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Guias e Dicas
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Doenças Mentais da Geriatria, Resumos de Geriatria

Principais doenças mentais na geriatria, com descrição, tratamento e fisiopatogenia

Tipologia: Resumos

2024

À venda por 25/06/2024

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Geriatria
DEPRESSÃO
1-QUAIS OS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE DEPRESSÃO, BASEADO PELO DSM
5?
• Humor deprimido na maioria dos dias, quase todos os dias (p. ex., sente-se triste,
vazio ou sem esperança) por observação subjetiva ou realizada por terceiros (nota:
em crianças e adolescentes pode ser humor irritável)
• Acentuada diminuição do prazer ou desinteresse em todas ou quase todas as
atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (indicados por relato
subjetivo ou observação feita por terceiros)
• Perda ou ganho de peso acentuado sem estar em dieta (p. ex., alteração de mais
de 5% do peso corporal em 1 mês) ou aumento ou diminuição de apetite quase
todos os dias (nota: em crianças, considerar incapacidade de apresentar os ganhos
de peso esperados)
• Insônia ou hipersonia quase todos os dias
• Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observável por outros, não
apenas sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento)
• Fadiga e perda de energia quase todos os dias
• Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser
delirante), quase todos os dias (não meramente autorrecriminação ou culpa por
estar doente)
• Capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se; indecisão, quase todos os dias
(por relato subjetivo ou observação feita por outros)
• Pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer), ideação suicida
recorrente sem um plano específico, ou tentativa de suicídio ou plano específico de
cometer suicídio
2-O QUE VOCÊ ENTENDE SOBRE DEPRESSÃO SUBCLÍNICA OU
SUBSINDRÔMICA NO IDOSO?
A depressão subsindrômica é definida como a evidência de dois ou mais sintomas
depressivos na maior parte do tempo, durante, pelo menos, 2 semanas, em
indivíduos que não preenchem critérios para depressão maior ou outros transtornos
depressivos. Observa-se que, no curso da depressão maior, os indivíduos passam
mais tempo apenas com sintomas depressivos do que com o quadro clínico
completo exigido pelos critérios diagnósticos. Por outro lado, a depressão maior
pode ser a exacerbação de problemas crônicos de humor cujas raízes estão em
fatores de vulnerabilidade de longa data. Nos indivíduos com mais de 80 anos de
idade, antes do estabelecimento da depressão, pode existir um período
subsindrômico de até 3 anos.
3-QUAL FINALIDADE DA ESCALA GERIÁTRICA DE DEPRESSÃO? COMO
INTERPRETÁ-LA?
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Geriatria

DEPRESSÃO

1-QUAIS OS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE DEPRESSÃO, BASEADO PELO DSM

  • Humor deprimido na maioria dos dias, quase todos os dias (p. ex., sente-se triste, vazio ou sem esperança) por observação subjetiva ou realizada por terceiros (nota: em crianças e adolescentes pode ser humor irritável)
  • Acentuada diminuição do prazer ou desinteresse em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (indicados por relato subjetivo ou observação feita por terceiros)
  • Perda ou ganho de peso acentuado sem estar em dieta (p. ex., alteração de mais de 5% do peso corporal em 1 mês) ou aumento ou diminuição de apetite quase todos os dias (nota: em crianças, considerar incapacidade de apresentar os ganhos de peso esperados)
  • Insônia ou hipersonia quase todos os dias
  • Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observável por outros, não apenas sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento)
  • Fadiga e perda de energia quase todos os dias
  • Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser delirante), quase todos os dias (não meramente autorrecriminação ou culpa por estar doente)
  • Capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se; indecisão, quase todos os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outros)
  • Pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, ou tentativa de suicídio ou plano específico de cometer suicídio 2-O QUE VOCÊ ENTENDE SOBRE DEPRESSÃO SUBCLÍNICA OU SUBSINDRÔMICA NO IDOSO? A depressão subsindrômica é definida como a evidência de dois ou mais sintomas depressivos na maior parte do tempo, durante, pelo menos, 2 semanas, em indivíduos que não preenchem critérios para depressão maior ou outros transtornos depressivos. Observa-se que, no curso da depressão maior, os indivíduos passam mais tempo apenas com sintomas depressivos do que com o quadro clínico completo exigido pelos critérios diagnósticos. Por outro lado, a depressão maior pode ser a exacerbação de problemas crônicos de humor cujas raízes estão em fatores de vulnerabilidade de longa data. Nos indivíduos com mais de 80 anos de idade, antes do estabelecimento da depressão, pode existir um período subsindrômico de até 3 anos. 3-QUAL FINALIDADE DA ESCALA GERIÁTRICA DE DEPRESSÃO? COMO INTERPRETÁ-LA?

Objetivo: primordial do DSM-5 é auxiliar clínicos treinados no diagnóstico dos transtornos mentais de seus pacientes, na formulação de caso como parte de uma avaliação que conduz a um plano de tratamento plenamente informado para cada indivíduo. Os sintomas que constam nos conjuntos de critérios diagnósticos não constituem definições abrangentes de transtornos subjacentes, que englobam processos cognitivos, emocionais, comportamentais e fisiológicos que são muito mais complexos do que pode ser descrito nesses breves resumos. Sua intenção é, ao contrário, resumir síndromes características de sinais e sintomas que indicam um transtorno subjacente com uma história característica de desenvolvimento, fatores de risco biológicos e ambientais, correlatos neuropsicológicos e fisiológicos e curso clínico típico. O que é? Trata-se de um questionário de 15 perguntas com respostas objetivas (SIM ou NÃO) a respeito de como a pessoa tem se sentido na última semana. A GDS não substitui a entrevista específica de avaliação especializada realizada por profissionais da área da saúde mental. Objetivo: Favorecer a identificação de um estado depressivo no idoso. Procedimento: Aplicar o questionário assinalando SIM ou NÃO a cada item, atribuir a pontuação correspondente a cada resposta e somar os pontos obtidos. Quem faz? A GDS poderá ser realizada por qualquer membro da equipe técnica multiprofissional da Unidade Básica de Saúde que tenha sido devidamente treinado no serviço. Avaliação de resultados: somar os pontos obtidos nas 15 questões e, conforme resultado considerar o idoso com quadro psicológico normal ou indicativo de depressão leve ou grave. Encaminhamentos: sugere a indicação de avaliação neuropsicológica específica e, também, a elaboração de plano de cuidados específico após a discussão em equipe. 4-CITE AS PRINCIPAIS INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES DOS INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA(ISRS).

- Indicações - Sua eficácia no tratamento das depressões leves a moderadas está bem estabelecido, constituindo as drogas de primeira escolha. Os trabalhos comparativos com os antidepressivos tricíclicos no tratamento das depressões severas ou melancólicas são contraditório.

  • Princípios para utilização - Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina têm uma janela terapêutica larga e são mais seguras que os antidepressivos tricíclicos em caso de overdose. A noção de que não possuiriam efeitos colaterais é errada, mas limitam bem menos que os antidepressivos tricíclicos. A medicação é tomada pela manhã, com alimento para reduzir a náusea. Uma minoria de pacientes apresenta sedação, principalmente com doses maiores, e devem usar a medicação ao deitar. Todos os inibidores seletivos da recaptação da serotonina podem ser ministrados em dose única, exceto a fluvoxamina. Quando o paciente apresentar uma resposta parcial, pode ser tentada uma potencialização com a associação a antidepressivo tricíclico ou a bupropiona.

4.1.QUAL MECANISMO DE AÇÃO DOS ISRS?

Sobre a fisiologia da transmissão serotonérgica, sabe-se que ocorre a

transmissão das monoaminas do neurônio pré-sináptico, onde são

produzidas, para a fenda sináptica, já no neurônio pós-sináptico as

monoaminas se ligam aos receptores e o impulso nervoso é conduzido.

Os ISRS inibem a recaptação da serotonina na fenda sináptica e com isso há

mais neurotransmissores disponíveis para a exercer a atividade

serotonérgica.

4.2.CITE OS NOMES DOS REPRESENTANTES DA CLASSE DOS ISRS

Por vezes, os ISRS podem apresentar uma resposta apática, que significa a melhora do humor, mas com a permanência de sintomas residuais como anedonia, redução da motivação, interesse, energia, concentração, libido e alentecimento cognitivo; sintomas esses relacionados com a norepinefrina que não é bloqueada pelos ISRS. A fluoxetina deve ser evitada em idosos, pois tem meia-vida longa (15 dias) e inibe a ação de enzimas hepáticas, resultando em elevação sérica de vários medicamentos (antipsicóticos, anticonvulsivantes, antiarrítmicos, digoxina). Está também associada a uma maior probabilidade de síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético (SIADH) com consequente hiponatremia, que pode ocorrer até 120 dias após o início do uso em idosos (Stahl, 2019). A paroxetina não possui metabólitos ativos e tem meia-vida curta. Apresenta também importante inibição nas enzimas hepáticas. Segundo o critério de Beers (AGS, 2019), a paroxetina deve ser evitada em idosos, devido a seu maior potencial de efeitos colaterais (anticolinérgicos, sedativos e hipotensão ortostática). A sertralina apresenta meia-vida de 22 a 36 horas. Apesar de possuir seletividade para a serotonina, em menor grau bloqueia a recaptação de dopamina. Seu potencial de inibição de enzimas hepáticas é baixo e é largamente distribuída com até 98% de ligação às proteínas plasmáticas. Deve ser utilizada pela manhã, para reduzir a possibilidade de insônia, e retirada gradualmente. É o antidepressivo recomendado pelas diretrizes da cardiogeriatria da Sociedade Brasileira de Cardiologia no tratamento da depressão em idoso com cardiopatia isquêmica, hipertensão arterial e arritimia (Feitosa et al., 2019). O citalopram é o mais seletivo para a recaptação de serotonina. Praticamente não inibe enzimas hepáticas. Por suas características, tem sido utilizado na depressão associada a outras doenças, como nos sintomas ansiosos e depressivos na doença de Alzheimer. Em idosos, a dose não deve ultrapassar 20 mg/dia, pelo risco de aumento do intervalo QT. O escitalopram é derivado do citalopram. É considerado um medicamento bem tolerado e seguro, com pouca interação medicamentosa, porém deve ser evitado, assim como o citalopram, em idosos com risco de convulsões, hiponatremia ou hemorragia digestiva e na cardiopatia isquêmica. A dose máxima recomendada no idoso é de 10 mg, o que equivale a 40 mg do citalopram. A fluvoxamina demonstrou boa eficácia em estudos comparativos com outros antidepressivos em idosos. Apresenta efeito inibidor nas enzimas hepáticas, o que

casos mais que a do fármaco de origem) e costumarem diferir do fármaco de origem com respeito à sua seletividade pela norepinefrina/5-HT. 5.2.CITE OS NOMES DOS REPRESENTANTES DA CLASSE DOS TRICÍCLICOS Quais as drogas ● Imipranina: em doses baixas pode ser usada para tratar incontinência urinária e dor crônica. A dose antidepressiva é de 75mg. Tofranil: 35mg – 75mg. ● Clomipramina: dose antidepressiva a partir de 75mg. Anafranil: 10mg – 25mg – 75mg. ● Amitriptilina: dose antidepressiva a partir de 75mg. em doses baixas, pode ser usada para tratamento de dor crônica, como enxaquecas, neuralgias. Typtanol: 25mg – 75mg. ● Nortriptilina: dose terapêutica partir de 50-75mg. Pamelor: 10mg – 25 mg- 50mg – 75mg. ● Moprotilina:75mg. Ludiomil: 25 – 75mg. 6- CITE AS PRINCIPAIS INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES DOS DUAIS (VENLAFAXINA, DESVENLAFAXINA, DULOXETINA) Contraindicações Esses medicamentos são contraindicados em combinação com IMAOs. Além disso, devem ser usados com precaução em pacientes com: ● Insuficiência hepática ou renal ● Epilepsia ● História de convulsões ● Pacientes que tomam anticoagulantes ou AINEs Além disso, o uso de IRSN não está aprovado para o uso na gravidez. Assim como todos os outros antidepressivos, o uso dos IRSN em pacientes bipolares pode promover virada maníaca. Duloxetina, milnaciprana, venlafaxina e desvenlafaxina são os representantes da classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina e norepinefrina (IRSN), que se caracterizam pela existência, em uma mesma molécula, de seletividade para a serotonina e norepinefrina, com ação pouco expressiva na recaptação da dopamina e sem os bloqueios de receptores responsáveis pelos efeitos colaterais dos ADT. Todos os medicamentos desta classe estão indicados como escolha para o tratamento da depressão associada com a dor crônica. A duloxetina apresenta um início de ação mais lento nos idosos, é bem tolerada por estes e tem ação diferencial no controle dos sintomas somáticos da depressão. Seus principais efeitos colaterais são náuseas, boca seca, fadiga, insônia ou sonolência, cefaleia e constipação intestinal. Deve ser a escolha em idosos deprimidos com

incontinência urinária de urgência ou dor crônica e evitada em indivíduos previamente submetidos a cirurgia bariátrica por conta da redução da absorção. A Duloxetina é um antidepressivo que pertence à classe dos inibidores da recaptação de serotonina e norepinefrina (IRSNs). Ela atua inibindo a recaptação de serotonina e norepinefrina nos terminais nervosos, aumentando a quantidade desses neurotransmissores disponíveis na sinapse. Além disso, ela também é utilizada para o tratamento de dor neuropática e fibromialgia. Independentemente da dose, tem ação antidepressiva. A venlafaxina tem inibição da recaptação da serotonina mais potente. Na sua dose habitual (75 mg/dia), age apenas como bloqueador seletivo de recaptação da serotonina, necessitando de aumento da dose (150 mg/dia) para obtenção do efeito dual. Porém, as dosagens maiores aumentam a possibilidade de hipertensão arterial e efeitos anticolinérgicos. Deve ser ajustada a dose em 50% se houver nefropatia ou hepatopatia. Sua eficácia aumenta a medida que sua dose aumenta, o que foi interpretado como demonstração de que sua pequena ação para inibir a captura de norepinefrina pode ser adicionada à sua ação de inibição da captura de 5-HT em doses mais baixas. Essa droga tem efeito dual (em ambos os receptores) a partir da dose de 150mg – doses menores inibem apenas a serotonina. A desvenlafaxina é composta pelo principal metabólito ativo da venlafaxina. A dose inicial (50 mg/dia) já é considerada terapêutica, e seu aumento está associado ao surgimento de efeitos colaterais como hipertensão arterial e hipercolesterolemia. A descontinuação deve ser gradual, com a dose completa a maiores intervalos. Sua eficácia aumenta a medida que sua dose aumenta, o que foi interpretado como demonstração de que sua pequena ação para inibir a captura de norepinefrina pode ser adicionada à sua ação de inibição da captura de 5-HT em doses mais baixas. Essa droga tem efeito dual (em ambos os receptores) a partir da dose de 150mg – doses menores inibem apenas a serotonina. 6.1- QUAL MECANISMO DE AÇÃO DOS DUAIS A venlafaxina é um potente inibidor da recaptação de serotonina e noradrenalina e um fraco inibidor da recaptação de dopamina (dessa, somente quando usada acima de 150 mg/dia). Não tem afinidade in vitro por receptores muscarínicos, histaminérgicos, alfa-1-adrenérgicos e dopaminérgicos. Promove dessensibilização significativa dos receptores beta- adrenérgicos (down-regulation). A Duloxetina é um antidepressivo que pertence à classe dos inibidores da recaptação de serotonina e norepinefrina (IRSNs). Ela atua inibindo a recaptação de serotonina e norepinefrina nos terminais nervosos, aumentando a quantidade desses neurotransmissores disponíveis na sinapse. Isso resulta em um aumento da atividade noradrenérgica e serotonérgica no sistema nervoso central, que está associado a efeitos antidepressivos e ansiolíticos.

antagonismo dos receptores α2-adrenérgicos leva ao bloqueio dos auto-receptores pré-sinápticos e, portanto, aumenta a liberação de norepinefrina, enquanto o bloqueio dos heterorreceptores nos neurônios serotonérgicos aumenta a liberação de serotonina. Com o bloqueio dos receptores 5-HT2 e 5-HT3, a liberação aumentada de serotonina resulta em um aumento líquido na neurotransmissão mediada por 5-HT1, que é considerada relacionada ao efeito antidepressivo da mirtazapina. Aumenta, portanto, a liberação de norepinefrina e transmissão serotonérgica mediada por 5-HT1A. Este duplo modo de ação pode ser responsável pelo rápido início de ação da mirtazapina. 8- CITE AS PRINCIPAIS INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES DA TRAZODONA Contra indicações

● Você não deve usar Cloridrato de Trazodona se apresentar alergia à

trazodona ou a qualquer um dos componentes da fórmula.

● Está contraindicado o uso de Cloridrato de Trazodona concomitantemente ou

dentro de 14 dias da interrupção do tratamento com medicamentos inibidores da enzima monoamino oxidase (MAO). Também está contraindicado o uso de Cloridrato de Trazodona em pacientes recebendo o antibiótico linezolida.

● Cloridrato de Trazodona não é recomendado para pacientes em fase de

recuperação de um infarto do miocárdio.

● Durante o tratamento, visite regularmente seu médico e realize os exames

laboratoriais solicitados. Informe ao seu médico caso sofra de qualquer problema cardíaco, renal ou doença no fígado. Os antidepressivos podem diminuir a capacidade mental e/ou física exigidas para o desempenho de tarefas potencialmente perigosas, tais como dirigir veículos ou operar máquinas; caso você exerça atividade que requeira atenção, observe com cuidado o seu estado geral para evitar acidentes. Indicações 8.1- QUAL MECANISMO DE AÇÃO DA TRAZODONA? A Trazodona é um medicamento antidepressivo que apresenta estrutura química semelhante aos antidepressivos tricíclicos. No entanto, sua ação é primariamente serotonérgica, o que a torna uma opção interessante para casos de disfunção sexual. O mecanismo de ação da trazodona se dá pelo bloqueio do receptor 5-HT2, o que pode ser útil quando utilizada isoladamente ou em combinação com outros medicamentos antidepressivos. Sua meia-vida plasmática é de 3 a 9 horas, podendo ser prolongada por formulações de liberação controlada. É importante ressaltar que o uso da trazodona pode ocasionar sedação, devido à ação anti-histamínica, e hipotensão postural, por conta do efeito bloqueador alfa-adrenérgico. Além disso, é um bastante útil para pacientes deprimidos que sofrem com insônia. 8.2- CITE AS PRINCIPAIS INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES DA BUPROPIONA

As principais indicações de uso da bupropiona são: ● Transtorno depressivo maior ● Transtorno sazonal afetivo ● Cessação do tabagismo Transtorno depressivo maior Tanto nas crises agudas quanto para evitar remissões e recaídas. Geralmente não é fármaco de primeira linha (lembre-se dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina – ISRS), porém a bupropiona demonstrou ser um antidepressivo útil. É útil não apenas para pacientes que não conseguem tolerar os efeitos colaterais serotoninérgicos dos ISRS (principalmente efeitos adversos na ordem da vida sexual), mas também para aqueles cuja depressão não responde à estimulação serotoninérgica pelos ISRS. Transtorno afetivo sazonal É eficaz na prevenção destes casos, em que normalmente o indivíduo apresenta sintomas depressivos no período de outono e inverno, sendo que os mesmos desaparecem na primavera e verão. Cessação do tabagismo Minimiza os efeitos indesejáveis quando existe a redução e cessação da utilização do tabaco, sendo o primeiro fármaco no tratamento do paciente que busca abandonar a adicção, com elevada taxa de sucesso. Off-label, a bupropiona também é vista sendo prescrita nos casos de estados depressivos associados ao transtorno bipolar, no transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), em pacientes com hipersônia e nos pacientes com disfunção sexual (anorgasmia, por exemplo).

- Contraindicações - A bupropiona é contraindicada em pacientes, com: ● Hipersensibilidade conhecida à bupropiona ou a qualquer componente da fórmula. ● Diagnóstico de epilepsia ou outros distúrbios convulsivos e diagnóstico atual ou prévio de bulimia ou anorexia nervosa, uma vez que foi observada alta incidência de convulsões nestes pacientes quando a bupropiona foi administrada. ● Uso de medicamentos que diminuem o limiar convulsivo, como lítio, antidepressivos tricíclicos, fenotiazinas. ● História de uso concomitante de inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) ou o uso de bupropiona dentro de até 14 dias após a interrupção do tratamento com IMAOs. ● Descontinuação abrupta do uso de sedativos ou álcool. ● Insônia grave. ● Menos de 18 anos de idade. 8.3- QUAL MECANISMO DE AÇÃO DA BUPROPIONA?

Manifestações Clínicas A. Confusão (períodos em que fala coisas sem sentido) B. Desorientação (dificuldade de situar-se no tempo ou no espaço) C. Agitação (resiste aos cuidados, agride, tenta retirar dispositivos, insiste em ir embora) D. Sonolência excessiva (adormece enquanto os profissionais estão no ambiente) E. Desorganização do ciclo sono-vigília (acordado à noite e sonolento durante o dia) F. Alucinações (vê objetos inexistentes, bichos ou pessoas que já faleceram) G. Alteração de comportamento (excessivamente irritado, ansioso ou eufórico)

2. DESCREVA A DIFERENÇA EM RELAÇÃO AO TERMO DELÍRIO. Delirium é uma síndrome clínica caracterizada por um rebaixamento súbito no nível de consciência decorrente de fatores como condição médica geral; intoxicação por substâncias; abstinência por substâncias; uso de medicamentos; exposição à toxinas. O sinal clássico é o rebaixamento do nível de consciência e déficits de atenção que caracterizam o quadro de delirium facilitando o desenvolvimento de perturbações da percepção. Instabilidade emocional, ansiedade, agitação, depressão ou irritabilidade também são frequentemente encontrados. Já o famoso delírio consiste na alteração do juízo de realidade proveniente de um pensamento patológico, porém a lucidez da consciência, atenção e memória permanecem preservadas. Os delírios podem ocorrer em diferentes condições psiquiátricas, incluindo esquizofrenia, transtornos de relacionamento, demências mas raramente em distúrbios de origem orgânica. Tais distúrbios delirantes aparentam ser causados por uma combinação de fatores cognitivos, neurobiológicos e psicológicos. Delírios agudos são acompanhados por caráter afetivo importante e vigilância exagerada, condição conhecida como humor delirante. Desconfiança, medo e vigilância excessiva levam o indivíduo a crer em seus pensamentos e até mesmo ver eventos relacionados à sua crença. Estes doentes delirantes são de fato “alienados” no sentido completo do termo, pois eles se conduzem e pensam em função de sua concepção delirante, em vez de obedecer à verdade e à realidade comuns. Delírios crônicos são parte integrante da vida dos pacientes, constituindo uma parte de seus próprios pensamentos, valores, visão de mundo e objetivos. Os conteúdos normalmente referem à experiência e interação humana:

  • erotomania: crença delirante, quase que exclusivamente em mulheres, de que um homem (comumente alguém muito famoso e inacessível) está apaixonado por ela.
  • delírio niilista: falso sentimento de que a própria pessoa, os outros ou o mundo não existem ou estão se deteriorando. 3. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CAUSAS, OU FATORES PRECIPITANTES, DO DELIRIUM? Os fatores precipitantes são condições ou circunstâncias que atuam em conjunto para desencadear o delirium e têm importância especial por serem potencialmente modificáveis. A. Infecção

B. Desidratação C. Distúrbio hidroeletrolíticos D. Distúrbios metabólicos E. Hipoperfusão ou hipóxia F. Medicação sedativas ou anticolinérgicas G. Dor sem controle adequado H. Obstipação I. Imobilidade J. Dispositivos que causam restrição

4. QUAIS SÃO OS CRITÉRIOS USADOS PARA IDENTIFICAR ESSA CONDIÇÃO? E QUAIS DESSES CRITÉRIOS SÃO OBRIGATÓRIOS PARA O DIAGNÓSTICO? O DSM-V traz alguns critérios para diagnosticar delirium: A. Perturbação da atenção (i.e., capacidade reduzida para direcionar, focalizar, manter e mudar a atenção) e da consciência (menor orientação para o ambiente). B. A perturbação se desenvolve em um período breve de tempo (normalmente de horas a poucos dias), representa uma mudança da atenção e da consciência basais e tende a oscilar quanto à gravidade ao longo de um dia. C. Perturbação adicional na cognição (p. ex., déficit de memória, desorientação, linguagem, capacidade visuoespacial ou percepção). D. As perturbações dos Critérios A e C não são mais bem explicadas por outro transtorno neurocognitivo preexistente, estabelecido ou em desenvolvimento e não ocorrem no contexto de um nível gravemente diminuído de estimulação, como no coma. E. Há evidências a partir da história, do exame físico ou de achados laboratoriais de que a perturbação é uma consequência fisiológica direta de outra condição médica, intoxicação ou abstinência de substância (i.e., devido a uma droga de abuso ou a um medicamento), de exposição a uma toxina ou de que ela se deva a múltiplas etiologias 5. QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO, OU FATORES PREDISPONENTES, QUE AUMENTAM A CHANCE DE UM PACIENTE DESENVOLVER DELIRIUM? Delirium é, usualmente, condição multifatorial, assim como outras síndromes geriátricas. Em alguns casos pode ser desencadeado por fator isolado, mas é mais comum a inter-relação entre fatores predisponentes e fatores precipitantes. Além disso, os efeitos dos diversos fatores de risco parecem ser cumulativos. A intervenção em um ou mais desses fatores é comumente suficiente para a resolução do quadro. Os fatores predisponentes são características não modificáveis que determinam maior risco de delirium. O reconhecimento desses fatores permite a identificação de uma população de risco para a qual devem ser direcionados esforços de prevenção e de rastreio. A. Idade (acima de 75 anos) B. Antecedente de síndrome demencial C. Carga cumulativa das doenças crônico-degenerativas

8. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DIFERENCIAIS ENTRE DELIRIUM E DOENÇA

DE ALZHEIMER EM RELAÇÃO À INÍCIO, EVOLUÇÃO, DURAÇÃO, CONSCIÊNCIA

E ATENÇÃO?

Delirium Início: súbito Evolução: agudo Duração: curta duração, autolimitada Consciência: mudança rápida no estado no estado mental Atenção: desorientação e confusão mental Demência de Alzheimer Início: crônica Evolução: lento e gradual Duração: progressiva Consciência: deterioração gradual das funções cognitivas Atenção: desorientação e confusão mental DEMÊNCIA POTENCIALMENTE REVERSÍVEL 1-O QUE VOCÊ ENTENDE POR DEMÊNCIAS POTENCIALMENTE REVERSÍVEIS? As demências potencialmente reversíveis são doenças que associam sintomas cognitivos ou comportamentais, que podem ser resolvidos assim que a causa primária seja tratada de forma precoce e desde que tenha pouco tempo do sintoma ao diagnóstico. 2-CITE AS PRINCIPAIS CAUSAS DE DEMÊNCIAS POTENCIALMENTE REVERSÍVEIS Doenças intracerebrais não degenerativas ou encefalopatias extrínsecas Hidrocefalia de pressão normal Traumatismo, hidrocefalia pós-traumática, Lesões expansivas Tumores primários Hematoma subdural Metástases intracranianas Empiemas e abscessos intracranianos Lesões meníngeas Encefalopatias infecciosas Meningites crônicas: fúngica, tuberculose, encefalites, toxoplasmose, cisticercose, herpes-vírus Leucoencefalopatia multifocal progressiva AIDS – CAD ou doenças neurológicas infecciosas Neurossífilis Doença de Whipple Neuroborreliose – doença de Lyme Encefalopatias relacionadas com o álcool Síndrome de Wernicke-Korsakoff Demência por alcoolismo crônico Encefalopatias tóxicas

Medicamentos Metais pesados Encefalopatias metabólicas, imunológicas Distúrbios eletrolíticos: hiper/hiponatremia, hiper/hipocalcemia Doenças sistêmicas: doença de Wilson, encefalopatia renal, encefalopatia hepática, encefalopatia cardiorrespiratória Distúrbios endócrinos: doenças tireoidianas (hipo/hipertireoidismo), doenças paratireoidianas, doenças adrenais (Cushing/Addison), doenças pituitárias, diabetes melito/hipoglicemia, insulinoma Estados carenciais: deficiência de vitamina B12, deficiência de folato, deficiência de tiamina, deficiência de niacina (pelagra) Doenças do tecido conjuntivo, vasculites e imunomediadas: LES, vasculite reumatoide, poliarterite nodosa, sarcoidose, púrpura trombocitopênica trombótica, angiite granulomatosa, síndrome hipereosinofílica idiopática, síndromes paraneoplásicas Demência na depressão (pseudodemência depressiva) Outras Apneia do sono ou SAHOS Epilepsias parciais complexas Demência induzida por radiação Encefalite límbica (neoplasias/doenças autoimunes) LATE Encefalopatia por diálise 3-QUAIS EXAMES DEVEM SOLICITAR NA INVESTIGAÇÃO INICIAL DE UM QUADRO DEMENCIAL? ■ Hemograma e velocidade de hemossedimentação (VHS) ■ Função tireoidiana (T4 livre e hormônio tireoestimulante [TSH]) ■ Ureia, creatinina e eletrólitos (sódio, potássio, cálcio) ■ Função hepática (enzimas hepáticas e albumina) ■ Vitamina B12, glicemia ■ Exame de urina rotina ■ Sorologia para sífilis (FTA-ABS), se positivo: Venereal Disease Research Laboratory (VDRL) no LCR ■ Sorologia para HIV (< 60 anos de idade e indivíduos em risco) ■ Exame de neuroimagem estrutural. 4-CITE A TRÍADE ASSOCIADA A HIDROCEFALIA DE PRESSÃO NORMAL. Tríade clássica de demência: declínio funcional propriamente dito, apraxia de marcha e incontinência urinária. **DOENÇA DE ALZHEIMER

  1. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES NEUROPATOLÓGICAS ENCONTRADAS NA DOENÇA DE ALZHEIMER?**

Diagnóstico diferencial = excluir delirium, depressão, doença mental prévia ou início tardio. Excluir causas reversíveis solicitando exames para sua exclusão. Exames complementares = dosagem de marcadores liquóricos A 𝛃 - 42 = ↓ / Tau total = ↑ / Fosfo-tau =↑↑ Exames de imagem = TC de crânio para afastar diagnósticos diferenciais, descartar acometimento intracraniano que constituem para déficit cognitivo (tumores, acidentes vasculares, hematoma subdural) ↳ RM de crânio para medida volumétrica de formação hipocampal, na demência de Alzheimer pode haver atrofia cortical (regiões medial dos lobos temporais) e hipocampo. ↳ Para avaliar funcionalidade = PET e SPECT, olhar a perfusão e metabolismo cerebral. No exame encontra-se hipocampo com hipometabolismo. PET - PIB: usa o marcador específico da placa 𝛃-amilóide; quantificar a presença de amilóide. PET -FDG: quantifica o consumo de glicose por neurônio, verifica hipometabolismo na região temporo-parietal e porção do giro do cíngulo, padrão da demência de Alzheimer. 6) QUAL A PRINCIPAL CLASSE DE MEDICAMENTOS DISPONÍVEL PARA TRATAMENTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER E COMO ELES ATUAM NO CÉREBRO? Inibidores de acetilcolinesterase (Rivastigmina, Galantamina, Donepezila): com objetivo de melhorar a função cognitiva, aumenta a oferta de Ach na fenda sináptica dos neurônios do hipocampo e córtex. Ação anti glutamatérgica: age no receptor do glutamato, sendo antagonista de seus receptores. Memantina: impede o fluxo de Ca²,é um neuroprotetor, tem efeito protetor hipocampal, limitando o dano neural resultante da excitabilidade glutamatérgica. 7) COMO A ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR PODE SER BENÉFICA PARA O TRATAMENTO E MANEJO DA DOENÇA DE ALZHEIMER? A ação multidisciplinar pode oferecer cuidados mais efetivos para os idosos com demência de Alzheimer, maximizando seu nível cognitivo e funcional, com melhoria da qualidade de vida tanto para o paciente quanto para os familiares/cuidadores.