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Apresentar os tipos de ecossistemas de água doce do planeta e os impactos ambientais nos sistemas aquáticos. OBJETIVOS. Ao final desta aula, o aluno deverá:.
Tipologia: Provas
Compartilhado em 07/11/2022
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Não perca as partes importantes!
Apresentar os tipos de ecossistemas de água doce do planeta e os impactos ambientais nos sistemas aquáticos.
OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: descrever três ecossistemas aquáticos de água doce; desenhar o diagrama de fluxo de energia e materiais um lago, mostrando as interações entre os produtores, os consumidores e os fluxos de água; comparar e contrastar lagos eutróficos e lagos oligotróficos; diferenciar sistema de água corrente e manancial; explicar por que os ciclos do oxigênio e do dióxido de carbono variam no dia e na noite; e avaliar os impactos ambientais nos ecossistemas aquáticos.
PRÉ-REQUISITOS O aluno deverá revisar os assuntos relativos a produtividade dos ecossistemas, ecologia trófica e ecossistema de estuário e manguezais.
Ecologia I
Olá, caro aluno! Hoje veremos os tipos de ecossistemas de água doce e os impactos ambientais nos sistemas aquáticos. Os ecossistemas de água doce apresentam sua formação a partir da água da chuva, das corredeiras, riachos, rios e lagos, além dos tipos de vegetação e de animais que integram a cadeia alimentar. Musgos, insetos, peixes, sapos, tartarugas e aves são exemplos de seres vivos que integram este ecossistema. Os rios e lagos são ecossistemas considerados o meio de vida natural mais ameaçado do planeta. Embora ocupem apenas 1% da superfície terrestre, os ecossiste- mas de água doce abrigam cerca de 40% das espécies de peixes e 12% dos demais animais. Só o rio Amazonas possui mais de três mil tipos de peixes. Apesar da situação dramática em algumas partes do planeta, por causa da falta de água, os especialistas explicam que a água do planeta, de uma forma geral, nunca irá acabar. Pode acabar sim a água doce pura. “Diferentemente do petróleo, que é uma fonte de energia esgotável, a água é um recurso natural inesgotável”, o que não deixa de ser uma boa notícia. No entanto, preservar os lagos e rios, deixando-os mais limpos e vivos, ajuda a manter a qualidade da água para consumo humano. Além disso, eles deixariam de carregar detritos para os oceanos. Somente agindo com consciência ambi- ental, poderemos salvar o Planeta Água. Pense nisso!
Rio Amazonas (Fonte: http://www.cnpm.embrapa.br).
Ecologia I
Figura 1.1 (a) Componentes de uma lagoa (açude) de água doce.
O nível da água se eleva e cai naturalmente dentro dos limites do es- tanque. Este fenômeno se traduz em um processo enormemente diversifi- cado de geração de pântanos e charcos. Estas condições ajudam a manter a diversidade do ecossistema aquático e serve de prevenção à concentração excessiva de nutrientes. Esta zona é um bom habitat para a vida selvagem. A variação das condições secas e úmidas é importante para ciclos vitais de muitos organismos. A época em que a água cobre o solo se denomina hidroperíodo. À medida que o homem se desenvolveu ao redor de lagos, ele quis manter o nível de água constante para que seus cais e botes possam estar à mão. Muitos lagos se estabilizaram utilizando controladores de fluxo. O efeito tem sido a redução de terras úmidas e da vida selvagem ao longo das margens do lago. Em vários casos é necessário restabelecer as flutuações naturais do nível da água.
Ecossistemas aquáticos Aula
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Figura 1.1 (b) Ecossistema de um estanque que mostra o armazenamento e fluxo de energia. Herbívoros: larvas de insetos, caracóis, peixes. Animais do fundo: vermes, larvas de insetos, lagostinhas, peixes. Pequenos predadores: insetos, platelmintes, sapos, rãs, peixes. Grandes predadores: peixes, serpentes e aves. M: microorganismos.
A água com uma elevada concentração de nutrientes se denomina eu- trófica, e aquela com baixa concentração de nutrientes: oligotrófica. Estes termos são úteis quando se descrevem ecossistemas de lagoas. A máxima quantidade de gás que pode se dissolver na água (nível de saturação) depende da temperatura. Por exemplo, a água doce saturada com oxigênio a 21ºC contém 9 ppm (partes por milhão) de oxigênio; quando a temperatura aumenta, a quantidade de oxigênio dissolvido diminui, cau- sando um excedente que se difunde fora da água. Se a temperatura diminui, o potencial de saturação da água aumenta. Em águas eutróficas, durante um dia ensolarado, a fotossíntese é rápida e em conseqüência, o oxigênio e a matéria orgânica se formam rapidam- ente. A quantidade de oxigênio pode flutuar entre 30 ou 40 ppm. Algo de oxigênio se difunde desde fora do sistema, mas a maior parte se utiliza na respiração animal e vegetal. No processo de decomposição de dejetos e dissolução de matéria orgânica, os micróbios consomem a maior quantidade do oxigênio produzido durante o dia. Isto pode baixar o nível de oxigênio
Ecossistemas aquáticos Aula
estas condições de riqueza de nutrientes, novas espécies de plantas tomam 13 vantagem das oportunidades. A introdução de plantas exóticas, como os jacintos de água e as aquileas asiáticas, aguapés que se estendem onde quer que as condições nutritivas sejam exageradas. Estas plantas têm sido tratadas como pestes: bloqueiam o movimento dos botes e interferem com a pesca e outras atividades recre- ativas. Em águas mais profundas, a acumulação de matéria orgânica se faz tão pesada que em climas nublados se consome muito oxigênio e se dá uma mortandade de peixes. Tentativas de remover estas plantas não têm tido êxito, a utilização de herbicidas coloca o material vegetal em decomposição na superfície da lagoa. Os decompositores liberam nutrientes e estimulam novamente o crescimento do mesmo tipo de plantas. O envenenamento rompe muitos outros aspectos do ecossistema. Criar peixes herbívoros também acelera o ciclo de regeneração de nutrientes e plantas. A melhor solução é “simples”: manter os nutrientes ‘extra’ fora das águas navegáveis e de recreação. A medida que os fertilizantes se tornem cada vez mais caros, haverá um uso mais eficiente e menos residual. Tem-se realizado muitos esforços para conservar e reciclar nutrientes, eventualmente a maioria das águas residuais de agricultura e dejetos serão recicladas para fertilizar bosques, plantações e pastagens.
Jacinto (Fonte: http://www.aquat1ifasfl.edu).
Um método para recoletar estes nutrientes tem sido desenvolvido utilizando terras úmidas naturais: pântanos e charcos. Com a localização destas terras úmidas entre as águas residuais e rios e lagos, os nutrientes podem filtrar-se para crescimento de árvores e de pântanos e para manter “cinturões verdes” e áreas de vida selvagem.
Ecologia I
Ainda existem lagoas oligotróficas em zonas onde a drenagem de águas inclui unicamente água de chuva ou captação de água de solos arenosos pobres em nutrientes. Apesar de que sua fertilidade não seja tão grande e a razão de crescimento seja baixo, a variedade e diversidade de sua flora e fauna são grandes. Estes lagos estão rodeados de pastos e juncos, e tendem a ser abertos. São excelentes áreas para recreação.
No fluxo de água, a rede alimentar começa com as algas e com resíduos (palos, folhas, insetos mortos, etc.) da terra. As algas absorvem os nutri- entes para a fotossíntese e estas por sua vez são consumidas diretamente por micróbios. Muitos cursos d’água que fluem em zonas rochosas ou áreas arenosas são oligotróficas. Podem converter-se em eutróficos se receberem nutrientes suficientes de depósitos minerais, águas servidas e drenagem de pastagens. Algo do resíduo é decomposto por micróbios, e outro tanto flui corrente abaixo. A contribuição de restos de terra é especialmente importante em pequenas correntes de bosques, onde a água superficial está na sombra e a população de algas é muito pequena; nestas correntes, os restos orgânicos são o suporte primário para a cadeia alimentar. Os insetos de água doce passam a maior parte de suas vidas na água como larvas se desenvolvem e voam em um grande enxame através da água. Logo após copular, as fêmeas depositam seus ovos na água. As larvas de insetos se alimentam no lodo orgânico dos dejetos e podem ser comidos por peixes carnívoros. Existem muitos tipos de cursos: Os cursos de pântanos de águas negras drenam lamaçais (terras úmidas que recebem principalmente água de chuva), baías e regiões pantanosas de terras altas. Estas águas contêm água de chuva e matéria orgânica resultante da decomposição de turfa pantanosa. Geralmente têm águas brandas (são ácidas e não contém muito carbonato de cálcio). A matéria orgânica dos pântanos é o produto das folhas e madeira que se decompõem muito lenta- mente. Se bem que os cursos podem ser negros ou de cor café, isto não significa que tenham uma falta de oxigênio letal porque a decomposição é bastante lenta. O oxigênio nestas correntes está perto da saturação média. É um balanço entre a quantidade usada e a quantidade difundida para o ar. Existem cursos turvos que carregam sedimentos em lugares em que os rios drenam áreas de solos argilosos. Os rios tendem a ser turvos, com argila em suspensão, comumente amarelo em épocas de grande drenagem. Geralmente os peixes destes rios estão adaptados à turbidez. Quando as águas dos rios abaixam, os sedimentos se depositam contribuindo para a fertilidade do solo local.
Ecologia I
Nesta aula, dividimos os ecossistemas aquáticos em sistemas de lagos e lagoas. Demos ênfase às lagoas eutróficas e oligotróficas, cursos d´águas e potencial dos rios e mananciais. Também, enumeramos alguns dos impactos ambientais relevantes.
Esta atividade tem como objetivo levar o aluno a construir o seu glossário ecológico a partir do texto. Uma sugestão, consulte o http:// pt.wikipedia.org/wiki
Ecossistemas aquáticos Aula
COMENTÁRIO SOBRE AS ATIVIDADES^13
Esta atividade prática é uma atividade extra-classe, não é obrigatório, mas tem efeito realizador quando se vai a campo. Escolha uma lagoa e façam um planejamento de estudo. As nossas lagoas, lagos, cacimbas, represas apresentam componentes muito particulares na estrutura da vegetação, distribuição e abundância das espécies de plantas. O processo sucessional é evidente em função da idade do sistema. Os fatores climáticos influenciam na dinâmica sucessional. A presença de animais silvestres, domesticados e o homem alteram as condições e os recursos disponíveis. Quanto mais ocorrência de animais silvestres os indicadores de equilíbrio, estabilidade, resiliência e resistência serão visíveis.
Para orientar esta atividade, leia o texto Impactos e conseqüências das atividades antrópicas nos ecossistemas de água doce, ele tem o caráter mais pedagógico e busca situar alguns conceitos e problemas vivenciados em nossa realidade. Os ecossistemas aquáticos normalmente são denominados como recurso hídrico dado a dependência dos organismos terrestres, agricultura, indústria, as cidades, setores energéticos etc. O texto abaixo foi adaptado e para mais informações busque no site http://www.ambientebrasil.com.br.
Texto adaptado, para mais informações busque no site http://www.ambientebrasil. com.br.
Os vastos recursos hídricos do Brasil têm grande significado ecológico, econômico e social. O gerenciamento, conservação e recuperação desses sistemas são, portanto, de importância fundamental com reflexos na economia, na área social e nos usos dos sistemas aquáticos.
Ecossistemas aquáticos Aula
mações no sistema. A remoção de várias espécies de vegetação ripária, 13 produz muitas alterações no sistema aquático. Por exemplo, a remoção de espécies de vegetação, cujos frutos servem de alimento para peixes, pode causar alterações fundamentais na estrutura da comunidade biológica em ecossistemas aquáticos. Construção de reservatórios - a construção de reservatórios de represas produz inúmeros impactos no sistema, com alterações qualitativas e quanti- tativas. Como conseqüência destes impactos, os sistemas aquáticos passam por inúmeras alterações e mudanças estruturais e funcionais.
Os impactos acima descritos produzem inúmeras alterações nos ecossistemas aquáticos, que causam modificações diretas ou com efeitos indiretos. As avaliações qualitativas e quantitativas destes impactos são parte muito importantes dos futuros estudos, diagnósticos, e ações estratégicas na pesquisa ambiental.
Eutrofização - o resultado das inúmeras descargas de água contaminada, poluída, com alta concentração de Nitrogênio e Fósforo, é um processo acelerado de eutrofização cultural (ou seja, produzida pelas atividades hu- manas). Eutrofização acelera o aumento de matéria orgânica nos sistemas, produz concentrações indesejáveis de fitoplâncton (com predominância de Cianofíceas), e macrófitas aquáticas (geralmente Eichornia crassipes e Pistiastratioides) e promovem um aumento de doenças de veiculação hídrica. O desenvolvimento das atividades humanas nas bacias hidrográficas tem aumentando as funções de transferências de sistemas terrestres para sistemas aquáticos, e acelerado os coeficientes de exportação. Perdas de solo podem atingir 20 toneladas/ha/ano. Acúmulo de Fósforo no sedimento é comum. Aumento de material em suspensão e assoreamento - o uso inadequado do solo e práticas agrícolas antiquadas produzem um enorme impacto nos sistemas aquáticos. Há um aumento considerável do material em suspensão: redução da zona eufótica; redução da concentração de oxigênio dissolvido na água; redução da produção primária fitoplanctônica; mortalidade em massa de macrófitas e mortalidade em massa de peixes. Além disso, ocorre um assoreamento rápido, diminuindo a capacidade de usos dos lagos e represas. Perda da diversidade biológica - a redução drástica da diversidade biológica em muitos sistemas, produz alterações substanciais nas cadeias tróficas e mudanças na estrutura e função dos sistemas aquáticos. Por ex- emplo, a remoção de macrófitas aquáticas, emersas ou submersas das áreas alagadas, interfere com a capacidade de desnitrificação do sistema. Alterações no nível da água e no ciclo hidrológico - uma das conse- qüências mais drásticas das modificações produzidas pelos impactos é a
Ecologia I
diminuição da altura do nível da água com efeitos nos rios, nos lagos ad- jacentes e lagoas marginais, nas águas subterrâneas e nas florestas ripárias ao longo de rios e áreas alagadas. Perda da capacidade tampão - áreas alagadas, florestas ripárias, inter- faces entre sistemas terrestre e aquáticos são regiões tampão que removem nitrogênio (por desnitrificação) e fósforo (por precipitação e complexão no sedimento e agradado em partículas às raízes de macrófitas). Além disso, precipitam metais pesados e complexam estes elementos. Removem mate- riais em suspensão, impedindo seu transporte para os sistemas aquáticos. O desaparecimento destas regiões tampão, por remoção, mortali
Em nosso décimo quarto encontro, iremos estudar os Ecossistemas Terrestres. Até lá!
ODUM, E. P.; BARRET, G.W. Fundamentos de ecologia. São Paulo: Thomson Learning/Pioneira, 2007. ORTEGA, E. (Org.). Engenharia ecológica e agricultura sustentável. Uma introdução à metodologia emergética usando estudos de casos brasileiros. São Paulo: Unicamp, 2003. Disponível em <http://www.unicamp.br/fea/ ortega/eco/index.htm>. PINTO-COELHO, R. M. Fundamentos em ecologia. Porto Alegre: Art- med, 2000. RICKLEFS, R. E. A economia da natureza. [Cidade]: Guanabara Koogan,
TOWSEND, C. R.; BEGON, M.; HARPER, J. L. Fundamentos em Eco- logia. Porto Alegre: Artmed, 2006.