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Educação para Saúde Bucal II, Slides de Comunicação

técnica de Stillman modificada. Nesta técnica a escova é colocada com o longo eixo das cerdas lateralmente contra a gengiva deslizando da face gengival para ...

Tipologia: Slides

2022

Compartilhado em 07/11/2022

usuário desconhecido
usuário desconhecido 🇧🇷

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Educação para Saúde Bucal II
Habilitação Profissional de
Técnico em Saúde Bucal
Módulo I
Tatuí 2018
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Educação para Saúde Bucal II

Habilitação Profissional de

Técnico em Saúde Bucal

Módulo I

Tatuí – 2018

Sumário

  • 1INTRODUÇÃO
  • 2 OBJETIVOS GERAIS DAS AÇÕES EDUCATIVAS EM SAÚDE BUCAL
  • 3 QUEM EDUCA O PACIENTE?
  • 4 PRINCÍPIOS PARA ATUAÇÃO NO CAMPO DA SAÚDE BUCAL
  • 5 ABORDAGEM INDIVIDUAL E GRUPAL
  • 6 DESENVOLVENDO AÇÕES EDUCATIVAS EM SAÚDE BUCAL..........................................
  • 7 ATIVIDADES BÁSICAS QUE PODEM SER DESENVOLVIDAS
  • 8 EIXO TEMÁTICO 1: CÁRIE
  • 9 EIXO TEMÁTICO 2: DOENÇAS PERIDODONTAIS
  • 10 CONTEÚDO COMPLEMENTAR................................................................................................
  • Referências Bibliográficas

Escovódromo

Ainda que a cárie dentária e as doenças periodontais, as duas doenças mais prevalentes em odontologia, sejam preveníveis ou passíveis de controle e as medidas necessárias sejam relativamente simples, verifica-se que os objetivos de uma melhor saúde bucal, em nível populacional, não são alcançados. E isso porque a prevalência e a incidência dessas patologias vêm associadas a condições sociais, econômicas, políticas e educacionais e não apenas como resultado de interações biológicas na placa bacteriana dentária.

Cárie dentária

Doenças periodontais

Os processos de saúde/doença bucal são, portanto, de caráter essencialmente sociopolíticos, exigindo uma modalidade de atenção que leve em consideração as condições de vida e a estrutura social no conjunto de fatores que determinam tais processos.

Superando a compreensão isolada e descontextualizada da doença e dos doentes, passamos a reconhecer o processo social subjacente à saúde, entendendo como as vidas das pessoas são dirigidas para uma situação de saúde ou doença. Da mesma forma, passamos a entender saúde e doença como um processo ativo do sujeito dentro da sociedade. Sujeito esse que é pleno de potencialidades e capaz de participar ativamente e exercer sua autonomia.

A prática educativa em saúde bucal refere-se tanto às atividades de educação em saúde bucal, voltadas para o desenvolvimento de capacidades individuais e coletivas visando à melhoria da qualidade da saúde bucal; quanto às atividades de educação permanente, dirigidas aos trabalhadores da área de saúde bucal através da formação profissional contínua. Lembramos que muitas práticas de saúde bucal requerem práticas educativas. As ações de saúde bucal não implicam somente a utilização do raciocínio clínico, do diagnóstico, da prescrição de cuidados e da avaliação da terapêutica instituída. Saúde bucal não são apenas processos de intervenção na doença, mas processos de

intervenção para que o indivíduo e a coletividade disponham de meios para a manutenção ou recuperação do seu estado de saúde bucal, no qual estão relacionados os fatores orgânicos, psicológicos e socioeconômicos.

É recomendável, ainda, que as ações de educação em saúde bucal voltadas aos diferentes grupos sejam partes de programas integrais de saúde da criança, do adolescente, da mulher, do trabalhador e do idoso, percebendo as interrelações da saúde bucal com a saúde geral e entendendo o indivíduo como sujeito integrado à família, ao domicílio e à comunidade.

2 OBJETIVOS GERAIS DAS AÇÕES EDUCATIVAS EM SAÚDE BUCAL a) Ampliar conhecimentos, favorecendo a análise crítica e compreensão acerca dos fatores protetores e dos determinantes dos processos saúde–doença cárie, doenças da gengiva e câncer bucal, a fim de contribuir para a adoção das medidas individuais e coletivas de prevenção. b) Reforçar a autoestima e o autocuidado. c) Fortalecer os laços sociais e a participação na comunidade. d) Desenvolver competências e habilidades de pais e familiares para que favoreçam que as crianças desenvolvam hábitos de autocuidado para prevenção da cárie e doenças da gengiva. e) Instrumentalizar gestantes para os cuidados no pré-natal e no primeiro ano de vida do bebê para a garantia da saúde bucal. f) Familiarizar as crianças com a clínica odontológica, visando reduzir sentimentos de ansiedade e medo com relação ao atendimento e ao processo de tratamento. g) Capacitar professores e profissionais envolvidos no cuidado de crianças para implantação de mudanças organizacionais, supervisão e execução de atividades voltadas para a prevenção da cárie no cotidiano das instituições de ensino. h) Instrumentalizar os escolares para a adoção de medidas de prevenção à cárie e às doenças da gengiva. i) Sensibilizar e instrumentalizar os adolescentes para que se engajem em ações de cuidado à saúde bucal no meio escolar e no contexto comunitário. j) Desenvolver competências e habilidades para o controle de fatores de risco comuns à saúde bucal e à saúde geral. k) Ampliar conhecimentos e potencializar habilidades para prevenção de perdas dentárias e outras afecções da cavidade bucal (em especial as decorrentes do uso de próteses). l) Difundir informações sobre a existência e as formas de acesso aos serviços de referência na comunidade para realização de tratamento odontológico e de doenças com fatores de risco comuns. m) Contribuir para iniciativas coletivas que visem garantir as condições ambientais propícias ao desenvolvimento de hábitos que favoreçam a saúde bucal. n) Capacitar familiares, profissionais de diferentes áreas e agentes comunitários para atuar como cuidadores informais de idosos com ênfase nas temáticas relacionadas à saúde bucal.

3 QUEM EDUCA O PACIENTE?

Os programas de educação em saúde visam conscientizar o paciente sobre a importância de sua saúde bucal, já que a maioria dos pacientes sabe que deve realizar a higiene bucal, mas não está sensibilizada para a sua execução. Quem deve desenvolver a tarefa de educar o paciente?

operacionalizada como processo e valorizada como parte integrante do tratamento odontológico por todos os membros da equipe. Trata-se de uma prática educativa dialógica e participativa, voltada para o reforço da autoestima, a ampliação de conhecimentos, o desenvolvimento da autonomia e o apoio à organização comunitária para identificação, prevenção e solução dos problemas relacionados à produção da saúde/doença bucal.

4.5 Desenvolvimento de ações e áreas temáticas integradas : A reflexão e o debate crítico sobre a saúde bucal na sua relação com a saúde geral são os elementos fundamentais do processo educativo, devendo-se trabalhar com abordagens sobre os fatores de risco ou de proteção simultâneos tanto para doenças da cavidade bucal quanto para outros agravos correlacionados: diabetes, hipertensão, obesidade, trauma, câncer, tabagismo, alcoolismo, doenças de pele, doenças cardíacas, estresse, auto-cuidado etc. As práticas educativas devem abrir espaços ao diálogo efetivo sobre saúde, no qual seja valorizada a forma como cada pessoa lida com a saúde/doença no cotidiano, as dificuldades que enfrenta e as alternativas que utiliza. Espaços nos quais o saber técnico- científico possa ser compartilhado e se abrir à interação respeitosa com a cultura popular, ampliando as visões de ambos os lados, num processo de construção compartilhada do conhecimento.

4.6 Processo de acompanhamento e avaliação contínuo e sistemático: A avaliação dá o norte de nossas ações, indica o que está certo, o que está errado, onde houve desvios, se eles podem ou não ser corrigidos, e assim por diante. E é ela também que nos dirá se chegamos onde queríamos, e se iremos obter o que pretendíamos.

5 ABORDAGEM INDIVIDUAL E GRUPAL

“A ação educativa, como um processo de capacitação de indivíduos e de grupos para assumirem a solução dos problemas de saúde, é um processo que inclui também o crescimento dos profissionais de saúde, através da reflexão conjunta sobre o trabalho que desenvolvem e suas relações com a melhoria das condições de saúde da população”.

Todos nós temos um compromisso com a ação educativa e a todo momento e em todo lugar estamos tendo oportunidades para desempenhar o nosso papel como educadores – seja qual for a nossa função na equipe de saúde bucal.

A palavra-chave é participação. É necessário que nos encontros com a clientela se alcance o respeito mútuo às convicções e à autonomia de cada participante – o que é possível quando se faz claro que o ponto de vista de cada um é o resultado das histórias pessoais, as quais guardam diferenças entre si. Assim, uma opinião pode ser aceita, se fizer sentido para a pessoa, ou rejeitada no caso contrário. E essa troca de idéias certamente estimulará a busca por informações, assim como dará sentido aos novos conhecimentos – não serão simples conceituações, mas conhecimento construído coletivamente e aplicado no cotidiano de cada sujeito.

Além da ação educativa de abordagem individual, característica da esfera de atuação clínico-odontológica, também se valoriza o desenvolvimento de práticas grupais que trazem vantagens para a aprendizagem por permitirem “que os participantes se deparem com muitas formas de viver uma mesma situação, possibilitando um conhecimento amplo e aumentando a experiência de cada componente”. Tais atividades proporcionam, ainda, apoio emocional e prático, ampliando as opções e condições das pessoas para operarem mudanças em prol do seu bem estar.

5.1 Abordagem individual

A prática tradicional no processo de diagnóstico tem a tendência a identificar a doença como se fosse uma entidade independente da pessoa doente. Também seu processo acaba se restringindo à aplicação de um roteiro de anamnese ou entrevista e ao repasse de informações sobre a doença, acompanhado da repetição de preceitos normativos para prevenção. Dessa forma, a percepção e um diálogo sobre a real demanda do cliente ficam prejudicados.

Partimos do princípio de que, para que a ação educativa possa se efetivar, possibilitando o desenvolvimento da autonomia do cliente durante o processo de atenção à saúde bucal, é necessário um rearranjo da prática profissional que nos faz deslocar o olhar e a escuta da doença para o sujeito pleno de potencialidades.

Não podemos perder de vista que a investigação clínica para diagnóstico é a base da atuação clínica, do estabelecimento de um plano de tratamento, da definição sobre alternativas terapêuticas possíveis e das estratégias de monitoramento, voltadas para indivíduos diferenciados com relação as suas histórias de vida pessoais, experiências anteriores de tratamento, características e estilos de vida diversos. E isso num contexto de tratamento que supõe ações conjuntas do profissional e do paciente, além de ações específicas de cada um para promoção e manutenção da saúde.

Percebe-se, assim, que o momento do diagnóstico é um encontro rico de informações sobre a clientela, as quais devem ser usadas como elementos para o diálogo, visando a uma orientação compatível com cada sujeito em atendimento.

Não somente a consulta diagnóstica, mas todo o espaço de atuação clínica requer uma comunicação efetiva, com possibilidades de aprendizagem e construção de conhecimentos novos.

Para tal, é preciso substituir modelos ancorados em práticas de comunicação unidirecional, dogmática e autoritária, com foco na transmissão de informação, por discussão e reflexão, desencadeadas pela problematização de temas de saúde bucal. Torna-se imprescindível a abertura ao diálogo e à troca mediados pelos valores e vivências dos sujeitos envolvidos. Afirmar o sujeito do tratamento é acreditar e investir na prevenção e no autocuidado.

Esse é o desafio que se configura, então, para os trabalhadores envolvidos na atenção à saúde bucal, requerendo desenvolver habilidades profissionais necessárias ao estabelecimento de uma comunicação efetiva que produza conhecimento.

Dentre essas habilidades, destacamos: a) Propiciar um espaço para que o cliente possa expressar aquilo que sabe, pensa e sente em relação a sua situação de saúde; b) Empregar uma linguagem clara ao prestar informações apropriadas às reais expectativas, dúvidas e necessidades do cliente e adequadas do ponto de vista técnico-científico;

As informações do diagnóstico realizado pelo cirurgião-dentista devem ser associadas àquelas obtidas no processo de diagnóstico participativo implementado, bem como às contribuições de cada profissional geradas pelos contatos individuais e coletivos com a clientela.

São essas informações que vão permitir o planejamento das ações educativas e as modalidades de orientação individual na “sala de prevenção”, assim como a definição dos eixos temáticos ou “linhas de cuidado” que devem ser alvo da intervenção educativa em saúde.

Sala de prevenção

A discussão dos casos em equipe permite a troca de informações que auxiliam a definição das alternativas de tratamento e a identificação das modalidades de apoio necessárias para o engajamento dos clientes às medidas de prevenção e controle do processo saúde/doença e de promoção da saúde bucal.

Contribui, assim, para a identificação das necessidades coletivas que orientam a formação de grupos de autoajuda e apoio mútuo (tais como: gestantes, hipertensos, diabéticos, prevenção do estresse), aulas abertas, oficinas, cursos, encenação, palestras etc.

Grupo de autoajuda Atividade grupal com crianças Atividade grupal com adultos

Palestra Encenação Oficina

Também aponta para as necessidades de que a equipe atue no sentido da mediação estratégica e estabelecimento de parcerias visando à melhoria de condições estruturais que interferem nas dinâmicas individuais (fluoretação da água de abastecimento, infraestrutura sanitária básica, acesso à escova de dente e à pasta fluoretada, desenvolvimento de

programas de saúde bucal escolar, etc). Esta é, portanto, uma dinâmica de trabalho que permite extrapolar a dimensão da atuação estritamente clínica otimizando as possibilidades de intervenção mais integral sobre os determinantes do processo saúde/doença bucal.

5.2 Atividades grupais

As atividades em grupo favorecem a construção coletiva do conhecimento, a análise da realidade, a confrontação e o intercâmbio de experiências e o fortalecimento da autonomia, por meio de estratégias que estimulam e criam condições para a participação e integração dos seus membros, a interrelação entre fatores subjetivos e objetivos, a dinamização da comunicação e a cooperação no esforço de encontrar soluções para as necessidades dos participantes em seu cotidiano e contexto de vida.

As atividades grupais constituem-se, assim, numa estratégia indicada tanto para o desenvolvimento de ações educativas com objetivo de capacitação e desenvolvimento de habilidades para o autocuidado e intervenção sobre os fatores que interferem no processo saúde/doença, quanto para programas de caráter formativo, voltados para a constituição de multiplicadores em diferentes cenários (escolas, empresas, associações comunitárias, etc).

O que se pretende é a criação de espaços de aprendizagem, onde sejam estimuladas a reflexão sobre a realidade que se pretende modificar, a troca de experiências vivenciadas pelos integrantes do grupo (incluindo os profissionais responsáveis pela atenção) e a busca compartilhada de soluções para os problemas evidenciados.

Para as atividades grupais temos o coordenador/facilitador das ações educativas. Ele deve estimular o grupo para que este gere suas análises, produza seus conhecimentos, questione sua própria prática e concepções. O cumprimento desse papel depende do ambiente de confiança criado e sustentado, do conhecimento dos métodos e técnicas para trabalhar cada tema, em cada etapa do processo.

No momento em que ele inicia o diálogo, ele também tem uma contribuição a dar, tanto no que se refere ao conhecimento do objeto do trabalho específico, quanto em termos de horizontes (objetivos) ao qual ele quer chegar. Essa é a competência do coordenador/facilitador. Para isso é preciso estudar, atualizar-se, pesquisar. Estar atento às mudanças, à dinâmica das coisas.

Ele conduz o grupo ao alcance dos objetivos propostos, por meio da reflexão, da análise, da síntese. O coordenador/facilitador deve ter muito claro os objetivos que pretende alcançar, em geral (como resultado do processo de capacitação/formação) e em cada etapa do processo (unidades de estudos, atividades). Ele não deve discutir qualquer tema sem saber “por que” e “o que” quer conseguir com a discussão. E não pode deixar que o tema seja concluído sem alcançar os objetivos previstos.

A contribuição da teoria (leitura de textos, consultas, etc.) é essencial ao processo, pois nem todo conhecimento está naquilo que pertence ao grupo. Mas os meios ou instrumentos (manuais, textos, módulos didáticos, etc) devem ser usados como elementos que ajudam a pensar, a inter-relacionar fatos para tirar conclusões.

uma deliciosa salada, legumes e frutas não vão fazer o mesmo. A mudança dos hábitos alimentares em geral é difícil, mas o investimento valera a saúde de seu filho.

  1. Ofereça o máximo possível de variedades de alimentos, pois é importante garantir o fornecimento de todos os nutrientes necessários ao crescimento do bebê. Uma boa papinha precisa incluir os três grupos alimentares: construtores (carnes de boi, frango e peixe, feijão, ervilha, proteínas), energéticos (arroz, macarrão, batata, carboidratos em geral) e reguladores (legumes, verduras, fibras). Diversifique bastante a combinação das preparações, é importante para a criança conhecer e se acostumar com os diversos sabores, descobrir suas preferências e tolerâncias. Quando a criança é colocada em contato com muitos tipos de alimentos, a tendência dela é aceitar tudo, incluindo frutas, legumes e verduras. Quanto menos variado for o cardápio, mais seletiva ela será, principalmente na adolescência, o que pode prejudicar seu desenvolvimento e crescimento.
  2. Prepare combinações apetitosas, a comida da criança deve ser gostosa e não apenas uma soma de ingredientes. Crie combinações que um adulto também apreciaria, use o bom senso, levando em conta os diferentes sabores e as misturas possíveis. É recomendável que na comida das crianças, desde a papinha salgada sejam utilizados temperos in natura como a cebola, alho, salsinha e outras ervas. O sal deve ser utilizado com muita moderação, pois os alimentos já contêm sódio suficiente para suprir as necessidades diárias de uma criança e este ingrediente quando utilizado em excesso causa hipertensão e problemas renais.
  3. Ofereça muita água mesmo que não seja seu habito. Acostume seu filho a beber água ou ele poderá crescer sem esse hábito. A água é muito importante na infância e na vida adulta para ajudar no bom funcionamento do intestino entre outras funções. Ofereça sempre água depois das refeições ou entre elas e nunca durante. Faça o mesmo com os sucos e lembre- se que não é necessário adição de açúcar. Com o tempo, a própria criança aprenderá a indicar que está com sede.
  4. Evite o açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas sempre, principalmente nos dois primeiros anos da criança. Ela não conhece estes alimentos e deve demorar o máximo possível para conhecê-los. Estes alimentos são de grande valor calórico e sem nenhum nutriente, além de não acrescentarem nada ao organismo. Muitos contêm aditivos químicos. Um bebê criado de forma saudável vai entender que a sobremesa é uma fruta de preferência orgânica, e não um doce. Mesmo que mais para frente tenha contato com as guloseimas, a criança terá outra relação com elas.
  5. Deixe a criança comer o quanto quiser, ela tem a capacidade de saber exatamente quando está saciada e obedece a essa “ordem” do organismo. Se os pais insistem para que ela se alimente mais, acabará fazendo isso para agradá-los e corre o risco de perder tal habilidade. Não saberá mais distinguir quando a fome acabou. Com o tempo, seu estômago pode dilatar aumentando o risco de se tornar uma pessoa obesa.
  6. Mantenha, sempre que possível, os mesmos horários de refeição, isso ajuda na organização do metabolismo da criança, que conseguirá entender melhor as sensações de fome e saciedade. Isto também vai ajudar na rotina de casa e aos pais que devem conseguir administrar melhor o tempo e estarem presentes na mesa com o filho.
  7. Nunca force uma criança a comer, você deve tentar um pouco, mas não insistir, às vezes, é apenas uma questão de o apetite estar com horários errados. Se ela recusar jamais ofereça doces, bolachas e salgadinhos no lugar do que foi recusado.
  1. Ofereça comidinhas para pegar com as mãos - Uma forma de incentivar o apetite do bebê e ainda ajudar o seu desenvolvimento motor fino é criar comidinhas que possam ser consumidas com as mãos. Pedacinhos de frutas e legumes picados, carnes desfiadas, são alguns exemplos do que pode ser oferecido em um pratinho de plástico. A criança vai gostar muito de tentar comer sozinha e associará esse prazer ao ato de se alimentar.
  2. Cuidado com a qualidade e quantidade dos alimentos oferecidos, a imagem de que uma criança é saudável quando ela come muito é errada e quase sempre não é sinônimo de saúde.
  3. Não incremente demais o prato do seu filho, após 1 ano a criança entra na fase de comer a “comida da família”, isso não significa que vai gostar de todos os alimentos ou pratos oferecidos. As receitas muito elaboradas ou com temperos picantes podem desagradar ou trazer aversões. O ideal é fazer a adaptação do cardápio e não estimular sabores acentuados ou alimentos não saudáveis. Lembrar sempre que o excesso de sal causa hipertensão e o açúcar leva ao diabete tipo II e obesidade. A criança esta acostumada com o açúcar do leite materno que tem baixo poder adoçante e adicionar açúcar as preparações como suco, chá, saladinha de frutas entre outras, é completamente desnecessário e prejudicial.
  4. Resista sempre à tentação de dar comida para a criança na frente da televisão, isso se tornará uma prática que a seguirá até a vida adulta. Ela precisa aprender que o ato de comer é prazeroso e dispensa outras distrações. Assim, prestará atenção na comida, em seu sabor, sua textura e, principalmente, no sinal que seu organismo enviara quando a fome acabar. Lembre-se que quem se alimenta realizando outras tarefas come de forma automática, sem distinguir quando está saciado e, esta pratica leva a comer a mais. Existe ainda a possibilidade do oposto, a criança ficar tão distraída com a tela iluminada e não comer nada. O correto é ter um cadeirão e fazer as refeições à mesa, de preferência juntamente com a família.
  5. Dar comida para um bebê exige paciência, criatividade e tempo. As crianças costumam rejeitar sabores novos e os pais não devem desistir. A regra é oferecer pelo menos de oito a dez vezes o mesmo alimento de formas diferentes até ter certeza de que a criança não gosta dele. Sabemos que em alguns dias o apetite da criança está ótimo, mas em outros não, e sem razão alguma, um dia vão adorar carne, em outros só vão querer saber da maçã
  • não existe lógica nesta fase. É sempre importante lembrar que com o passar do tempo, para a criança, explorar os ambientes e brincar vai se tornar mais interessante do que comer e, desta forma o apetite dela pode diminuir. É nesta hora que é necessário ter mais criatividade e paciência com a criança, para que o momento da refeição não se torne momentos de ansiedade e frustração para os pais, um exemplo nada bom para as crianças.

CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS

IDOSOS A PARTIR DE 60 ANOS DE IDADE.

 Que grupo queremos atingir? (infância, gestantes e bebês, adolescentes, adultos, idosos.)  Como esses grupos estão caracterizados? (faixa etária, escolaridade, fatores de risco.)  Onde encontramos essas pessoas? (empresa, escola, comunidade, UBS.)  Quais os recursos que temos para desenvolver esse trabalho? (profissionais capacitados, materiais didáticos, local.)  Quais são os objetivos específicos que queremos alcançar junto a esses grupos de pessoas? (informação a comunidade, formação de agentes multiplicadores.)  Quais são os conteúdos e métodos mais adequados ao alcance desses objetivos traçados? (tema associados aos objetivos educativos, grau de complexidade que será trabalhado.)  Como se pretende verificar o alcance dos objetivos? (indicadores que serão usados.)

7 ATIVIDADES BÁSICAS QUE PODEM SER DESENVOLVIDAS

a) Oficina inicial com a clientela da clínica odontológica, trabalhando conhecimentos, práticas relacionadas à saúde bucal e ao tratamento na clínica odontológica.

b) Oficina inicial com pais e familiares das crianças que serão atendidas, trabalhando conteúdos associados às principais características dessa fase.

c) Visita orientada para que as crianças conheçam a clínica odontológica e façam o primeiro contato com a equipe de saúde bucal.

d) Orientação individual e coletiva com escovação supervisionada, no escovódromo, com auxílio de materiais de apoio, tais como modelos anatômicos e fantoches.

e) Oficinas, atividades lúdicas, dinâmicas de grupo e demais recursos interativos, trabalhando conhecimentos e habilidades associados à prevenção de cárie, doenças da gengiva e câncer bucal, conforme as características, necessidades e demandas de cada grupo etário.

f) Cursos ou oficinas para gestantes, abordando orientações sobre os cuidados no pré- natal e no primeiro ano de vida do bebê para garantia da saúde bucal.

k) Participação em campanhas para difusão de informações sobre a existência e as formas de acesso aos serviços de referência na comunidade para realização de tratamento odontológico e de doenças com fatores de risco comuns à saúde bucal e à saúde geral.

l) Cursos ou oficinas para capacitação de agentes multiplicadores de saúde no meio escolar, laboral e no entorno comunitário.

m) Grupos de apoio mútuo voltados para portadores de diabetes e hipertensão arterial.

n) Oficinas de meditação, relaxamento e alongamento para a clientela que tem estresse como fator de risco associado às doenças bucais.

o) Cursos ou oficinas para capacitação de familiares, profissionais de diferentes áreas e agentes comunitários para atuar como cuidadores informais de idosos com ênfase nas temáticas relacionadas à saúde bucal.

8 EIXO TEMÁTICO 1: CÁRIE

No ano 2000, o Ministério da Saúde iniciou a discussão sobre a realização de um amplo projeto de levantamento epidemiológico que avaliasse os principais agravos em diferentes grupos etários e que incluísse tanto população urbana como rural.

Este projeto, hoje identificado como “SB Brasil: Condições de Saúde Bucal na População Brasileira” apresenta em seu relatório final dados sobre o perfil de saúde bucal no Brasil.

No que diz respeito à prevalência de cárie, quase 27% das crianças de 18 a 36 meses apresentam pelo menos um dente decíduo com experiência de cárie dentária, sendo que a proporção chega a quase 60% das crianças de 5 anos de idade.

Quanto à cárie dentária na dentição permanente, quase 70% das crianças brasileiras de 12 anos e cerca de 90% dos adolescentes de 15 a 19 anos apresentam pelo menos um dente permanente com experiência de cárie dentária.

Em crianças e adolescentes, o principal problema são as cáries não tratadas, enquanto nos adultos e idosos seqüela como a perda dentária surge como problema mais grave.

O desenvolvimento científico pelo qual passou a Odontologia nos últimos anos evidenciou que a cárie é uma doença passível de ter seu curso controlado, através de medidas relacionadas ao autocuidado (escovação, uso do fio dental, dieta não cariogênica) e aos fatores ambientais/estruturais envolvidos na determinação desse processo saúde/doença (fluoretação da água de abastecimento, acesso à escova de dente, acesso aos equipamentos de saúde e educação, etc.).