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Trabalho para a matéria de clinica medica sobre Edema agudo de pulmão
Tipologia: Trabalhos
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Não perca as partes importantes!
11 Jun. 2019
ALDO, ANA JÚLIA, AUGUSTO, CINTIA, DANIELA, ELIVALDO, GABRIELA, LAYSON, THIAGO. T1 NOTURNO,
1
O pulmão é um órgão semelhante a uma bexiga, que caracteriza o aparelho respiratório humano. O pulmão é um órgão de forma piramidal, semelhante a uma bexiga, de consistência esponjosa, cor-de-rosa, localizado na caixa torácica e que faz parte do aparelho respiratório. O corpo humano possui dois pulmões, divididos em segmentos chamados de lobos; o pulmão esquerdo tem dois lobos e o direito, três. O direito é mais espesso e mais largo que o esquerdo e também um pouco mais curto. Os pulmões são recobertos por uma membrana protetora chamada pleura e compostos de brônquios que se dividem em bronquíolos e alvéolos pulmonares. Os bronquíolos são responsáveis pelo transporte de ar da traqueia para o alvéolo. Já os alvéolos formam o tecido pulmonar e são pequenas bolsas compostas por uma membrana muito fina cercada de vasos sanguíneos. O diafragma, músculo envolvido na respiração, separa os pulmões da cavidade abdominal. A principal função dos pulmões é oxigenar o sangue e eliminar o dióxido de carbono, permitindo que o ar que respiramos entre em contato com o sangue que circula no corpo. Esse contato possibilita uma troca gasosa essencial para a vida e consiste, basicamente, na absorção do oxigênio pelo sangue a fim de, ligado à hemoglobina, ser transportado para todas as células do organismo, e na eliminação do gás carbônico, que as células produziram para gerar energia. Para realizar essa troca, o pulmão é composto de uma membrana muito fina, a membrana alveolar, que separa aproximadamente 1 litro de sangue de 5 litros de ar. Se essa membrana fosse estendida como um tapete, atingiria o tamanho de uma quadra de tênis. O cigarro e a poluição são os maiores responsáveis pelo aparecimento de doenças respiratórias que podem danificar os pulmões.
O edema pulmonar agudo, também chamado de edema agudo do pulmão (EAP), é uma emergência médica causada pelo extravasamento de água dos vasos sanguíneos para o tecido pulmonar, tornando a respiração difícil. Na prática, um paciente com EAP tem os seus alvéolos cheios de água e comporta-se como se estivesse se afogando.
O edema do pulmão ocorre basicamente por dois mecanismos:
Quando a pressão fica muito elevada dentro dos vasos do pulmão, a água do sangue tende a “sorar” através dos poros, indo se acumular dentro do tecido pulmonar, principalmente nos alvéolos, que são as estruturas que realizam as trocas gasosas.
Algumas doenças que serão explicadas a seguir causam um aumento nos poros dos vasos sanguíneos, tornando-os mais permeáveis, o que facilita o extravasamento de água.
A causa mais comum de edema pulmonar é a insuficiência cardíaca. Vamos descrever simplificadamente a circulação cardiopulmonar para que este mecanismo fique facilmente compreensível. O lado esquerdo do coração é o responsável por bombear o sangue rico em oxigênio em direção ao corpo. Depois de nutrir todos os tecidos, o sangue, agora pobre em oxigênio e rico em gás carbônico, retorna ao lado direito do coração, sendo imediatamente bombeado em direção aos pulmões. Nos pulmões, o sangue é novamente oxigenado e retorna para o lado esquerdo do coração, onde será bombeado em direção ao resto do corpo, reiniciando o processo. Quando o lado esquerdo do coração se torna fraco, ele passa a ter dificuldade para bombear adequadamente o sangue para o resto do corpo. Como é o lado esquerdo do coração o responsável por bombear o sangue vindo dos pulmões, quando a bomba cardíaca falha, há um congestionamento, provocando um acúmulo de sangue nos vasos pulmonares. Esta congestão causa um aumento da pressão sanguínea dentro dos vasos pulmonares, favorecendo o extravasamento de água. Na insuficiência cardíaca, o edema pulmonar se desenvolve lentamente a não ser que haja algum fator que desencadeie uma piora aguda da função do coração.
O infarto agudo do miocárdio, chamado popularmente de ataque cardíaco, pode causar edema pulmonar caso haja necrose de uma grande área do músculo cardíaco do lado esquerdo do coração, levando a uma insuficiência cardíaca súbita. Se grande parte músculo cardíaco morre, o coração torna-se incapaz de bombear o sangue
adequadamente, provocando retenção deste nos pulmões. O edema agudo do pulmão é um dos possíveis sintomas de um infarto cardíaco.
O aumento da pressão arterial costuma ser uma frequente causa de edema agudo do pulmão, principalmente nos pacientes que já possuem algum grau de insuficiência cardíaca. Em situações normais, o coração do paciente com insuficiência cardíaca moderada pode ainda ser capaz de bombear o sangue adequadamente. Porém, basta uma elevação súbita na pressão arterial para que haja um aumento na resistência ao fluxo do sangue, exigindo um maior trabalho do músculo cardíaco. Alguns pacientes não possuem um coração apto a trabalhar contra uma pressão arterial alta, o que leva à congestão pulmonar.
Se o paciente possui uma doença das válvulas do coração esquerdo, isto é, da válvula aórtica ou mitral, o coração pode ter dificuldades em bombear o sangue através delas. A estenose aórtica e a estenose mitral são lesões da válvula que atrapalham a sua abertura. Se a válvula cardíaca não abre corretamente, o sangue não pode ser drenado através dela, causando a congestão pulmonar.
A insuficiência renal leva ao acúmulo de água e sal no organismo, provocando um aumento do volume de líquido dentro dos vasos. Em alguns casos, principalmente se o paciente já não urinar volumes adequados, a quantidade líquida retida nos vasos se torna tão grande que este começa a extravasar, causando edemas no corpo e edema pulmonar.
Algumas infecções pulmonares, principalmente as de origem viral, podem causar um quadro de intensa inflamação pulmonar, levando a um aumento da permeabilidade dos vasos e consequente extravasamento de líquidos para o pulmão. Este quadro é geralmente chamado de SARA ou SARS (síndrome da angústia respiratória aguda).
Algumas pessoas quando expostas a altitudes acima de 2500 metros podem desenvolver edema pulmonar. Não se sabe bem a causa, mas acredita-se que ocorram alterações na microvasculatura pulmonar que favoreçam o extravasamento de líquido em altas altitudes. Os fatores de risco para esse tipo de edema agudo pulmonar são:
para o corpo, havendo, então, um quadro agudo de retenção de líquidos no pulmão. Neste caso, os sintomas do edema agudo pulmonar são intensa falta de ar, sensação de afogamento, agitação, tosse com secreção espumosa, incapacidade em se deitar e taquicardia (coração acelerado). A água no pulmão impede a oxigenação do sangue e funciona basicamente como um afogamento. O edema agudo do pulmão é uma emergência médica e se não tratado a tempo, fatalmente levará à parada cardiorrespiratória.
O primeiro passo no tratamento do edema pulmonar agudo é fornecer oxigênio ao paciente. Geralmente o paciente chega ao serviço de urgência em hipoxemia, ou seja, com baixos níveis de oxigenação do sangue. Em alguns casos o edema pulmonar é tão grave e a oxigenação tão baixa, que o paciente precisa ser intubado e acoplado a um ventilador mecânico para não falecer. O objetivo do tratamento é retirar água do pulmão. Se a paciente urina, diuréticos são administrados por via venosa para terem rápida ação. Baixar a pressão arterial também é importante para facilitar o trabalho do coração, por isso, vasodilatadores também costumam ser usados. Se o paciente não urina ou não responde adequadamente aos diuréticos, a opção é a hemodiálise de urgência, um método capaz de remover até mais de um litro de água dos pulmões em apenas 20-30 minutos.
Posicionar o paciente sentado, elevando a cabeceira a 60° ou 90° deixando os membros inferiores pendentes, assim reduzindo retorno venoso e propiciando máxima expansão pulmonar; Posicionar em Fowler alto. Instalar máscara facial de oxigênio com reservatório; Aspirar às secreções se necessário para manter as vias aéreas permeáveis; Puncionar e manter acesso venoso calibroso pérvio, porém, com gotejamento mínimo para evitar a sobrecarga volêmica; Monitorar sinais vitais e nível de consciência; Providenciar a administração dos medicamentos prescritos pelo médico; Realizar sondagem vesical para melhor controle da do débito urinário; Verificar e comunicar sinais de hipovolemia; Tranquilizar o paciente e assegurar que a melhora clínica ocorrerá em pouco tempo.
Manter o carrinho de emergência preparado, o mais próximo possível do paciente. Auxiliar no processo de intubação do paciente, casa se faça necessário. Outra recomendação é a monitorizarão da frequência cardíaca, a frequência respiratória, da pressão arterial e do nível de consciência, tendo em vista o uso da morfina na grande maioria dos casos, que tem como efeito colateral a taquicardia, a hipotensão arterial e o risco de depressão respiratória e sedação.
O edema pulmonar nem sempre é evitável, mas como seu risco está relacionado, na maioria das vezes, a problemas cardíacos, algumas medidas podem ser tomadas no dia a dia para evitar esses problemas. As recomendações já são bem conhecidas: evitar fumar, manter o peso sob controle, praticar atividades físicas, medir a pressão arterial, controlar o nível de colesterol e triglicérides no sangue, limitar o uso de sal e evitar, na medida do possível, situações de estresse. Segundo o dr. Ganem, um quadro de edema pulmonar pode se repetir várias vezes no decorrer da vida, por isso é importante que os pacientes com problemas cardíacos sigam as recomendações médicas para evitar possíveis riscos. Entre as recomendações médicas, destacam-se as consultas periódicas e o uso regular das medicações prescritas. “A má adesão ao tratamento é uma grande causa de recorrências”, enfatiza o médico.