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Descrição anatômica detalhada da face anterior e posterior da escápula, úmero, rádio, úlna, fêmur, tíbia e fíbula, incluindo os tubérculos, processos, sulcos, fossas, condilos e ligamentos. Além disso, a descrição do cíngulo pélvico e do tálus.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Passar os conhecimentos teóricos acerca do Sistema Esquelético do membro inferior e dos cíngulos peitoral e pélvico e seus principais acidentes e funções.
Ao final desta aula, o aluno deverá descrever os ossos do cíngulo do membro superior e inferior; relatar as características dos ossos do membro superior e inferior; descrever os limites da pelve maior e menor.
PRÉ-REQUISITOS Conteúdo da aula “Esqueleto do tórax e coluna vertebral”.
(Fonte: http://images.google.com.br).
José Aderval Aragão
INTRODUÇÃO
esqueleto apendicular é composto pelos ossos dos membros superiores, inferiores e pelos cíngulos pei- toral e pélvico. O cíngulo peitoral é formado por dois ossos: escápula e clavícula. A clavícula, osso longo, em forma de S, nem sempre com cavidade medular, possui duas extremidades (esternal e acromial) com face articular, e um corpo (figura 37). A ex- tremidade esternal, grossa, arredondada, dirigida para o esterno, possui uma superfície articular para com o esterno onde irá for- mar a articulação esternoclavicular. A extremidade acromial, pla- na, achatada, direcionada para a escápula, possui uma superfície articular ovalada para a articulação acromioclavicular. O corpo apresenta duas faces: uma superior e outra inferior. A face supe- rior, um pouco convexa, e a inferior, côncava onde encontra- mos da medial para lateral a impressão do ligamento costoclavicular; sulco subclávio, para o músculo subclávio; o tubérculo conóide, para o ligamento conóide; e o ligamento trapezóide para o ligamento trapezóide.
Figura 37. Clavícula direita - Superfícies superior e inferior (Lâmina 395 A - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
em forame, pelo ligamento transverso, para passagem do nervo supra-escapular. Lateralmente a essa incisura, encontramos uma saliência em forma de bico de corvo, o processo coracóide, que serve para fixação dos músculos coracobraquial, peitoral menor e porção curta do bíceps braquial. O ângulo superior dá inserção ao músculo levantador da escápula; o inferior, ao redondo maior. Enquanto o ângulo lateral, dilatado, apresenta uma superfície ovóide, a cavidade glenóide, para articular com a cabeça do úmero e formar a articulação glenoumeral ou do ombro. Essa, em sua margem superior apresenta um tubérculo, o tubérculo supraglenoidal, para porção longa do bíceps braquial; e outro infraglenoidal, para porção longa do tríceps braquial.
Figura 39. Úmero e escápula - Vista anterior (Lâmina 396 A - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
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Os ossos do membro superior são: no braço, o úmero; no an- tebraço, o radio e a ulna; e na mão, os ossos do carpo, metacarpo e dos dedos (falanges). O úmero, o maior e mais longo osso do membro superior, é composto de um corpo (diáfise), uma extremidade proximal (epífise) e outra distal. Na epífise proximal, encontramos: Cabeça do úmero, delimitada pelo colo anatômico, articula-se com a cavidade glenóide da escápula para formar a articulação do ombro. Tubérculo maior, situado lateralmente à cabeça, dá inserção aos músculos supra-espinhal, infra-espinhal e redondo menor. Tubérculo menor, serve de fixação do músculo subescapular. Sulco intertubercular, sulco profundo que separa os tu- bérculos maior e menor, e aloja o tendão da porção longa do bíceps braquial e dá passagem à artéria circunflexa ante- rior do úmero. A epífise distal, achatada no sentido ântero-posterior, apresen- ta: duas superfícies articulares, duas saliências e três depressões. As superfícies são: Capítulo, eminência lisa e arredondada para articular com a cabeça do rádio. Tróclea, cortada longitudinalmente, tem o formato da metade de um carretel diábolo, e articula com a incisura troclear da ulna. As saliências são: Epicôndilo medial, maior e mais proeminente do que o late- ral, dá inserção aos músculos flexores do antebraço, pronador redondo e para o ligamento colateral da ulna. Epicôndilo lateral, pequena eminência para fixação dos músculos extensores do antebraço, supinador e ligamento colateral do rádio. As depressões são: A fossa coronóide, situa-se por cima da tróclea, recebe o pro- cesso coronóide da ulna. A fossa radial, situada acima do capítulo, aloja a cabeça do rádio. A fossa do olécrano, é a mais profunda, e aloja a ponta do olécrano na extensão do cotovelo.
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semilunar), e outra medial, a incisura ulnar do rádio, para a ca- beça da ulna. Processo estilóide do rádio, para inserção do tendão do mús- culo braquiorradial e do ligamento colateral do rádio.
Figura 41. Rádio e ulna direitos em pronação - Vista anterior (Lâmina 413 B - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
Na face posterior dessa epífise, encontramos diversos sul- cos nitidamente marcados, onde correm os tendões dos múscu- los extensores longos, que em sentido látero-medial são: 1ª sulco, localizado no processo estilóide, para os tendões dos músculos abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar. 2º sulco, destinado aos tendões dos músculos extensores ra- diais, longo e curto do carpo.
3º sulco, de disposição oblíqua recebe o tendão do mús- culo extensor longo do polegar. Lateralmente a esse sulco encontramos uma crista, geralmente palpável, que é o tu- bérculo dorsal. 4º sulco abriga os tendões dos músculos extensores dos de- dos e do músculo extensor do indicador. A ulna, osso longo e medial do antebraço, apresenta duas epífises e uma diáfise. A epífise proximal possui duas projeções proeminentes e duas superfícies articulares: O olécrano, formação áspera, escavada em gancho, que for- ma a ponta do cotovelo. O processo coronóide, projeção que sai da parte anterior e proximal do corpo, e que em flexão articula com a fossa coronóide do úmero. Tuberosidade da ulna, localizada abaixo do processo coronóide, que dá inserção ao músculo braquial e ao ligamento corda oblíqua. Incisura troclear, área curva entre o olécrano e o processo coronóide, para articulação com a tróclea do úmero. Incisura radial, concavidade situada lateralmente ao processo coronóide, na qual se encaixa a circunferência da cabeça do rádio. Crista do músculo supinador, prolongamento da incisura ra- dial em direção lateral para fixação do músculo supinador. A epífise distal da ulna, pequena, apresenta duas eminências: Cabeça da ulna, eminência articular arredondada, para a incisura radial da ulna. Processo estilóide, saliência não articular, em forma de estilete, para inserção do ligamento colateral da ulna na articulação do punho. A mão é dividida em três partes: o carpo, metacarpo e as falanges. Os ossos do carpo, dispostos em duas fileiras, são em núme- ro de oito. Os da fileira proximal são denominados: escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme; já os da fileira distal são: trapézio, trapezóide, capitato e hamato (figura 42).
Hamato, facilmente palpável na face palmar e possui um pro- cesso curvo, o hámulo do hamato, e articula-se com o semilunar, capitato, piramidal, 4º, e 5º, metacárpicos. Os ossos metacarpais formam o esqueleto da palma da mão e são compostos de cinco metacarpais (1º, 2º, 3º, 4º, e 5º), nu- merados da lateral (rádio) para medial (ulna).
Figura 43. Ossos do punho e da mão - Vista anterior [palmar] (Lâmina 430 A - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
As falanges formam o esqueleto dos dedos, são constituídas das falanges proximal, média e distal, exceção do polegar que só tem falange proximal e distal, os demais dedos têm as três falanges (figura 43). O cíngulo pélvico (figura 44) é formado pelos ossos do qua- dril, unidos anteriormente pela sínfise púbica, e posteriormente pelo sacro. Em conjunto com o sacro e cóccix, os dois ossos do quadril formam uma estrutura em forma de bacia denominada
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pelve. A pelve é dividida em pelve maior e menor. Estes dois com- ponentes são separados pela linha terminal, margem óssea encurvada que vai do promontório até a margem superior da sínfise púbica. A pelve maior ou falsa, porção expandida da cavidade pélvica, acima da linha terminal, está limitada anteriormente pela parede abdominal anterior, posteriormente, pelas vértebras L5 e S1, e lateralmente pelas fossas ilíacas. Já a pelve menor ou verda- deira, de paredes ósseas mais completas do que a maior, está limi- tada, anteriormente, pela margem superior da sínfise púbica, e, posteriormente, pela face ventral das vértebras sacrococcígeas.
Figura 44. Pelve feminina - Medidas (vista anterior) (Lâmina 430 A - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
Osso do quadril: osso achatado, formado pela fusão do ílio, ísquio e púbis, que são separados nas crianças, mas fundidos nos adultos. O ílio compõe a maior parte desse osso e contribui para a parte superior do acetábulo; o ísquio compõe a parte póstero-inferior desse osso, enquanto a parte superior do corpo do ísquio funde-se com o púbis e ílio para formar a face póstero-
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Face auricular, em forma de orelha, para articular com a face auricular do sacro e formar a articulação sacroilíaca. Tuberosidade ilíaca, aspereza para inserção dos ligamentos sacroilíacos e sacroespinhal. Linha arqueada, para fixação do músculo psoas menor. Eminência iliopectínea, ponto de união entre o ílio e o púbis. Linha pectínea, para o músculo pectíneo. Forame obturado, grande abertura arredondada, para passa- gem dos vasos e nervo obturatórios.
Figura 46. Ossos do quadril - Vista medial (Lâmina 457 B - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
Margem anterior (figuras 45 e 46): Espinha ilíaca ântero-superior, origem dos músculos sartório e tensor da fáscia lata e do ligamento inguinal.
Espinha ilíaca ântero-inferior, para inserção do músculo reto femoral e do ligamento íliofemoral da articulação do quadril. Tubérculo púbico, fixa o ligamento inguinal e medialmente, e a inserção dos músculos reto do abdome e piramidal. Margem posterior (figuras 45 e 46): Espinha ilíaca póstero-superior, fixação do ligamento sacroilíaco. Espinha ilíaca póstero-inferior, corresponde à extremidade posterior da face auricular e serve também para fixação do liga- mento sacroilíaco. Incisura isquiática maior, para passagem do nervo isquiático, músculo piriforme e dos vasos e nervos glúteos superiores e inferiores. Espinha isquiática, eminência pontiaguda para inserção dos músculos gêmeo superior, coccígeo e levantador do ânus. Incisura isquiática menor transforma-se em forame pelos li- gamentos sacrotuberal e sacroespinhal, dá passagem ao tendão do músculo obturador interno e vasos e nervo pudendos inter- nos. Na margem superior, forma um S de curvas pouco fecha- das, denominado Crista ilíaca, que serve de inserção para os músculos largos do abdome (oblíquos externo e interno, e trans- verso do abdome). Enquanto na margem inferior, serve para inserção dos músculos ísquio cavernoso e adutor magno e fixa- ção dos corpos cavernosos do pênis. O membro inferior é dividido em coxa, perna e pé. Na coxa encontramos o fêmur, osso longo e mais forte do esqueleto, que tem uma diáfise e duas extremidades (figuras 47 e 48). Na extremidade proximal encontramos: A cabeça do fêmur, superfície lisa para articular com o acetábulo. Fóvea da cabeça do fêmur, depressão ovóide, para inserção do ligamento do acetábulo ou da cabeça do fêmur. Colo, região de constrição que liga a cabeça ao corpo do fêmur. Trocanter maior, eminência quadrilátera, que se projeta da junção entre o colo e o corpo. Fixa os músculos glúteos médio e mínimo, piriforme, obturador interno e gêmeos.
Epicôndilo medial: recebe a inserção do ligamento colateral medial do joelho. Epicôndilo lateral: dá inserção ao ligamento colateral fibular na articulação do joelho. Tubérculo do adutor, para inserção do músculo adutor magno. Na sua diáfise encontramos: Linha áspera, crista proeminente, no terço médio do fêmur, para inserção dos músculos, vasto medial e lateral. Linha pectínea: continua-se até a base do trocanter menor, para inserção do músculo pectíneo. Tuberosidade glútea, aspereza que se continua até o trocanter maior, para inserção do músculo máximo. Linha supracondilar medial e lateral, para inserção das cabe- ças medial e lateral do músculo gastrocnêmio, respectivamente.
Figura 48. Fêmur - Vista posterior (Lâmina 459 B - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
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Os ossos da perna são a tíbia e a fíbula (figuras 49 e 50). A tíbia sustenta o peso do corpo, articula-se superiormente com os côndilos do fêmur, e inferiormente, com o tálus, no pé. Localiza-se medialmente na perna, e possui duas extremidades e uma diáfise. Onde encontramos:
Na extremidade proximal Côndilos tibiais, com suas faces articulares superiores (platô tibial), que se articulam com os côndilos femorais; e nas porções periféricas fixam os meniscos da articulação do joelho. Eminência intercondilar, projeção que separa os côndilos tibiais e proporcionam fixação aos ligamentos cruzados. Área intercondilar anterior, depressão áspera para inserção do ligamento cruzado anterior.
Figura 49. Tíbia e fíbula da perna direita - Vista anterior (Lâmina 482 A - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
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Uma cabeça de forma irregular, com uma superfície articular para o côndilo lateral da tíbia. Ápice da cabeça, proeminência espessa e áspera, para inserção do ligamento colateral da fíbula e do tendão do músculo bíceps femoral. Na extremidade distal, porção expandida da fíbula, encontramos: Maléolo lateral, onde existe uma superfície articular, lisa e oval, para articular com o tálus e, na ponta, dá inserção ao ligamento calcaneofibular. Sulco maleolar, para passagem dos tendões dos músculos fibular longo e curto. Os ossos do pé compreendem o tarso, metatarso e as falanges. Os ossos do tarso são: tálus, calcâneo, cubóide, navicular e os três cuneiformes.
O tálus é o único osso do tarso que não possui fixações musculares ou tendíneas, e sustenta o peso do corpo, que é trans-
Figura 50. Tíbia e fíbula da perna direita - Vista posterior (Lâmina 482 B - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
mitido pela tíbia. Articula-se com a tíbia, fíbula, calcâneo e navicular. Calcâneo - é o maior e mais resistente osso no pé. Transmite o peso do corpo proveniente do tálus para o solo. O calcâneo articula-se com o tálus e o cubóide. Navicular - osso em forma de barco, localizado entre o tálus, posteriormente, e os três cuneiformes, anteriormente. Articula- se com o tálus e os ossos cuneiformes. O Cubóide, de forma cúbica, é o osso mais lateral da fileira distal dos ossos tarsais, e articula-se com o calcâneo, cuneiforme lateral e 4º e 5º metatarsianos. O cuneiforme medial (1º) é o maior dos três cuneiformes e articu- la-se com o navicular, cuneiforme intermédio e 1º e 2º metatársicos. O cuneiforme intermédio (2º) , em forma de cunha, é o me- nor dos três cuneiformes. Articula-se com o navicular, os cuneiformes lateral e medial, e o 2º metatársico. O cuneiforme lateral (3º) ocupa o centro da fileira anterior dos ossos do tarso, de tamanho intermediário entre os dois os- sos cuneiformes procedentes. Articula-se com o navicular, cuneiforme intermédio, o cubóide, e o 2º, 3º e o 4º metatársico. O metatarso consiste de cinco ossos, que são numerados a partir do lado medial do pé, e cada um apresenta uma base, um corpo e uma cabeça. O 1º é o menor e mais robusto; o 2º metatarsal é o mais longo. As falanges do pé estão arranjadas da mesma forma e têm o mesmo número dos ossos da mão; há duas no 1º dedo e três em cada um dos outros dedos. As falanges do hálux (1º dedo) são curtas, largas e fortes. Enquanto as falanges média e distal do 5º dedo são frequentemente fundidas nos idosos.