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Um estudo sobre os fatores que influenciam a adesão terapêutica ao tratamento de hipertensão arterial sistêmica em idosos. O estudo identificou fatores como condições financeiras, dieta desequilibrada, sedentarismo, prática irregular de atividade física, fatores raciais, étnicos, deficiência do sistema de distribuição gratuita, baixa escolaridade, dificuldades na tomada de medicamentos, reações adversas e efeitos colaterais indesejáveis, tabagismo, fatores emocionais e abandono familiar. O documento também discute a importância da promoção da adesão terapêutica para melhorar a qualidade de vida e longevidade de idosos hipertensos.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Projeto de intervenção apresentado à Universidade Federal do Mato Grosso do Sul como requisito de conclusão de curso de Pós-Graduação em nível de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família.
Orientador (a): Profª Michele Peixoto Quevedo
Primeiramente а Deus qυе permitiu qυе tudo isso acontecesse, ао longo dе
minha vida, е nãо somente nestes anos como universitária, mаs que еm todos оs
momentos é o maior mestre qυе alguém pode conhecer, me dando saúde e força para superar as dificuldades.
Aos meus familiares, colegas e amigos pelo amor, incentivo e apoio incondicional; e a todo corpo docente da Pós-Graduação que oportunizaram a janela
que hoje vislumbro um horizonte superior, eivado pela acendrada confiança no mérito e ética, aqui presentes.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha especialização, o meu muito obrigado.
“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.” (Cora Coralina)
Given the context, the purpose of this intervention project is to identify influenciantes factors on adherence correlated to the treatment of hypertension in geriatrics. The intervention made at the UBS Abadiania - Goias in geriatric patients assisted in the Family Health Strategy "Elecy Godoi Patrocinio" - ESF - I and VI. We interviewed 05 St. Anthony Asylum patients in the period from August to October 2014 for accession measure to treatment, studying the factors that may be related to the degree of membership. This intervention project showed that the main influenciantes factors on adherence to antihypertensive treatment, are the poor financial condition to get the medicine, unbalanced diet, sedentary lifestyle, irregular physical activity, racial factors, ethnic, deficiency system free distribution by the public health service, low education, difficulties as act of taking the drugs, and the presence of adverse reactions and undesirable side effects, smoking, emotional factors and family abandonment. These factors alone or associated discourage or hinder drug treatment rationally, especially the elderly hypertensive patients. The intervention project (PI) in question was concerned to identify influenciantes factors on adherence in the elderly, since not had the experiences of that practice. As a proposal to overcome the weaknesses of the PI study highlights the importance of a multidisciplinary approach and multifocal, are of fundamental importance for the therapeutic success of these elderly patients.
Keywords: systemic arterial hypertension (SAH), adherence, Geriatrics.
Gráfico 01 - Índice porcentativo de fatores influenciantes na adesão terapêutica no tratamento da HAS na faixa geriátrica..............................................................
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A hipertensão arterial sistêmica constitui um dos maiores problemas de saúde enfrentados pela saúde pública brasileira, e mundial, com alta prevalência na atualidade; sendo que aproximadamente cerca de 17 milhões de brasileiros são portadores de hipertensão, ou seja, isso significa que em média 35% da população de 40 anos ou mais, são hipertensos^4.
No Brasil, estima-se que a hipertensão arterial sistêmica atinja aproximadamente 22% da população brasileira acima de vinte anos de idade, sendo responsável por 80% dos casos de acidente vascular encefálico, 60 % dos casos de infarto agudo do miocárdio e 40% das aposentadorias precoces, além de significar um custo financeiro de 475 milhões de reais gastos com 1,1 milhão de internações ao ano aos cofres públicos^15.
Considerando que a hipertensão arterial sistêmica é uma patologia crônica, não transmissível, de inicio silencioso com repercussões clínicas importantíssima para os sistemas cardiovasculares e renovasculares, acompanhados freqüentemente de comorbidades correlacionadas de grande impacto aos indicadores de saúde da população14.
A hipertensão arterial sistêmica é uma patologia basicamente detectável por meio de aferição dos valores pressóricos da pressão arterial, conforme protocolos da Sociedade Brasileira de Cardiologia, sendo essa patologia crônica tornaram se um grave pro Sistema Único de Saúde (SUS), devido às dimensões que tomou^12.
Sendo que a hipertensão arterial sistêmica pode evoluir para complicações graves aos sistemas cardiovasculares, renal e vascular, como: insuficiência renal, acidente vascular encefálico, infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca. É importante frisar que, um grande contingente da população brasileira portadora de hipertensão arterial sistêmica também apresenta outras morbidades, como diabetes mellitus, dislipidemia e obesidade^20.
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A identificação de vários fatores de risco para a hipertensão arterial sistêmica, tais como: a hereditariedade, a idade, o gênero, o grupo étnico, o nível de escolaridade, os status sócio-econômico, a obesidade, o etilismo, o tabagismo e o uso de anticoncepcionais muitos colaboram para os avanços na epidemiologia cardiovascular e, conseqüentemente, nas medidas preventivas e terapêuticas de altos índices pressóricos, que abarcam os tratamentos não medicamentoso e/ou medicamentoso^17.
Em correlação às estatísticas brasileira e mundial, a situação epidemiológica no município goiano de Abadiânia, relata elevados fatores influenciantes a não adesão terapêutica ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica pela faixa geriátrica. A Unidade de Saúde Básica ESF - I possui 232 pacientes idosos hipertensos, sendo que esse percentual de idosos diagnosticados no grupo de Hiperdia, grande maioria possui resistência quanto à adesão terapêutica continua ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica.
Vale ressaltar que no município de Abadiânia/Goiás, fatores educacionais, econômicos, genéticos, étnicos, físicos, socioculturais contribuem imprescindívelmente para a maior vulnerabilidade em relação a não adesão tratamento da HAS pela faixa geriátrica; e justificam, portanto, o desenvolvimento de promoções voltadas aos idosos. Podemos citar entre os fatores, baixa escolaridade; a falha na distribuição gratuita pelo serviço público de saúde; irregularidade de ingestão dos medicamentos devido à falta de recursos financeiros para adquirir os mesmos; as dificuldades de adaptação na tomada das medicações e presença de efeitos colaterais indesejáveis, fator racial, correlação aos negros, que é um fator determinante na prevalência da HAS; o sedentarismo; dieta desequilibrada, uso de bebidas alcoólicas, tabagismo, incapacidade física ou presença de deficiência, impedindo-os de fazerem o uso correto do medicamento e tratamento, estresse emocional podem funcionar como barreiras para adesão ao tratamento e mudança de hábitos de vida.
A não adesão terapêutica ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica instituído pode resultar em grande prejuízo a saúde do paciente, trazendo consigo seqüelas irreversíveis e até mesmo o óbito^5.
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adesão é um processo complexo, que envolve fatores emocionais e barreiras concretas, de ordem prática e logística^19.
A hipertensão arterial sistêmica na geriatria é encarada de forma problemática, devido os fatores intrínsecos e extrínsecos correlacionados ao acompanhamento e/ou tratamento contínuo. Algo de sumo importância é promover educação em saúde, por meio de ações que minimizem os fatores de risco cardiovascular e que conscientize a população hipertensa, no que se diz a respeito adesão ao tratamento hipertensão arterial sistêmica e suas comorbidades, aumentando significativamente a qualidade de vida dos mesmos^16.
Sabe-se que de acordo com envelhecimento, o idoso enfrenta dificuldades e consomem mais serviços de saúde, as internações são freqüentes e mais extensas quanto comparadas a outras faixas etárias humanas. De modo geral, as enfermidades na geriatria são na grande maioria são crônicas e múltiplas, persistem por anos e anos, e exigem acompanhamento médico e de equipes multidisciplinares. Sendo os serviços de saúde são essenciais na minimização das enfermidades crônicas e de suas complicações, através de ações educativas voltadas a adesões aos tratamentos das morbidades e de suas possíveis comorbidades^13.
Diante deste contexto, proponho desenvolver um projeto de intervenção para que sejam elucidados os fatores influenciantes a não adesão terapêutica ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica pelos idosos, pois é um problema de grande preocupação vivenciado no Asilo Santo Antônio, pois verificamos que os pacientes idosos possuem uma grande resistência, quando se diz respeito ao uso de medicamentos anti-hipertensivos com regularidade, com isso acarretando grandes prejuízos a saúde dos mesmos e sendo de relevância a saúde publica municipal, devido ao grande numero de internações por crise hipertensiva e subseqüentemente por comorbidades, minimizando a qualidade de vida e longevidade dos idosos instituídos na instituição filantrópica.
Através deste projeto, almejamos compreender se os níveis de escolaridade, fatores sociais, emocionais, culturais, econômicos, biológicos, ou seja, alguns hábitos ou características da faixa geriátrica interferem na não adesão ao tratamento terapêutico da hipertensão arterial sistêmica dos idosos hipertensos; almejamos
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contribuir para melhoria da qualidade de assistência aos idosos hipertensos, pois necessita de uma abordagem específica, amplificada e prática correlação aos fatores influenciantes na adesão terapêutica ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica, almejando garantir uma melhor qualidade de vida e longevidade a faixa etária geriátrica.
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Fazer com que os idosos hipertensos pesquisados entendam os malefícios consigo tragos da não adesão terapêutica ao tratamento não medicamentoso e/ou medicamentoso da hipertensão arterial sistêmica; frisando a importância do uso contínuo dos medicamentos anti-hipertensivos; estimulando a pratica de atividade física regular; aumento do consumo de potássio; diminuir o consumo de drogas licita (bebidas alcoólicas e tabaco); promovendo a mudança do estilo de vida; e conscientizando acompanhamento médico contínuo, e não automedicação, sem orientação profissional. Em pesquisa realizada no Brasil, cerca de 50% dos idosos portadores de hipertensão arterial sistêmica interrompem o tratamento terapêutico por conta própria. Sendo um, que o impacto da não adesão terapêutica é o maior desafio para todos os profissionais de saúde, uma vez que, aumenta os custos financeiros e os riscos de comorbidades em conseqüência do controle inadequado da hipertensão arterial sistêmica^11. Podendo ser avaliado pela importância dos infartos agudos do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais, como causa de mortes. O adequado controle dos níveis pressóricos poderia reduzir estas mortalidades como ocorreu em outros países^2. Com intuito de diminuir a mortalidade loco-regional, foi realizada uma pesquisa de campo, que concederão dados a um projeto de intervenção, no qual, serão coletados dados quantitativos e qualitativos dos indivíduos que se enquadrarem no estudo, conforme foram mencionados nos textos seguintes, sendo que a partir análise e identificação dos fatores, será instituindo a Unidade de Saúde da Família - ESF-I a promover mais ações educativas com os pacientes idosos, para minimização ou exterminação dos problemas correlacionados ao foco do estudo. O projeto de intervenção foi realizado por meio de levantamento de dados, sendo que a população alvo será os pacientes da 3ª idade do Centro de Convivência de Idosos da área da Estratégia de Saúde da Família – ESF – VI, sendo 05 pacientes, 03 do sexo feminino e 02 do sexo masculino; sendo que 05 pacientes concordaram em participar do estudo. As características loco-regionais, que justificaram o projeto de intervenção, foram devido o grande índice de co-morbidades correlacionadas à má adesão terapêutica ao tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica na geriatria (tais como:
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IAM, AVE, ICC, Dislipidemia, Pé diabético, entre outras), pelos pacientes do centro de convivência. A instituição filantrópica Centro de Convivência de idosos, Asilo Santo Antônio, está localizada na Avenida Goiás, S/N, Centro, na cidade de Abadiânia- Goiás, no qual possui amplo espaço físico, contendo sala de estar, cozinha comunitária, quartos com suítes, área de serviço, banheiro comunitário, varada, pomar e jardim; sendo um ambiente aconchegante à terceira idade. O estudo foi realizado no respectivo período de agosto a outubro de 2014. As pesquisas foram realizadas na própria unidade, no qual os critérios de inclusão utilizados pelos pesquisadores do estudo foram: ter idade acima de 60 anos, ser hipertenso e estar matriculados no programa HIPERDIA. Foi aplicado um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), no qual constaram todas as informações do projeto de intervenção e não acarretou nenhum ônus aos idosos participantes. Os instrumentos de base que foram utilizados para o levantamento de dados pelo projeto de intervenção, foram os prontuários e a ficha de avaliação (APENDICE A), onde foram feitas perguntas estruturadas e pré-codificadas, baseadas nas variáveis citadas. Nos casos em que obtivemos idosos impossibilitados de responder à ficha de avaliação, por meio da entrevista, devido a algum déficit cognitivo ou a algum problema de saúde, um tutor responsável respondeu adequadamente por eles; onde foram coletados dados como nome, idade, idade, sexo, escolaridade, estado civil, antecedentes familiares, exame físico (peso, altura, pressão arterial sistêmica, circunferência da cintura) morbidades, medicamentos em uso, há quanto tempo, e as dificuldades encontradas para a realização do tratamento; no qual teve como auxilio, se caso necessário, o Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB), concedidos pelo Centro de Processamentos de Dados (CPD) da Secretaria Municipal de Saúde, para complementação do estudo.
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Temos a seguir, os dados apresentados sob forma de gráfico, e as respectivas discussões sobre os dados, de acordo com as variáveis estudadas.
Podemos observar no gráfico 01, que vários fatores influenciantes foram identificados na adesão terapêutica ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica pelos pacientes idosos hipertensos como: baixa escolaridade, baixa renda, dieta desbalanceada, atividade física irregular, fatores raciais e étnicos, tabagismo, fatores psicossociais e estresse emocional, sedentarismo, dificuldades no uso e na presença de reações adversas.
A baixa escolaridade (14%), ou seja, os 05 entrevistados, responderam que possuem baixa escolaridade educacional; estando a mesma correlacionada abaixo nível socioeconômico da população, sendo assim, percebe-se uma maior prevalência nesta classe de pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica e de fatores de risco para elevação dos níveis pressóricos, além de maior risco de lesão nos órgãos-alvo e eventos cardiovasculares, devido à dificuldade no acesso aos serviços de saúde e pouco conhecimento sobre relacionado ao auto-cuidado^18.
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Em relação a medicamentos, as justificativas apresentadas pelos pacientes voluntariados para a irregularidade quanto adesão ao tratamento medicamentoso, incluem a baixa renda (14%), ou seja, os 05 entrevistados responderam que possuem baixas condições financeiras, para adquirir o medicamento; alegando que a deficiência do sistema de distribuição gratuita por parte do serviço público de saúde; sendo que (14%), ou seja, os 05 entrevistados pelo estudo, responderam possuir dificuldades quanto ao ato de tomar os medicamentos e a presença de reações adversas e efeitos colaterais indesejáveis^6.
Quanto ao sedentarismo (11%), ou seja, 04 dos 05 entrevistados, responderam serem sedentários, sendo que conforme elucidado no estudo é de grande incidência a disposição a hipertensão arterial sistêmica, sendo que indivíduos sedentários apresentam maiores risco de desenvolver a hipertensão que os ativos; uma vez que a pratica de atividade física regular é recomendada a todos os hipertensos, em tratamento medicamentoso, inclusive os idosos porque reduz significativamente os níveis pressóricos e os números de co-morbidades^9 ; sendo que (12%), ou seja, 04 dos 05 entrevistados alegaram não praticar atividade física regularmente, conforme recomendações médicas.
Outro fator de grande importância a não adesão terapêutica ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica ao pacientes idosos é a ausência de dieta balanceada, sendo (14%), ou seja, os 05 entrevistados responderam que não possuem uma dieta equilibrada diariamente, conforme é preconizado nutricionalmente. A dieta preconizada pelo estudo DASH (Dietary Approachsto Stop Hypertension), demonstrou resultados positivos no controle dos níveis pressóricos, inclusive em pacientes em uso de medicamentos anti-hipertensivos. Onde na qual reforça o consumo de frutas, verduras, alimentos integrais, leite desnatado e seus derivados, maior consumo de fibras, potássio, cálcio e magnésio, menor quantidade de gorduras saturadas e colesterol; associado à redução do consumo de sal de cozinha, demonstrando benefícios ainda mais evidentes, sendo, portanto, preconizado ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica7;8.
Quanto à raça e a etnia (6%), ou seja, 02 dos 05 entrevistados possuem essa predisposição, que se considera um fator de grande importância na prevalência da hipertensão arterial sistêmica, pois se sabe que indivíduos afros descendentes