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Sergio Alfredo Macore / Helldriver Rapper Morada: Pemba - Cabo Delgado - Mozambique / Contabilidade de gestao
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Como foi referenciado em manuais de Contabilidade Analítica a contabilidade divide-se em duas grandes áreas: ■ Contabilidade Geral - regista as operações externas da empresa, isto é, aquelas que respeitam à empresa no seu todo (regista factos patrimoniais que fazem prova perante terceiros; permite conhecer em qualquer altura a situação patrimonial na empresa; dá a conhecer o resultado obtido com a exploração da empresa; possibilita a elaboração de análises económicas e financeiras);
■ Contabilidade Interna, Analítica ou de Gestão - regista as operações internas e visa o apuramento de resultado não globais, isto é, por produto, por departamento, etc. (fornece o custo de cada produtos ou serviço produzido pela empresa; permite a criação de centros de custos dentro da própria empresa; possibilita estudos de rentabilidade interna; auxilia a gestão no controlo e tomada de decisões). A Contabilidade de Gestão pode ser um desenvolvimento da Contabilidade de Custos numa óptica mais globalizante, ou seja de proporcionar informação para a gestão das unidades empresariais, não incidindo apenas nos custos, mas também nos proveitos, e nas massas patrimoniais. Os recentes objectivos da Contabilidade de Gestão são: ■ Auxílio a outros instrumentos técnicos e de gestão, em particular o apuramento de custo dos produtos para efeitos de gestão de stocks e de elaboração das demonstrações financeiras;
■ Verificação retrospectivo dos resultados e, em particular, com vista a ajudar ao planeamento da organização comercio;
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■ Apoio á tomada de decisão, ou seja, produzir informação adequada para modelos de apoio á decisão, nomeadamente, modelos de optimização e simulação;
■ Avaliar o desempenho económico-financeiro de um ou múltiplos segmentos da empresa, nomeadamente, produtos, tipos de clientes, projectos, regiões geográficas, etc..
Ao longo de vários anos, os objectivos da contabilidade limitaram-se determinação da situação patrimonial da empresa e dos resultados globais, apenas se exigia que informasse sobre o valor e composição do activo, montar do passivo e por diferença do activo e passivo se encontrava a situação liquida. As informações possibilitadas pela contabilidade geral são insuficientes para gerir as organizações, sobretudo pela sua fraca operacionalidade no controlo, gestão corrente e planeamento das actividades que têm a ver com os custos e proveitos da empresa, uma vez que a contabilidade geral faz o apuramento de custos, proveitos e resultados globais no fim do exercício, normalmente no final do ano. Os gestores sentem a necessidade de informações fornecidas por períodos mais curtos, mais detalhadas e acima de tudo mais organizadas. Para um gestor, pouco lhe adianta saber o lucro anual e global da empresa se não tiverem, ao longo do ano, periodicamente, uma visão tão exacta quanto possível da forma como os seus serviços e actividades vem contribuindo para esses resultados globais. A titulo de exemplo, imaginemos uma empresa que produz três produtos, dos quais apenas um é rentável na empresa. O quadro de demonstrações de resultados globais por natureza utilizada pela contabilidade geral não nos fornece elementos que permitem responder a questões do seguinte tipo:
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produtos acabados, custos de exploração da empresa, etc". Concorda com a afirmação. Comente exaustivamente.
A principal diferença entre Contabilidade Analítica e a de Gestão reside no âmbito mais globalizante desta última, ou seja, apesar de ambas terem como objectivo tratar a informação para o apoio à gestão, a Contabilidade Analítica surge mais focalizada para a analise de Custos enquanto que a Contabilidade de Gestão o Foco na criação de valor através do uso efectivo dos recursos. A asserção anterior é falsa porque a contabilidade analítica constitui um sub-sistema de informação que tem em vista a medida e análise dos custos, proveitos e resultados relacionados com os diversos objectivos prosseguidos pelas organizações. A necessidade da contabilidade analítica faz se sentir quer nas empresas quer noutras organizações. E quanto as empresas, embora tenha sido nas industriais que a contabilidade analítica mais se desenvolveu, devido a necessidades particulares que importa satisfazer, nomeadamente o apuramento do custo dos produtos que fabricam; a informação que possibilita é igualmente necessária à gestão de todas as empresas sejam comerciais, de prestação de serviços, extrativas, financeiras ou de qualquer outro ramo de actividade.
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3.1. Noções fundamentais sobre custos Um custo corresponde ao valor monetário associado à utilização ou consumo de um recurso, seja um bem ou um serviço, o que significa que a actividade da empresa implica custos que importa determinar o mais objectivamente possível, de modo a obter os elementos necessários não só para a análise dos dados históricos, mas também para o planeamento comparados com os benefícios deles decorrentes. Dada a importância de que se revestem na delimitação dos âmbitos económico e financeiro, interessa, antes demais, precisar os conceitos de gasto, custo, de despesa e de pagamento, bem como, por outro lado, de rendimento/rédito, de receita e de recebimento. É possível, então, identificar: ■ Gasto - Diminuição nos benefícios económicos durante o período contabilístico na forma de exfluxos ou deperecimentos de activos ou na incorrência de passivos que resultem em diminuições do capital próprio, que não sejam as relacionadas com distribuições aos participantes no capital próprio; ■ Custo - Conceito de caracter económico que corresponde ao valor dos recursos utilizados numa organização, incluindo no conceito de gasto; ■ Despesa - Conceito de caracter jurídico e monetário que corresponde à assunção da obrigação de pagar os custos; ■ Pagamento - Conceito de caracter financeiro em sentido restrito que corresponde ao fluxo de saída de meios líquidos das organizações, constituindo a contraprestação dos recursos adquiridos; ■ Rendimento - Aumento de benefícios económicos durante o período contabilístico na forma de influxos ou aumentos de activos ou diminuições de passivos que resultam em
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■ Gastos de Aprovisionamento - respeitam ao funcionamento dos armazéns de matérias e de produtos acabados e semi-acabados; ■ Gastos de Produção ou Industrial - identificam-se com a valorização dos recursos utilizados na fabricação dos produtos ou prestação de serviços; ■ Gastos de Distribuição - estão relacionados com o funcionamento da estrutura Comercial; ■ Gastos Administrativos - resultam do funcionamento da estrutura Administrativa; ■ Gastos de Investigação e Desenvolvimento - respeitam as actividades relacionadas com a pesquisa de novos produtos, serviços, tecnologias e métodos; ■ Gastos Financeiros - não correspondem ao funcionamento de qualquer estrutura da empresa, identificando-se com o custo associado à utilização de capitais alheios. Custos Directos/Custos Indirectos A identificação dos custos por ojecto de custeio permite a sua classificação em dois grandes grupos: ■ Custos Directos - correspondem as grandezas de custos que são exclusiva e especificamente de determinado objecto de custeio e que, portanto, não ocorreriam se o objecto de custeio não existisse. A sua determinação não se reveste de particular dificuldade. ■ Custos Indirectos - identificam-se com os custos que permitam simultaneamente a vários objectos de custeio. A sua repartição pelos diferentes objectos de custeio pressupõe que se definam critérios de imputação que, pela subjectividade que têm implícita, são sempre questionáveis. É importante referir que o que permite classificar os custos directos e indirectos é a sua relação com o objecto de custeio e não a natureza do custo em si.
3.2. Componentes do custo industrial
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Apuramento do Custo de Produção Pode definir-se como custo do produto o montante que lhe é atribuído para efeitos da valorização dos respectivos inventários enquanto que os custos do período são, aqueles que afectam resultado de um determinado intervalo de tempo, incorporando o custo industrial dos produtos vendidos e os gastos das restantes funções que ocorram nesse período. Relativamente aos custos industriais, podem considerar-se três conceitos:
Consumo (Cons.M) = Existências Iniciais (Ei) + Compras (C) – Existências Finais (Fi)
O valor a atribuir às matérias consumidas será em função do custo a que se encontram registadas em inventário e do critério valorimétrico utilizado – FIFO (FirstIn, FirstOut), LIFO (LastIn, FirstOut), CMP (Custo Médio Ponderado), ou outro que a empresa adopte. Por exemplo:
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- Gastos Gerais de Fabrico A componente de custos gastos gerais de fabrico vai incluir todas as restantes naturezas de custos industriais:
Custo Primo (CP) = MP + MOD
Custo de Transformação (CT) = MOD + GGF
O Custo Primo normalmente identifica-se com os custos directos do produto e o Custo de Transformação corresponde ao custo industrial em que é necessário incorrer para transformar as matérias em produto acabado.
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(CIP), o valor de eventual produção não acabada (Produtos em vias de fabrico) 2 existente no inicio e no fim do período.
A valorização dos produtos em vias de fabrico e sempre bastante subjectiva pois, de uma forma geral, implica a determinação, nem sempre fácil do mês, bem como a definição, quase sempre arbitrária, do nível de acabamento que se situam.
Custo Industrial da Produção Acabada total e unitário permite proceder à valorização da produção entrada em armazém, sendo determinado da seguinte maneira:
CIPA = CIP + EiPvf – EfPvf e CIPA (unitário) =
Trata-se de um custo de período, cujo cálculo será feito a partir da quantidade vendida e do custo de produção unitário, tendo em atenção o critério valorimétrico adoptado pela empresa.
A sua determinação poderá ser feita, conhecido que seja o valor das existências finais de produtos acabados, do seguinte modo:
CIPV = CIPA + EiPA - EfPA
Este custo será repercutido na demonstração de resultados por funções.
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2 Produtos em vias de fabrico corresponde ao valor de um produto iniciado em determinado período e que no final deste não se encontra ainda concluído, distinguindo-se do conceito do produto intermediário ou semiacabado, que corresponde a um produto que pode ser comercializado nesse estádio ou ser sujeito a operações de transformação adicionais.
Basicamente podem constituir-se dois grupos de custos: ■ Custo Variáveis - cujo o valor global vai depender do nível de actividade; ■ Custos Fixos - em que, numa perspectiva de curto prazo, o montante se mantém constante independentemente da actividade desenvolvida. A definição de actividade depende da natureza de custo que se está a analisar; tratando-se de custos industriais, a variabilidade será em função da quantidade produzida, enquanto que, tratando-se de custos não industriais, a variabilidade será em função das quantidades vendidas. Normalmente os custos fixos identificam-se com os custos de estrutura considerando uma determinada capacidade instalada. Assim, o seu valor tende a manter-se constante independentemente do nível de utilização da mesma.
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1. A empresa Good Five, Lda , fabrica um único produto. Da Contabilidade analítica e de Gestão, relativamente a um mês, obtiveram-se os seguintes elementos: Vendas 100 unidades @ 1.000 contos cada Existências Iniciais 50 unidades @ 400 contos cada Quantidade produzida 100 unidades @ 600 contos cada
O gerente da empresa verificou que os Resultados Mensais eram diferentes dos que se pensava obter para o volume de vendas realizado.
O responsável pela Contabilidade lembrou-lhe que tinham alterado o Critério valorimétrico e ficou de lhe apresentar uma simulação utilizando diferentes critérios valorimétricos.
Pretende-se: Resultado Industrial, utilizando sucessivamente os critérios FIFO, LIFO e Custo médio Ponderado (CMP).
2. A empresa Saga, Lda obteve os seguintes elementos referentes às suas contas em Dezembro de 2004: 1. Existências iniciais (Em contos) 1.1- Matérias- primas 27. 1.2- Matérias subsidiaries 1.
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Exercícios de consolidação
Pretende-se:
Enquadramento dos elementos nos factores do Custo Industrial
Determinação do Custo Primo
Os movimentos verificados em 1999 na conta de existências de produtos acabados foram os seguintes (em unidades monetárias):
Unidades físicas Unidades monetárias Existências em 01/01/ Produção de 1999 Vendas de 1999
Tendo em conta que as saídas de existências são valorizadas pelo critério FIFO e que a taxa de Imposto de Contribuição Industrial é de 36,5%, pretende-se:
a. Determine o custo industrial do produto acabado.
b. Determine a variação de existências do produto acabado.
c. Elabore a demonstração dos resultados determinando os vários resultados parciais.
d. Elabore a demonstração dos resultados por funções.
(1) Inclui 24,5% de encargos sociais reais. Os encargos sociais imputados são de 60%
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Considera-se que uma empresa labora em produção conjunta quando a fabricação de um produto obriga necessariamente à fabricação de dois ou mais produtos, a partir da transformação de uma matéria-prima. Exemplos:
Custos conjuntos - são aqueles que respeitam a um processo produtivo de que resultam dois ou mais produtos e que até determinada fase de fabricação ( o chamado ponto de separação) não se podem identificar como produtos distintos. Podem ocorrer em diferentes fases da produção da empresa, isto é, numa fase intermédia ou numa fase final.
Os critérios de repartição dos custos conjuntos, dependem do facto de os produtos terem ou não valor económico igual o que à partida, sugere uma classificação dos produtos de acordo com o seu valor económico.
Num processo de produção conjunta, distinguem-se três categorias de produtos, dependendo do seu significado e importância, ou seja, valor económico:
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