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Eficácia do controle biológico e químico da lagarta do cartucho em milho, Redação de Agronomia

O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia do controle biológico com baculovírus, testando dois métodos de aplicação (dose única e três aplicações), bem como o uso de controle químico na cultura do milho. Foram realizados quatro tratamentos: testemunha, sem aplicação de produtos de controle; químico, com aplicação de produtos à base de lambda-cialotrina e flubendiamida; biológico, com três aplicações do produto à base de baculovirus spodoptera; e biológico único, com uma única aplicação do produto à base de baculovirus spodoptera. As plantas foram avaliadas quanto à incidência de danos causados pelas lagartas através da avaliação da escala davis aos 55 dap e posteriormente foram colhidas para avaliação da matéria seca. Os resultados mostraram que o controle biológico é uma estratégia eficaz para o controle de lagartas, sendo sua aplicação em três doses em fases distintas da cultura mais vantajosa do que a aplicação única na fase inicial da cultura.

Tipologia: Redação

2024

Compartilhado em 13/06/2024

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fazenda-uniao 🇧🇷

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DE MATO GROSSO
CAMPUS SÃO VICENTE
CURSO DE AGRONOMIA
COMPARATIVO ENTRE O CONTROLE QUÍMICO E BIOLÓGICO DA
LAGARTA DO CARTUCHO (Spodoptera frugiperda) NA CULTURA DO
MILHO
MANOELA LARA DIAS
CUIABÁ MT
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Baixe Eficácia do controle biológico e químico da lagarta do cartucho em milho e outras Redação em PDF para Agronomia, somente na Docsity!

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DE MATO GROSSO

CAMPUS SÃO VICENTE

CURSO DE AGRONOMIA

COMPARATIVO ENTRE O CONTROLE QUÍMICO E BIOLÓGICO DA

LAGARTA DO CARTUCHO (Spodoptera frugiperda) NA CULTURA DO

MILHO

MANOELA LARA DIAS

CUIABÁ – MT

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO

GROSSO - CAMPUS SÃO VICENTE

CENTRO DE REFERÊNCIA DE CAMPO VERDE

CURSO DE AGRONOMIA

COMPARATIVO ENTRE O CONTROLE QUÍMICO E BIOLÓGICO DA

LAGARTA DO CARTUCHO (Spodoptera frugiperda) NA CULTURA

DO MILHO

MANOELA LARA DIAS

CUIABÁ - MT

MANOELA LARA DIAS

COMPARATIVO ENTRE O CONTROLE QUÍMICO E BIOLÓGICO DA

LAGARTA DO CARTUCHO (Spodoptera frugiperda) NA CULTURA

DO MILHO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Agronomia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso Campus São Vicente, Centro de Referência de Campo Verde, como pré-requisito para a obtenção do Grau de Bacharelado em Agronomia. Aprovado em ___ de ___________ de _________. Profª. Drª. Patrícia Sobral Silva (IFMT/SVC) - Orientador Profª Drª. Janaine Vieira da Silva Donini (IFMT/SVC) - Avaliadora Prof. Me. Saullo Diogo de Assis (IFMT/SVC) - Avaliador

Dedico este trabalho a vocês que sempre me fizeram acreditar na realização dos meus sonhos e trabalharam muito para que eu pudesse realizá-los, minha família, meu esposo Aluízio e meus filhos Eduardo e Bernardo.

DIAS, Manoela Lara. COMPARATIVO ENTREO CONTROLE QUÍMICO E BIOLÓGICO DA LAGARTA DO CARTUCHO (SPODOPTERA FRUGIPERDA) NA CULTURA DO MILHO. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Agronomia) - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso Campus São Vicente- Extensão Campo Verde, 202 4. RESUMO O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia do controle biológico com baculovírus, testando dois métodos de aplicação (dose única e três aplicações), bem como o uso de controle químico. Para tanto foi realizado um teste de campo com o híbrido de milho 30F35R. Foram realizados quatro tratamentos: testemunha, sem aplicação de produtos para controle; químico, com aplicação de produtos com lambda-cialotrina e flubendiamida; biológico, com três aplicações do produto à base de Baculovirus spodoptera ; e Biológico único, com aplicação única do produto à base de Baculovirus spodoptera. As plantas foram avaliadas quanto a incidência de danos causados pelas lagartas por meio da avaliação com escala Davis aos 55 DAP e em seguida foram colhidas para a avaliação da matéria seca, e análise comparativa do tratamento biológicos verso químicos da lagarta do cartucho na cultura do milho em Campo Verde-MT. O tratamento biológico três aplicações e químico apresentaram notas reduzidas da escala Davies com relação a testemunha. O tratamento biológico único apresentou valores estatisticamente iguais a testemunha sem tratamento. Conclui-se que o controle biológico é uma estratégia eficaz para o controle de lagartas, sendo sua aplicação em três doses em fases distintas da cultura é mais vantajosa do que a aplicação única na fase inicial da cultura. Palavra-chave: Baculovírus. Escala Davis. Matéria-Seca. Manejo Integrado de Pragas.

DIAS, Manoela Lara. COMPARATIVO ENTRE O CONTROLE QUÍMICO E BIOLÓGICO DA LAGARTA DO CARTUCHO (SPODOPTERA FRUGIPERDA) NA CULTURA DO MILHO. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Agronomia) - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso Campus São Vicente- Extensão Campo Verde, 202 4. ABSTRACT This work aims to evaluate the efficiency of biological control with baculovirus, testing two application methods (single dose technique and three applications), as well as the use of chemical control. For this, a field experiment was carried out with the corn hybrid 30F35R. Four treatments will be carried out: control, without application of control products; chemical, with application of products with lambda-cyhalothrin and flubendiamide; biological, with three applications of the product based on Baculovirus spodoptera ; and Unique Biological, with a single application of the Baculovirus spodoptera - based product. The plants will be evaluated for the number of damage caused by the caterpillars through the Davis scale assessment at 55 DAP and then they will be harvested for dry matter evaluation, and comparative analysis of the biological versus chemical treatment of the cartridge caterpillar in corn crop in Campo Verde-MT. The biological treatment three applications and chemical treatment presented reduced scores on the Davies scale in relation to the control. The single biological treatment presented values statistically equal to the control without treatment. It is concluded that biological control is an effective strategy for controlling caterpillars, and its application in three doses at different stages of the culture is more advantageous than a single application in the initial phase of the culture. Keywords: Baculovirus. Davis Scale. Dry Matter. Integrated Pest Management.

1 INTRODUÇÃO

O milho, um dos principais cereais no mundo tanto em termos de produção como de consumo, tem visto um crescimento significativo nas últimas décadas. Na safra de 20 22 /20 23 , o milho ultrapassou a marca de 1 bilhão de toneladas, tornando- se o cereal mais produzido globalmente e superando o arroz e o trigo, seus antigos concorrentes (FAO, 2020). Além disso, o milho possui uma grande diversidade de usos. Segundo Miranda (2018), ele serve como alimento para suínos, aves e bovinos, é utilizado na fabricação de polímeros e combustíveis, e ainda é fonte de amido, farinha e óleos vegetais. O milho é um produto de grande importância para a agricultura brasileira, sendo cultivado em todas as regiões do país, em mais de dois milhões de estabelecimentos agropecuários. Atualmente, o milho faz parte de sistemas de produção agrícola, sendo que a segunda safra é responsável pela maior parte da produção de milho no país (CONAB, 2022 ). Essas alterações causaram um incremento substancial na produtividade no Brasil. Contudo, também geraram a exigência de um manejo eficiente frente aos desafios fitossanitários decorrentes do aumento da produção (FANCELLI, 2015). A presença de enfermidades, ervas daninhas e insetos prejudiciais pode diminuir o potencial de produção das plantações de milho. Em particular, os insetos danosos têm a capacidade de afetar tanto parcial quanto totalmente esse potencial produtivo, ocasionando impactos econômicos consideráveis na cadeia produtiva do milho (OLIVEIRA et al., 2014). Entre os vários insetos que atacam essas plantações, a lagarta do cartucho ( Spodoptera frugiperda ) é reconhecida como a principal praga do milho no Brasil, além de demandar um grande investimento em controle e ser capaz de causar perdas de até 60% na produção (CRUZ et al., 2020). O MIP (Manejo Integrado de Pragas) é reconhecido como uma das melhores abordagens para controlar pragas, pois engloba o uso de diferentes formas de controle (como químico, biológico e genético), visando manter a população de pragas em níveis que não causem danos econômicos (WAGUIL et al., 2020). O controle químico é uma das técnicas disponíveis para o controlo de pragas e é amplamente utilizado pelos produtores. Os tratamentos de sementes e as pulverizações foliares de inseticidas são métodos utilizados para o controlo químico

da lagarta do cartucho. Vários grupos químicos de inseticidas foram testados e utilizados para reduzir as populações da lagarta do cartucho nas culturas. O controle biológico é outra técnica utilizada no MIP e vem ganhando cada vez mais importância no manejo integrado de pragas, dada a importância da produção sustentável nos cenários econômico e ambiental. Este método utiliza predadores ou inimigos naturais para controlar as pragas-alvo e é utilizado em combinação com outros métodos, como os químicos, para manter as pragas abaixo do nível de dano económico (WAGUIL et al, 2020). A utilização indiscriminada de alguns produtos químicos reduziu, de um modo geral, a sua eficácia em algumas zonas. Por conseguinte, é necessário testar diferentes ingredientes ativos e combinações de técnicas biológicas, nomeadamente baculovírus , pois o ciclo começa com a ingestão dos vírus aplicados na superfície das folhas. Isso acontece durante a alimentação do inseto. O processo de transmissão do vírus no interior do corpo do inseto começa. O inseto fica debilitado e torna-se incapaz de se alimentar. Outra característica observada é a movimentação dos insetos, especialmente das lagartas, para a parte superior da planta hospedeira. A morte da lagarta da soja ocorre entre cinco a oito dias após a infecção, sendo esses pontos essências para aumentar a eficácia do controle da lagarta do cartucho. A eficiência do uso dessas diferentes tecnologias depende da variedade ou híbrido utilizado, bem como da região de cultivo (FANCELI, 2015). Portanto, neste trabalho, comparou a eficiência da lambda-cialotrina e flubendiamida e do Baculovirus spodoptera no controle de Spodoptera frugiperda na cultura do milho, em dois métodos de aplicação (uma e três aplicações) no município de Campo Verde, MT.

(SANTOS, 2015). As lagartas inicialmente raspam as folhas mais novas do milho. Nesta fase a lagarta se alimenta de um lado da folha, deixando o outro intacto, dano característico da praga. À medida que as lagartas crescem, aumentam os danos nas folhas e no cartucho do milho (ROSA, 2001). Quando maiores, alojam-se no cartucho do milho e começam a devorar as folhas novas e a parte apical do colmo. Os sinais de seu ataque são folhas que já nascem recortadas e detritos no interior do cartucho. Quando as plantas já estão maiores, as lagartas podem se alimentar do pendão e das espigas. As lagartas andam pelo chão e atacam as plântulas a partir da região do colo. Quando não as consomem por inteiro, causam a murcha, o tombamento e a morte, o que pode reduzir consideravelmente o estande da cultura (MOREIRA & ARAGÃO, 2009). 2.2 Controle biológico O uso frequente de inseticidas químicos onera os custos de produção, geram desequilíbrio e potencializam problemas ambientais. O controle biológico de pragas utilizando microorganismos, como vírus, fungos e bactérias, é uma das alternativas de controle, reduzindo ou substituindo a utilização de agrotóxicos. Uma das principais vantagens do uso de entomopatógenos é a sua alta especificidade com relação ao inseto-praga, não afetando outros insetos, plantas e animais (MONNERAT & BRAVO citados por SANTOS, 2008). Uma alternativa aos inseticidas químicos é o controle biológico, que pode ser feito com o uso racional de entomopa-tógenos, que constituem os componentes ativos dos bioinseticidas ou inseticidas biológicos. Entre as vantagens dos bioinseticidas destacam-se: alta especificidade, menor risco ambiental e à saúde humana, menor freqüência de resistência nos insetos alvo e a possibilidade do entomopatógeno se multiplicar no ambiente e, com isso, aumentar sua permanência. (ALVES, citado por ANGELO, 2010). O controle biológico como tática de manejo integrado de pragas é promissor devido a sua seletividade e sustentabilidade, pois é realizado por diferentes organismos como insetos parasitóides, predadores e patógenos. No grupo dos patógenos, destacam-se os vírus, os fungos e as bactérias (ALVES, 1998). No grupo dos vírus, os baculovírus são os mais estudados e utilizados como bioinseticida (POLANCZYK, 2004). De acordo com Valicente e Cruz (1991), fatores como idade do

inseto, virulência do isolado e condições climáticas são responsáveis pelo aparecimento dos sintomas e da morte do inseto. Outro patógeno promissor no controle de pragas de importância econômica é a bactéria B. thuringiensis. A eficiência de B. thuringiensis tem sido demonstrada no controle de S. frugiperda (MONNERAT & BRAVO citados por SANTOS, 2008). Essa bactéria, além de ser o microrganismo mais utilizado na fabricação de biopesticidas, tem sido alvo de inúmeras pesquisas na construção de plantas de interesse comercial que expressam os genes Cry para o controle de insetos-pragas (BETZ et al., citado por SANTOS, 2008). 2.3 Controle químico A utilização de inseticidas químicos como estratégia de controle de pragas, como a lagarta-do-cartucho, sofre a cada ano restrições fortes. Uma dessas restrições diz respeito às preocupações ambientais. Entre as preocupações ambientais, destacam-se o fato de os inseticidas de maneira geral matarem insetos benéficos, causarem ruptura do ecossistema e da biodiversidade natural e levarem ao aparecimento de populações de insetos resistentes. Também há grande preocupação pela possibilidade de contaminação da água pelos efeitos negativos ao hábitat da vida silvestre e também devido à possibilidade de serem causadores de câncer. Em termos técnicos, a escolha de determinado inseticida para o controle da lagarta-do cartucho não é tarefa fácil. São muitos princípios ativos e formulações disponíveis no mercado brasileiro. Uma boa escolha deve considerar o estágio de desenvolvimento da praga e a presença de organismos benéficos. É preciso também considerar como o inseticida se comportará na cultura, sobre os organismos não-alvo, ambiente, na segurança do trabalhador etc. O tratamento da semente de milho visando à lagarta-do-cartucho, mesmo sendo a princípio um tratamento preventivo, considerando os locais onde a incidência da praga historicamente é comum logo após a emergência da planta, é compensador, principalmente por retardar ao máximo uma aplicação foliar, muito menos seletiva. Outras vantagens do tratamento de sementes com inseticidas dizem respeito ao custo relativamente baixo e à economia de tempo em comparação a uma aplicação foliar, especialmente em grandes áreas. Na realidade, o tratamento da semente passa a ser uma segurança a mais para o agricultor. A escolha do inseticida deve seguir alguns padrões. O produto, para ser efetivo, tem de ser sistêmico e de preferência de menor

3 MATERIAIS E MÉTODOS

A área experimental localiza-se no interior do estado de Mato Grosso, a uma latitude 15° 32′ 44” sul e a uma longitude 55° 9′ 59″ oeste e com altitude de 740 metros, no município de Campo Verde, MT. Para a realização do trabalho foi utilizado o híbrido de milho 30F35R que não possui biotecnologia de resistência ao complexo de lagartas. O plantio foi realizado dia 10 de janeiro de 2022 com uma plantadeira da marca Jumil modelo J2S de 9 linhas, sendo usada 3 linhas para plantio do experimento, com espaçamento de 0,75 metros entre linhas com regulagem para 60.000 plantas por hectare. As adubações foram de 300 kg/ha da fórmula 08- 28 - 16 no plantio e 400 kg/ha de 20- 00 - 20 em cobertura. foram realizados quatro tratamentos com quatro repetições, sendo o delineamento experimental de blocos casualizados. Os tratamentos foram: Testemunha (T), sem aplicação de produtos para controle de lagartas, Químico (Belt+ Ampligo®), Biológico (BaculoMip SF) e Biológico único (BaculoMip SF) que consistiu na aplicação do produto em dose dobrada apenas na primeira aplicação. Para os tratamentos biológicos foi utilizado o inseticida biológico a base de Baculovirus spodoptera e para o tratamento químico foram utilizados produtos a base dos seguintes ingredientes ativos: lambda-cialotrina e flubendiamida. As variáveis matéria seca (MS) e avaliação de dano segundo a escala Davies (AED), foram avaliadas nos tratamentos ao final do experimento. A escala Davis consiste em uma avaliação visual das folhas de milho, para determinação de uma nota (a qual varia de 0 a 9) de acordo com o nível de dano causado pela lagarta nas folhas de milho (0: nenhum dano, e 9: cartucho muito danificado) (DAVIES et al., 1992). Para a tomada de decisão das pulverizações foi utilizada uma armadilha tipo delta com feromônio sexual, e a escala Davis et al (1992). As aplicações vão ser realizadas com equipamento costal com ponteira de pulverização tipo jato plano com ângulo de 110 graus e vazão de 150 litros/ha. A primeira aplicação dos tratamentos foi realizada no dia 13 DAP (dias após o plantio) sendo utilizado no tratamento biológico, a dose de 50 gramas do produto comercial (BaculoMip SF) por hectare; no tratamento biológico único (BaculoMip SF) a dose de 100 gr.ha-¹; e no tratamento químico (Belt+ Ampligo®) a lambda-cialotrina +flubendiamida na dose de 30 mL.ha-¹.

A segunda aplicação no tratamento biológico ocorreu aos 23 DAP, com 50 gramas por hectare e, no tratamento químico, a lambda-cialotrina+flubendiamida na dose de 150 mL por hectare. Por fim a terceira e última aplicação ocorreu aos 30 DAP, sendo aplicado no tratamento biológico 50 gramas do por hectare e no tratamento químico a lambda-cialotrina+flubendiamida na dose de 150 mL.ha- 1. por hectare. Para controle de plantas invasoras aplicamos o glifosato, na dose de 3 L.ha-¹ e atrazina na dose de 2,5 L.ha-¹, aos 25 DAP. O volume de calda utilizado foi de 200 L.ha-¹. As plantas de milho forma coletadas aos 55 DAP, sendo então submetidas a secagem em estufa a 60ºC por 72 horas para análise de matéria seca. Foram realizadas análises descritivas das variáveis avaliadas visando estabelecer o padrão característico e verificar das pressuposições comumente utilizadas em análises de dados experimentais. Para avaliação das variáveis “Matéria Seca” (MS) e “Avaliação Escala Davis” (AED), segundo os diferentes tratamentos, os dados foram ser submetidos à Análise de Variância e em caso de teste F significativo, foi utilizado o teste de Tukey como procedimento nas respectivas comparações. Todas as análises estatísticas foram ser realizadas com auxílio do Programa Agroestat (BARBOSA; MALDONADO, 2010).

Entretanto, o tratamento T1 diferiu significativamente (P<0,05) dos tratamentos T2 e T4. A tabela 2 apresenta estimativas das médias das variáveis "Matéria Seca" (MS) e "Avaliação Escala Davis" (AED), de acordo com os diferentes tratamentos. Tabela 2- estimativas de médias das variáveis matéria seca e Avaliação Escala Davis. Matéria Seca T1 T2 T3 T 8,88%B^ 11,20%A,B^ 9,83%B^ 12,31% A,B Avaliação Escala Davis 7,25%A^ 4,25%B^ 5,50%A,B^ 3,25%B T1 = Testemunha; T2 = Biológico 1 vez; T3 = Biológico 3 vezes; T4 = Químico. Médias seguidas por uma mesma letra maiúscula na linha, não diferem entre si pelo Teste de Tukey (p>0,05). Fonte: Próprio autor O Uso do controle químico e biológico foi similar, apesar de o controle químico (T4) ter apresentado resultados superiores à testemunha para ambas as variáveis observadas, enquanto o controle biológico (T2 e T3) mostrou valores estatisticamente equivalentes à testemunha em relação à matéria seca (T2 e T3) e escala Davies (apenas T3). Oliveira e Nunes et al. (2017) também reportaram alta eficácia dos inseticidas lambdacialotrina e flubendazina na morte das lagartas e no controle dos sintomas nas plantas de milho. Destaca-se como vantagem o longo efeito residual conferido pela flubendiamida nessa associação. O piretroide possui um efeito rápido, uma vez que é absorvido imediatamente após a ingestão, o que resulta em uma rápida mortalidade da população das lagartas. Esses autores também observaram uma eficácia aumentada no uso da combinação desses ingredientes, em comparação com seu efeito isolado. O efeito positivo da lambdacilotrina no controle da lagarta-do-cartucho também foi constatado por WANGEN et al. (2015), onde demonstraram alta eficiência (mais de 95% de mortalidade das lagartas aos 7 dias após a aplicação), superando outros inseticidas como clorpirifós e cipermetrina. De acordo com Valicente e Tuelher (2010), tem sido comprovada a eficácia do controle biológico no combate à lagarta do cartucho em diferentes áreas do Brasil. Porém, a eficiência desse método foi um pouco reduzida nesse estudo, já que os resultados de matéria seca foram estatisticamente iguais aos da testemunha. Essa situação pode ser explicada pelo fato de que o efeito do vírus na mortalidade das

lagartas ocorre de forma mais tardia em comparação ao controle químico, permitindo que as lagartas causem danos nas folhas por um período maior antes de morrerem. Enquanto níveis de mortalidade acima de 80% foram alcançados após 4 dias da aplicação do controle químico, o controle biológico só atingiu esses níveis após 6 dias da aplicação (Corrêa et al., 2012). Outros estudos também constataram resultados similares ao presente trabalho em relação à eficácia do baculovírus. Diniz et al. (2018) comprovaram que o tratamento com baculovírus foi efetivo, apresentando altas taxas de controle (> 85%), no entanto, observou-se uma leve redução na área foliar das plantas tratadas em comparação com o controle químico. Isso ocorreu devido ao fato de as lagartas levarem um pouco mais de tempo para morrer após a aplicação do produto para o controle biológico. Bolonheiz et al. (2010) realizaram um teste para avaliar a eficácia do baculovírus e do inseticida lufenuron (um inibidor da síntese de quitina) no controle da lagarta do cartucho em plantas de milho. Foram testados diferentes níveis de infestação, classificados como alta, média e baixa. De maneira semelhante a este estudo, os autores constataram que as plantas tratadas com baculovírus apresentaram um nível de dano um pouco maior em comparação com as plantas tratadas com o inseticida. Eles observaram que, na condição de alta infestação, o número de lagartas sobreviventes após 72 horas da aplicação dos produtos foi de 0,12 por planta no controle químico, enquanto no grupo tratado com baculovírus, foram encontradas 1,62 lagartas por planta. Após apenas 7 dias de aplicação, a eficácia de controle de ambos os produtos foi semelhante. A razão pela qual isso acontece é que, como mencionado no parágrafo anterior, os baculovírus requerem um período de ação mais longo porque a forma fechada do vírus precisa ser ingerida e dissolvida no intestino para infectar as células da lagarta a partir daí e apresentar sintomas. resultará em morte (BOLONHEIZ et al., 2010; BALZAN et al., 2019). Nesse sentido, estão em andamento pesquisas para obtenção de isolados mais virulentos (BEHLE; POPHAN, 2012), bem como estudos de manipulação genética (GRAMKOW et al., 2010), que poderiam encurtar o tempo desde a entrada do vírus no organismo da lagarta até é hora da infecção. morrer. Além disso, fatores como a densidade populacional da lagarta e o estágio inicial dominante na população no momento da aplicação podem aumentar ou diminuir a eficiência de controle do