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Guias e Dicas
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Hemostasia: Mecanismos de Coagulação Sanguínea e Fármacos Antitrombóticos, Notas de estudo de Farmacologia

Os mecanismos complexos da hemostasia, o processo de coagulação sanguínea, e a ação de fármacos antitrombóticos. Explica a cascata de coagulação, os fatores envolvidos, os mecanismos protrombóticos e antitrombóticos, e a fibrinólise. Descreve detalhadamente os diferentes tipos de fármacos antitrombóticos, incluindo antiplaquetários, anticoagulantes e fibrinolíticos, com seus mecanismos de ação, efeitos clínicos e especificidades.

Tipologia: Notas de estudo

2023

À venda por 19/02/2025

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BEATRIZ MOREIRA
15/9/24
Antiplaquetários anticoagulantes antitrombóticos
DR OGA S HEM OST ÁTI CAS:
AN TIP LAQUE TÁR IOS , ANTICO AGULA NTE S
E ANT ITR OMBÓT ICOS
As drogas hemostáticas são medicamentos que
atuam no sistema de coagulação do sangue,
sendo utilizadas para prevenir ou tratar eventos
trombóticos. Elas podem ser classificadas em
três categorias principais: antiplaquetários,
anticoagulantes e antitrombóticos.
AN TIP LAQUE TÁR IOS
Os antiplaquetários são fármacos que inibem a
agregação plaquetária, um passo crucial na
formação do tampão plaquetário inicial durante
a hemostasia primária. Eles são especialmente
utilizados na prevenção de eventos isquêmicos,
como infartos do miocárdio e acidentes
vasculares cerebrais (AVCs).
Mecanismo de Ação: Os antiplaquetários atuam
bloqueando diferentes vias de ativação
plaquetária. Por exemplo:
Ácido Acetilsalicílico (AAS): Inibe a
ciclooxigenase, reduzindo a produção de
tromboxano A2, um potente agente agregante.
Inibidores do Receptor P2Y12: Como
clopidogrel e prasugrel, que bloqueiam a
ativação plaquetária induzida por adenosina
difosfato (ADP).
Inibidores da Glicoproteína IIb/IIIa: Impedem a
ligação da fibrina às plaquetas, inibindo a
agregação.
Indicações: Usados na síndrome coronariana
aguda, após colocação de stents, e em
pacientes com risco elevado de trombose
arterial.
AN TIC OAGUL ANT ES
Os anticoagulantes são medicamentos que
atuam na cascata de coagulação, prevenindo a
formação de coágulos sanguíneos. Eles são
essenciais no tratamento de condições como
trombose venosa profunda (TVP) e embolia
pulmonar.
Mecanismo de Ação: Os anticoagulantes podem
ser divididos em:
Anticoagulantes Diretos: Como a rivaroxabana
e apixabana, que inibem diretamente a
trombina ou o fator Xa.
Anticoagulantes Indiretos: Como a heparina,
que aumenta a atividade da antitrombina III,
inibindo vários fatores da coagulação.
Indicações: Usados para prevenir e tratar
tromboses, em pacientes com fibrilação atrial e
após cirurgias ortopédicas.
AN TITRO MBÓ TIC OS
O termo antitrombótico é frequentemente
utilizado para se referir a ambos os grupos,
antiplaquetários e anticoagulantes, pois ambos
têm como objetivo prevenir a formação de
trombos.
Mecanismo de Ação: Enquanto os
antiplaquetários atuam na fase inicial da
coagulação (agregação plaquetária), os
anticoagulantes interferem nas etapas
posteriores da cascata de coagulação, evitando
a formação de fibrina.
Indicações: O uso combinado de
antiplaquetários e anticoagulantes é comum em
pacientes com alto risco de eventos
cardiovasculares, como aqueles com síndrome
coronariana aguda.
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15/9/

Antiplaquetários – anticoagulantes – antitrombóticos DROGAS HEMOSTÁTICAS: ANTIPLAQUETÁRIOS, ANTICOAGULANTES E ANTITROMBÓTICOS

As drogas hemostáticas são medicamentos que atuam no sistema de coagulação do sangue, sendo utilizadas para prevenir ou tratar eventos trombóticos. Elas podem ser classificadas em três categorias principais: antiplaquetários, anticoagulantes e antitrombóticos.

ANTIPLAQUETÁRIOS

Os antiplaquetários são fármacos que inibem a agregação plaquetária, um passo crucial na formação do tampão plaquetário inicial durante a hemostasia primária. Eles são especialmente utilizados na prevenção de eventos isquêmicos, como infartos do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

Mecanismo de Ação: Os antiplaquetários atuam bloqueando diferentes vias de ativação plaquetária. Por exemplo:

Ácido Acetilsalicílico (AAS): Inibe a ciclooxigenase, reduzindo a produção de tromboxano A2, um potente agente agregante.

Inibidores do Receptor P2Y12: Como clopidogrel e prasugrel, que bloqueiam a ativação plaquetária induzida por adenosina difosfato (ADP).

Inibidores da Glicoproteína IIb/IIIa: Impedem a ligação da fibrina às plaquetas, inibindo a agregação.

Indicações: Usados na síndrome coronariana aguda, após colocação de stents, e em pacientes com risco elevado de trombose arterial.

ANTICOAGULANTES

Os anticoagulantes são medicamentos que atuam na cascata de coagulação, prevenindo a formação de coágulos sanguíneos. Eles são essenciais no tratamento de condições como trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar.

Mecanismo de Ação: Os anticoagulantes podem ser divididos em:

Anticoagulantes Diretos: Como a rivaroxabana e apixabana, que inibem diretamente a trombina ou o fator Xa.

Anticoagulantes Indiretos: C omo a heparina, que aumenta a atividade da antitrombina III, inibindo vários fatores da coagulação.

Indicações: U sados para prevenir e tratar tromboses, em pacientes com fibrilação atrial e após cirurgias ortopédicas.

ANTITROMBÓTICOS O termo antitrombótico é frequentemente utilizado para se referir a ambos os grupos, antiplaquetários e anticoagulantes, pois ambos têm como objetivo prevenir a formação de trombos.

Mecanismo de Ação: Enquanto os antiplaquetários atuam na fase inicial da coagulação (agregação plaquetária), os anticoagulantes interferem nas etapas posteriores da cascata de coagulação, evitando a formação de fibrina.

Indicações: O uso combinado de antiplaquetários e anticoagulantes é comum em pacientes com alto risco de eventos cardiovasculares, como aqueles com síndrome coronariana aguda.

15/9/

Antiplaquetários – anticoagulantes – antitrombóticos HEMOSTASIA

A hemostasia é o processo fisiológico que mantém o sangue fluido dentro dos vasos sanguíneos, evitando tanto a coagulação (trombose) quanto a extravasamento (hemorragia). Este processo é fundamental para a manutenção da integridade vascular e a prevenção de perdas excessivas de sangue em caso de lesões.

MECANISMOS DE HEMOSTASIA

A hemostasia envolve uma série de mecanismos que podem ser classificados em dois grupos principais: protrombóticos e antitrombóticos.

PROTROMBÓTICOS

Os mecanismos protrombóticos promovem a formação de coágulos sanguíneos, essenciais para estancar hemorragias. Os principais componentes incluem:

Ativação de Plaquetas: Quando um vaso sanguíneo é lesionado, as plaquetas são ativadas e se agregam no local da lesão, formando um tampão plaquetário.

Cascata de Coagulação: Um conjunto de reações bioquímicas que ativam fatores de coagulação, resultando na conversão do fibrinogênio em fibrina, que estabiliza o tampão plaquetário.

Fatores da Cascata de Coagulação: Incluem proteínas como o fator de von Willebrand, trombina, e outros fatores que atuam em sequência para formar um coágulo.

ANTITROMBÓTICOS

Os mecanismos antitrombóticos são responsáveis por manter o sangue fluido e prevenir a formação excessiva de coágulos. Os principais componentes incluem:

Óxido Nítrico (NO): Produzido pelas células endoteliais, o NO é um potente vasodilatador que também inibe a agregação plaquetária, ajudando a manter a fluidez do sangue.

Prostaciclina (PGI₂): Também liberada pelas células endoteliais, a PGI₂ atua como um vasodilatador e inibidor da agregação plaquetária, contribuindo para a prevenção da trombose.

Antitrombina: Uma proteína que inibe a ação da trombina e outros fatores da coagulação, regulando a formação de coágulos e prevenindo a trombose.

FLUIDEZ DO SANGUE A fluidez do sangue é mantida por um equilíbrio entre os fatores protrombóticos e antitrombóticos. Quando há lesão vascular, os mecanismos protrombóticos são ativados para formar um coágulo e parar o sangramento. Por outro lado, os mecanismos antitrombóticos atuam continuamente para evitar a formação de coágulos em situações normais, garantindo que o sangue permaneça fluido.

HEMOSTASIA PRIMÁRIA A hemostasia primária é a primeira linha de defesa do organismo contra o sangramento após uma lesão vascular. Ela consiste em uma série de eventos que visam rapidamente reduzir e controlar o extravasamento de sangue, envolvendo a vasoconstrição e a formação de um tampão plaquetário.

VASOCONSTRIÇÃO Imediatamente após uma lesão no endotélio vascular, ocorre uma vasoconstrição reflexa localizada no local da lesão. Isso diminui o fluxo sanguíneo na região, reduzindo a perda de

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Antiplaquetários – anticoagulantes – antitrombóticos VIA EXTRÍNSECA : ESTA VIA É ATIVADA RAPIDAMENTE APÓS UMA LESÃO VASCULAR. O FATOR TECIDUAL (FT), EXPOSTO NA ÁREA LESIONADA, SE LIGA AO FATOR VII, FORMANDO UM COMPLEXO QUE ATIVA O FATOR X. ESTA VIA É CRUCIAL PARA A RESPOSTA INICIAL À LESÃO.

VIA INTRÍNSECA: ESTA VIA É ATIVADA QUANDO OS FATORES DE COAGULAÇÃO PRESENTES NO SANGUE ENTRAM EM CONTATO COM SUPERFÍCIES EXPOSTAS (COMO O COLÁGENO) APÓS UMA LESÃO. A ATIVAÇÃO DO FATOR XII INICIA UMA CASCATA QUE ENVOLVE VÁRIOS OUTROS FATORES (IX, VIII, XI) E CULMINA NA ATIVAÇÃO DO FATOR X.

Ambas as vias convergem para uma via comum, onde o fator X ativado (Xa) atua em conjunto com o fator V para converter protrombina em trombina.

FORMAÇÃO DE FIBRINA

A trombina gerada na via comum tem um papel fundamental, pois converte fibrinogênio (uma proteína solúvel) em fibrina (uma proteína insolúvel). A fibrina forma uma rede que estabiliza o tampão plaquetário inicial, formando um coágulo mais duradouro e resistente.

PAPEL DO CÁLCIO E OUTROS COFATORES

O cálcio (Ca²⁺) é um cofator essencial em várias etapas da cascata de coagulação, facilitando a interação entre os fatores de coagulação e as superfícies celulares. Além disso, outros cofatores, como a proteína C e a proteína S, desempenham papéis importantes na regulação do processo de coagulação e na prevenção da formação excessiva de coágulos.

FIBRINÓLISE: CONTROLE E REMOÇÃO DO

COÁGULO

A fibrinólise é um processo essencial no sistema hemostático, responsável pela dissolução de coágulos sanguíneos formados durante a coagulação. Esse mecanismo é crucial para restaurar o fluxo sanguíneo normal após a reparação vascular e evitar a formação excessiva de trombos.A fibrinólise é iniciada após a formação

MECANISMO DA FIBRINÓLISE de um coágulo sanguíneo, onde a fibrina, uma proteína fibrosa resultante da conversão do fibrinogênio pela trombina, desempenhá um papel central. O processo envolve as seguintes etapas:

ATIVAÇÃO DO PLASMINOGÊNIO: O PLASMINOGÊNIO, QUE CIRCULA NO PLASMA EM SUA FORMA INATIVA, É CONVERTIDO EM PLASMINA, UMA ENZIMA PROTEOLÍTICA ATIVA. ESSA ATIVAÇÃO É

15/9/

Antiplaquetários – anticoagulantes – antitrombóticos MEDIADA POR ATIVADORES DE PLASMINOGÊNIO, COMO:

ATIVADOR DO PLASMINOGÊNIO TECIDUAL (T-PA): LIBERADO PELAS CÉLULAS ENDOTELIAIS EM

UROQUINASE (U-PA ): OUTRO ATIVADOR QUE TAMBÉM CONTRIBUI PARA A CONVERSÃO DO PLASMINOGÊNIO.

AÇÃO DA PLASMINA: A PLASMINA ATUA SOBRE A FIBRINA, CLIVANDO-A EM FRAGMENTOS SOLÚVEIS CONHECIDOS COMO PRODUTOS DE DEGRADAÇÃO DA FIBRINA (PDFS). ISSO RESULTA NA DISSOLUÇÃO DO COÁGULO E NA RESTAURAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO.

REGULAÇÃO DA FIBRINÓLISE

A fibrinólise é cuidadosamente regulada para evitar hemorragias excessivas e garantir que a dissolução do coágulo ocorra apenas quando necessário. Os principais mecanismos regulatórios incluem:

Inibidores da Plasmina: Proteínas como o inibidor do ativador do plasminogênio (PAI-1) e a alfa-2-antiplasmina controlam a atividade da plasmina, prevenindo sua ação excessiva.

Feedback Negativo: A plasmina gerada pode inibir a ativação adicional do plasminogênio, fornecendo um mecanismo de controle.

Ativação Localizada: Os ativadores da fibrinólise são liberadosno local

DROGAS ANTITROMBÓTICAS

Os fármacos utilizados para prevenir ou tratar eventos trombóticos incluem:

Anticoagulantes: Como heparina (parenteral) e varfarina (oral), que atuam inibindo a coagulação.

Antiplaquetários: Como ácido acetilsalicílico (AAS), derivados da tienopiridina e inibidores da glicoproteína IIb/IIIa, que evitam a agregação plaquetária.

ANTIPLAQUETÁRIOS

AAS

MECANISMO DE AÇÃO

INIBIÇÃO DA CICLOXIGENASE (COX): O

AAS INIBE IRREVERSIVELMENTE AS

ISOENZIMAS COX-1 E COX-2. ESSA

INIBIÇÃO OCORRE POR MEIO DA

ACETILAÇÃO DE UM RESÍDUO DE SERINA

NO SÍTIO ATIVO DA ENZIMA,

RESULTANDO NA INIBIÇÃO DA SUA

ATIVIDADE.

EFEITO NAS PLAQUETAS:

Diminuição do Tromboxano A2: Nas plaquetas, a inibição da COX leva à redução da produção de

15/9/

Antiplaquetários – anticoagulantes – antitrombóticos

INIBIDORES DA GLICOPROTEÍNA IIB/IIIA

(INTEGRINA ΑIIBΒ₃)

Os inibidores da glicoproteína IIb/IIIa são uma classe de medicamentos antiplaquetários que desempenham um papel crucial na prevenção de eventos trombóticos, especialmente em contextos como a intervenção coronária percutânea (ICP). Eles atuambloqueando a integrina αIIbβ₃, que é um receptor essencial para a agregação plaquetária.

MECANISMO DE AÇÃO

Bloqueio do Receptor GPIIb/IIIa: A integrina αIIbβ₃ (também conhecida como GPIIb/IIIa) é um receptor presente na superfície das plaquetas que se liga ao fibrinogênio e a outros ligantes, facilitandoa agregação pla

Efeitos na Agregação Plaquetária: Ao inibir o receptor GPIIb/IIIa, esses fármacos criam um estado de "trombastenia transitória", onde a capacidade das plaquetas de se agregarem é significativamente reduzida. Isso é particularmente útil em situações de risco

elevado de trombose, como durante procedimentos invasivos.

PRINCIPAIS FÁRMACOS Os principais inibidores da GPIIb/IIIa incluem:

Abciximab: Um anticorpo monoclonal que bloqueia o receptor GPIIb/IIIa. É frequentemente utilizado durante intervenções coronárias para prevenir complicações trombóticas.

Tirofiban: Um inibidor sintético que também atua no receptor GPIIb/IIIa. É utilizado em síndromes coronarianas agudas e durante ICPs.

Eptifibatide: Um heptapeptídeo cíclico com alta afinidade pelo receptor GPIIb/IIIa, utilizado em situações semelhantes às dos outros inibidores.

ANTICOAGULANTES

MECANISMO DE AÇÃO DA HEPARINA DE

ALTO PESO MOLECULAR (NÃO

FRACIONADA)

A heparina de alto peso molecular, também conhecida como heparina não fracionada (HNF),

15/9/

Antiplaquetários – anticoagulantes – antitrombóticos é um anticoagulante que atua principalmente por meio da interação com a antitrombina III (ATIII), uma proteína plasmática que inibe vários fatores da coagulação. O mecanismo de ação da heparina pode ser descrito em etapas:

  1. LIGAÇÃO À ANTITROMBINA III

A heparina se liga de forma reversível à antitrombina III, formando um complexo que potencializa a atividade da antitrombina em mais de 1000 vezes. Essa ligação é crucial para a ação anticoagulante da heparina.

  1. INIBIÇÃO DOS FATORES DE COAGULAÇÃO

O complexo heparina-antitrombina III inativa vários fatores da cascata de coagulação, mas os principais alvos são:

Fator IIa (Trombina): A inibição da trombina impede a conversão do fibrinogênio em fibrina, evitando a formação de coágulos.

Fator Xa: A inibição do fator Xa reduz a formação de trombina, contribuindo para o efeito anticoagulante.

  1. EFEITOS NA COAGUL AÇÃO

Ao bloquear a ação desses fatores, a heparina não fracionada prolonga o tempo necessário para a coagulação do sangue, embora não afete diretamente o tempo de sangramento. Isso é importante para prevenir e tratar condições como trombose venosa profunda e embolia pulmonar.

MECANISMO DE AÇÃO DA HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR (HBPM)

A heparina de baixo peso molecular (HBPM) é um anticoagulante derivado da heparina não fracionada, que foi fracionada para obter

moléculas com menor peso molecular, geralmente variando entre 1.000 e 10. daltons. O mecanismo de ação da HBPM é distinto e apresenta características específicas em comparação à heparina não fracionada (HNF).

  1. LIGAÇÃO À ANTITROMBINA III Ativação da Antitrombina: Assim como a heparina não fracionada, a HBPM também se liga à antitrombina III (ATIII). No entanto, devido ao seu menor tamanho, a HBPM tem uma capacidade reduzida de inativar a trombina (fator IIa). A ligação da HBPM à ATIII resulta na aceleração da inibição do fator Xa, que é um dos principais alvos da HBPM.
  2. INIBIÇÃO DO FATOR XA Ação Preferencial: A HBPM tem uma ação preferencial sobre o fator Xa em comparação com a trombina. A relação entre a inibição do fator Xa e a inibição da trombina varia entre 2:1 e 4:1, dependendo do tipo específico de HBPM utilizada. Isso significa que a MRPA é mais eficaz em inibir o fator Xa do que a trombina.
  3. FORMAÇÃO DO COMPL EXO ANTITROMBINA- FATOR XA Complexo Ternário: A formação do complexo entre a HBPM, a antitrombina e o fator Xa resulta na inativação rápida do fator Xa, impedindo sua função na cascata de coagulação. Essa inibição é crucial para prevenir a formação de coágulos sanguíneos.
  4. EFEITOS NA COAGULAÇÃO Prolongamento do Tempo de Coagulação: Embora a HBPM não afete significativamente o tempo de sangramento, ela prolonga o tempo que o sangue leva para coagular ao inibir os

15/9/

Antiplaquetários – anticoagulantes – antitrombóticos

MECANISMO DE AÇÃO DO ETEXILATO DE

DABIGATRANA (PRADAXA®)

O etexilato de dabigatrana, comercializado sob a marca Pradaxa, é um anticoagulante oral que atua como um inibidor direto da trombina (fator IIa). Seu mecanismo de ação é distinto e eficaz na prevenção de eventos tromboembólicos.

  1. PRÓ-FÁRMACO

Conversão em Dabigatrana: O etexilato de dabigatrana é um pro-fármaco que é rapidamente convertido em dabigatrana, sua forma ativa, após a administração oral. Essa conversão ocorre no trato gastrointestinal.

  1. INIBIÇÃO DIRETA DA TROMBINA

Ligação ao Sítio Ativo: A dabigatrana se liga de forma reversível ao sítio ativo da trombina. Essa ligação impede a trombina de exercer suas funções, que incluem:

Conversão de fibrinogênio em fibrina, essencial para a formação do coágulo.

Ativação dos fatores V, VIII e XI, que são importantes para a cascata de coagulação.

  1. EFEITO ANTICOAGULA NTE

Redução da Formação de Coágulos: Ao inibir a trombina, a dabigatrana diminui a formação de fibrina e, consequentemente, a formação de coágulos sanguíneos. Isso é particularmente útil na prevenção de trombose venosa profunda (TVP), embolia pulmonar (EP) e acidente vascular cerebral (AVC) em pacientes com fibrilação atrial.

  1. VANTAGENS SOBRE A NTICOAGULANTES TRADICIONAIS Menor Necessidade de Monitoramento: Diferentemente da varfarina, que requer monitoramento regular do INR, o efeito anticoagulante da dabigatrana é previsível e não necessita de monitorização laboratorial rotineira.

Rápido Início e Término da Ação: A dabigatrana tem um início rápido de ação e uma meia-vida relativamente curta, permitindo uma rápida reversão do efeito anticoagulante em caso de necessidade.

MECANISMO DE AÇÃO DA

RIVAROXABANA (XARELTO®)

A rivaroxabana é um anticoagulante oral que atua como um inibidor direto do fator Xa,

15/9/

Antiplaquetários – anticoagulantes – antitrombóticos desempenhando um papel crucial na prevenção e tratamento de distúrbios tromboembólicos. Seu mecanismo de ação pode ser detalhado nas seguintes etapas:

  1. INIBIÇÃO DIRETA D O FATOR XA

Bloqueio do Sítio Ativo: A rivaroxabana se liga seletivamente ao sítio ativo do fator Xa, inibindo sua atividade. Essa inibição é direta e não requer a presença de cofatores, como a antitrombina III, o que a diferencia de outros anticoagulantes, como a heparina.

  1. EFEITO NA CASC ATA DE COAGULAÇÃO

Interrupção da Formação de Trombina: Ao inibir o fator Xa, a rivaroxabana interrompe tanto a via intrínseca quanto a extrínseca da cascata de coagulação. O fator Xa é essencial para a conversão da protrombina em trombina (fator IIa). A redução da trombina diminui a formação de fibrina, que é fundamental para a formação do coágulo.

  1. AÇÃO SOBRE FATORES LIGADOS AO COÁGULO

Inibição do Fator Xa Livre e Ligado: A rivaroxabana inibe tanto o fator Xa livre quanto o que está ligado ao coágulo, atuando em diferentes fases da coagulação e contribuindo para uma anticoagulação eficaz.

  1. EFEITOS CLÍNICOS

Prevenção de Eventos Tromboembólicos: A inibição do fator Xa reduz significativamente o risco de formação de coágulos, sendo indicada na prevenção e tratamento de trombose venosa profunda (TVP), embolia pulmonar (EP) e acidente vascular cerebral (AVC) em pacientes com fibrilação atrial não valvular.

FIBRINOLÍTICOS

MECANISMO DE AÇÃO DA

ESTREPTOQUINASE

A estreptoquinase é um agente fibrinolítico utilizado para dissolver coágulos sanguíneos e é derivada de estreptococos beta-hemolíticos do grupo C. Seu mecanismo de ação envolve a ativação do sistema fibrinolítico endógeno, promovendo a conversão do plasminogênio em plasmina, que é a enzima responsável pela degradação da fibrina.

  1. FORMAÇÃO DO COMPL EXO ESTREPTOQUINASE- PLASMINOGÊNIO Ligação ao Plasminogênio: A estreptoquinase se liga ao plasminogênio, formando um complexo estreptoquinase-plasminogênio. Essa interação é crucial para a ativação subsequente do plasminogênio.
  2. CONVERSÃO EM PLASMINA Ativação do Plasminogênio: O complexo estreptoquinase-plasminogênio atua como um ativador, convertendo o plasminogênio em plasmina. A plasmina é uma enzima proteolítica que degrada a fibrina, o principal componente estrutural dos coágulos sanguíneos.

Clivagem da Fibrina: A plasmina cliva a fibrina em fragmentos solúveis, resultando na dissolução

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Antiplaquetários – anticoagulantes – antitrombóticos Restaurar o Fluxo Sanguíneo: Dissolvendo coágulos que obstruem vasos sanguíneos, permitindo a recuperação do fluxo sanguíneo para áreas isquêmicas.

Minimizar Danos Isquêmicos: Ao restaurar rapidamente o fluxo sanguíneo, eles ajudam a preservar o tecido viável ao redor da área afetada (como a penumbra no AVC).

INIBIDORES DA FIBRINÓLISE

MECANISMO DE AÇÃO DA APROTININA,

ÁCIDO AMINOCAPRÓICO E ÁCIDO

TRANEXÂMICO

  1. APROTININA

A aprotonina é um inibidor de proteases que atua principalmente na inibição da atividade de enzimas envolvidas na fibrinólise, como a plasmina e os ativadores do plasminogênio.

MECANISMO DE AÇÃO: A APROTININA SE LIGA A ESSAS PROTEASES, BLOQUEANDO SUA ATIVIDADE E, ASSIM, REDUZINDO A DEGRADAÇÃO DA FIBRINA. ISSO RESULTA EM UMA MAIOR ESTABILIDADE DO COÁGULO E DIMINUIÇÃO DA PERDA SANGUÍNEA DURANTE CIRURGIAS OU EM CONDIÇÕES QUE CAUSAM HEMORRAGIA.

  1. ÁCIDO AMINOCAPRÓICO O ácido aminocapróico é um agente antifibrinolítico que também atua inibindo a fibrinólise.

MECANISMO DE AÇÃO: ELE AGE COMO UM ANTAGONISTA COMPETITIVO DO PLASMINOGÊNIO, IMPEDINDO SUA CONVERSÃO EM PLASMINA. AO BLOQUEAR ESSA CONVERSÃO, O ÁCIDO AMINOCAPRÓICO REDUZ A DEGRADAÇÃO DA FIBRINA, PROMOVENDO A ESTABILIZAÇÃO DO COÁGULO E DIMINUINDO O SANGRAMENTO.

  1. ÁCIDO TRANEXÂMICO O ácido tranexâmico é um análogo sintético da lisina e um agente antifibrinolítico eficaz.

MECANISMO DE AÇÃO : O ÁCIDO TRANEXÂMICO INIBE A ATIVAÇÃO DO PLASMINOGÊNIO À PLASMINA ATRAVÉS DE UM MECANISMO COMPETITIVO, BLOQUEANDO OS LOCAIS DE LIGAÇÃO DO PLASMINOGÊNIO À FIBRINA. ISSO IMPEDE A FORMAÇÃO DE PLASMINA, RESULTANDO EM UMA REDUÇÃO SIGNIFICATIVA DA FIBRINÓLISE E ESTABILIZAÇÃO DO COÁGULO.

COMPARAÇÃO DOS MECANISMOS Aprotinina: Inibe diretamente as proteases envolvidas na fibrinólise, aumentando a estabilidade do coágulo.

Ácido Aminocapróico: Impede a conversão do plasminogênio em plasmina, atuando como um antagonista competitivo.

Ácido Tranexâmico: Também atua como um antagonista competitivo do plasminogênio, mas

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Antiplaquetários – anticoagulantes – antitrombóticos com uma estrutura química que aumenta sua eficácia e duração de ação em comparação ao ácido aminocapróico