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Eficácia do Óleo de Café em Cremes para Estrias: Formulação e Estabilidade, Teses (TCC) de Química

Este trabalho acadêmico investiga a eficácia do óleo de café como ingrediente em cremes hidratantes para a redução de estrias. A pesquisa aborda a formulação de um creme hidratante com óleo de café, realizando testes de estabilidade e eficácia em um modelo durante 3 meses. Os resultados indicam que o óleo de café, em conjunto com outros ativos, demonstrou ser eficaz na redução de estrias, proporcionando hidratação e melhorando a aparência da pele.

Tipologia: Teses (TCC)

2022

Compartilhado em 02/09/2024

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CAMPO LIMPO PAULISTA
QUÍMICA BACHARELADO
ELLEN GRAZIELLE KROL
COSMÉTICOS: ESTUDO DA EFICÁCIA DO ÓLEO DE CAFÉ EM CREMES PARA
ESTRIAS
CAMPO LIMPO PAULISTA
2022
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CENTRO UNIVERSITÁRIO CAMPO LIMPO PAULISTA

QUÍMICA BACHARELADO

ELLEN GRAZIELLE KROL

COSMÉTICOS: ESTUDO DA EFICÁCIA DO ÓLEO DE CAFÉ EM CREMES PARA

ESTRIAS

CAMPO LIMPO PAULISTA

ELLEN GRAZIELLE KROL

COSMÉTICOS: ESTUDO DA EFICÁCIA DO ÓLEO DE CAFÉ EM CREMES PARA

ESTRIAS

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Campo Limpo Paulista para conclusão do curso de Química Bacharelado sob a orientação da Prof. Matheus Ziviani Pagnan CAMPO LIMPO PAULISTA

“O homem não teria alcançado o possível se, repetidas vezes, não tivesse tentado o impossível”. Max Weber

ABSTRACT

Coffee oil is a mixture of lipophilic compounds rich in triglycerides of essential fatty acids, especially linoleic acid. Due to its rich composition and high content of unsaponifiable materials, coffee oil extracted from unroasted beans has emollient, moisturizing and protection properties against solar radiation. Thus, this work aimed to develop stable cosmetic formulations containing coffee oil and evaluate its effectiveness in products for the reduction of stretch marks. Where stretch marks are scars formed due to a breakdown of collagen on the surface of the skin. They typically appear in areas prone to skin distention, such as the insid es of the arms and thighs. Therefore, stretch marks are the result of the destruction of elastic and collagen fibers, responsible for the support and elasticity of the skin. These fibers support a certain stretch limit. When this limit is exceeded, stretching the fibers beyond what they can naturally support, the tissue is broken, generating an inflammatory process that we identify as stretch marks. Through this, a cosmetic formulation of a moisturizing cream was made, obtaining coffee oil as a way of reducing stretch marks, bringing proof of its effectiveness, with a stable formulation, and tested for 3 months in a model, indicating that coffee oil it was effective together with the other actives of the formulation, to reduce the stretch marks. Based on the results obtained, it can be concluded that the formulation developed was stable, safe and effective both for skin hydration, and also to reach the dermis, and reduce stretch marks. Being able to indicate the coffee oil for the treatment in the aesthetics, being sure that the industries that use the coffee oil, are sure of its effectiveness. Text Box. Keywords: Stretch marks, coffee oil, cosmetics, effectiveness

SUMÁRIO

  • LISTA DE ABREVEATURAS E SIGLAS
  • INTRODUÇÃO.......................................................................................................................
  • OBJETIVOS
    • GERAL
    • ESPECÍFICOS......................................................................................................................
  • METODOLOGIA
  • CAPÍTULO 1 – REFERENCIAL TEORICO
    • 1.1 O que é um cosmético.....................................................................................................
    • 1.1.2 História
    • 1.2. Reparações cosméticas: Emulsão
    • 1.3 As estrias e o uso da cafeína como tratamento
    • 1.4 Borra do café...................................................................................................................
    • 1.4.1 Propriedades
    • 1.4.2 Óleo de Café
    • 1.5 Compostos químicos na composição do café
    • 1.5.1 Cafeína
  • CAPÍTULO 2 – COMPOSIÇÃO DAS FORMULAÇÕES COSMÉTICAS.....................
    • 2.1 Formulações cosméticas
    • 2.2 Componentes dos cremes hidratantes
    • 2.2.1 Veículo/Solvente..........................................................................................................
    • 2.2.2 Espessantes
    • 2.2.3 Emoliente
    • 2.2.4 Emulsionante
    • 2.2.5 Corretor de pH
    • 2.2.6 Conservantes
    • 2.2.7 Antioxidante
    • 2.2.8 Quelantes
    • 2.2.9 Ativos...........................................................................................................................
    • 2.2.10 Vitaminas
    • 2.2.11 Umectantes
    • 2.2.12 Fragrância
    • 2.3 Afecções dermatológicas associadas ao uso cosmético
  • CAPÍTULO 3 – PARTE EXPERIMENTAL
    • 3.1 Proposta de formulação de creme corporal contendo óleo de café
    • café........................................................................................................................................ 3.2 Análises físico–químicas da formulação cosmética: creme corporal contendo óleo de
  • CAPITULO 4 - LEGISLAÇÃO DOS COSMÉTICOS
    • 4.1 Classificações dos produtos cosméticos
    • 4.2 Função.............................................................................................................................
    • 4.3 Risco sanitário
    • 4.4 Forma de apresentação
  • DISCUSSÕES E RESULTADOS DO ESTUDO
  • CONSIDERAÇÕES FINAIS
  • REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS..................................................................................
  • Figura 1- Óleo de Café............................................................................................................. LISTA DE FIGURAS
  • Figura 2 - Molécula da cafeína..................................................................................................
  • Figura 3 - Agitador marca Fisatom...........................................................................................
  • Figura 4 - Creme com Óleo de café...........................................................................................3
  • Figura 5- Creme com Óleo de café...........................................................................................
  • Figura 6- Creme com Óleo de café...........................................................................................
  • Figura 7- Creme com Óleo de café...........................................................................................
  • Figura 8- Teste Centrifuga .......................................................................................................
  • Figura 9- Antes da utilização do creme....................................................................................
  • Figura 10- Depois de 3 meses do uso do creme .....................................................................3
  • Tabela 1 - Principais constituintes do grão de café................................................................... LISTA DE TABELAS
  • Tabela 2- Formulação do creme corporal contendo óleo de café.............................................
  • Tabela 3 - Parâmetros da primeira semana do teste de estabilidade..........................................
  • Tabela 4 - Parâmetros da segunda semana do teste de estabilidade..........................................
  • Tabela 5 - Parâmetros da terceira semana do teste de estabilidade...........................................
  • Tabela 6 - Parâmetros da quarta semana do teste de estabilidade.............................................

INTRODUÇÃO

A segunda década do século XX foi de extrema importância na formulação de um novo ideal físico, a preocupação das pessoas com a imagem corporal e pelo padrão estético imposto pela sociedade, está cada vez maior, fazendo com que os mais variados tratamentos estéticos vêm sendo cada vez procurado para atingir a tão desejada perfeição (CASTRO, 2004). A pele tem como principais funções a de manutenção homeostática e de revestimento, além de também desempenhar a função sensitiva e defendendo-nos contra agressores externos. Entretanto, sem haver uma definição especifica para as causas do surgimento das estrias, elas são um mal que afligem tanto homens quanto mulheres, fazendo com que fiquem insatisfeitos em relação à sua autoimagem. As estrias são uma atrofia tegumentar adquirida, devido ao rompimento das fibras elásticas presentes na derme, apresentam-se como lesões lineares paralelas, obedecendo às linhas de clivagem do tecido, a princípio elas são avermelhadas/violáceas, após, esbranquiçadas e abrilhantadas (nacaradas) (BORGES, 2010; GUIRRO e GUIRRO, 2002; MONDO, 2004). Por não haver uma definição especifica para as causas do surgimento das estrias, estudos apontam para causas multifatoriais, fatores endocrinológicos, mecânicos, predisposição genética e familiar. Tais fatores levaram ao surgimento de três teorias para sua etiologia: a mecânica, a endocrinológica e a infecciosa. A cafeína (C 8 H 10 N 4 O 2 ) está entre um dos principais ativos capazes de ultrapassar, a derme que é a camada do meio da pele, formada por fibras e grande quantidade de vasos sanguíneos e terminações nervosas. Consequentemente, a cafeína reduz essas medidas ( RAMALHO, CURVELO, 2006; KRUPEK, COSTA, 2012). De acordo com a DERMAGE cosméticos a cafeína é um óleo indutor da lipólise, contém metil xantinas que promovem a quebra e a queima dos triglicerídeos, e também atua na derme, melhorando a aparência da pele e estimulando a produção de colágeno e elastina. Segundo FOLSTAR (1985), o óleo de café verde é composto de triglicerídeos (75,2%), ácidos graxos livres (1%), moo ésteres de álcoois diterpênicos com ácidos graxos (18,5%), álcoois diterpênicos (0,4%), ésteres de esteróis com ácidos graxos (3,2%), esteróis (2,2%), tocoferóis (0,05%), fosfatídeos (0,1 a 0,5%) e derivados de hidroxitriptamina que correspondem às ceras dos grãos (0,8%). Diante dos diversos cosméticos presentes no mercado, o presente estudo visa identificar os mecanismos de ação do óleo de café em um creme hidratante e seus efeitos na diminuição de estria corporais.

JUSTIFICATIVA

Na contemporaneidade, a indústria cosmética é o setor da beleza mais movimentado e vem obtendo um grande crescimento - principalmente no Brasil - onde as indústrias seguem em busca de novas tecnologias para o desenvolvimento de novos produtos. Ademais, com o passar dos anos os cosméticos passaram a adquirir novas finalidades que transcendem a estética e passaram a assumir funções atreladas à saúde e o bem estar. Um dos principais desafios a serem enfrentados é desenvolver um produto que seja capaz de atender os parâmetros referentes ao meio social do embelezamento, de forma que o mesmo possa proporcionar hidratação e proteção da área a ser aplicada. Em consonância a estas características, aspectos relacionados ao custo-benefício são fundamentais para a garantia da acessibilidade dos cosméticos, em especial dos cremes dermatológicos para o tratamento de estrias. As pesquisas na área convergem para o fato de que quanto mais atribuições hidratantes um produto corporal possui, melhor será seu desempenho de absorção e hidratação em relação os cuidados necessários com a pele, no entanto, a maioria das empresas que desenvolvem esse tipo de produto, não disponibilizam seus dados de pesquisa como fonte de fácil acesso para a população. Assim, através do presente trabalho de conclusão de curso esta pesquisadora pretende contribuir com uma revisão bibliográfica abarcando, sobretudo, o desenvolvimento de uma fórmula de creme para o tratamento de estrias incorporando o óleo de café. Os dados obtidos serão apresentados de maneira a comprovar sua eficácia, contribuindo, assim, para estudos de relevância na área. Por fim, destaca-se que o tema de pesquisa foi escolhido por esta pesquisadora, pois este permitiu uma maior reflexão sobre o assunto durante o período de estágio e, além disso, o tema também foi abordado durante alguns momentos na graduação em Química despertando a curiosidade científica atrelada aos ensaios e testes para o desenvolvimento do creme supracitado. Espera-se que o desenvolvimento da fórmula possa contribuir para aspectos relacionados ao tratamento de estrias, contribuindo, assim, para a melhoria da qualidade de vida da população.

METODOLOGIA

Utilizou-se como referência um de óleo de café, na utilização da formulação do creme. Para obter os resultados de eficácia e estabilidade do produto, os dados foram fixados no capitulo 3 Os testes foram realizados em parceria com o laboratório da empresa Estoril – São Paulo, que forneceu todo apoio e suporte na parte experimental, em cada detalhe da formulação e fornecendo as matérias primas e equipamento necessário, com a conduta de que não seria autorizado a exposição das matérias primas, nome ou até mesmo o INCI

CAPÍTULO 1 – REFERENCIAL TEORICO

1.1 O que é um cosmético Cosméticos consistem em substâncias, misturas ou formulações utilizadas para proteger e melhorar a aparência do corpo humano. No Brasil, estes são denominados de produtos de higiene pessoal, sendo separados por classes de aplicações de acordo com os níveis de risco (Lopes, 2010; Sousa, 2018; Galembeck, 2022). Antigamente, os cosméticos tinham como objetivo disfarçar os maus odores e realizar correções de imperfeições físicas, principalmente faciais. Com o passar dos anos identificou-se o aumento nos cuidados relacionados a higiene pessoal, acarretando na melhora do ambiente e da condição de vida das pessoas (Lopes, 2010; Sousa, 2018; Galembeck, 2022). No entanto além de proporcionarem todos estes fatores a indústria de cosmético se viu obrigada a melhorar as suas tecnologias para buscarem o aprimoramento de novos produtos. Após a constatação de dados obtidos por empresas do ramo (período), evidenciou-se a importância do uso de cosméticos na proteção a saúde, uma vez que os desgastes causados devido a exposição solar e o uso de produtos químicos sem os EPI’s necessários, impactam na qualidade de vida. Estes produtos desenvolvidos passaram a ser nomeados pelos fabricantes, como cosmecêuticos, dermocosméticos, cosmético funcional ou de desempenho. No que tange as formulações de uso pessoal elas atuam beneficamente no organismo, causando modificações positivas e duráveis na saúde da pele, mucosas ou couro cabeludo. 1.1.2 História A história dos cosméticos é muito rica, desde quando os homens pré-históricos há 30 mil anos pintavam o corpo com terra, cascas de árvores, seiva de folhas esmagadas e orvalho. Mas a fortes indícios que os egípcios já usavam cosméticos há milhares de anos, no qual empregavam óleo de castor como bálsamo protetor, além de hábitos de higiene, como tomar banho usando sabão e uma mistura perfumada à base de cinzas ou argila (TREVISAN, 2011). As mulheres e os homens bizantinos, egípcios e romanos, já se preocupavam com a apresentação pessoal, usando preparações cosméticas. Os bizantinos também já dedicavam especial atenção à aparência, usando preparações cosméticas para os cabelos. O uso de sombras para os olhos foi registrado em 4000 a.C. Para isso, verde de malaquita era adicionado à pasta de antimônio e o produto resultante conferia coloração verde às pálpebras (CARVALHO, 2006).

Com o início da Idade Contemporânea, no século XIX, os cosméticos retomaram a popularidade. Eles ainda eram feitos em casa, e cada família tinha suas receitas favoritas para preparar sabonetes, água de rosas e creme de pepino. Com a evolução dos costumes as mulheres passaram a expor um pouco mais o corpo, mas mesmo assim ainda tomavam banho utilizando roupas longas. Indústrias começaram a fabricar as matérias-primas para a produção de cosméticos e produtos de higiene nos Estados Unidos, como a Colgate, na França, Japão, Inglaterra e Alemanha. (TREVISAN, 2011). No começo do século XX os cosméticos passaram da produção caseira para fabricação em quantidades maiores. A liberação da mulher foi o fator fundamental para o sucesso dos cosméticos prontos, já que elas não tinham mais tempo para produzi-los em casa. Assim, uma nova indústria surgiria para suprir esta demanda. Paralelamente a esse progresso tecnológico, os conhecimentos científicos contribuíram decisivamente para o desenvolvimento de numerosas fórmulas de preparações mais eficientes e seguras (TREVISAN,2011). No século XX, com a herança conservadora da Era Vitoriana, a pele das pessoas ficava mais exposta ao sol. Em 1928, foi vendido nos EUA o primeiro protetor solar industrializado, contendo como ingredientes ativos o cinamato de benzila e o salicilato de benzila (FISHMAN, 2009). O primeiro creme para pele que utilizava água em óleo foi produzido em 1911; era o creme Nívea. A palavra “cosmetologia” foi criada pelo Dr. Aurel Voine, durante o Congresso Internacional de Dermatologia de 1935 em Budapeste. Segundo ele, cosmetologia é o conjunto 5 das ciências do embelezamento e suas implicações dermatológicas, biológicas, químicas, farmacêuticas, médicas e médico-sociais (TREVISAN, 2011). 1.2. Preparações cosméticas: Emulsão Emulsões são sistema bifásico constituído por dois líquidos imiscíveis, sendo um dos quais dispersos em glóbulos (fase dispersa) no outro líquido (fase contínua), completamente difuso em outro (HILL, 1996). Estes sistemas possuem baixa estabilidade termodinâmica, devido a alguns fatores como a tensão superficial, filme interfacial mecanicamente, repulsão das duplas camadas elétricas, viscosidade e outro (VIANNA, 2008). Com isto, é necessário a adição de um terceiro elemento, denominado componente interfacial ou tensoativos emulsificantes, cujo a função básica é estabilizar esses sistemas (CORREA, 2017). Ao se tratar de emulsões, é necessário distinguir claramente cada uma das duas fases presentes. A fase que está presente na forma de gotas, finamente divididas, denomina-se de fase dispersa ou interna, a fase que forma a matriz em que se suspendem estas gotas, de fase contínua ou externa. A distinção entre os tipos diferentes de emulsão consiste em notar qual componente

é contínuo e qual a fase dispersa. Assim, pode existir uma emulsão óleo em água (óleo é a fase dispersa) ou uma emulsão água em óleo (água é a fase dispersa). Classificadas como óleo-em– água O/W ou água-em-óleo A/O sendo a primeira fase dispersa e a segunda contínua (BECHER, 1972). Emulsões de óleo e água geralmente são preparadas com a adição de um surfactante de algum tipo. O óleo e o surfactante, se o surfactante é um lipídio, são aquecidos a uma temperatura elevada suficiente para liquefazer esses componentes e, em seguida, são misturados à água, também a uma temperatura elevada, sob altas condições de agitação e cisalhamento, por exemplo, por homogeneização suficiente para formar a emulsão. Dependendo das concentrações relativas dos vários componentes, água ou óleo pode ser a fase contínua (HEMKER, 1984). Geralmente, as melhores emulsões cosméticas ou loções têm um alto teor de óleo, por exemplo, mais de 50% em peso, de modo que o óleo é a fase contínua. As emulsões são caracteristicamente suaves, homogêneas e de textura cremosa. No caso de emulsões de óleo em água, onde a água é a fase contínua, elas tendem a ser mais difíceis de estabilizar contra a separação de fases, e a estabilidade geralmente é obtida apenas com a assistência de um hidrocoloide, como uma proteína ou goma. A proteína, por exemplo, se comporta como um filme em torno do glóbulo de gordura emulsionado, estabilizando a emulsão (HEMKER, 1984). A fase aquosa é constituída por água, que dispersam alguns constituintes como os umectantes (ex.: glicerina, propileno glicol, sorbitol), no qual tem como função reduzir ou impedir a perda de água por evaporação nas emulsões do tipo O/A, A fase oleosa é formada por substâncias com caráter apolar, que tem como função principal aumentar a flexibilidade e suavidade da pele (emoliência), onde os componentes desta fase podem ser os seguintes: hidrocarbonetos; álcoois gordos, ácidos gordos e seus ésteres, ceras, silicones (CASTRO, 2014). A tensão interfacial está relacionada ao contato de um líquido insolúvel e imiscível com outro líquido. Os tensoativos ou agentes molhantes agem reduzindo essa resistência e facilitando a fragmentação em gotas ou partículas menores, reduzindo a tensão interfacial entre dois líquidos imiscíveis, diminuindo a força que repele a atração entre as suas próprias moléculas (ANSEL, 2007). Os emulsificantes atuam como barreira contra a coalescência das gotículas, como agente estabilizante para a emulsão e têm como função principal reduzir a tensão interfacial (ZANON, 2010). Em sua maioria possui natureza hidrofílica, favorecendo a formação de emulsões O/A, no entanto aqueles de natureza mais lipofílica favorecem a formação de emulsões A/O. (LACHMAN et al., 2001). A viscosidade das emulsões pode variar bastante dependendo de seus constituintes, podendo ser denominadas loções, preparações mais fluidas, ou cremes, preparações