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Uma descrição detalhada do desenvolvimento do sistema respiratório, a partir do broto laringotraqueal até as alvéolos pulmonares. Além disso, aborda as estruturas anatômicas das vias aéreas, desde a cavidade nasal até à traquéia e os brônquios. O texto inclui informações sobre os ossos, cartilagens, músculos e outros elementos relacionados.
Tipologia: Provas
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Passar os conhecimentos teóricos acerca das vias aéreas e estruturas do sistema respiratório e suas principais funções.
Ao final desta aula, o aluno deverá ser capaz de: descrever as funções da respiração; identificar os órgãos do sistema respiratório; descrever as regiões da faringe. Identificar as características anatômicas da laringe, em relação com a produção da voz e da respiração; descrever as estruturas e funções dos alvéolos.
PRÉ-REQUISITOS Ter estudado e assimilado o conteúdo da 4ª aula “Esqueleto do tórax e da coluna vertebral” e conhecimentos prévios de Ciências no ensino médio.
José Aderval Aragão Danilo Ribeiro Guerra
(Fonte: http://www.bioeng.auckland.ac.nz).
INTRODUÇÃO
sistema respiratório garante as trocas gasosas, a capta ção de oxigênio (O 2 ) e a eliminação de gás carbono (CO 2 ), enquanto o sistema cardiovascular tem um papel importante no transporte dos gases do sangue para os pulmões e as células. O desenvolvimento do sistema respirató- rio tem início como um sulco longitudinal me- diano na parede ventral da faringe, na terceira ou quarta semanas de vida embrionária, deno- minado de broto laringotraqueal; que do seu alongamento proximal dá origem à laringe e traquéia, e da extremidade distal tem origem duas projeções laterais, os brotos pulmonares direito e esquerdo, que irão se desenvolver em brônquios e pulmões. Os brônquios continuam a se ramificar, dando origem aos bronquíolos, e suas porções terminais formam brotamentos fechados que se dilatam para constituir-se nos alvéolos pulmonares. A respiração é a troca de gases entre a atmosfera, o sangue e as células. Na respiração, três processos estão envolvidos: Ventilação pulmonar é a entrada e saída de ar entre a atmosfera e os pulmões. Respiração pulmonar é a troca de gases entre os pulmões e o san- gue, ou seja, o sangue recebe oxigênio e libera gás carbônico. Respiração tecidual é a troca de gases entre o sangue e as células, ou seja, o sangue fornece O 2 e recebe CO 2.
O nariz é a parte do sistema respiratório situado acima do pala- to duro e tem como função: olfação; respiração; filtração; umidificação e aquecimento do ar; e recebe a drenagem dos seios paranasais e dos ductos nasolacrimais. O esqueleto do nariz consis- te em uma parte óssea e outra cartilaginosa, e é revestido externa- mente por pele, e internamente, por mucosa. O esqueleto ósseo é constituído pelos ossos nasais, processo frontal das maxilas e parte nasal do frontal. A parte cartilaginosa consiste em cinco cartila- gens principais: cartilagens nasais laterais (2), alares maiores (2) e a cartilagem septal (1). A cavidade do nariz é dividida pelo septo nasal em duas câmaras simétricas, as fossas nasais direita e esquerda. O septo nasal é com- posto de uma parte óssea (lâmina perpendicular do etmóide, e o vômer), e outra cartilaginosa (cartilagem septal).
Figura 22. Parede medial do nariz [Septo] - Ossos e Cartilagens (Lâmina 34 B - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
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Essa cavidade possui: a) quatro aberturas (duas anteriores, de- nominada narinas; duas posteriores, as coanas); e b) quatro paredes: o teto da cavidade nasal, formado pelos ossos frontal, nasais, etmóide e esfenóide; o assoalho da cavidade nasal, mais largo que o teto, formado pela lâmina horizontal dos palatinos e processo palatino das maxilas; a parede medial da cavidade nasal é formada pelo septo nasal; e a parede lateral da cavidade nasal, irregular, onde se projetam, de cada lado, três saliências ósseas, as conchas nasais superior, média e infe- rior, que se curvam ínfero-medialmente para formar os meatos.
Figura 23. Cavidade nasal - Parede lateral (Lâmina 32 A - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
O meato superior é uma passagem estreita entre a concha nasal superior e média, onde se abre, por um ou mais orifícios, o seio etmoidal posterior. Encontramos também em situação súpero-lateral, a concha nasal superior e o recesso esfenoidal, para onde drena o seio esfenoidal. O meato médio, mais largo que o superior, se comunica ântero-superi- ormente com o seio frontal, através de uma abertura em forma de funil, o infundíbulo etmoidal; e inferiormente, através do ducto
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órbita. As células etmoidais anteriores drenam para o meato médio através do infundíbulo; as médias, para o meato nasal médio, onde forma a bolha etmoidal, tumefação na margem superior do hiato semilunar; e as células etmoidais posteriores, que drenam para o meato superior. O seio esfenoidal encontra-se situado no corpo do esfenóide e drena para o recesso esfenoetmoidal. Os seios maxila- res são os maiores seios paranasais, de formato piramidal e estão situados nos corpos maxilares e cada um drena para o meato médio (óstio maxilar) por meio do hiato semilunar.
Figura 25. Seios paranasais - Secção sagital (Lâmina 43 A - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
FARINGE
A faringe é um tubo músculo-membranoso, de mais ou menos 13 cm de comprimento, que se estende da base do crânio até a margem inferior da cartilagem cricóidea, anteriormente; e a mar-
gem inferior de C6, posteriormente. A faringe é dividida em três partes: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. A nasofaringe esta situada atrás da cavidade nasal e acima do palato mole. Comunica-se anteriormente com a cavidade nasal, atra- vés das coanas. No teto da parede posterior da parte nasal da faringe, encontramos um agregado de tecido linfóide que forma as tonsilas faríngeas (adenóides); na parede lateral da faringe encontra-se o óstio faríngeo da tuba auditiva, limitado pelo toro tubário (protusão da cartilagem da tuba auditiva), que estabelece a comunicação en- tre a faringe e a cavidade do ouvido médio.
Figura 26. Faringe - Vista posterior seccionada (Lâmina 60 - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
A orofaringe estende-se do palato mole até a margem superior da cartilagem epiglote. Comunica-se anteriormente com a boca atra- vés do istmo das fauces. Este está limitado superiormente pelo pa- lato mole (úvula); inferiormente, pela base da língua; e lateralmente pelos arcos palatoglosso e palatofaríngeo. Entre os arcos palatinos
A laringofarínge situa-se atrás da laringe, estendendo-se da mar- gem superior da cartilagem epiglote até a margem inferior da carti- lagem cricóidea. Comunica-se com a laringe através do ádito da laringe, delimitado lateralmente pela prega ariepiglótica, e anterior- mente pela epiglote. LARINGE
A laringe estabelece a comunicação entre a laringofaringe e a traquéia, de aproximadamente 5 cm de comprimento, tem como função: atuar como válvula durante a deglutição; manter a via aé- rea aberta para passagem do ar; e atua na fonação e vocalização (produção do som para a fala). A laringe é constituída por um arcabouço cartilagíneo, por mem- branas, ligamentos, articulações e músculos. As cartilagens da la- ringe são em números de nove; três pares e três impares. As cartila- gens impares são: tireóide, cricóidea e epiglote. A cartilagem tireóide é a maior das cartilagens, formada por duas lâminas que se fundem no plano mediano para formar a proeminência laríngea (pomo de adão), e tem a forma de um V (livro aberto). As margens posteriores de cada lâmina se proje- tam superiormente e inferiormente como cornos superiores e inferiores, respectivamente. Os cornos superiores estão fixa- dos aos cornos maiores do osso hióide e os inferiores se articu- lam com as faces laterais da cartilagem cricóidea nas articula- ções cricotireóideas, que realizam os movimentos de rotação e deslizamento, o que resultará em mudanças no comprimento das pregas vocais. A cartilagem tireóidea se liga ao osso hióide através da membrana tireohióidea. A cartilagem cricóidea, espessa e resistente, tem um formato de um anel de sinete, com uma lâmina posterior e um arco anterior; e é o único anel completo de cartilagem que envolve a via aerífera. Essa cartilagem se liga superiormente à cartilagem tireóidea, por meio do ligamento cricotireóideo mediano; e inferiormente à tra- quéia, pelo ligamento cricotraqueal.
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Figura 29. Cartilagens da laringe - Vista anterior (Lâmina 71 A - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
Figura 30. Cartilagens da laringe - Vista posterior (Lâmina 71 B - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
A cartilagem epiglote tem o formato de uma folha com o seu pecíolo, está situada posteriormente à raiz da língua e à parte ante- rior do osso hióide, e anteriormente ao ádito da laringe, ajudando a fechá-lo ou abrí-lo, durante a deglutição. Sua porção superior é li- vre, larga e arredondada, enquanto a inferior é longa e estreita, se
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Os músculos da laringe são divididos em dois grupos: extrínsecos e intrínsecos. Os músculos extrínsecos movem a laringe como um todo, e são descritos com os músculos da região anterior do pescoço. Os supra-hióideos são: milo-hióideo, genio-hióideo, esti- lo-hióideo e digástrico, que são levantadores do osso hióide e da laringe. Enquanto os infra-hióideos são: esterno-hióideo, omo- hióideo, esterno-tireóideo e tireo-hióideo, que são abaixadores do osso hióideo e da laringe. Os músculos intrísecos movem as partes laríngeas, alterando seu comprimento, o tamanho e formato da rima glótica, bem como a tensão das pregas vocais, e são: cricotireóideo, cricoaritenóideo posterior, cricoaritenóideo lateral, tireoaritenóideo, aritenóideo oblí- quo, aritenóideo transverso e vocal. O interior da laringe estende-se do ádito da laringe até o nível inferior da cartilagem cricóidea, onde se continua com a traquéia. Ela é dividida em três partes: o vestíbulo, situado acima das pregas vestibulares; o ventrículo da laringe, situado entre as pregas vesti- bulares e vocais; e a cavidade infraglótica, que se estende das cor- das vocais até a margem inferior da cartilagem cricóidea. A glote é
Figura 32. Músculos intrínsecos da laringe - Vista superior (Lâmina 72 D - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
o dispositivo vocal que inclui as pregas, processos vocais e a rima glótica. As pregas vocais controlam a produção da voz e possuiem: um ligamento vocal e um músculo vocal.
TRAQUÉIA
A traquéia é um tubo fibrocartilaginoso de aproximadamente 12 cm de comprimento, que se estende da margem inferior da cartilagem cricóidea, em nível da sexta vértebra cervical (C6), até sua bifurcação em brônquios principais direito e esquerdo, em nível do ângulo manúbrio esternal ou do disco intervertebral, entre a quarta (T4) e quinta vérte- bras torácicas (T5). É sustentada por rígidos anéis cartilaginosos in- completos que evitam o seu colabamento, têm a forma de C ou de ferradura e são abarcados pelo músculo traqueal na face posterior; e seus ligamentos asseguram a flexibilidade e mobilidades necessárias.
Figura 33. Traquéia e brônquios - Vista anterior (Lâmina 190 A - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
PULMÕES
Os pulmões são órgãos pares, grandes e esponjosos, de for- ma piramidal, situados no interior da cavidade torácica, separa- dos entre si pelo coração, vísceras e pelos grandes vasos do mediastino. Tem com função captar o oxigênio inalado do ar atmosférico e desprender o gás carbônico. Cada pulmão tem: um ápice, que sobe acima da abertura superior do tórax e é co- berto pela pleura cervical (ou cúpula pleural); e três faces que se adaptam ao contorno da cavidade torácica.
Figura 34. Brônquios (Fonte: VAN DER GRAFF, K. M. Anatomia Humana. São Paulo: Artmed, 2003).
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Figura 35. Topografia dos pulmões - vista anterior (Lâmina 184 - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
A face costal, grande, lisa e convexa, está em contato com a pleura e as costelas. Nessa face, encontramos também as fissuras, que divi- dem os pulmões em lobos. O pulmão direito possui duas fissuras: a fissura oblíqua, que tem início em nível da cabeça da 5ª costela, cur- va-se para baixo e termina em nível da 6ª articulação condrocostal, e separa os lobos superior e médio do inferior. A fissura horizontal inicia-se na superfície da fissura oblíqua, no ponto de interseção da linha axilar média com a 6ª costela, e separa o lobo superior do médio no pulmão direito. O pulmão esquerdo possui apenas uma fissura que separa o lobo superior do lobo inferior, a fissura oblíqua.
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A face mediastinal, é ligeiramente côncava, contém uma fenda vertical, o hilo, que é uma área por onde os brônquios principais, vasos pulmonares, vasos bronquiais, vasos linfáticos e nervos en- tram ou saem do pulmão. A face diafragmática, também côncava, forma a base do pulmão, e repousa sobre a cúpula diafragmática. Essa concavidade é mais acentuada na base do pulmão direito por causa da posição mais elevada do fígado.
VASCULARIZAÇÃO
Figura 38. Artérias e veias pulmonares (Lâmina 194 C - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
Cada pulmão possui uma artéria pulmonar que fornece san- gue e duas veias que drenam o sangue. As artérias pulmonares, direita e esquerda, originam-se do tronco pulmonar e conduzem sangue venoso (pouco oxigenado) aos pulmões, para oxigenação. Enquanto as veias, duas de cada lado, conduzem sangue arterial (bem oxigenado) dos pulmões para o átrio esquerdo do coração, e daí para o seu ventrículo direito. Deste, o sangue arterial al- cança todas as partes do corpo. As artérias brônquicas fornecem sangue para nutrir as estrutu- ras das raízes dos pulmões, tecido de sustentação e a pleura. A veia brônquica direita drena para a veia ázigos e a veia brônquica es- querda para a veia hemiázigos.
Figura 39. Veias bronquiais (Lâmina 196 C - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).