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Este documento aborda a evolução histórica da educação especial e o conceito de inclusão, explorando a lei brasileira de inclusão (lbi) e as melhorias em materiais e recursos tecnológicos para apoiar professores e alunos com necessidades educacionais especiais. Também discute a importância da parceria entre governo, iniciativa privada e sociedade para promover a inclusão social e no mercado de trabalho. O texto apresenta uma visão abrangente sobre os avanços e desafios da inclusão educacional e social de pessoas com deficiência no brasil, destacando a necessidade de adaptações estruturais, atitudinais e curriculares para garantir o pleno exercício de seus direitos e a efetiva participação na sociedade.
Tipologia: Notas de estudo
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A Faculdade Multivix está presente de norte a sul do Estado do Espírito Santo, com unidades em Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999 atua no mercado capixaba, destacando-se pela oferta de cursos de graduação, técnico, pós-graduação e extensão, com qualidade nas quatro áreas do conhecimento: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sempre primando pela qualidade de seu ensino e pela formação de profissionais com consciência cidadã para o mercado de trabalho. Atualmente, a Multivix está entre o seleto grupo de Instituições de Ensino Superior que possuem conceito de excelência junto ao Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institu- ições avaliadas no Brasil, apenas 15% conquis- taram notas 4 e 5, que são consideradas conceitos de excelência em ensino. Estes resultados acadêmicos colocam todas as unidades da Multivix entre as melhores do Estado do Espírito Santo e entre as 50 melhores do país. MISSÃO Formar profissionais com consciência cidadã para o mercado de trabalho, com elevado padrão de qualidade, sempre mantendo a credibil- idade, segurança e modernidade, visando à satis- fação dos clientes e colaboradores. VISÃO Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci- da nacionalmente como referência em qualidade educacional. R E I T O R
R E I 2 MULTIVIX EAD
MULTIVIX EAD
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Figura 1 – A pré-história é marcada pela luta, pela sobrevivência LISTA DE FIGURAS
Figura 2 – As classes sociais na Idade Média
Figura 4 – O método Braille
Figura 5 – A inclusão no Brasil é uma meta do PNE
Figura
Figura
Figura 3 – Educação Inclusiva em sala de aula
Figura 4 – Direito a Diversidade
Figura 5 – Materiais Adaptados recicláveis
Figura 6 – Representação de inclusão e integração
Figura 1 – Exercícios para o cérebro
Figura 2 – Exclusão, separação, integração e inclusão
Figura 3 – Inclusão
Figura 4 – Inclusão na escola
Figura 1 – Leis educação especial
Figura 2 – Acessibilidade
Figura 3 – Escola e inclusão
Figura 4 – Professor e aluno
Figura 1 – Interação social
Figura 2 – Ambiente colaborativo
Figura 3 – Emoções na infância
Figura 4 – Interações sociais
Figura 5 – Primeira infância
Figura 6 - Função educacional
Figura 7 – Interação social
Figura 8 – Responsabilidade
Figura 9 – Curiosidade
Figura 10 – Braile
Figura 11 – Placa de sinalização
Figura 12 – Aluno cadeirante MULTIVIX EAD
Figura 13 – Pais e professores
Figura 14 – Relação professor, aluno e família
Figura 1 – Escola e Inclusão
Figura 2 – Proteção e direitos
Figura 3 – Aprendizagem
Figura 4 – Desafios da prática docente
Figura 5 – Professor e aluno
Figura 6 – Diversidade
Figura 7 – Acessibilidade
Figura 8 – Igualdade
Figura 9 – Legislação
Figura 10 – Aprendizado no trabalho
Figura 11 – Inclusão laboral
Figura 12 – Discriminação
Figura 13 – Tipos de deficiência
8 MULTIVIX EAD ATENÇÃO PARA SABER SAIBA MAIS ONDE PESQUISAR DICAS LEITURA COMPLEMENTAR GLOSSÁRIO ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM CURIOSIDADES QUESTÕES ÁUDIOS MÍDIAS INTEGRADAS ANOTAÇÕES EXEMPLOS CITAÇÕES DOWNLOADS
OBJETIVO
10 MULTIVIX EAD
11 MULTIVIX EAD 1 CONCEPÇÕES E INTERSECÇÕES HISTÓRICAS DA SOCIEDADE SOBRE DEFICIÊNCIA E EDUCAÇÃO INCLUSIVA: FUNDAMENTOS E A TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA INCLUSÃO
Esta unidade abordará uma reflexão sobre a trajetória histórica da inclusão. Procuramos responder à seguinte pergunta: como as pessoas com deficiên- cia eram vistas em diferentes períodos da história? Para tanto, trazemos um panorama geral da visão e concepção das pessoas com deficiências nos mais variados períodos históricos, como a Pré-história, a Antiguidade Clássica (Egi- to, Grécia e Roma), a Idade Média, e as Idades Moderna e Contemporânea. Além disso, tratamos da educação inclusiva no Brasil, e como ela se desenhou. Ao nos depararmos com a história da pessoa com necessidades educacionais especiais, verificamos que existem períodos caracterizados pela segregação, institucionalização, acompanhados pela consequente e gradativa exclusão, pois a visão e a compreensão que as diferentes sociedades tinham acerca da deficiência foram se diversificando no decorrer da história da humanidade. A importância da educação inclusiva será apresentada, bem como sua evo- lução e implementação no mundo e no Brasil. Tais temas fazem parte dos conhecimentos a serem adquiridos pelo educador, na construção de um pro- fissional mais capacitado e competente.
13 MULTIVIX EAD FIGURA 1 – A PRÉ-HISTÓRIA É MARCADA PELA LUTA, PELA SOBREVIVÊNCIA Fonte: Deduca (2019).
No Egito, foram encontradas evidências arqueológicas em papiros e nas ar- tes, de que havia pessoas com deficiência integradas à sociedade, desempe- nhando funções e ocupações diversas. Na Grécia, encontram-se registros sobre a eliminação de pessoas “disformes” em Platão, no livro A República, e, em Aristóteles, no livro A Política, seja por abandono, jogando-as no esgoto, ou até condenando-as à morte, sendo joga- das do alto de montanhas. Assim, acreditavam que era possível manter um equilíbrio demográfico (RODRIGUES, 2008). Além disso, havia uma crença de que as pessoas com alguma deficiência e, portanto, fora do padrão físico ide- al, eram resultado de maldições divinas.
14 MULTIVIX EAD Há registros desse padrão estabelecido pela sociedade na mitologia grega. Segundo um desses registros, havia um personagem chamado Procrusto, que aprisionava todos os viajantes que conseguia na entrada de sua cidade e usava um leito de ferro para medir e estabelecer um padrão. A partir desse: “[...] padrão pré-estabelecido, os corpos que não se adequavam à medida sofriam uma intervenção, isto é, os menores eram espichados, os maiores, amputa- dos. O importante era salvaguardar a medida prévia, o padrão” (BIANCHETTI, 1995, p. 7-8). Os que, por outras razões, não atendiam ao padrão eram elimi- nados. Em Esparta, somente os mais fortes poderiam fazer parte de exércitos. Sobre o assunto, Bianchetti (2006, p. 29) afirma que: Na medida em que esses gregos se dedicavam predominantemente à guerra, valorizando a ginástica, a dança, a estética, a perfeição do corpo, a beleza e a força acabaram se transformando num grande objetivo. Se ao nascer, a criança apresentasse qualquer manifestação que pudesse atentar contra o ideal prevalecente, era eliminada. Praticava-se, assim, uma eugenia radical, na fonte. A eliminação dava-se porque a criança não se encaixava no leito de Procrusto dos espartanos. Tudo girava em torno do corpo: medidas, modelos, classificações. Se o sujeito fisicamente não estivesse adequado a servir um determinado grupo social, seria enclausurado, banido, excluído, do seu grupo, seja ele social ou familiar. Os indivíduos que assegurassem suas necessidades básicas e garantissem a produção de bens comuns passavam a ter status na sociedade. Acredita-se que Homero, autor de Ilíada e Odisseia e um dos mais famosos poetas gregos, era cego. Ele criou um personagem com deficiência em Ilía- da, Hefesto, que era filho de Hera e Zeus. Tinha uma das pernas atrofiadas e, por isso, foi rejeitado por sua mãe, e lançado fora do Olimpo por seu pai. No entanto, provou seu valor na terra dos homens com seus conhecimentos em metalurgia. Para saber mais sobre a Ilíada, acesse o site do Brasil Escola e assista ao filme Troia, de 2004, dirigido por Wolfgang Petersen. Para saber mais sobre Homero, acesse o site da Superinteressante.
16 MULTIVIX EAD FIGURA 2 – AS CLASSES SOCIAIS NA IDADE MÉDIA Fonte: Deduca (2019). As pessoas ainda acreditavam que o nascimento de uma criança deficiente era um “castigo divino”. A própria religião, com toda a força cultural, ao colocar o homem como “imagem e semelhança de Deus” devendo ser perfeito, incal- culava a ideia da condição humana como incluindo perfeição física e mental. E não sendo “parecidos com Deus”, os portadores de deficiência (ou imper- feições) eram postos à margem da condição humana (MAZZOTA, 2012, p. 19), sendo vistos como mensageiros de culpa ou pecado. A dicotomia humana passou a ser corpo e alma, e quem não se enquadra no padrão “normal”, tem o direito de viver, mas vive na marginalidade (BIAN- CHETTI, 2006). A deficiência era um sinal de transgressão moral ou social e, portanto, mantinha a pessoa longe do contato divino. Podemos encontrar em Levítico (cap. 21, vs. 16-19) uma passagem que exemplifica essa situação: “o Se- nhor disse a Moisés: dize à Arão o seguinte: homem algum de tua linhagem, por todas as gerações, que tiver um defeito corporal, oferecerá o pão de Deus”. Assim, a deficiência é considerada um defeito, um castigo, uma punição e to- dos os considerados “defeituosos”, como cegos, mancos, corcundas etc., estão condenados à segregação social, pois não são dignos de viver em sociedade.
17 MULTIVIX EAD Além disso, a Bíblia traz muitas referências a pecados e sua relação com a ma- nifestação da diferença. Esses exemplos mostram como foi construída uma concepção da pessoa com deficiência, e compreendida a segregação que elas sofriam (BIANCHETTI, 2006). A Igreja Católica explicava a existência das deficiências como uma maneira de alertar sobre os comportamentos adequados e “[...] proporcionar a oportuni- dade de fazer caridade” (BIACHETTI, 2006, p. 33). Dessa maneira, o “mal” que acometia alguns indivíduos era uma oportunidade de salvação para outros. Quixaba (2015, p. 19) explica que, na Idade Média, “[...] a existência dessas pes- soas sempre foi marcada por visões contraditórias: ora consideradas demo- níacas, oras vistas como possibilidade de pagamentos de pecados por parte dos familiares.” No entanto, conforme os anos vão passando, é possível encontrar exemplos de pequenas ações realizadas para favorecer aqueles que possuíam alguma deficiência. Entre 1214 e 1270, o rei Luís IX mandou construir um hospital na França para atender pessoas cegas. Foi motivado pelo número de cavaleiros que perderam sua visão na Sétima Cruzada, pois seus olhos foram atingidos em combate ou propositalmente vazados pelos inimigos.
Segundo Bianchetti (2006), a transição do feudalismo da Idade Média para o capitalismo proporcionou muitas mudanças em várias esferas sociais. A idade moderna, que começou por volta do ano de 1453 e foi até a Revolução Fran- cesa, em 1789, trouxe novas ideias e concepções. Foi um período de Renas- cimento, marcado por transformações em várias áreas como música, artes em geral e ciências. O antropocentrismo foi substituindo o geocentrismo; o homem começou a ficar no centro das atenções.
19 MULTIVIX EAD
O século XIX finalmente trouxe algumas conquistas e avanços para as pesso- as com deficiência. Percebeu-se que elas precisavam de atendimento espe- cializado, e não apenas de hospitais e abrigos. Uma conquista dessa época foi a invenção do método Braille, por Louis Brail- le, na França, na época de Napoleão Bonaparte. Influenciado por Charles Bar- bier, um capitão do exército francês que desenvolveu um sistema para trans- mitir mensagens durante as batalhas, Braille aperfeiçoou o sistema, e criou a escrita Braille, utilizada por pessoas com deficiência visual até hoje. FIGURA 4 – O MÉTODO BRAILLE Fonte: Freepik (2019). Ainda na França de Napoleão Bonaparte, este acreditava que os soldados fe- ridos e mutilados poderiam ser reabilitados para continuarem servindo ao exército em outras funções.
20 MULTIVIX EAD Quixaba (2015, p. 20) afirma que “[...] com a evolução científica, sob a luz da fi- losofia humanista, estudos foram se consolidando, surgindo, então, uma nova compreensão sobre as deficiências, em especial a intelectual.” No século XX, a visão central na limitação passa a dar espaço para a concepção de que exis- te um indivíduo, e que ele pensa, sente, possui desejos. Instrumentos como bengalas, cadeiras de rodas, que já vinham sendo utilizados, foram se aperfei- çoando. Instituições voltadas para apoio e acolhimento de pessoas com defi- ciência foram sendo criadas. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, a ONU foi criada, e surge, então, um documento importantíssimo chamado “Declaração Universal dos Direitos Humanos”. No art. 25 dessa Declaração, a pessoa com deficiência é mencionada, porém refere-se a ela como “inválida”. Artigo 25 em relação à pessoa com deficiência:
No Brasil, foram criados os primeiros institutos voltados à educação de alunos com necessidade especiais na época de Dom Pedro II. Em 1854 foi criado o instituto para cegos, atualmente Instituto Benjamin Constant. Três anos de-