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Doenças Emergentes e Negligenciadas: Um Estudo Completo - Prof. Francisco, Resumos de Hidráulica

As doenças emergentes e negligenciadas, com foco em doenças como malária, dengue, doença de chagas, leishmaniose, esquistossomose, tuberculose e hanseníase. O texto descreve os agentes patogênicos, modos de transmissão, áreas de risco, estatísticas de incidência e mortalidade, além de informações sobre tratamentos e estratégias de controle. Uma fonte valiosa para estudantes e profissionais da área da saúde.

Tipologia: Resumos

2024

Compartilhado em 11/11/2024

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Doenças emergentes e negligenciadas segundo regulamento sanitário
Doenças negligenciadas
Doenças»
Doenças negligenciadas
PorClaudia de Carvalho Falci Bezerra
Mestre em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas (FIOCRUZ, 2011)
Graduada em Biologia (UGF-RJ, 1993)
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Doenças negligenciadassão aquelas doenças causadas por
agentes infecciosos ou parasitas e são consideradas
endêmicas em populações de baixa renda, especialmente
entre as populações pobres da África, Ásia eAmérica Latina.
O baixo acesso à água e a falta desaneamento
básicocontribuem para a disseminação dessas doenças.
Anualmente, causam juntas entre 500 mil e um milhão de
óbitos. Elas também contribuem para a manutenção das
desigualdades entre os países, pois são um entrave para o
seu desenvolvimento. Segundo dados daOrganização Mundial
de Saúde, 1/6 dapopulação mundial(por volta de 1 bilhão de
pessoas) estão contaminadas com uma ou mais doenças,
podendo causar incapacidade ou morte.
São exemplos de doenças negligenciadas:dengue,doença de
Chagas,esquistossomose,hanseníase,malária,tuberculose,d
oença do sono(tripanossomíasehumana
africana),leishmaniose visceral (LV),filariose linfática . As
doenças negligenciadas são as principais causas de
morbidade e mortalidade em todo o mundo. O tratamento de
algumas dessas doenças é conhecido e é barato, mas não
estão disponíveis nas áreas mais pobres do mundo. Estas
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Doenças emergentes e negligenciadas segundo regulamento sanitário Doenças negligenciadas Doenças »

Doenças negligenciadas

Por Claudia de Carvalho Falci Bezerra Mestre em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas (FIOCRUZ, 2011) Graduada em Biologia (UGF-RJ, 1993) Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição: Contribuir utilizando o Google Ouça este artigo: Doenças negligenciadas são aquelas doenças causadas por agentes infecciosos ou parasitas e são consideradas endêmicas em populações de baixa renda, especialmente entre as populações pobres da África, Ásia e América Latina. O baixo acesso à água e a falta de saneamento básico contribuem para a disseminação dessas doenças. Anualmente, causam juntas entre 500 mil e um milhão de óbitos. Elas também contribuem para a manutenção das desigualdades entre os países, pois são um entrave para o seu desenvolvimento. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, 1/6 da população mundial (por volta de 1 bilhão de pessoas) estão contaminadas com uma ou mais doenças, podendo causar incapacidade ou morte. São exemplos de doenças negligenciadas: dengue, doença de Chagas, esquistossomose, hanseníase, malária, tuberculose, d oença do sono (tripanossomíase humana africana), leishmaniose visceral (LV), filariose linfática. As doenças negligenciadas são as principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. O tratamento de algumas dessas doenças é conhecido e é barato, mas não estão disponíveis nas áreas mais pobres do mundo. Estas

doenças possuem investimentos reduzidos em pesquisas, produção de medicamentos e vacinas. Isto acontece porque não há interesse da indústria farmacêutica em investir muito nessas doenças por conta do baixo potencial de retorno lucrativo, já que elas se concentram em populações de baixa renda e em países em desenvolvimento, por isso é dado o adjetivo negligenciada. MALÁRIA Patógeno: Cinco espécies de protozoários do gênero Plasmodium. Transmissão: Picada de mosquitos anofelinos infectados (cerca de vinte espécies). Sob risco: 3,2 bilhões de pessoas em 99 países. Novos casos/ano: Cerca de 200 milhões de casos / ano no mundo e 300.000 no Brasil. Uma criança morre de malária a cada 30 segundos na África. Em âmbito global, são atingidos 100 países, distribuídos pela América Latina, Oriente Médio, Ásia e Europa. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 216 milhões de pessoas adoecem por ano, levando a 655.000 óbitos. Os alarmantes números da malária a colocam no topo das doenças negligenciadas de maior morbidade e mortalidade do planeta. Se tratada na fase aguda, tem cura, mas a crescente resistência dos parasitas às drogas disponíveis vem preocupando a comunidade médica internacional. Já há casos de resistência à arteminisinina - principal droga antimalárica - no Vietnã, Birmânia, Camboja e Tailândia. Acredita-se, ainda, que a malária retarde o crescimento econômico anual em 1,3% em áreas endêmicas com alta prevalência. DENGUE Patógeno: Vírus tipos DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Transmissão: Picada de mosquitos infectados, das espécies Aedes aegypti (América) e Aedes albopictus (Ásia). Sob risco: 2,5 bilhões em 100 países. Novos casos/ano: entre 50 e 100 milhões de novos casos/ ano no mundo e 765.000 no Brasil. Dentre as doenças transmitidas por mosquitos, a dengue é a que vem se alastrando mais rapidamente pelo globo: em 50 anos, o número de casos aumentou em 30 vezes,

Sob risco: 350 milhões de pessoas em 98 países. Novos casos/ano: Cerca de 1,8 milhão de casos (1,5 milhão de Leishmaniose Cutânea

  • LC e 300 mil de Leishmaniose Visceral - LV) / ano. No Brasil, 3.500 de LV e 22.000 de LC. Endêmica em 98 países sendo a maioria nações em desenvolvimento , as leishmanioses são responsáveis pela morte de cerca de 50 mil pessoas todos os anos. São as formas mais comuns da doença a leishmaniose visceral (LV), que leva à morte se não for tratada nas primeiras semanas, e a leishmaniose cutânea (LC), que provoca lesões crônicas ou de cura espontânea na pele e nas cartilagens. O Brasil é o único representante das Américas na lista de países que concentram 90% dos novos casos, figurando ao lado de Bangladesh, Índia, Etiópia, Nepal e Sudão. Ao serem picados por insetos flebotomíneos infectados, animais silvestres e domésticos, como cães e gatos, se tornam repositório do parasita, contribuindo com a propagação da doença. A coinfecção é uma das principais preocupações da comunidade médica, principalmente nos casos de pacientes portadores do HIV. ESQUISTOSSOMOSE Patógeno: Cinco espécies do verme Schistosoma. Transmissão: Contato com cercárias (fase inicial de vida do Schistosoma) liberadas em água doce (rios e afins) por caramujos do gênero Biomphalaria. Sob risco: 800 milhões em 77 países e territórios. Novos casos/ano: 230 milhões de novos casos/ano no mundo Embora seja uma verminose de relativa baixa mortalidade, com 80% dos casos concentrados na África, a esquistossomose passou a constar entre as enfermidades negligenciadas de maior importância após reavaliação da OMS. Consequência da espoliação crônica que acarreta aos pacientes, com comprometimento da capacidade cognitiva e de aprendizado das crianças e da força de trabalho dos adultos jovens consideradas as duas populações responsáveis pelo desenvolvimento de suas nações. Embora tenha tratamento, a exposição permanente dos grupos ¬de risco aos caramujos e à água contaminada incorre na reincidência cíclica da infecção. Estima-se que 2, milhões de pessoas sejam portadores da doença no Brasil. Em maio de 2012, o Ministério da Saúde adotou a resolução da Assembleia Mundial de Saúde para eliminação da esquistossomose como problema de saúde pública até 2020. Em junho de

2012, a Fiocruz e o Instituto Oswaldo Cruz divulgaram a aprovação da segurança da primeira vacina contra esquistossomose na fase 1 de testes clínicos. TUBERCULOSE Patógeno: Bactéria conhecida como ‘bacilo-de-koch’, a Mycobacterium tuberculosis. Transmissão: Contato com a bactéria presente na saliva e em secreções de um paciente. Sob risco: 2 bilhões de pessoas em 95 países. Novos casos/ano: 8,8 milhões de novos casos / ano e 69 mil no Brasil. A tuberculose é a segunda maior causa de mortes por um único agente infeccioso no mundo, perdendo apenas para a Aids. É responsável por um milhão e meio de óbitos. Os países em desenvolvimento concentram 95% das infecções e é atribuída à tuberculose a principal causa de morte entre mulheres de 15 a 44 anos nestas regiões. Embora tenha cura e, segundo a OMS, o índice de transmissão tenha caído 40% de 1990 a 2010, a insurgência de bactérias multirresistentes aos medicamentos disponíveis vem mantendo a comunidade médica em alerta. Dentre os pacientes com Aids, a tuberculose responde como a principal causa de morte por coinfecções. Cerca de 350 mil pessoas vivendo com Aids ou seja, ¼ do total de infectados morrem em virtude da doença. Estima-se que este grupo tenha entre 20 e 30 vezes mais chances de se infectar devido ao enfraquecimento das defesas imunológicas. HANSENÍASE Patógeno: bacilo Mycobacterium leprae. Transmissão: Contato com a bactéria presente na saliva e em secreções de um paciente. Novos casos/ano: 219.000 novos casos / ano no mundo e 34.000 no Brasil. Devido ao comprometimento da OMS e de nações atingidas com políticas de prevenção e de acessibilidade aos medicamentos, a hanseníase deixou de ser endêmica em 119 países desde 1985. Hoje, a Organização trabalha com a meta de reduzir em 35% a incidência de novos casos até 2015. Assim como nas leishmanioses, o Brasil é o único país latino-americano dentre os de alta prevalência, respondendo por 16% dos novos casos. Constam na lista, ainda, a Indonésia, Filipinas, Congo, Madagascar, Moçambique, Nepal, Tanzânia e Índia. O paciente pode levar até 20 anos para manifestar os sintomas