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Doença Arterial Obstrutiva Periférica: Sintomas, Fisiopatologia e Tratamento, Notas de estudo de Cirurgia Geral

Uma detalhada descrição da doença arterial obstrutiva periférica (daop), uma constelação de sintomas e sinais causados por estenoses ou oclusões na árvore arterial do membro inferior. A doença é caracterizada por depósito de gordura, cálcio e outros elementos na parede das artérias, reduzindo seu calibre e trazendo um déficit sanguíneo aos tecidos irrigados por elas. O documento aborda a fisiopatologia, apresentação clínica, fatores de risco, exame físico, diagnóstico diferencial, exames de imagem e tratamento da doença.

Tipologia: Notas de estudo

2024

À venda por 27/05/2024

paola-gabrielly-de-cassia-tercziany
paola-gabrielly-de-cassia-tercziany 🇧🇷

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CIRURGIA VASCULAR
DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA
PERIFÉRICA - DAOP
Constelação de sintomas e sinais
causados por estenoses ou oclusões na
árvore arterial do membro inferior,
causando redução da perfusão
sanguínea.
É caracterizada por depósito de gordura,
cálcio e outros elementos na parede das
artérias, reduzindo seu calibre e trazendo
um déficit sanguíneo aos tecidos irrigados
por elas.
FISIOPATOLOGIA
Aterosclerose
Aneurisma de artéria poplítea
Arterites
Síndromes compressivas
Em qualquer segmento arterial
(aorto-ilíaco, femoropoplíteo, tibial), a
placa tende a ocorrer proximamente ou no
segmento médio (por exemplo, bifurcação
proximal).
Pacientes com diabetes ou com doença
renal em estágio terminal geralmente
apresentam doença mais distal.
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
Benigna
Assintomático.
Claudicação intermitente: referida
como uma sensação de dor,
cãibra, formigamento ou fadiga no
grupamento muscular envolvido
essas manifestações ocorrem
durante alguns minutos de
caminhada e melhoram após cerca
de dois a cinco minutos de
repouso.
Questionar quantos metros
ou quanto tempo consegue
caminhar, quanto tempo
em repouso até a dor
passar, qual é a melhor
posição pra dor passar…
Maligna
Dor em repouso.
Lesões tróficas.
Gangrena.
O prognóstico para perda ou
sobrevivência de membros é
significativamente pior em pacientes com:
aterosclerose de início precoce, pacientes
com diabetes ou doença renal terminal e
naqueles que continuam fumando.
A síndrome de Leriche ocorre em
homens, sendo descrita como claudicação
da panturrilha, coxa e musculatura das
nádegas associada à impotência. Os
pulsos femorais usualmente não são
palpáveis. A doença aterosclerótica aorto
ilíaca bilateral ocasiona esta condição. A
dor é descrita como profunda e incômoda
e pode estar associada à fraqueza do
quadril ou coxa quando o paciente
caminha.
Dor em repouso é ocasionada por neurite
isquêmica, sendo agravada à noite
quando o paciente coloca o membro em
posição horizontal, e melhorando com o
membro inferior pendente no leito ou
quando o paciente assume posição
ortostática. Formigamento comumente
acompanha a dor isquêmica. A neuropatia
periférica é o principal diagnóstico
diferencial, nesse caso a dor não melhora
com alteração de posição do membro.
As úlceras isquêmicas ocorrem com maior
frequência na porção distal dos pés,
principalmente por sobre os pododáctilos.
Geralmente, uma história de um
trauma muito discreto. As feridas
costumam ser extremamente dolorosas e
não apresentam quaisquer sinais de
cicatrização como tecido de granulação
ou contração (úlceras secas).
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CIRURGIA VASCULAR

DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA

PERIFÉRICA - DAOP

Constelação de sintomas e sinais causados por estenoses ou oclusões na árvore arterial do membro inferior, causando redução da perfusão sanguínea. É caracterizada por depósito de gordura, cálcio e outros elementos na parede das artérias, reduzindo seu calibre e trazendo um déficit sanguíneo aos tecidos irrigados por elas. FISIOPATOLOGIA ● Aterosclerose ● Aneurisma de artéria poplítea ● Arterites ● Síndromes compressivas Em qualquer segmento arterial (aorto-ilíaco, femoropoplíteo, tibial), a placa tende a ocorrer proximamente ou no segmento médio (por exemplo, bifurcação proximal). Pacientes com diabetes ou com doença renal em estágio terminal geralmente apresentam doença mais distal. APRESENTAÇÃO CLÍNICA Benigna ● Assintomático. ● Claudicação intermitente: referida como uma sensação de dor, cãibra, formigamento ou fadiga no grupamento muscular envolvido – essas manifestações ocorrem durante alguns minutos de caminhada e melhoram após cerca de dois a cinco minutos de repouso. ○ Questionar quantos metros ou quanto tempo consegue caminhar, quanto tempo em repouso até a dor passar, qual é a melhor posição pra dor passar… Maligna ● Dor em repouso. ● Lesões tróficas. ● Gangrena. O prognóstico para perda ou sobrevivência de membros é significativamente pior em pacientes com: aterosclerose de início precoce, pacientes com diabetes ou doença renal terminal e naqueles que continuam fumando. A síndrome de Leriche ocorre em homens, sendo descrita como claudicação da panturrilha, coxa e musculatura das nádegas associada à impotência. Os pulsos femorais usualmente não são palpáveis. A doença aterosclerótica aorto ilíaca bilateral ocasiona esta condição. A dor é descrita como profunda e incômoda e pode estar associada à fraqueza do quadril ou coxa quando o paciente caminha. Dor em repouso é ocasionada por neurite isquêmica, sendo agravada à noite quando o paciente coloca o membro em posição horizontal, e melhorando com o membro inferior pendente no leito ou quando o paciente assume posição ortostática. Formigamento comumente acompanha a dor isquêmica. A neuropatia periférica é o principal diagnóstico diferencial, nesse caso a dor não melhora com alteração de posição do membro. As úlceras isquêmicas ocorrem com maior frequência na porção distal dos pés, principalmente por sobre os pododáctilos. Geralmente, há uma história de um trauma muito discreto. As feridas costumam ser extremamente dolorosas e não apresentam quaisquer sinais de cicatrização como tecido de granulação ou contração (úlceras secas).

FATORES DE RISCO

● Hipertensão arterial sistêmica ● Hipercolesterolemia ● Diabete melitus ● Tabagismo ● Hiperhomocisteinemia EXAME FÍSICO Importante palpar todos os pulsos

  • Pedioso
  • Tibial posterior
  • Poplíteo
  • Femoral Pode usar o sonar para avaliar pulso Índice tornozelo-braquial DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ● Lombociatalgia ● Artrose de joelho ● Trombose venosa profunda

EXAMES DE IMAGEM

  • Ecodoppler
  • Angio TC
  • Angio RNM
  • Arteriografia TRATAMENTO Assintomático: controle dos fatores de risco. Claudicação intermitente: controle dos fatores de risco + cilostazol + programa de caminhadas + revascularização Revascularização endovascular: angioplastia e implante de stent. Revascularização aberta (bypass com safena ou prótese). SEMPRE USAR AAS E ESTATINA PARA MANTER A INTEGRIDADE DA PLACA ATEROSCLEROTICA