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Este documento fornece informações sobre a dor abdominal em crianças, incluindo suas causas orgânicas e funcionais, sintomas associados, exames e diagnósticos possíveis, e tratamentos. O texto também discute a importância de diferenciar entre quadros orgânicos e funcionais, e fornece orientações sobre como abordar cada tipo de dor.
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
Crônica x aguda; Abordagem inicial; Etiologia orgânica x funcional Dois picos etários: 4 a 6 anos e 7 a 12 anos – dor funcional. São os dois picos de incidência. Isso é muito válido para dor crônica, com duração superior a 2 meses de acordo com o uptodate, ou maior a 3 meses, de acordo com a SBP. Aguda – é aquela dor nunca experimentada pela criança e que dura menos de 7 dias. Crônica – mais de 3 meses, contínua ou intermitente. Dor abdominal recorrente – 3 ou mais episódios de dor abdominal de intensidade moderada a alta suficiente para interromper atividades. Episódios ocorridos em um período maior ou igual a 3 meses, ausência de causa orgânica conhecida. Dor recorrente é uma característica, algumas dores têm por característica a recorrência. Nem toda dor funcional é recorrente, e tem dor de caráter orgânico que tem característica de recorrer. Causa orgânica – a dor orgânica é relacionada a um agente/ estímulo real. Lesão ou dano tissular. Causa funcional – existem várias teorias. Uma delas diz que existe uma relação entre o sistema nervoso central e o sistema nervoso entérico, e que esses pacientes não têm uma boa comunicação entre esse eixo. Outra teoria explica que esses pacientes sentem dor a estímulos que para nós não são dolorosos, como a peristalse, a digestão, movimentos intestinais no geral. Uma outra teoria que está sendo estudada é que acredita-se que o quadro funcional surge após uma infecção intestinal, que muda a microbiota intestinal. Na gastro temos o consenso de ROMA, usado para distúrbios funcionais, de acordo com o ROMA IV iremos classificar o distúrbio funcional. Não precisa saber os critérios, precisa saber que cada dor tem uma característica marcante, exemplo: Dispepsia funcional é o paciente que tem uma dor abdominal crônica, ou seja, dura mais de 3 meses, em abdome superior associada a sintomas dispépticos, como pirose, queimação retroesternal, plenitude. Síndrome do intestino irritável é uma dor abdominal crônica com alteração do hábito intestinal, o paciente ora está com diarreia, ora está com prisão de ventre. Enxaqueca intestinal o paciente tem dor abdominal crônica e EM CRISE, de forte intensidade, tem pródromos, se assemelha a uma enxaqueca, pode ter aura. Se não preencheu nenhum critério de Roma, mas a dor dele é funcional = dor abdominal funcional sem outra especificação. ANAMNESE importante perguntar: Localização geralmente uma dor funcional é DIFUSA, dói a barriga toda, ou mais perto do umbigo, ela NÃO IRRADIA. Periumbilical. Intensidade moderada a forte intensidade, tem hábito de recorrer. A dor funcional não tem caráter noturno. Sintomas gastrointestinais associados a dor funcional, o pai e a mãe referem que a criança fica pálida e pode vomitar, mas não são vômitos incoercíveis e de difícil controle. Se for de difícil controle não é funcional!!! Perguntar sobre presença de constipação intestinal. Perguntar sobre queixa urinária, se tem sonolência após os episódios de dor, se tem asma, respiração bucal, (o ar pode estar indo todo para a barriga e gerando gases, aerofagia, hábito de engolir o ar). Avaliar sinais de comprometimento orgânico, pesar, medir, dor funcional não pode ter comprometimento orgânico, se tem comprometimento de peso, altura, não é funcional. Uso de medicamentos que podem causar dor, como antibióticos, anti-inflamatórios, corticoides. História alimentar, sempre perguntar se a dor está associada a alimentação. Perguntar se tem dor na ingestão de alimentos ricos em lactose, e sintomas associados, distensão, diarreia e vomito. História familiar perguntar se tem alguém na família com doenças intestinais, pois algumas doenças intestinais, como as inflamatórias, têm muito o componente familiar. Doença celíaca que é uma intolerância ao glúten também é de caráter familiar!!
Avaliar se teve história de infecção viral recente, pois a dor funcional pode surgir após uma infecção viral. Perfil psicológico quadro funcional está muito associado a perfil psicológico, traçar perfil biopsicossocial. EXAME FÍSICO completo Pesar, medir, colocar nos gráficos, fazer análise puberal. Fazer oroscopia, avaliar mucosas, ver se tem lesões na cavidade oral, avaliar estado dos dentes, pele, articulações, ausculta cardíaca, respiratória, exame bem detalhado do abdômen. 🚨 SINAIS DE ALARME 🚨 Dor funcional é a regra, dor orgânica é a exceção. Quando tiver sinal de alarme, essa exceção começa a ficar mais plausível. História familiar de doença inflamatória intestinal, doença celíaca, ou doença péptica. Dor persistente em quadrante superior ou inferior direito. Disfagia. Odinofagia. Vômitos persistentes. Sangramento gastrointestinal. Diarreia noturna. Artrite – doenças inflamatórias intestinais Doença perianal – doenças inflamatórias intestinais. Perda ponderal involuntária. Desaceleração do crescimento linear. Atraso da puberdade – doença celíaca. Febre sem explicação – câncer e doenças inflamatórias. Despertar noturno. Na emergência a nossa preocupação é o abdome agudo, e o principal abdome agudo é apendicite. São aspectos que sugerem quadro cirúrgico e devemos acionar a cirurgia: Os sinais de alarme na emergência são: dor de forte intensidade e piora do estado geral, vomitos biliosos ou fecaloides, rigidez abdominal involuntária, sinal de descompressão brusca positiva, distensão abdominal com timpanismo difuso e liquido livre/sangue na cavidade abdominal. Inferior a 2 anos, se chega com abdome agudo, é mais provável que seja obstrutivo, o volvo sigmoide, pode ter também uma intuscepção (tem relação com o rotavírus, não se faz vacina do rotavírus em crianças que tiveram cirurgia previa por intuscepção). Apendicite aparece como a 5ª causa, ela é rara em crianças menores de 2 anos. Das causas agudas não cirúrgicas, a mais comum é a gastroenterite. A criança vai ter febre, vômito e diarreia. Se a criança está só com vômito e dor abdominal, não dizer que é gastroenterite, pensar em coisas mais graves! A gastroenterite com dor abdominal a criança tem desconforto, dor de moderada a intensidade, vomito associado a diarreia, sem distensão. Quando falamos de dor crônica nessa idade, devemos lembrar da cólica do lactente, é um quadro 100% funcional, até 3 meses de idade, de caráter recorrente, a criança não para de chorar, a criança chora e flete as mãos e as pernas, se contorce, sendo hígida, com bom ganho de peso, sem história de vomito e diarreia. Ausência de causa orgânica. Das outras faixas etárias, quando falamos de dor aguda, só dá apendicite, e quando falamos de causa aguda não cirúrgica, gastroenterite, e dor crônica nessa faixa etária de 2-5 anos, constipação intestinal. Entre 5-12 dor funcional, e maior de 12 anos dor funcional. Meninas em idade fértil – devemos lembrar das causas ginecológicas na emergência, então acrescentamos um HGT. Na dor crônica, no consultório, sem sinal de alarme, que provavelmente é um quadro funcional, a recomendação da SBP sugere uma investigação laboratorial mínima. Iremos solicitar: Hemograma completo; EAS se for uma dor mais baixa e houver suspeita de ITU; EPF é obrigatório – exame parasitológico de fezes. Pode acrescentar marcador inflamatório VHS ou PCR, mas não é obrigatório. O screening obrigatório portanto é feito com hemograma completo e parasitológico. Se houver sintoma urinário pode solicitar EAS. O ROMA IV sugere que solicitemos sorologia para Doença Celíaca. Diarreia crônica, psicose, atraso puberal, atraso na maturação do esmalte dentário,