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Guias e Dicas
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Doença hepática gordurosa nao alcoólica e Doença hepática alcoólica - Gastrenterologia, Notas de estudo de Gastroenterologia

Informações sobre a doença hepática gordurosa não alcoólica e alcoólica, incluindo fatores de risco, manifestações clínicas, exames de imagem, tratamentos não farmacológicos e farmacológicos, exames laboratoriais, diagnóstico e avaliação prognóstica. Também são abordados temas como investigação paralela ao tratamento e abstinência alcoólica. O texto é útil para estudantes de medicina e profissionais da área de saúde que desejam aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto.

Tipologia: Notas de estudo

2022

À venda por 08/11/2022

Stellamazioli
Stellamazioli 🇧🇷

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Gastroenterologia
Doença hepática gordurosa não alcoólica e
Doença hepática alcoólica
Stella C. Mazioli
Introdução
Acúmulo de lipídios no interior dos
hepatócitos superior a 5% do peso do fígado,
na ausência de causas secundárias, tais como
a hepatite B ou C, ou ingestão contínua de
etanol em excesso.
Formas:
- Forma esteatótica pura
- Esteato-hepatite não alcoólica
Fatores de risco
Principal: obesidade
- Intolerância a glicose
- DM2
- HAS
- Hipertrigliceridemia
- HDL baixo
- A resistência insulínica é o fator que mais
contribui para a formação da doença hepática
gordurosa não alcoólica
Fisiopatologia
Manifestações clínicas
Geralmente assintomáticos
Podem haver queixas inespecíficas: fadiga,
mal estar, dor ou desconforto abdominal,
sensação de plenitude
Mais de 50% dos pacientes apresentam
hepatomegalia.
Sinais de resistência insulínica. Em estágios
mais avançados sinais clínicos de cirrose.
OBS: a doença pode evoluir para cirrose e
carcinoma hepatocelular
Alteração laboratorial
Não existem parâmetros laboratoriais não
invasivos e definitivos para o diagnóstico da
DHGNA
Alterações:
Colesterol
Triglicerídeos
Glicose
Insulina
Aminitranferases
GGT
OBS: A alteração hepática mais comum é a
elevação dos níveis das aminotransferases.
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Doença hepática gordurosa não alcoólica e

Doença hepática alcoólica

Introdução

➡ Acúmulo de lipídios no interior dos

hepatócitos superior a 5% do peso do fígado, na ausência de causas secundárias, tais como a hepatite B ou C, ou ingestão contínua de etanol em excesso.

➡ Formas:

  • Forma esteatótica pura
  • Esteato-hepatite não alcoólica

Fatores de risco

➡ Principal: obesidade

  • Intolerância a glicose
  • DM
  • HAS
  • Hipertrigliceridemia
  • HDL baixo
    • A resistência insulínica é o fator que mais contribui para a formação da doença hepática gordurosa não alcoólica

Fisiopatologia

Manifestações clínicas

➡ Geralmente assintomáticos

➡ Podem haver queixas inespecíficas: fadiga, mal estar, dor ou desconforto abdominal, sensação de plenitude

➡ Mais de 50% dos pacientes apresentam hepatomegalia.

➡ Sinais de resistência insulínica. Em estágios mais avançados – sinais clínicos de cirrose. OBS: a doença pode evoluir para cirrose e carcinoma hepatocelular

Alteração laboratorial

➡ Não existem parâmetros laboratoriais não invasivos e definitivos para o diagnóstico da DHGNA

➡ Alterações: ↪ Colesterol ↪Triglicerídeos ↪ Glicose ↪ Insulina ↪ Aminitranferases ↪ GGT OBS: A alteração hepática mais comum é a elevação dos níveis das aminotransferases.

Doença hepática gordurosa não alcoólica e

Doença hepática alcoólica

Exames de imagem

➡ USG de abdome:

  • Aumento da ecogenicidade do parênquima hepático;
  • Atenuação do feixe posterior;
  • Classificada em graus I, II e III;

OBS: TC de abdome - não é mais específica para o diagnóstico do que a USG

OBS: sugerem presença de esteatose, mas sem avaliar o grau de inflamação e agressão hepática.

➡ RNM abdome e Elastografia hepática – vê se há fibrose hepática e classifica

➡ Avaliação histopatológica

  • A biópsia hepática é feita de maneira individualizada
  • É considerada padrão ouro
  • No entanto, na prática clínica é pouco difundida

➡ Biomarcadores séricos de fibrose hepática

  • Para a DHGNA: NAFLD Score (idade, IMC, resistência insulínica/diabetes, relação AST/ALT, plaquetas e albumina), SteatoTest (ALT, IMC, colesterol, triglicerídeos e glicose).

Tratamento não farmacológico

➡ Perda de peso = base do tratamento

↪ melhora a sensibilidade à insulina, diminui da circulação de AGLs e gera mudanças nos padrões de adipocitocinas, reduzindo a inflamação localizada no tecido adiposo periférico

➡ Controlar DM, colesterol, triglicerídeos

➡ Exercícios físicos

➡ Cirurgia bariátrica - reservada para casos

de IMC ≥ 40 associados à doença hepática, quando houver falha no tratamento conservador

Tratamento farmacológico

➡ Metformina

↪ Melhora a resistência insulínica. Só indica quando há alteração da glicose

➡ Glitazonas

↪ Eficazes em melhorar os aspectos bioquímicos e histológicos da EHNA ↪ Melhora a resistência insulínica. Só indica quando há alteração da glicose

Doença hepática gordurosa não alcoólica e

Doença hepática alcoólica

Doença hepática alcoólica

➡ Introdução: O espectro da DHA é bastante variável - engloba a esteatose, a esteato- hepatite e a cirrose hepática.

↪ A esteato-hepatite alcoólica pode cursar desde formas ligeiras e apenas diagnosticáveis histologicamente, até por falência hepática aguda, que se designa por hepatite alcoólica aguda (HAA)

Fisiopatologia

➡ Mecanismo de dano hepático assiciados ao consumo excessivo do álcool

Manifestações clínicas

➡ Forma esteatose:

  • Mais comum da doença hepática alcoólica e a mais facilmente reversível;
  • Geralmente assintomáticos ou com sintomas inespecíficos;
  • Em 33% dos casos – hepatomegalia.

➡ Esteato-hepatite alcoólica

  • Desenvolve em pacientes que consomem pelo menos entre 40 a 80 g de etanol/dia, durante pelo menos cinco anos;
  • Forma crônica com evolução lenta ou Hepatite alcoólica aguda (HAA)

➡ Paciente com história de consumo abusivo de álcool

➡ Icterícia de início recente associada a outros sinais de disfunção hepática; ➡ Quadro clássico:

  • Icterícia progressiva;
  • Febre;
  • Mal estar;
  • Perda de peso;
  • Desnutrição

Doença hepática gordurosa não alcoólica e

Doença hepática alcoólica

Exames laboratoriais

➡ Leucocitose com neutrofilia;

➡ Aumento de bilirrubina;

➡ Aumento de TGO > 2x maior que a normalidade;

➡ TGO/TGP > 1,5 a 2;

➡ Casos graves: alteração coagulograma, queda de albumina e plaqueta;

➡ Aumento de PCR.

Histologia

➡ Balonização dos hepatócitos;

➡ Necrose focal dos hepatócitos;

➡ Pode haver fibrose.

OBS: não é um exame muito feito na pratica clínica

Diagnóstico

➡ Deve apresentar para confirmar o diagnóstico:

  • Icterícia
  • Aumento de TGO
  • Consumo do álcool confirmado

Avaliação prognóstica

➡ Identificar pacientes com alto risco de morte; escore de Maddrey ➡ Eficácia para sobrevida a curto prazo;

➡ Modelo Lille – prediz resposta ao tratamento com corticóide

Investigação paralela ao tratamento

➡ Pesquisar hepatites, distúrbios hidroeletrolíticos, obstruções biliares, doenças vasculares, infecções, neoplasias

Tratamento

➡ Abstinência alcoólica

➡ Suporte clínico (hidratação, suporte nutricional)