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Documento aborda de forma completa o assunto da Pneumonia Adquirida na Comunidade, Notas de aula de Medicina

Nesse documento serão abordados os assuntos mais pertinentes em relação à PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade); sendo falado sobre a fisiopatologia, patogênese, etiologia, exames de imagem, tratamento dentre outros.

Tipologia: Notas de aula

2024

À venda por 19/12/2023

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PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE
Victor Hugo Mattos Barbieri Sichieri
SAÚDE DO ADULTO I
ITAÚNA
2023
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PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE

Victor Hugo Mattos Barbieri Sichieri

SAÚDE DO ADULTO I

ITAÚNA

INTRODUÇÃO:

A Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) é uma infecção está associada a um processo infeccioso agudo no parênquima pulmonar, que se desenvolveu fora do ambiente hospitalar ou que se manifestou-se em até 48 horas após a internação. Comumente afeta os dois extremos etários da vida (recém-nascidos, crianças e idosos) devido o sistema imunológico não estar plenamente funcionante para evitar as infecções. Trata-se da maior causa de morte em todo o mundo e no Brasil ocupa o 3º lugar como a maior causa de mortalidade

ETIOLOGIA:

As infecções do parênquima pulmonar podem ser causadas por fungos, bactérias, vírus ou até mesmo protozoários. No entanto, ao falarmos de etiologia da PAC, é necessário entender que as causas etiológicas podem variar conforme o sistema imune, ambiente que frequenta, nível socioeconômico, dentre outros fatores. Para tanto, será descrito nesse tópico, para melhor compreendimento da patologia, os principais causadores da infecção bem como os agentes etiológicos importantes de se ter em mente conforme a história clínica que o paciente apresenta. BACTERIANA

 Streptococcus pneumoniae  Principal agente etiológico da doença

 Streptococcus aureus  Agente etiológico que vem alertando os órgãos de saúde

devido a grande resistência que apresenta  Klebsiella pneumoniae

 Haemophilus influenzae  Importante pois pode ser prevenida com vacinação

Legionella pneumophilaChlamydia trachomatisMycoplasma pneumoniaeMycobacteriumActinomyces israelliRickettsias

 Moraxella catarrahalis  Pneumonia em pacientes com DPOC

Pseudomonas aeruginosaMRSAStaphylococcus aureus resistente a Meticilina  Ureaplasma urealyticum  Importante causa de pneumonia neonatal  Escherichia coliListeria monocytogenes VIRAL

 Hantavírus  Associado a trabalhadores rurais; presente na urina de ratos

silvestres e a contaminação acontece por inalação

 H1N1  Ocorrem surtos em diversas épocas do ano

COVID- 19 – Corona vírus  Causa importante e recente  AdenovírusCitomegalovírusParainfluenza

 VSR – Vírus Sincicial Respiratório e Metapneumovírus  Vírus similares com

sintomatologia similar; Geralmente ocorrem na mesma época do ano; VSR afeta mais crianças. FÚNGICAParacoccidioides brasiliensis  Importante causa rural; pacientes imunocomprometidos

 Pneumocystis carinii  Normalmente causa infecção em imunossuprimidos

Cryptococcus neoformansCandida albicansAspergilusFeohifomicetosHitoplasma capsulatum

A pneumonia viral, possui uma patogênese diferente da descrita acima; nela, é necessário que o vírus adentre no interior das Células Septoalveolares e altera a expressão da célula; produzindo uma reação inflamatória a nível intersticial, mas sem consolidação e expectoração. Ou seja, haverá um Edema Intersticial, esse edema dificultará a troca gasosa, levando o paciente a uma Hipoxemia. Fato importante de ser lembrado, é que a expressão de interleucinas nas pneumonias virais, é bem mais acentuada e difere sua intensidade conforme o indivíduo; por exemplo, o paciente obeso que já possui um processo inflamatório crônico terá um pior prognóstico caso seja acometido por um vírus. O que nos remete a pandemia da COVID-19, na qual a principal complicação era a infecção alveolar com repercussões gravíssimas para pacientes obesos.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

As manifestações clínicas mais comuns da pneumonia são:

  1. Tosse: Pode ser seca ou produtiva, com expectoração de muco amarelado, esverdeado ou com sangue.
  2. Febre: A temperatura corporal pode aumentar significativamente.
  3. Dificuldade respiratória: Respiração rápida, falta de ar ou dificuldade em respirar profundamente.
  4. Dor no peito: Pode ser leve ou intensa, piorando ao tossir ou respirar profundamente.
  5. Fadiga: Sensação de cansaço extremo.
  6. Calafrios e tremores: Em alguns casos, acompanhando a febre.
  7. Confusão mental: Especialmente em idosos ou em casos mais graves.
  8. Náuseas, vômitos ou dor abdominal: Não são tão comuns, mas podem ocorrer.
  9. Cianose: A pele pode adquirir uma tonalidade azulada devido à falta de oxigênio

DIAGNÓSTICO:

Os métodos de imagem são fundamentais na confirmação diagnóstica das pneumonias adquiridas na comunidade. A radiografia de tórax, nos casos que não sejam SARS-CoV2, é o método de escolha para a confirmação diagnóstica das pneumonias diante de uma suspeita clínica. Diante de uma suspeita clínica de pneumonia bacteriana o RX de tórax é o exame de escolha pois confirma o diagnóstico, nos mostra a presença de pneumopatias associadas (DPOC, neoplasias), a extensão da pneumonia mostrando sua gravidade, se existem complicações como derrame pleural, cavitação, nos mostra a presença de uma consolidação, ou seja, de um padrão alveolar característico ou de um padrão intersticial.

TRATAMENTO:

O tratamento dos pacientes ambulatórias (paciente que não preenche os critérios CURB-65 para hospitalização); Geralmente são pacientes jovens, previamente saudáveis, sem uso prévio de ATB < 3 meses, que não esteve internado (aquele paciente que chega com um quadro de tosse, febre iniciado a 3 dias, expectoração amarelada, dor torácica ventilatório dependente, crepitando na base direita, faz o raio X consolidação na base direita); Primeiramente devemos pensar nas pneumonias adquiridas na comunidade em paciente hígido devemos pensar nos principais agentes etiológicos seriam: Pneumococo, Chllamydophila pneumoniae, C. psittaci, Legionella sp, M. pneumoniae, C. burnetti : Nessa situação utiliza-se antibioticoterapia oral:  Macrolídeos (embora na literatura a evidência fraca, eles recomendam como primeira linha os macrolideos);  Claritromicina – 500mg 2X dia, 7 dias,  Azitromicina 500mg 1X dia 4 dias.  Amoxicilina – 1 grama 8/8 hs + azitromicina ou claritromicina 5-7 dias (Amoxicilina não cobre sozinha germes atípicos, por isso deve haver a associação com macrolídeos) 25% dos S. pneumoniae (principal agente das pneumonias desenvolvidas na comunidade) estão resistentes a eles. Outro caso, é quando temos um paciente com mais de 65 anos ou com co-morbidades, fez uso ATB nos últimos 3 meses (nesse padrão tem consolidação e pouco de intersticial).  Levofloxacin – 500mg 1X dia por 7 dias;  Moxifloxacin – 400mg 1X dia por 7 dias;  Amoxicilina/clavulanato – 2g VO 2 X dia + Macrolídeo por 5 - 7 dias