esm o ) e colocando- as em V 2 ( aum ent ando o nú m er o de car g as negat ivas) ; r epr esent a m os abai xo o f enôm eno e a conclusão:
1 0 ) - Det er m ine q uant os elét r ons são n ecessár ios par a se obt er a car g a elét r ica de: - 10C. Dado: q e = - 1, 6 x 10 - 1 9^ C
Respost a: 6, 25. 10 1 9^ Elét r ons
2 0 ) - De um cor po são r et ir ados cer ca de 4, 5. 1 0 2 0^ elét r ons; q ual ser á a c a r ga elét r ica f inal do cor po? Dado: q e = - 1, 6 x 10 - 1 9^ C
Respost a: + 72 Coulom bs
3 0 ) - Det er m ine o pot encial e lét r ico e xist ent e no p ont o P do esq uem a abai xo , supondo- se o sist em a no vácuo, com K 0 = 9 x 10 9 V. m / C
Respost a: - 450 KV 4 0 ) - O esq uem a abai xo r epr esent a dua s esf er as condut or as A e B dis postas n os vér t ices de um t r iâ ng ulo r et âng ulo. Sabendo- se q ue da esf er a A f or am r et ir ados
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5 × 10 1 1^ e lét r ons, e q ue na esf er a B f or am inj et ados 2 × 10 1 1^ elét r ons, det erm ine a t ensão exist ent e ent r e os pont os C e D assina lados. Supo n ha o sist em a no vác uo, com K 0 = 9 x 10 9 V. m / C, e q e = - 1, 6 x 10 - 1 9^ C
Respost a: V (^) D - V (^) C = 240V
5 0 ) - Por um a seção t r ansver sal q ualq ue r de um condut or passam 10 1 8^ e lét r ons e m 5s. Consider ando- se : q e = - 1, 6 x 10 - 1 9^ C pede- se: a) Q ual a carg a elét r ica q ue at r avessou a seção t r ansver sal? b) Q ual a cor r ent e elét r ica q ue per cor r eu o condut or?
Respost as: a) - 0, 16C ; b) 32m A
6 0 ) - Um a cor r ent e elét r ica I = 1 0m A p er cor r e um condut or dur ant e 8s; par a e st e int er va lo de t em po det er m ine o núm er o de elét r ons q ue at r avessar am um a seç ão q ualq uer do condut or. Dado: q e = - 1, 6 x 1 0 - 1 9^ C
Respost a: 5. 10 1 7^ Elét r ons
7 0 ) - A f ig ur a a seg uir r epr esent a um t ubo de m at er ial condut or , onde exist em unif or m em ent e dist r ibu ídos no seu volum e t ot al 10 2 0^ e lét r ons, e 5. 10 1 9^ íons posit i vos com o se nt ido de m ovim ent o m ost r ado. Sabend o- se q ue a ve locid a de m édia de m ovim ent a ção dos elét r ons é de 4 cm / s e ainda que a vel ocida de m édia de m ovim ent ação d os íons pos it i vos é de 5 cm / s, pede- se det er m inar o va lor da cor r ent e elét r ica a cusada pe lo am per ím et r o conect ado da m aneir a q ue e stá m ost r ado. São dados: Car g a do elét r on: - 1, 6 x 1 0 - 1 9^ C Car g a do íon pos it i vo : +1, 6 x 10 - 1 9^ C
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C A P Í T U L O I I : Ener g ia e Pot ência Elé t r ica:
Consid er ações pr el i m inar es da m ecâni ca: I m ag inem os ini cialm ent e um cor po de m assa m , sit uado num a alt ur a h (^) A e indo espont aneam en t e, por um a t r aj et ór ia q ualq uer , par a um a posição de a lt ur a h (^) B < h (^) A , num local onde a aceler ação da g r avidade val e g ou sej a:
h
h
B
A
m
Nest as condições, not ar q ue o cor po de m assa m possui na posição h (^) B u m a ener g ia pot encial d a da por E (^) P B = m. g. h (^) B ; obvi am ent e E (^) P B < E (^) P A , pela h ipót ese d e: h (^) B < h (^) A
Podem os ent ão ent ender q ue ao cor po f oi cedida um a ene r g ia, ou ainda di ze m os q ue sobr e o cor po f oi r eali zado um t r abalho; t al t r abalho, ou ener g ia ce dida ao cor po de m assa m ser á dado por :
τ = E (^) P A - E (^) P B = m. g. h (^) A - m. g. h (^) B
lem br ando q ue ant er ior m ent e o pr odut o g. h f oi m at em at icam ent e def inido por : g h = U ( pot encial g r avit aciona l) , poder em os escr ever q ue:
τ = m.g. h (^) A - m .g. h (^) B = m. ( U (^) A - U (^) B )
e podem os int er pr et ar a expr essão obt i da, com o sendo o t rabalho r ea li zad o sobr e o cor po, ou a energ ia f or necida ao cor po pela dif er ença de pot encial g r avit acion al.
Analog ia com a Ele t r icidade: Em ve z d e um cor po de m as sa m , im ag inem os um “ pacot e” de car g as ∆Q , se deslocando no int er ior de um co ndut or , de um a posi ção de pot encial V (^) A par a um a posição de pot encia l V (^) B , ou sej a:
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Nest as condições, dir em os q ue a ener g ia f or necida à carg a ∆Q , pela dif er ença de pot encial e lét r ico, o u ainda, o t r abalho r eali zado sobr e a car g a elét r ica será dado por :
τ = ∆Q. ( V (^) A - V (^) B )
Cont udo, podem os ent ender o m ovim e nt o do “ pacot e” de car g as ∆Q, de A → B
levando par a isso um cer t o t em po ∆t , com o sendo um a cor r ent e elétr ica: I
= (^) t
j á q ue t odas as seções t r ansver sa is d o condut or est ão sendo at r avess adas por um a carg a de ∆Q Coulom bs em ∆t seg undos.
Por t ant o sendo: I
= (^) t
∆ ⇒^ ∆^ Q^ =^ I^.^ ∆t, e ainda consid er ando q ue V^ A^ - V^ B^ = V ( t ensão exist ent e en t r e os pont os A e B) , t er em os par a o trabalho ou ener g ia:
τ = V. I. ∆ t ( expr essão Fundam ent al! )
T al e xpr essão o bt id a, é a e xpr essão d a ener g ia f or necida a um a c ar g a ∆Q , par a desloca- l a espont an eam ent e de um pot encia l V (^) A , at é um p ot encial V (^) B ; ou a in da, em t er m os m ais pr áticos: é a ener g ia f ornecida par a um con dut or q ualq uer , q uando o subm et em os a u m a t ensão V e f or per cor r ido por um a cor r ent e I dur ant e um cer t o int er valo de t e m po ∆t.
No sist em a MKS, a unidade do t r abal ho ou da ener g ia é o j oule ( J ) ; ou sej a:
[ τ ] =[ E ] = 1 V⋅ 1 A⋅ 1 s= 1 Joule ( 1J )
2- CO NCEI T O DE POT ÊNCI A: a def inição g er al de Pot ência ( absor vida ou f or necida) é dada por :
t
t
= τ = ∆ ∆
( expr essão Fundam ent al! )
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expr essar m os o t em po em seg undos, e xpr essar m os o m esm o em hor as; ne st as condições, e seg uin do a f ór m ula da ener g ia, t er em os par a a unidade da m esm a:
a) (^) [ E (^) ] = 1W. 1s = 1 Joule ( 1J ) ( MKS)
b) (^) [ E (^) ] = 1KW. 1h = 1KW h
a par t ir da unidade b) podem os concluir q uant os j oules são 1KW h; de f at o:
1KW = 10 3 W ; 1h = 3600s = 3, 6. 10 3 s, por t ant o:
1KW h = 10 3 W. 3, 6. 10 3 s = 3, 6. 10 6 W .s = 3, 6. 10 6 J.
Pot ência f or necida a bi polos el ét r icos : r et om ando a expr essão da ener g ia f or necida a um con dut or e est endendo est e r acioc ínio par a um bipo lo q ualq uer t em - se:
∆ t
; m as em condut or es elét r icos: E = τ = V. I. ∆ t ; port ant o:
V I t t
∴ P = V. I ⇒ (^) [ P (^) ] = 1 V ⋅ 1 A = 1 W
a) Em q ualq uer cir cunst ância: E = P.∆t ⇒ P = E ∆ t
( Def .g er al) O nde:
[ E ] = J ; [ P ] = W ; [ ∆ t ] = s ; ou:
[ E^ ] =^ KWh ;^ [ P^ ] =^ KW ;^ [ ∆^ t^ ] = h
b) Em bipolos elét r i cos:
P = V. I ; onde: [ P ] = W ou: [ P ] = KW
c) Eq uivalênc ias: 1 HP = 0, 746 KW ; 1 CV = 0, 736 KW
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O bs. : Sem pr e q ue necessár io use com o sendo o cust o de 1 KW h = R$ 0, 20
1 0 ) Det er m ine a ene r g ia elét r ica f or necida a um condut or subm et ido a um a t ensão de 30V, dur ant e 15s, sendo o m esm o per cor r ido por um a corr ent e de 10A; For neça a r espost a em J e em Kwh.
Respost a: 4500J ou 1, 25. 10 - 3^ KW h
2 0 ) Det er m ine o cust o m ensal d e f uncion am ent o de 4 lâm pad as incan descent es, de 100W cada um a, f uncionando dur ant e 20 m por dia. ( 1 m ês = 30 dias)
Respost a: R$ 0, 80
3 0 ) Um cer t o condu t or subm et ido a um a t ensão de 10 0V, dur ant e 5s r ecebeu no f inal dest e i nt er va lo de t em po a ener g ia de 10 - 3^ KW h. Det erm ine nest as co ndiçõ es o núm er o de elét r ons q ue at r avessar am um a seção t ransver sa l q ualq uer do condut or.
Respost a: 2, 25× 1 0 2 0^ elét r ons
4 0 ) O cust o do f uncionam ent o m ensal de um m ot or elét r ico de um m ot o- esm er il que f unciona em m édia 40 m inut os ao d ia, dur ant e 30 di as, é d e: R$20, 00. Sabend o - se q ue o m ot or é capaz de f or necer um a pot ência m ecânic a de 5, 3619 HP, pede - se det er m inar o r endim ent o dest e m ot or.
Respost a: 80%
5 0 ) Det er m ine a cor r ent e elét r ica q ue ir á per cor r er os cond ut or es de al im ent ação do m ot or de um a bo m ba de r ecalq ue, sabendo- se q ue de ver ão ser bom beados 1 80 l de ág ua por m in ut o, do n ível do s ol o par a um r eser vat ór io sit ua do a 10m de alt ur a; adm it ir g = 10 m / s 2 , r endim e nt o do sist em a η = 75% e t ensão de alim ent ação V = 100 V; densidade da ág ua: 1 kg /
Respost a: 4A
6 0 ) Det er m ine o cust o do pr ocesso do pr oblem a 5) após 12h e 45 m inut os de f uncionam ent o.
Respost a: R$ 1, 02
F E S P - M. A R G E N T O / H E L V I O F R E G O L E N T E J R. - B E 2 – E D I Ç Ã O 2 0 1 2
tg
n n
α = 1 1
2 2
O u sej a: nest e bipol o o q uocient e da t e nsão pel a cor r ent e é um a const ant e ; ist o é: se a t ensão apl ica da f or m udada, m uda com o conseq üência a cor r ent e, de t al f or m a q ue o q uocient e per m anece constant e.
Nest as condiç ões, som os f or çados a pensar nest a const ant e, com o sendo um a car act er íst ica pr ópr i a do b ipo lo ( j á q ue não dep ende da t ensão ap lica da, ou da cor r ent e q ue per cor re o bipolo)
Com est as consider ações, o f ísico G eo r g S. O hm , enunciou a seg uint e lei, vál ida par a os bipolos q ue possuem o com por t am ent o acim a:
tg R V I
α = = ( 1 a^ Lei de O hm)
O u sej a: a const ant e ( tg α ) , f oi denom inada de Resist ên cia elét r ica do bip o lo, sim boli zada por R, e m edida em ohm s (Ω ) no sist em a Mk S:
[ R ]
Volt Ampère
= = Ohm
Est a const ant e R, f isicam ent e m ede a dif iculdade à passa g em de cor r ent e q ue o bipo lo apr esent a, e o bipolo em si é den om inado de Resist or. A r esist ência e lét r i ca é ent ão ent end ida com o sendo a car act er íst ica d e um r esist or ; e em bor a af irm em os m ais um a ve z q ue a r esist ênci a não depende nem da t ensão aplic ada ao r esist or , nem da cor r ent e q ue per cor r e o m esm o, t am bém af ir m am os q ue sem uso dest as duas gr andezas não conseg uim os m edir o valor da r esist ência; par a m elhor cl ar eza do q ue acabam os de af ir m ar , pensem os num a analog ia m ecân ica: um cor po de m assa “ m ” , subm et ido a um a f or ça “ F”, e conseq uent em ent e deslocand o- se com aceler ação “ a” ( im a g ine o m o vim ent o s em at r it o) :
T em os pela Lei de Ne wt on: F = m. a por t ant o m =
a
; Not ar q ue se t iver m os uma
f or ça de 1 N sobr e o cor po e not ar m os q ue aceler ação é de 1m / s 2 , concluir e m os q ue a m assa do cor po é de 1 Kg ; a m assa é um a car act er íst i ca pr ópr ia dest e cor po, e o f at o de m udar m os o va lor da f or ça F par a p or e xem pl o 10N, nã o ir á m ud ar a
F E S P - M. A R G E N T O / H E L V I O F R E G O L E N T E J R. - B E 2 – E D I Ç Ã O 2 0 1 2
m assa desse cor po ; a m esm a não de pende n em da f or ça apl icada, e nem da aceler ação obt ida, e m bor a not ar q ue nã o se p ode m ed ir a m assa de um cor po sem o uso de um a f or ça e de um a aceler ação.
Analog am ent e a est a últ im a cons ider aç ão not ar ent ão m ais um a ve z q ue R
é um a car act er íst ic a pr ópr ia do bip olo , não dependent e n em de V e nem de I , em bor a V e I sej am g r andezas necessár i as à sua m edida
b) Seg unda Lei de O hm : af ir m am os anter ior m ent e q ue a r esist ência el ét r ica é um a car act er íst ica pr ópr ia do r esist or , in dependent e da t e nsão ou da cor r ent e, ent r et ant o, ver if ica- se q ue a r esist ênci a elét r ica de um b i polo var ia com out r os par âm et r os: ou sej a:
Not ar q ue par a um a m esm a t ensão ap licad a as car g as el ét r icas do cond ut or de com pr im ent o 1 d ever ão per cor r er um cam inho m ais long o do q ue o de com pr im ent o 2 , sendo r a zoa ve lm ent e int u it i vo per ceber q ue q uant o m aior o com pr im ent o, de um condut or , m aior a dif iculdade da passag em da cor r ent e elét r ica, por t ant o maior a r esist ência e l ét r ica; nest as condições conclu ím os q ue a Resist ênc ia elét r ica é dir et am ent e pr opor cional ao com pr im e nt o.