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Doenças ocupacionais por agentes biológicos, conduta e normas de biossegurança, Slides de Biossegurança

As doenças ocupacionais por agentes biológicos são causadas por micro-organismos como vírus, bactérias, fungos e parasitas presentes nos ambientes de trabalho. Algumas dessas doenças são a Hepatite B, Hepatite C e a infecção pelo HIV. Para prevenir a ocorrência dessas doenças, é importante adotar medidas de biossegurança, como o uso de equipamentos de proteção individual, a implementação de normas para gerenciamento de resíduos biológicos e o controle de infecções. No caso do HIV e da hepatite, é fundamental que os trabalhadores estejam bem informados sobre como prevenir a exposição a esses vírus, além de receberem treinamentos periódicos sobre técnicas seguras de manuseio de materiais biológicos e cuidados na aplicação de procedimentos invasivos, como injeções e coletas de sangue. É importante que os locais de trabalho tenham medidas de controle de infecção, como a limpeza adequada de equipamentos e superfícies, e que se estabeleçam políticas de notificação e tratamento de doenças oc

Tipologia: Slides

2023

À venda por 21/06/2023

beatriz-penha
beatriz-penha 🇧🇷

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Doenças Ocupacionais
Doenças Ocupacionais
Doenças ocupacionais por agentes biológicos, conduta e normas de
biossegurança (HIV e HEPATITE B).
Introdução à Biomedicina e Biossegurança
-Os profissionais de assistência à saúde estão frequentemente expostos ao
manejo com agulhas, bisturis e outros instrumentos perfurocortantes; dessa
forma, encontram-se sob maior risco de acidentes.
-As medidas de biossegurança, quando empregadas corretamente pelos
profissionais, minimizam o risco de acidentes envolvendo materiais biológicos e
instrumentos perfurocortantes.
-A Lei da Biossegurança tem como premissa prevenir, minimizar ou eliminar
riscos que venham a comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio
ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
Exemplos dessas condutas são o uso de equipamentos de proteção
individual (EPI), imunização e manejo adequado de resíduos dos serviços
de saúde.
Equipamentos de proteção individual (EPIs): são dispositivos e
equipamentos especializados que devem ser utilizados pelo profissional
da saúde para proteção contra a exposição direta a materiais
potencialmente infectantes. Os EPIs incluem luvas, máscaras, jalecos,
óculos de proteção.
Controles de prática de trabalho: São hábitos corretos e seguros. O uso
desses controles de práticas no ambiente de trabalho minimiza a
probabilidade de um profissional se expor aos riscos. Exemplos dessas
práticas são lavar as mãos antes de colocar luvas e após removê-las.
Equipamentos de proteção coletiva (EPCs) também é de suma
importância.
Trata-se de dispositivos que proporcionam proteção a todos os
profissionais expostos a riscos no ambiente de trabalho. Exemplos de
EPCs são estufas, autoclaves, kit de primeiros socorros, extintor de
incêndio, descarte de perfurocortantes.
Precauções-padrão: São condutas adotadas pelos profissionais da saúde na
realização de qualquer procedimento e têm por finalidade reduzir riscos de
transmissão de agentes patogênicos.
-Sempre que existir um risco de exposição ocupacional a patógenos, a
instituição deve fornecer EPIs adequados aos profissionais ou mesmo o
profissional adquiri-los.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS)
Ocorrem 2 a 3 milhões de acidentes percutâneos com agulhas contaminadas
por material biológico anualmente entre trabalhadores da área da saúde.
Desses acidentes, 2 milhões referem-se à exposição ao vírus da hepatite B
(HBV), 900 mil ao vírus da hepatite C (HCV) e 170 mil ao vírus da
imunodeficiência humana (HIV)
Medidas institucionais para garantir um
ambiente seguro para o trabalhador
-Proporcionar/realizar treinamentos sobre as principais medidas preventivas e
orientações quanto aos riscos ocupacionais;
-Zelar para que sejam disponibilizados os EPIs e os EPCs, os quais são de suma
importância como medida preventiva;
-Dispor de recipientes adequados para o descarte de objetos perfurocortantes
-Zelar pelo estado vacinal dos profissionais da área de saúde;
-Promover campanhas de vacinação com periodicidade;
-Disponibilizar instruções escritas e afixar cartazes informativos para os
procedimentos a serem realizados em casos de acidentes.
Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no
local de sua geração, imediatamente após o uso ou necessidade de
descarte, em recipientes de paredes rígidas, resistentes à punctura,
ruptura e vazamento, resistentes ao processo de esterilização, com
tampa, devidamente identificados com o símbolo internacional de risco
biológico, acrescido da inscrição de “PERFUROCORTANTE” e os riscos
adicionais, químico ou radiológico.
A vacinação também é parte importante no cenário do serviço de saúde
Entre as vacinas recomendadas para os profissionais da área da saúde
encontram-se as contra
• hepatites A e B,
• difteria,
• tétano,
• coqueluche,
• varicela e influenza,
• além das vacinas meningocócica C conjugada e tríplice viral (contra sarampo,
caxumba e rubéola).
• A Norma Regulamentadora nº 32, de 11 e novembro de 2005, estabelece
que o fornecimento de vacinas aos trabalhadores dos serviços de saúde deve
ser gratuito.
TIPOS DE EXPOSIÇÃO
Transmissão ocupacional do vírus HIV e de hepatites B e C;
-Exposição Percutânea(perfurocortantes), Exposição em mucosas e Exposição
em pele não íntegra
RISCOS DE TRANSMISSÃO
Os materiais biológicos que denotam risco de transmissão do vírus HIV são:
• Sangue e demais materiais contendo sangue, sêmen e secreções vaginais.
• Materiais que podem ser considerados de baixo risco para transmissão viral
ocupacional: líquidos de serosas (peritoneal, pleural, pericárdico), líquido
amniótico, líquor e líquido articular.
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Doenças OcupacionaisDoenças Ocupacionais

Doenças ocupacionais por agentes biológicos, conduta e normas de biossegurança (HIV e HEPATITE B). Introdução à Biomedicina e Biossegurança

  • Os profissionais de assistência à saúde estão frequentemente expostos ao manejo com agulhas, bisturis e outros instrumentos perfurocortantes; dessa forma, encontram-se sob maior risco de acidentes.
  • As medidas de biossegurança, quando empregadas corretamente pelos profissionais, minimizam o risco de acidentes envolvendo materiais biológicos e instrumentos perfurocortantes.
  • A Lei da Biossegurança tem como premissa prevenir, minimizar ou eliminar riscos que venham a comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. Exemplos dessas condutas são o uso de equipamentos de proteção individual (EPI), imunização e manejo adequado de resíduos dos serviços de saúde. Equipamentos de proteção individual (EPIs): são dispositivos e equipamentos especializados que devem ser utilizados pelo profissional da saúde para proteção contra a exposição direta a materiais potencialmente infectantes. Os EPIs incluem luvas, máscaras, jalecos, óculos de proteção. Controles de prática de trabalho: São hábitos corretos e seguros. O uso desses controles de práticas no ambiente de trabalho minimiza a probabilidade de um profissional se expor aos riscos. Exemplos dessas práticas são lavar as mãos antes de colocar luvas e após removê-las. Equipamentos de proteção coletiva (EPCs) também é de suma importância. Trata-se de dispositivos que proporcionam proteção a todos os profissionais expostos a riscos no ambiente de trabalho. Exemplos de EPCs são estufas, autoclaves, kit de primeiros socorros, extintor de incêndio, descarte de perfurocortantes. Precauções-padrão: São condutas adotadas pelos profissionais da saúde na realização de qualquer procedimento e têm por finalidade reduzir riscos de transmissão de agentes patogênicos. -Sempre que existir um risco de exposição ocupacional a patógenos, a instituição deve fornecer EPIs adequados aos profissionais ou mesmo o profissional adquiri-los. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS) ➢Ocorrem 2 a 3 milhões de acidentes percutâneos com agulhas contaminadas por material biológico anualmente entre trabalhadores da área da saúde. ➢Desses acidentes, 2 milhões referem-se à exposição ao vírus da hepatite B (HBV), 900 mil ao vírus da hepatite C (HCV) e 170 mil ao vírus da imunodeficiência humana (HIV)

Medidas institucionais para garantir um

ambiente seguro para o trabalhador

-Proporcionar/realizar treinamentos sobre as principais medidas preventivas e orientações quanto aos riscos ocupacionais; -Zelar para que sejam disponibilizados os EPIs e os EPCs, os quais são de suma importância como medida preventiva; -Dispor de recipientes adequados para o descarte de objetos perfurocortantes -Zelar pelo estado vacinal dos profissionais da área de saúde; -Promover campanhas de vacinação com periodicidade; -Disponibilizar instruções escritas e afixar cartazes informativos para os procedimentos a serem realizados em casos de acidentes. Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso ou necessidade de descarte, em recipientes de paredes rígidas, resistentes à punctura, ruptura e vazamento, resistentes ao processo de esterilização, com tampa, devidamente identificados com o símbolo internacional de risco biológico, acrescido da inscrição de “PERFUROCORTANTE” e os riscos adicionais, químico ou radiológico. A vacinação também é parte importante no cenário do serviço de saúde Entre as vacinas recomendadas para os profissionais da área da saúde encontram-se as contra

  • hepatites A e B,
  • difteria,
  • tétano,
  • coqueluche,
  • varicela e influenza,
  • além das vacinas meningocócica C conjugada e tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola).
  • A Norma Regulamentadora nº 32, de 11 e novembro de 2005, estabelece que o fornecimento de vacinas aos trabalhadores dos serviços de saúde deve ser gratuito. TIPOS DE EXPOSIÇÃO Transmissão ocupacional do vírus HIV e de hepatites B e C; -Exposição Percutânea(perfurocortantes), Exposição em mucosas e Exposição em pele não íntegra

RISCOS DE TRANSMISSÃO

➢ Os materiais biológicos que denotam risco de transmissão do vírus HIV são:

  • Sangue e demais materiais contendo sangue, sêmen e secreções vaginais.
  • Materiais que podem ser considerados de baixo risco para transmissão viral ocupacional: líquidos de serosas (peritoneal, pleural, pericárdico), líquido amniótico, líquor e líquido articular.

RISCOS DE TRANSMISSÃO ➢ Os materiais biológicos que denotam risco de transmissão do vírus da hepatite B são:

  • Sangue, caracterizado como material biológico que possui a maior concentração de partículas infectantes do vírus da hepatite B, sendo o principal responsável pela transmissão do vírus;
  • Fluídos como leite materno, líquido amniótico, líquido biliar, líquor e líquido articular são potencialmente infectantes, porém com potencial de transmissibilidade menor. -O vírus da hepatite B apresenta uma alta resistência ambiental, sobrevivendo por mais de uma semana em sangue seco em temperatura ambiente, além de ser resistente a detergentes comuns e álcool.
  • O principal material biológico que denota risco de transmissão do vírus da hepatite C é o sangue.
  • A exposição a outros materiais biológicos apresenta pouco potencial de transmissão Conduta em caso de acidente Após exposição a materiais biológicos, algumas medidas imediatas devem ser realizadas como primeira conduta.
  • Em casos de exposição percutâneas e/ou cutâneas, lavar exaustivamente o local exposto, com água e sabão. Como opção, pode-se utilizar soluções antissépticas degermantes;
  • Em casos de exposição de mucosas (olhos, boca e nariz), lavar exaustivamente com água ou solução salina fisiológica;
  • Não se recomenda realizar procedimentos que possam aumentar a área de exposição, como cortes e injeções; não se deve utilizar soluções irritantes, como éter e hipoclorito de sódio. CONDUTA APÓS O ACIDENTE Cuidado com a área exposta Avaliações do acidente Orientações e aconselhamento ao acidentado Notificação do acidente tipo de exposição, tipo e qualidade de fluido e tecido, status sorológico da fonte, ou seja, da origem do acidente, status sorológico do acidentado
AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO NO ACIDENTE

Deve ocorrer imediatamente após o acidente e, inicialmente, basear-se em uma adequada anamnese do acidente, caracterização do paciente-fonte, análise do risco, notificação do acidente e orientação de manejo e medidas de cuidado com o local exposto. Os critérios que embasam a avaliação do potencial de transmissão de HIV, HBV e HCV após a exposição ocupacional ao material biológico são: MANEJO DO TRABALHADOR FRENTE AO ACIDENTE Inclui condutas que envolvem a exposição aos diferentes patógenos, tanto em relação à quimioprofilaxia quanto à solicitação dos exames necessários. CONDUTA DIANTE DA COINFECÇÃO Inclui condutas que possibilitam organizar um modelo de atendimento assistencial adequado ao profissional exposto a material biológico Medidas preventivas e gerenciais Capacitação e educação em saúde Controle médico e registro de agravos Vigilância Registros com as devidas notificações dos acidentes

PREVENÇÃO

Envolve: Acidente de exposição a paciente-fonte com sorologias negativas -Quando ocorrer a exposição ocupacional e o paciente-fonte apresentar sorologias negativas, pode-se considerar que o acidente não oferece riscos ao profissional quanto aos vírus testados. -Dessa forma, não há necessidade de realizar o acompanhamento sorológico ou clínico do profissional.

PACIENTE-FONTE COM SOROLOGIA POSITIVA PARA HIV:

-A quimioprofilaxia, quando for indicada pode ser realizada em até 72 horas, posteriormente a uma avaliação criteriosa da exposição. -A escolha da medicação antirretroviral (ARV) deve ser realizada com base no uso prévio de medicação ARV do paciente-fonte, no intuito de evitar a utilização de medicação com alto nível de resistência.

  • Nos casos em que não é possível obter a informação do paciente-fonte ou quando ele não fizer uso de terapêutica ARV, a associação de três medicações:
  • Tenofovir (TDF).
  • Lamivudina (3TC).
  • Atazanavir (ATV/r). e tratamento deverá ser mantido pelo período de 28 dias. ➢ O profissional exposto ao acidente biológico que fizer uso de quimioprofilaxia deve ter exames realizados antes do início dos ARVs, 15 dias após o início e ao término dos 28 dias das medicações. ➢ Considerando os efeitos adversos dos ARVs, devem ser avaliadas função hepática, icterícia e função renal do profissional. Os exames que devem realizados são: hemograma completo, exames bioquímicos, bilirrubinas, transaminase glutâmico-oxalacética (TGO), transaminase glutâmicopirúvica (TGP) e urina tipo I.

paciente-fonte com sorologia positiva para HEPATITE:

-Caso o profissional exposto não seja vacinado ou não seja respondedor ao esquema vacinal (antiHBs < 10 U/mL), ele deverá ser encaminhado para vacinação. -Uso de imunoglobulina específica para hepatite tipo B (HBIg),

  • Isso deve ser realizados nas primeiras 12 horas após a exposição
  • Acompanhamento laboratorial desse profissional, com realização de coleta das sorologias para HIV, hepatite tipo B e hepatite tipo C no momento da exposição e sorologia para hepatite tipo B entre 6 e 8 semanas após exposição.