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Importância do Tratamento do Autismo na Família: Inclusão Escolar e Estratégias, Manuais, Projetos, Pesquisas de Direito

Este documento discute o impacto do diagnóstico de autismo na família e a importância do tratamento precoce e adequado para a criança. Ele aborda a inclusão escolar, as pesquisas sobre as causas do autismo, as estratégias para melhor comportamento e a importância de compreender as necessidades individuais da criança. O texto também enfatiza a importância de estabelecer uma relação verdadeira com a criança e o papel dos pais, familiares, amigos e profissionais na sua vida.

O que você vai aprender

  • Qual é a importância da inclusão escolar para crianças com autismo?
  • Quais são as características principais do autismo?
  • Quais são as causas possíveis do autismo?
  • Qual foi a primeira pessoa a utilizar o termo 'autismo'?
  • Quais estratégias são eficazes para melhorar o comportamento de crianças com autismo?

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM EDUCACIONAL
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
REFLEXÕES SOBRE O AUTISMO E SUA RELAÇÃO ENTRE
EDUCAÇÃO, FAMÍLIA E AS NEUROCIÊNCIAS: INCLUSÃO
E INTEGRAÇÃO
YASMIN FERREIRA DE OLIVEIRA
Orientadora Profª.: MARTA RELVAS
RIO DE JANEIRO
2018
DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM EDUCACIONAL

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

REFLEXÕES SOBRE O AUTISMO E SUA RELAÇÃO ENTRE

EDUCAÇÃO, FAMÍLIA E AS NEUROCIÊNCIAS: INCLUSÃO

E INTEGRAÇÃO

YASMIN FERREIRA DE OLIVEIRA

Orientadora Profª.: MARTA RELVAS

RIO DE JANEIRO

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL 2018

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

REFLEXÕES SOBRE O AUTISMO E SUA RELAÇÃO ENTRE

EDUCAÇÃO, FAMÍLIA E AS NEUROCIÊNCIAS: INCLUSÃO

E INTEGRAÇÃO

Apresentação de monografia à AVM Faculdade integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Neurociência da Educação. Por: Yasmin Ferreira de Oliveira

Rio de Janeiro 2018

AGRADECIMENTOS

Agradeço еm primeiro lugar а Deus qυе ilumina о mеυ caminho durante esta caminhada permitindo que eu realize meu grande sonho. Aos meus pais pela capacidade dе acreditar е investir em mim. Mais do que a educação formal que me ofereceram, foi a formação humana, a mais importante que fizeram por mim. Saibam que nunca deixarei de amar vocês. A professora Marta Relvas pela paciência nа orientação е incentivo qυе tornaram possível а conclusão deste artigo.

‘’Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.’’

Paulo Freire

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................
CAPITULO I

Como surgiu o autismo e sua origem.................................................................

CAPITULO II

Como as crianças com síndrome de asperger se caracterizam..........................

CAPITULO III

O impacto do diagnóstico do autismo na família e a importância do tratamento da criança..........................................................................................................

CAPITULO IV .................................................................................................. 23

CONCLUSÃO ................................................................................................... 32

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 34

FOLHA DE AVALIAÇÃO ................................................................................. 35

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INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como temática principal o autismo e a inclusão dos alunos com essa síndrome em um sistema regular de ensino. Ao abordar o aspecto educativo de indivíduos portadores da síndrome de Asperger, faz-se necessário primeiramente falar sobre o conceito e sua retrospectiva história, passando pela citação de sua origem, pelas características principais e como deve-se lidar com uma criança autista. O autismo é uma das principais temáticas discutidas no ambiente educativo e produz inúmeras questões, sujeitos desta pesquisa, na qual o artigo será norteado.

É de extrema importância para este trabalho conhecer e identificar o autismo, mostrar o que o educador precisa saber, revelar o que construir com a criança, falar sobre a família e a escola, facilitar o conhecimento da escola inclusiva, do ambiente inclusivo, apontar a contribuição da pedagogia para o tema e não esquecer de uma palavra, o amor.

O autismo é classificado como um transtorno global do desenvolvimento infantil, que se manifesta antes dos 3 anos de idade e se perpetua por toda a vida. O termo origina-se do Grego autos , que significa ‘’de si mesmo’’. Foi empregado pela primeira vez pelo psiquiatra suíço E.Bleuler, em 1911. Caracteriza-se por um conjunto de anomalias referentes ao comportamento, como a limitação e a ausência de comunicação verbal, além da falta de interação social com o meio em que a criança vive, e comportamentos restritos. Possuem um conjunto de sintomas que afeta a área da socialização, comunicação e do comportamento. A síndrome é encontrada em diferentes famílias em todo o mundo, sem distinção de raça, etnia e meio social em que estão inseridas.

O acesso à escola para uma criança autista configura uma etapa especial em sua vida, pois é neste momento que a criança vai realizar uma das suas primeiras experiências no cotidiano escolar. Experiência que é marcada por sua

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CAPÍTULO I

COMO SURGIU O AUTISMO E SUA ORIGEM

A palavra ‘’autismo’’ vem do grego ‘’autos’’, que significa voltar-se para si mesmo’’. A primeira pessoa que a utilizou foi o psiquiatra austríaco Eugen Bleuler, no ano de 1911 no qual descrevia características de pessoas com esquizofrenia, se referindo ao isolamento social dos indivíduos que tinham essa condição.

No ano de 1943, um psiquiatra infantil chamado Leo Kanner psiquiatra austríaco naturalizado norte-americano, estudou um grupo de 11 crianças que foram isoladas desde que nasceram no qual tinham apego às rotinas e preferência por objetos sem vida. Ele começou definindo que as crianças já nasciam com esses sintomas e além disso, criou o conceito da ‘’mãe geladeira’’, dizendo que as crianças eram assim porque suas mães apresentavam contato afetivo frio, mecanizado e obsessivo. Anos depois ele veio a público para se retratar por essa consideração. Kanner argumentava que essas crianças eram essencialmente diferentes dos esquizofrênicos por que eles não tinham alucinações ou ilusões, a esquizofrenia raramente aparecia no início da infância. Ele via cada criança como um indivíduo único. Mas ainda assim reconhecia que todos pareciam ter algo em comum. Não era retardo mental, epilepsia ou qualquer doença neurológica óbvia, era outra coisa, algo ainda indenominado.

Até então, o autismo infantil ainda era visto como uma das psicoses infantis e era considerado uma forma de esquizofrenia. Alguns profissionais ainda usam essa denominação erradamente para se referir a esses pacientes.

A partir da década de 1960, a psiquiatra Lorna Wing, que tinha uma filha com autismo, passou a publicar textos de grande importância para o estudo deste assunto. Lorna Wing foi a primeira pessoa a descrever os sintomas. O objetivo dela foi mostrar que os sintomas podem ocorrer em diversos graus de intensidade e com diferentes manifestações.

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Na década de 80 houve mais estudos científicos e só assim o autismo recebeu um importante reconhecimento, pode receber a denominação diagnóstica certa e com critérios específicos. O autismo passou a ser tratado como uma síndrome, como um distúrbio e não mais como uma psicose.

No ano de 1994, o pesquisador Hans Aspeger observou em média 400 crianças e avaliou seus comportamento e habilidades. Descreveu que essas crianças possuem um transtorno da personalidade e outras características como: falta de empatia, não costumam fazer amizades, conversam sozinhos, possuem excesso de concentração em coisas de seu interesse e dificuldade na coordenação motora. Por isso esse quadro ficou conhecido como Síndrome de Aspeger, pois Hans Aspeger cunhou o termo ‘’psicopatia autística’’.

A Organização as Nações Unidas ordenou que o dia 2 de abril é o dia Mundial de Conscientização do Autismo. Este dia foi celebrado pela primeira vez em 2008. O dia Mundial de Conscientização do Autismo no Brasil tem conseguido cada vez mais seguidores e pessoas comprometidas com o movimento e é celebrado com palestras e eventos públicos que acontecem em toda a cidades. O objetivo principal é ajudar a conscientizar, informar as pessoas sobre o que é o autismo e mostrar como se deve lidar com a doença. Nesta data, vários pontos turísticos do país são iluminados de azul, cor que simboliza o Autismo.

Hoje, não se dá mais para pensar no autismo como uma doença sem cura e é impossível falar da criança especial sem considerar o ponto de vista pedagógico.

Após décadas de estudo, o autismo tem como causa principal a genética, e de acordo com as pesquisas, a origem do transtorno está relacionada a um grupo de genes e não a um gene único. Os estudos genéticos foram feitos com gêmeos, se um tem autismo, o outro apresenta 90% de chances de também ter. Isso contribui definitivamente para uma forte evidência de que o autismo é um transtorno.

Diversos estudos e pesquisas focam na ligação entre os genes e o autismo dentre ele tem o Projeto Genoma do Autismo que estudou em média 50

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formação cerebral e a fatores externos do ambiente é que formam o ser humano, cada um com suas próprias características, habilidades, talentos e inaptidões.

As famílias de pessoas com autismo, durante muitos anos tinham informações erradas sobre as causas do transtorno. Entender a causa do autismo não é fácil, justamente porque existe uma série de teorias erradas que relacionam os sintomas com a forma de cuidado dos pais. Entender as causas é muito importante porque talvez possa ser o primeiro passo em busca da cura do autismo.

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CAPÍTULO II

OS PAIS E OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E A

CRIANÇA AUTISTA

Lidar com o autismo tem sido, historicamente, um desafio para todos os envolvidos com essa questão, principalmente para os profissionais da educação que convive e lida com uma criança autista em seu dia a dia. O professor deve seguir o pensamento de que quem ensina é o aluno autista e é ele que vai aprender nessa relação.

O objetivo principal do educador deve ser de promover e dispor de uma série de condições educativas em um ambiente bem preparado e acolhedor. O papel do professor não deve se limitar a só ensinar o aluno autista a fazer tarefas simples do dia a dia e sim torná-lo independente. Segundo Eugênio Cunha^3 , no livro Autismo e inclusão :

O necessário é olhar o homem como um ser integral, na sua estrutura biológica, afetiva e social. Com efeito, não podemos educar sem atentarmos para o aluno na sua individualidade, no seu papel social na conquista de sua autonomia.

Para o melhor desenvolvimento do aluno, o professor deve estimular a percepção, ajudando assim, no desenvolvimento de abstrações, pensamentos e ideias. Para o educador ser bem sucedido no processo de ensino aprendizagem, deve-se auxiliar a criança a melhorar o desenvolvimento de aptidões sociais de modo que ela possa se sentir mais à vontade em um mundo que é, em grande parte, social. Antes de mais nada, o professor deve obter uma compreensão realista das necessidades individuais da criança autista. As dificuldades podem ser resolvidas com a compreensão do professor, ajudando-a assim a entender emoções, a desenvolver aptidões imaginativas, a aprender como interagir socialmente e até mesmo ajudá-las a desenvolver um entendimento das regras

(^3) CUNHA Eugênio. Autismo e Inclusão , psicopedagogia e práticas educativas na família. Rio de Janeiro: Editora Wark, 2015, p.102.

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foco na educação deve estar no processo de aprendizagem e não nos resultados, pois, nem sempre, eles virão de maneira rápida e como esperamos.

Com o objetivo da inclusão no âmbito escolar, a criança deve ser solicitada a brincar em grupo e manter atividades com objetivos específicos, de acordo com as orientações dadas pelo professor, deve-se ter tarefas e demandas a serem cumpridas e a criança precisa se ajustar as regras e à estrutura do meio ambiente.

A maior inspiração do educador deverá ser o amor, pois professores dedicados, que amam o que fazem e não se negam a desafios, passam mais confiança para os pais e coseguem que o discente tenha mais autonomia diante das situações.

Quando a família fica sabendo que tem um filho autista, os pais podem passar por uma variedade de emoções, mas para sobreviver a isso, devem aceitar o diagnóstico de ASD e ajudar outros familiares a fazer a mesma coisa, encontrar uma rede de apoio da família ou amigos é fundamental. Cada família tem seu jeito de aceitar e lidar com a situação, algumas têm suas crenças sobre a origem do ASD e isso pode causar impacto sobre as emoções. A família deve ter cuidado, pois todos os fatores podem influenciar a maneira como o indivíduo se vê dentro da família. Muitos têm pensamentos negativos durante um certo período, esses pensamentos mudam com o tempo e os pais começam a pensar no que podem fazer para ajudar seus filhos a se desenvolver da melhor maneira possível. Ser positivo ajuda muito.

Quando a criança recebe o diagnóstico, a família precisa fazer adaptações, inevitavelmente a criança passa a ser tratada de modo diferente, isso é difícil para os pais, irmãos, irmãs e avós. Verifica-se que esse processo fica mais fácil quando a família passa a libertar seus medos e a compreender mais sobre o que leva a criança a comportar-se de maneira incomum.

Os pais devem desenvolver atitudes, crenças e estratégias positivas para enfrentar a situação e desenvolver relacionamentos construtivos com a escola e

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serviços voluntários e de saúde. Ver a vida familiar em termos mais amplos e tentar manter rotinas e atitudes saudáveis sempre que possível, será de extrema importância para melhor relacionamento com uma criança autista.

Desenvolver estratégias para um melhor comportamento é muito importante para o desenvolvimento da criança, umas das estratégias é o reforço positivo, que tem como objetivo principal incentivar o bom comportamento por meio de recompensas. Deve-se explicar claramente para a criança o comportamento desejado para que ela saiba exatamente o que ser feito para ganhar a recompensa. A criança não deve só receber recompensa material, elogios e passar algum tempo com um adulto pode ser uma ótima recompensa. Ao recompensar a criança o pai também deve ter cuidado com determinados alimentos, certos brinquedos ou determinadas atividades. Segundo Chris Williams^6 , No livro Convivendo com Autismo e Síndrome de Asperger :

Moldar e recompensar comportamentos alternativos significa incentivar a criança a mudar um comportamento e aprender outro. É feito elogiando- a ou recompensando-a à medida que ela dá pequenos passos em direção à meta final. Como o elogio não funciona muito bem para as crianças com pertubações do aspectro autismo, oferecer-lhes recompensas costuma ser um incentivo melhor. Em geral, recompensar um comportamento alternativo é uma boa estratégia. As crianças não precisam entender que a recompensa em si, precisam apenas ter uma experiência agradável. Moldar, em geral, envolve seguir etapas gradativas de um comportamento ao outro, mas pode ser feito em uma grande etapa.

É fundamental mostrar contenção, apoio e carinho. A criança autista não demonstra claramente o que quer, mas não devemos esquecer que isso não quer dizer que elas não sintam necessidade de amor. Manter a calma é de extrema importância, não transmitir angústia, irritação, nem qualquer outro sentimento negativo. A criança não é consciente do que acontece com ela e nem culpada e por isso devemos compreendê-la para apoiá-la.

A imposição de limites nessas crianças é essencial, embora seja dolorosa, é preciso estabelecer limites já nos primeiros anos de vida da criança, facilitando

(^6) WILLIAMS Chris. Convivendo com Autismo e Síndrome de Asperger. São Paulo. Editora M.books, 2008, p.

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Devemos enxergar uma criança autista com respeito e sem preconceito, com uma mente aberta para aceitar os novos significados que as relações humanas podem nos mostrar. Não devemos esquecer que os autistas percorrem os nossos mesmos caminhos e tentam nos entender da mesma forma que tentamos entendê-los, passam uma vida inteira aprendendo a falar conosco, e se disponibilizam a conhecer nosso território. Com amor é possível que haja encontro nessa via de mão dupla, e para que esse encontro ocorra, cabe aos pais, familiares, amigos e profissionais a missão de dar o primeiro passo, pegar na mão de uma criança com autismo e com ela percorrer um longo caminho em direção a felicidade. Essas crianças jamais poderão ser um fardo na vida da família ou do profissional da educação, elas precisam de pessoas que valorizem e as amem por serem exatamente como são.

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CAPÍTULO III

AS CRIANÇAS COM SÍNDROME DE ASPERGER E SUAS CARACTERIZAÇÕES

O autismo é um transtorno global do desenvolvimento infantil que surge nos primeiros 3 anos de idade e se prolonga a vida toda. A síndrome é caracterizada por diversos sintomas que alteram significadamente a interação social, a comunicação e o comportamento. Estudos atuais mostram que o ASD, ocorre em aproximadamente dois a sete em cada 1.000 indivíduos, esses dados variam de acordo com o país que a pesquisa foi realizada. Esse distúrbio do desenvolvimento humano vem sendo estudado pela ciência há quase seis décadas, mas ainda permanecem grandes questões para responder. Cerca de 23 % das pessoas com autismo possuem QI acima de 70, perto do normal ou bem próximo da inteligência média, o restante 77% além de possuir autismo, também possuem algum retardo mental.

A principal área prejudicada de uma criança com ASD é da habilidade social, a criança passa a ter dificuldades de interpretar sinais, de se relacionar com outras pessoas e ter incapacidade de compartilhar sentimentos, gostos e emoções. A segunda área prejudicada é a da comunicação, tanto a verbal como a não verbal. A terceira é a das inadequações comportamentais, esses indivíduos se interessam por atividades restritas e repetitivas, possuem dificuldades em lidar com situações inesperadas e não tem facilidade para mudar de rotina. Segundo Chris Williams^8 , no livro Convivendo com Autismo e Síndrome de Asperger :

Crianças com ASD têm dificuldades em transferir aptidões ou expectativas que aprenderam em determinada situação para outra. Algumas crianças comem apenas certos tipos de alimentos em casa, mas na casa da avó recusam alguns desses e comem algo completamente parecido. ‘’Ir à cidades’’ para muitas crianças significa várias possibilidades com visitas a diversos lugares por vez. Para uma criança com dificuldades do espectro do autismo, pode significar visitar as mesmas três lojas toda vez, na mesma ordem, e comprar as mesmas coisas. A criança não entende a essência do ato de ir às compras e concentra-se em rotinas aprendidas e, agora, esperadas. Assim, rotinas e padrões esperados podem se desenvolver rapidamente em torno de situações e eventos.

(^8) WILLIAMS Chris. Convivendo com Autismo e Síndrome de Asperger. São Paulo: Editora M.Books, 2008, p. 47.