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ATIVIDADE INDIVIDUAL
Matriz Atividade Estudante: Bruno de Oliveira Carvalho Disciplina: Economia nos Negócios Turma: ENMBAEAD-24_060125_
INTRODUÇÃO
A pandemia de Covid-19 trouxe desafios significativos para o setor hoteleiro no Brasil, afetando tanto a oferta quanto a demanda. A seguir, apresento uma análise detalhada desse impacto, considerando o contexto do setor, uma perspectiva macroeconômica e uma avaliação microeconômica das implicações da pandemia.
CONTEXTO DO SETOR
O setor hoteleiro brasileiro é uma parte essencial da indústria de turismo, que representa cerca de 8% do PIB nacional, gerando milhões de empregos diretos e indiretos. Antes da pandemia, o Brasil possuía mais de 10 mil empreendimentos hoteleiros, com aproximadamente 500 mil unidades habitacionais (UHs) em todo o país. De acordo com a Pesquisa Hotelaria em Números, da JLL, a taxa de ocupação média nacional em 2019 era de 60,2%. Com a pandemia, esse número despencou para 43% em 2020, uma queda de 28,6%. Os setores de eventos e viagens corporativas, que representam uma fatia expressiva da demanda, foram os mais impactados. No período pós-pandemia, houve uma retomada gradual. Em 2021, a taxa de ocupação subiu para 43%, e em 2022 para 55%, mas ainda abaixo dos níveis pré-pandemia. No primeiro
semestre de 2023, alguns destinos turísticos atingiram 65% de ocupação, demonstrando sinais de recuperação. Os hotéis urbanos sofreram mais do que os resorts, pois as viagens de lazer se recuperaram mais rapidamente do que as viagens de negócios. O segmento de hospedagem alternativa (Airbnb e locação de curto prazo) também cresceu durante a pandemia, afetando a demanda por hoteis tradicionais. Antes da pandemia, o setor hoteleiro brasileiro apresentava um desempenho estável. Em 2019, a taxa de ocupação média foi de 60,2%. No entanto, em 2020, com as restrições de viagem e medidas de distanciamento social, a taxa de ocupação caiu drasticamente para 43%, representando uma redução de 28,6% em relação ao ano anterior. Em termos de oferta, muitos estabelecimentos enfrentaram dificuldades financeiras, levando ao fechamento temporário ou permanente de operações. A recuperação começou a ser observada em 2021, com a taxa de ocupação subindo para 43%, ainda abaixo dos níveis pré- pandemia.
ANÁLISE MACROECONÔMICA
A pandemia impactou profundamente a economia brasileira. Em 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou uma contração de 3,3%, influenciada pela queda nos serviços, incluindo o setor hoteleiro. A taxa de desemprego atingiu níveis elevados durante a pandemia, mas começou a mostrar sinais de recuperação nos anos subsequentes. Em 2024, a taxa de desemprego atingiu o menor nível desde 2013, situando-se em 6,4%. A inflação também foi uma preocupação, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrando aumentos significativos em determinados períodos. Em setembro de 2024, por exemplo, o IPCA aumentou 0,46% em relação ao mês anterior, acumulando alta de 4,43% em 12 meses. A taxa básica de juros (Selic) foi elevada para conter a inflação, atingindo 13,75% ao ano em 2022, o que dificultou o acesso ao crédito para expansão de novos hoteis. Com a inflação controlada, a Selic caiu para 11,75% em 2024, melhorando as condições para novos investimentos.
3.2 Oferta A oferta de hoteis foi impactada por fechamentos temporários e definitivos. Muitos estabelecimentos enfrentaram dificuldades financeiras, levando a fusões, aquisições e fechamento de unidades menos rentáveis. O setor também teve que investir mais em tecnologia e serviços automatizados para reduzir custos operacionais. Os custos fixos elevados e a dependência de altos índices de ocupação para garantir rentabilidade são desafios constantes. Por outro lado, a reabertura dos setores turístico e empresarial está ajudando na normalização da oferta.
3.3 Estrutura de Mercado O setor hoteleiro no Brasil opera sob um regime de concorrência monopolística, caracterizado por grande número de estabelecimentos que oferecem serviços diferenciados. Alguns grupos hoteleiros dominam o mercado urbano e de luxo, enquanto as pousadas e hoteis independentes competem em nichos específicos. O crescimento das plataformas digitais de hospedagem impactou a estrutura de mercado. Airbnb e similares aumentaram a concorrência, pressionando hoteis a inovar na oferta de experiências diferenciadas e serviços personalizados.
CONCLUSÃO
O setor hoteleiro brasileiro passou por uma crise severa durante a pandemia, mas a recuperação está em curso. O turismo doméstico e a retomada de eventos corporativos são fatores que impulsionam a demanda. Contudo, desafios persistem, como custos elevados, inflação e concorrência de hospedagens alternativas. Minha perspectiva é que o setor continue se recuperando, com taxa de ocupação se aproximando dos níveis pré-pandemia até 2025. Hoteis que investirem em serviços diferenciados, tecnologia e experiências personalizadas terão vantagens competitivas. O turismo internacional também deve contribuir para a retomada, especialmente com a desvalorização do real tornando o Brasil um destino mais atrativo para estrangeiros.
Por fim, a flexibilização de regras sanitárias, políticas de incentivo ao turismo e estabilidade econômica são fatores essenciais para garantir um crescimento sustentável do setor nos próximos anos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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