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Documento de análise, Slides de Saúde Pública

Documento de análise para alunos da área da saúde.

Tipologia: Slides

2023

Compartilhado em 10/03/2023

elaiene-silva
elaiene-silva 🇧🇷

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Educação em Foco, Edição nº: 07/Ano: 2015
31
A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO PARA A FORMAÇÃO
CIENTÍFICA DE EDUCANDOS DO ENSINO SUPERIOR
Alessandra Cristiane dos Santos Nervo
Fábio Lustosa Ferreira
RESUMO
A educação brasileira infelizmente ainda é muito fragilizada, a falta do hábito pela pesquisa está
desde cedo presente no processo de aprendizagem dos jovens, e acaba por influenciar na sua
vida acadêmica, já que a qualidade do ensino médio é insatisfatória e acaba muitas das vezes
causando grande conflito nos recém-chegados no ensino superior. A pesquisa de longe é um
instrumento essencial para a concepção de um conhecimento primoroso, a rotina da leitura, da
pesquisa e a construção do conhecimento são aspectos intrínsecos ao ingressante de nível
superior. No entanto não se pode negar a ineficiência que esse ensino tem produzido em
relação à metodologia da pesquisa, pois nos deparamos com jovens adentrando nas
universidades sem a mínima noção de trabalhos científicos, sem o desejo e interesse pela
pesquisa. A pesquisa é, portanto, para o Ensino Superior uma ferramenta indispensável e deve
certamente ser estimulada pelos professores, uma vez que atuam como responsáveis pela
difusão do conhecimento e a introdução à pesquisa científica. Diante desta problemática,
encontrou-se motivação para discutir sobre determinada temática a fim de despertar a
comunidade acadêmica para a importância e relevância do assunto abordado.
Palavras-chave: Pesquisa. Professor. Ensino Superior. Acadêmico.
ABSTRACT
The Brazilian education unfortunately is still very fragile, the lack of habit by the research is early
on in the learning process of the young, and ultimately influence on his academic life, since the
quality of high school is unsatisfying and ends up often causing great controversy in newcomers
in higher education. The research by far is an essential tool for designing exquisite knowledge,
the routine of reading; research and the construction of knowledge are intrinsic aspects to the
top-level beginner. However, there is no denying the inefficiency that this teaching has produced
in relation to the methodology of the survey, because we encounter young people entering
universities without the slightest notion of scientific papers, without the desire and interest in
research. The research is, therefore, to higher education an indispensable tool and should
certainly be encouraged by teachers, once that act as responsible for the dissemination of
knowledge and the introduction to scientific research. On this issue, found motivation to discuss
certain issues in order to awaken the academic community for the importance and relevance of
the subject.
Keywords for this page: Research. Teachers. Higher Education. Academic.
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A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO PARA A FORMAÇÃO

CIENTÍFICA DE EDUCANDOS DO ENSINO SUPERIOR

Alessandra Cristiane dos Santos Nervo Fábio Lustosa Ferreira

RESUMO

A educação brasileira infelizmente ainda é muito fragilizada, a falta do hábito pela pesquisa está desde cedo presente no processo de aprendizagem dos jovens, e acaba por influenciar na sua vida acadêmica, já que a qualidade do ensino médio é insatisfatória e acaba muitas das vezes causando grande conflito nos recém-chegados no ensino superior. A pesquisa de longe é um instrumento essencial para a concepção de um conhecimento primoroso, a rotina da leitura, da pesquisa e a construção do conhecimento são aspectos intrínsecos ao ingressante de nível superior. No entanto não se pode negar a ineficiência que esse ensino tem produzido em relação à metodologia da pesquisa, pois nos deparamos com jovens adentrando nas universidades sem a mínima noção de trabalhos científicos, sem o desejo e interesse pela pesquisa. A pesquisa é, portanto, para o Ensino Superior uma ferramenta indispensável e deve certamente ser estimulada pelos professores, uma vez que atuam como responsáveis pela difusão do conhecimento e a introdução à pesquisa científica. Diante desta problemática, encontrou-se motivação para discutir sobre determinada temática a fim de despertar a comunidade acadêmica para a importância e relevância do assunto abordado.

Palavras-chave: Pesquisa. Professor. Ensino Superior. Acadêmico.

ABSTRACT

The Brazilian education unfortunately is still very fragile, the lack of habit by the research is early on in the learning process of the young, and ultimately influence on his academic life, since the quality of high school is unsatisfying and ends up often causing great controversy in newcomers in higher education. The research by far is an essential tool for designing exquisite knowledge, the routine of reading; research and the construction of knowledge are intrinsic aspects to the top-level beginner. However, there is no denying the inefficiency that this teaching has produced in relation to the methodology of the survey, because we encounter young people entering universities without the slightest notion of scientific papers, without the desire and interest in research. The research is, therefore, to higher education an indispensable tool and should certainly be encouraged by teachers, once that act as responsible for the dissemination of knowledge and the introduction to scientific research. On this issue, found motivation to discuss certain issues in order to awaken the academic community for the importance and relevance of the subject.

Keywords for this page: Research. Teachers. Higher Education. Academic.

1 INTRODUÇÃO

Este presente artigo tem por objetivo discutir sobre a pesquisa no ensino superior, assunto deve ser constantemente alvo de discussões, pois deve atender as necessidades do mundo atual, e necessita indagar sobre a importância da mesma para os estudantes ingressantes na universidade. A construção da autonomia intelectual, postura crítica e desvincular-se do senso comum, são objetivos da escola formar, são finalidades que devem ser trabalhadas desde os anos inicias da escolarização até o ingresso na educação superior, e por trás um grande empenho da parte docente. A pesquisa se torna peça chave da formação dos indivíduos, os preparando para a ‘guerra’ diária que requer um olhar cientifico e indagador, e a experiência com a pesquisa cientifica traz à tona todo esse potencial humano, pois o processo de aprendizagem é de extrema complexidade. Este artigo aborda primeiramente a problemática da prática da pesquisa no Ensino Superior, o exercício da docência do professor, peça chave para a total relevância do assunto. É, portanto é dessa fase que sairão futuros profissionais, a busca e a produção do conhecimento deve ser prioridade na vida acadêmica como em outros setores, assim como diz Demo: “Pesquisa é o processo que deve aparecer em todo o trajeto educativo”. (DEMO, 1997, p.16). E infelizmente é nessa fase que as deficiências do ler, interpretar e elaborar se revelam. O elo entre a pesquisa e o pesquisar é o docente e ele deve ser um constante pesquisador, é dele que vem o papel de multiplicador do hábito da leitura, da escrita e da curiosidade, o professor deve ser o incentivador, abrindo lacunas para que sejam preenchidas por seus discentes através da arte de pesquisar, aguçar o limite da compreensão e tornar o aluno um pesquisador, e o docente deve compreender que sua profissão não se resume em simplesmente transmitir o conhecimento e sim em reconstruir o conhecimento, e ele cabe o papel principal. E também levanta a discussão sobre compromisso da universidade para com a formação docente, disponibilizar e incentivar a formação continuada e os desafios contemporâneos a volta dessa temática. Sendo um trabalho de caráter bibliográfico utilizar-se-á de base teórica para o decorrer do assunto os seguintes autores: Demo (1996); Freire (1996); Masetto (1998), entre outros para poder alcançar o objetivo proposto neste artigo.

Se o Brasil não implantar e colocar em prática uma política educacional que atenda a todas as classes, cultivando um ensino de qualidade, infelizmente nosso país continuará se afastando cada vez mais dos países desenvolvidos. Aludindo acerca dessa educação capitalista controlada por um sistema político dominante, lembra-se das frases de Paulo Freire, citadas através de Carlos Rodrigues Brandão (2005, p.100) a reinvenção da educação, “ É preciso acreditar que antes, determinados tipos de homens, criam determinados tipos de educação, para que depois, ela recrie determinados tipos de homens. ”. Logo, consegue-se observar com mais transparência a hipótese de que a educação pode sim ser alvo de uma mudança, por parte do governo como por parte da população que precisa deixar de ver a educação sendo parte de uma administração com seus mentores e sim vê-la como parte de sua vida, na sua comunidade e se preocupar com ela. No ensino público as oportunidades em que poderiam criar um elo entre comunidade e escola quase sempre se seguem de uma frustração, o descompromisso da sociedade com a escola deve ser extinto, pois é através da participação popular que uma nova educação entrará em ação para formar novos indivíduos capazes de mudar a condição da educação brasileira, passando por todos os níveis de ensino. Alcançando o objetivo do referido artigo, deve-se haver um diagnóstico dos educandos ingressantes no ensino superior, buscar saber o nível de instrução e de bagagem de cada um traz consigo, e a partir daí inicia-se um processo lento e complexo, mas intrínseco em relação com o saber. A fase inicial dessa construção é a relação íntima com a leitura, ação que faz parte inerente à árdua caminhada acadêmica, e acoplada a ela muita determinação e força de vontade. A iniciação cientifica estabelece métodos e regras, como já dito, a leitura é a primeira delas, necessariamente a leitura analítica que não se resume em ler superficialmente, mecanicamente, e assim começa-se a pensar na questão da leitura em como aprendemos a ler. Não em como aprendemos a ler literalmente, e sim como aprendemos a ler a intenção, o objetivo e a circunstância da produção, provocando uma determinada reação: o conhecimento. Enxerga-lo e percebê-lo. Para Maria Helena Martins (2004, p.24).

(...) ‘crise da leitura’. Mas que crise é essa? Para a maioria deles, ela significa a ausência de leitura de texto escrito, principalmente livros, já que a leitura num sentido abrangente está mais ou menos fora de cogitação.

Quando falamos em pesquisa, não colocamos a leitura no contexto geral, e sim de forma mais complexa, o hábito da leitura para o pesquisador, sempre lhe trará perspectivas de cunho cientifico, mas o pouco contato com o livro, uma leitura inútil sem a compreensão revela essa ‘crise da leitura’. O aluno em transição do ensino médio para o ensino superior deve ver a leitura como um instrumento libertador, que o fará ter o conhecimento de mundo. A cada leitura com um propósito, com um caráter investigador o leitor evolui dentro de uma escala, subindo gradativamente seu nível de leitura. Portanto percebe-se que a ferramenta essencial para o ingresso e desenvolvimento do ensino superior é a leitura, e o professor ocupa o papel de protagonista dessa inclusão na rotina do acadêmico, tudo começa por ele. Compreende-se que a formação de nível superior é extremamente importante na valorização do indivíduo em seu meio cultural, social e intelectual, assim permitido que se transformem em profissionais capazes de ajustarem-se conscientemente seus lugares na sociedade. Por isso que a docência de ensino superior estabelece que o professor seja competente e que domine a sua área de conhecimento específico, para que a construção do conhecimento integrando aluno-professor-aluno consista em atender a cada indivíduo, pois cada vez mais o público da educação superior é despreparado para a admissão nesse nível educacional, assim:

A docência no ensino superior exige não apenas domínio de conhecimentos a serem transmitidos por um professor como também um profissionalismo semelhante aquele exigido para o exercício de qualquer profissão. A docência nas universidades e faculdades isoladas precisa ser encarada de forma profissional, e não amadoristicamente. (MASSETTO 1998, p.13).

O educar pela pesquisa, é estimular o aluno à curiosidade pelo desconhecido, instigá-lo a procurar respostas, ter iniciativa, compreender e dar início a elaboração de seus próprios conceitos, e é também um desafio ao professor para transformar suas táticas didáticas. Os professores universitários atualmente necessitam estarem à frente às novas tecnologias e, sobretudo ao método de educar pela pesquisa, colocar à disposição dos alunos

Daí aponta-se o exercício da docência sem uma formação específica na área da licenciatura, e há pouca preocupação com o tema da formação pedagógica de especialistas, mestres e doutores e muitas vezes a educação superior vem sendo ministrada sem uma competência pedagógica. (VASCONCELOS, 1998, p. 86). Hoje a maioria dos professores que entram no campo universitário tem uma gama de conhecimentos variados e especializações em várias áreas, mas infelizmente não tiveram pouco ou nenhum contato com conhecimentos nas áreas de ciências humanas e sociais, para que consiga aplicar uma prática satisfatória em sala de aula, como já dito essa é uma requisição importante na prática docente do ensino superior. Partindo desse princípio, é comum que o corpo docente de universidades seja composto por professores principiantes na docência e que nunca tiveram contato com uma concepção pedagógica que envolvesse conhecimentos teóricos e práticos voltados para o ponto principal que é o ensino e aprendizagem. Pontos como esse se transformam em uma desvalorização do ensino, e o principal e mais inconcebível é saber que não existe respaldo legal que instigue a formação pedagógica de professores universitários. Averiguando a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) é possível perceber a omissão em relação à formação pedagógica do docente universitário. Durante uma reavaliação e enxugamento da LDB, omitiu-se o artigo em que o professor de níveis superior tivesse formação didático-pedagógica, conferindo a Lei após a reconfiguração da mesma, se pode perceber o “ Art. 66 – A preparação para o exercício do magistério superior far-se-á em nível de pós-graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado”. O que deve ser feito e estar bem claro é que a universidade deve ter compromisso com a formação docente e com os alunos, se pode apontar essa falha como motivo para o desinteresse de muitos educandos, pois uma gama de conteúdos para pouco tempo e com uma didática sem cunho pedagógico necessário para a absorção e construção de um conhecimento, com certeza o aluno percebe a falta da didática do docente e o mesmo fica descrente com o ofício que lhe é atribuído, e a partir do momento que o próprio aluno percebe essa falha nasce o desrespeito para com sua profissão, pois fica claro seu despreparo. O professor necessita buscar sua identidade na esfera do ensino, na extensão, na pesquisa, sendo que esses são aspectos intrínsecos e indissociáveis. A universidade tem como objetivo refletir e buscar a formação do professor, salientar suas qualificações acadêmicas e pedagógicas.

É claro que a profissão de professor não é fácil, e sempre lhe é exigido um desafio onde põem em prática suas qualificações, logo a universidade deve oferecer o respaldo necessário para a formação continuada dos docentes, essa afirmação far-se-á perceber a importância do compromisso da universidade para com a formação docente, assim afirma Paulo Freire (1979 p 19):

O compromisso, próprio da existência humana, só existe no engajamento com a realidade, de cujas ‘águas’ os homens verdadeiramente comprometidos ficam ‘molhados’, ensopados. Somente assim o compromisso é verdadeiro. Ao experienciá-lo, num ato que necessariamente é corajoso, decidido e consciente, os homens já não se fazem neutros. A neutralidade frente ao mundo, frente ao histórico, frente aos valores, reflete apenas o medo que se tem de revelar o compromisso.

Neste sentido o professor na atualidade se define como orientador de todo o processo de aprendizagem do aluno acadêmico, e por muitas vezes ele é a fonte de inspiração, e deve assegurar a produtividade do ensino, ou seja, o professor precisa ser um aliado comprometido na constituição do indivíduo. E a pesquisa deve estar presente em todos os passos, assim nas palavras de Pedro Demo (2003, p.26).

A concepção moderna de professor o define essencialmente como orientador do processo de questionamento reconstrutivo no aluno, supondo obviamente que detenha esta mesma competência. Neste sentido, o que mais o define é a pesquisa. A rigor, ensinar é algo decorrente da pesquisa. Não pode manter a mesma densidade definitória, como se diz com respeito à universidade em termos de ensino, pesquisa, extensão. De partida, se os três termos fossem pelo menos homogêneos, teríamos um pouco mais de pesquisa e extensão, o que não é verdade. Como regra, a predominância do mero ensino é avassaladora. A seguir, não é correto homogeneizar os termos, porque há visível hierarquia, estando no topo a pesquisa. Se esta for bem conceituada e praticada, torna-se ocioso o de extensão, e engloba naturalmente o ensino, que se torna educação. Pois, educar pela pesquisa é a educação própria da escola e da universidade.

Elucidando através destas palavras percebe-se mais uma vez que o professore carece pesquisar e entender a complexidade do Aprender e Ensinar, deste modo, professores universitários, poderão ser capazes de desvendar a originalidade da educação, do ensinar e do aprender para aqueles que fazem a universidade.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. LDB - Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.

BRANDÃO, Rodrigues Brandão. O que é Educação. São Paulo: Brasiliense, 2005.

DEMO, Pedro. Educar pela Pesquisa. Campinas: Autores Associados, 1996. DEMO, Pedro. Pesquisa: princípio científico e educativo. 8ªed. São Paulo: Cortez, 2001. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes Necessários à prática Educativa. São Paulo: Paz e terra, 1996. MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. São Paulo: Brasiliense, 2006. MASETTO, Marcos. Docência Na Universidade. São Paulo, Papirus. 1998. VASCONCELOS, Maria Lúcia M. Carvalho. Contribuindo para a formação de professores universitários. Campinas, SP: Papirus, 1998.