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Efeitos biológicos da radiação, Notas de estudo de Farmácia

EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO Os efeitos decorrentes do uso das radiações ionizantes sobre o organismo varia de dezenas de minutos até dezenas de anos, dependendo dos sintomas. As alterações químicas provocadas pela radiação podem afetar uma célula de várias maneiras, resultando em: morte prematura, impedimento ou retardo de divisão celular ou modificação permanente que é passada para as células de gerações posteriores.

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 27/03/2011

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bruno-fernandes-simari-11 🇧🇷

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EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO
Os efeitos decorrentes do uso das radiações ionizantes sobre o organismo varia de
dezenas de minutos até dezenas de anos, dependendo dos sintomas. As alterações químicas
provocadas pela radiação podem afetar uma célula de várias maneiras, resultando em: morte
prematura, impedimento ou retardo de divisão celular ou modificação permanente que é
passada para as células de gerações posteriores.
A REAÇÃO DE UM INDIVÍDUO À EXPOSIÇÃO DE RADIAÇÃO DEPENDE DE
DIVERSOS FATORES COMO:
Quantidade total de radiação recebida;
Quantidade de radiação recebida anteriormente pelo organismo, sem recuperação;
textura orgânica individual;
Dano físico recebido simultaneamente com a dose de radiação (queimadura, por
exemplo)
Intervalo de tempo durante o qual a quantidade total de radiação foi recebida.
É bom salientar que o efeito biológico constitui a resposta natural de um organismo, ou
parte dele, a um agente agressor ou modificador. O surgimento destes efeitos não significam
uma doença. Quando a quantidade de efeitos biológicos é pequena, o organismo pode
recuperar, sem que a pessoa perceba. Por exemplo, numa exposição à radiação X ou gama,
pode ocorrer uma redução de leucócitos, hemácias e plaquetas e, após algumas semanas, tudo
retornar aos níveis anteriores de contagem destes elementos no sangue. Isto significa que,
houve a irradiação, ocorreram efeitos biológicos sob a forma de morte celular e,
posteriormente, os elementos figurados do sangue foram repostos por efeitos biológicos
reparadores, operados pelo tecido hematopoiético.
Por outro lado, quando a quantidade ou a freqüência de efeitos biológicos produzidos pela
radiação começa a desequilibrar o organismo humano ou o funcionamento de um órgão,
surgem sintomas clínicos denunciadores da incapacidade do organismo de superar ou reparar
tais danos, que são as doenças. Assim, o aparecimento de um tumor cancerígeno
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EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO

Os efeitos decorrentes do uso das radiações ionizantes sobre o organismo varia de dezenas de minutos até dezenas de anos, dependendo dos sintomas. As alterações químicas provocadas pela radiação podem afetar uma célula de várias maneiras, resultando em: morte prematura, impedimento ou retardo de divisão celular ou modificação permanente que é passada para as células de gerações posteriores.

A REAÇÃO DE UM INDIVÍDUO À EXPOSIÇÃO DE RADIAÇÃO DEPENDE DE

DIVERSOS FATORES COMO:

  • Quantidade total de radiação recebida;
  • Quantidade de radiação recebida anteriormente pelo organismo, sem recuperação;
  • textura orgânica individual;
  • Dano físico recebido simultaneamente com a dose de radiação (queimadura, por
  • exemplo)
  • (^) Intervalo de tempo durante o qual a quantidade total de radiação foi recebida.

É bom salientar que o efeito biológico constitui a resposta natural de um organismo, ou parte dele, a um agente agressor ou modificador. O surgimento destes efeitos não significam uma doença. Quando a quantidade de efeitos biológicos é pequena, o organismo pode recuperar, sem que a pessoa perceba. Por exemplo, numa exposição à radiação X ou gama, pode ocorrer uma redução de leucócitos, hemácias e plaquetas e, após algumas semanas, tudo retornar aos níveis anteriores de contagem destes elementos no sangue. Isto significa que, houve a irradiação, ocorreram efeitos biológicos sob a forma de morte celular e, posteriormente, os elementos figurados do sangue foram repostos por efeitos biológicos reparadores, operados pelo tecido hematopoiético. Por outro lado, quando a quantidade ou a freqüência de efeitos biológicos produzidos pela radiação começa a desequilibrar o organismo humano ou o funcionamento de um órgão, surgem sintomas clínicos denunciadores da incapacidade do organismo de superar ou reparar tais danos, que são as doenças. Assim, o aparecimento de um tumor cancerígeno

radioinduzido, significa já quase o final de uma história de danos, reparos e propagação, de vários anos após o período de irradiação. A ocorrência de leucemia nos japoneses, vítimas das bombas de Hiroxima e Nagasaki, teve um máximo de ocorrência cinco anos após. As queimaduras originárias de manipulação de fontes de Ir 192, em acidentes com irradiadores de gamagrafia, aparecem horas após. Porém , os efeitos mais dramáticos, como a redução de tecido, ou possível perda dos dedos, podem levar até seis meses para acontecer.

Os efeitos radioinduzidos podem receber denominações em função do valor da dose e forma de resposta, em função do tempo de manifestação e do nível orgânico atingido. Assim, em função da dose e forma de resposta, são classificados em estocásticos e determinísticos; em termos do tempo de manifestação, em imediatos e tardios; em função do nível de dano, em somáticos e genéticos (hereditários).

EFEITOS ESTOCÁSTICOS:

São efeitos em que a probabilidade de ocorrência é proporcional à dose de radiação recebida, sem a existência de limiar. Isto significa, que doses pequenas, abaixo dos limites estabelecidos por normas e recomendações de radioproteção, podem induzir tais efeitos. Entre estes efeitos, destaca-se o câncer. A probabilidade de ocorrência de um câncer radioinduzido depende do número de clones de células modificadas no tecido ou órgão, uma vez que depende da sobrevivência de pelo menos um deles para garantir a progressão. O período de aparecimento ( detecção ) do câncer após a exposição pode chegar até 40 anos. No caso de leucemia, a freqüência passa por um máximo entre 5 e 7 anos, com período de Latência de 2 anos.

.

EFEITOS DETERMINÍSTICOS:

São efeitos causados por irradiação total ou localizada de um tecido, causando um grau de morte celular não compensado pela reposição ou reparo, com prejuízos detectáveis no funcionamento do tecido ou órgão. Existe um limiar de dose, abaixo do qual a perda de células é insuficiente para prejudicar o tecido ou órgão de um modo detectável. Isto significa que, os efeitos determinísticos, são produzidos por doses elevadas, acima do limiar, onde a

grande de lesões severas a longo prazo. Para doses baixas, não haverá efeitos imediatos, mas há possibilidade de lesões a longo prazo.

Os efeitos retardados, principalmente o câncer, complicam bastante a implantação de critérios de segurança no trabalho com radiações ionizantes. Não é possível, por enquanto, usar critérios clínicos porque, quando aparecem os sintomas, o grau de dano causado já pode ser severo, irreparável e até letal. Por enquanto, utilizam-se hipóteses estabelecidas sobre critérios físicos, extrapolações matemáticas e comportamentos estatísticos.