




























































































Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
- - - - - - -
Tipologia: Notas de estudo
1 / 389
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Copyright ©
André Augusto Cesta. aacesta@dcc.unicamp.br
Orientadora: Profa Dra Cecília Mary Fischer Rubira
PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETOS
Este tutorial se propõe a ensinar programação orientada a objetos em C++. A maioria dos livros não apresenta a linguagem nesse contexto, dando uma atenção maior para os recursos de C++ do que para a metodologia de programação. É recomendável que o leitor tenha acesso a um desses livros visto que não ensinaremos aqui aspectos considerados básicos que são em geral quase todos que permitem usar C++ como um C melhorado. Você pode usar C++, como uma linguagem procedural com recursos avançados, mais uma vez não é isso que pretendemos ensinar neste texto.
Na prática de programação orientada a objetos estaremos atentos em nossos programas para pontos como:
−Compatibilidade, portabilidade.
−Segurança.
−Reusabilidade.
TUTORIAL: 1
Uma classe é um tipo definido pelo usuário que contém o molde, a especificação para os objetos, assim como o tipo inteiro contém o molde para as variáveis declaradas como inteiros. A classe envolve, associa, funções e dados, controlando o acesso a estes, definí−la implica em especificar os seus atributos (dados) e suas funções membro (código).
Um programa que utiliza uma interface controladora de um motor elétrico provavelmente definiria a classe motor. Os atributos desta classe seriam: temperatura, velocidade, tensão aplicada. Estes provavelmente seriam representados na classe por tipos como float ou long. As funções membro desta classe seriam funções para alterar a velocidade, ler a temperatura, etc.
Um programa editor de textos definiria a classe parágrafo que teria como um de seus atributos uma string ou um vetor de strings, e como funções membro, funções que operam sobre estas strings. Quando um novo parágrafo é digitado no texto, o editor cria a partir da classe parágrafo um objeto contendo as informações particulares do novo texto. Isto se chama instanciação ou criação do objeto.
Classes podem ser declaradas usando a palavra reservada struct ou a palavra reservada class, nos exemplos posteriores entraremos em mais detalhes. As classes do próximo tópico 1.2 são declaradas com
áticas. Quando chegarmos em encapsulamento 1.3 mostraremos como declarar classes com class e não usaremos mais struct no tutorial.
Suponha um programa que controla um motor elétrico através de uma saída serial. A velocidade do motor é
proporcional a tensão aplicada, e esta proporcional aos bits que vão para saída serial e passando por um conversor digital analógico.
Vamos abstrair todos estes detalhes por enquanto e modelar somente a interface do motor como uma classe, a pergunta é que funções e que dados membro deve ter nossa classe, e que argumentos e valores de retorno devem ter essas funções membro:
Representação da velocidade:
A velocidade do motor será representada por um atributo, ou dado membro, inteiro (int). Usaremos a faixa de bits que precisarmos, caso o valor de bits necessário não possa ser fornecido pelo tipo , usaremos então o tipo long , isto depende do conversor digital analógico utilizado e do compilador.
Representação da saída serial:
O motor precisa conhecer a sua saída serial, a sua ligação com o "motor do mundo real". Suponha uma representação em hexadecimal do atributo endereço de porta serial, um possível nome para o atributo: enderecomotor. Não se preocupe em saber como usar a representação hexadecimal.
Alteração do valor da velocidade:
Internamente o usuário da classe motor pode desejar alterar a velocidade, cria−se então o método ( em C++ função membro): void altera_velocidade(int novav);. O código anterior corresponde ao cabeçalho da função membro, ela é definida junto com a classe motor, associada a ela. O valor de retorno da função é void (valor vazio), poderia ser criado um valor de retorno (int) que indicasse se o valor de velocidade era permitido e foi alterado ou não era permitido e portanto não foi alterado.
Não faz sentido usar, chamar, esta função membro separada de uma variável do tipo motor, mas então porque na lista de argumentos não se encontra um motor? Este pensamento reflete a maneira de associar dados e código (funções) das linguagens procedurais. Em linguagens orientadas a objetos o código e os dados são ligados de forma diferente, a própria declaração de um tipo definido pelo usuário já engloba as declarações
Este exemplo declara uma struct e em seguida cria um objeto deste tipo em main alterando o conteúdo desta variável. Uma struct é parecida com um record de Pascal, a nossa representa um círculo com os atributos raio, posição x , posição y, que são coordenadas cartesianas. Note que este objeto não possui funções membro ainda.
#include <iostream.h>
struct circulo
//struct que representa um circulo.
{
float raio;
float x;
//posicoes em coordenadas cartesianas
float y;
};
void main()
{
circulo ac;
1.2.1. ATRIBUTOS OU DADOS MEMBRO. 6
//criacao de variavel , veja comentarios.
ac.raio=10.0;
//modificacao de conteudo (atributos) da struct
ac.x=1.0;
//colocando o circulo em uma posicao determinada
ac.y=1.0;
//colocando o circulo em uma posicao determinada
cout << "Raio:"<<ac.raio <<endl;
//verificacao dos atributos alterados.
cout << "X:"<<ac.x << "\n"; // "\n"==endl
cout << "Y:" <<ac.y<< endl;
}
Resultado do programa:
Raio:
X:
Y:
1.2.1. ATRIBUTOS OU DADOS MEMBRO. 7
Os programadores C podem notar algo interessante: "C++ não requer a palavra struct na declaração da variável, ela se comporta como um tipo qualquer: int , float ...". Outros programadores que não haviam usado struct previamente em C não se preocupem, façam apenas os exercícios deste exemplo e estarão aptos a prosseguir.
Exercícios:
2)Simplifique o programa anterior retirando o atributo raio. Você pode dar o nome de ponto ou ponto_geometico para esta classe.
C++ permite que se acrescente funções de manipulação da struct em sua declaração, juntando tudo numa só entidade que é uma classe. Essas funções membro podem ter sua declaração (cabeçalho) e implementação (código) dentro da struct ou só o cabeçalho (assinatura) na struct e a implementação, código, fora. Este exemplo apresenta a primeira versão, o próximo a segunda versão (implementação fora da classe).
Essas funções compõem a interface da classe. A terminologia usada para designá−las é bastante variada: funções membro, métodos, etc. Quando uma função membro é chamada, se diz que o objeto está recebendo uma mensagem (para executar uma ação).
Um programa simples para testes sobre funções membro seria o seguinte:
#include <iostream.h>
1.2.2. MÉTODOS OU FUNÇÕES MEMBRO. 9
struct contador
//conta ocorrencias de algo
{
int num;
//numero do contador
void incrementa(void){num=num+1;};
//incrementa contador
void comeca(void){num=0;};
//comeca a contar
};
void main()
//teste do contador
{
contador umcontador;
umcontador.comeca();
//nao esqueca dos parenteses, e uma funcao membro e nao atributo!
1.2.2. MÉTODOS OU FUNÇÕES MEMBRO. 10
estar presentes: umcontador.incrementa();. Primeiro insere−se o nome do objeto e depois a chamada da função, estes são separados por um ponto. Cuidado para não esquecer os parênteses nas chamadas de funções membro em programas futuros, este é um erro bastante comum.
Agora o programa mais complicado, porém baseado no exemplo 1.2.1:
#include <iostream.h> //para cout
struct circulo
{
float raio;
float x;
//atributo coordenada cartesiana x
float y;
//atributo coordenada cartesiana y
void move(float dx,float dy)
//função membro ou função membro move
{
x+=dx;
//equivale a x=x+dx;
1.2.2. MÉTODOS OU FUNÇÕES MEMBRO. 12
y+=dy;
}
void mostra(void) //função membro ou função membro mostra
{
cout << "Raio:"<<raio <<endl;
cout << "X:"<<x << endl;
cout << "Y:" <<y<< endl;
}
};
void main()
{
circulo ac;
// * instanciação de um objeto circulo (criacao)
ac.x=0.0;
ac.y=0.0;
ac.raio=10.0;
1.2.2. MÉTODOS OU FUNÇÕES MEMBRO. 13
Comentários:
A função membro move altera as coordenadas do objeto. O objeto tem suas coordenadas x e y somadas com os argumentos dessa função membro. Note que esta função membro representa uma maneira mais segura, clara, elegante de alterar as coordenadas do objeto do que acessá−las diretamente da seguinte forma: ac.x+=dx;. ac.y+=dy;. Lembre−se que ac.x+=dx é uma abreviação para ac.x=ac.x+dx;.
Como funcionam no compilador as chamadas de funções membro:
É possível imaginar que as definições de funções membro ocupam um grande espaço na representação interna dos objetos, mas lembre−se que elas são todas iguais para uma classe então basta manter para cada classe uma tabela de funções membro que é consultada no momento da chamada. Os objetos só precisam ter uma referência para esta tabela.
Exercícios:
1)Neste mesmo programa, crie uma função para a struct chamada "inicializa" que deve ter como argumentos um valor para x, um para y e outro para o raio, e deve alterar os atributos inicializando−os com os valores passados.
Você pode abstrair o uso dessa função como uma maneira de inicializar o objeto de uma só vez embora a função o faça seqüencialmente. Comente as vantagens de fazê−lo, comparando com as outras opções, tenha sempre em mente a questão de segurança quando avaliar técnicas diferentes de programação.
2)No programa anterior, verifique que nada impede que você acesse diretamente os valores de x , y e raio e os modifique. Como você pode criar um número enorme de funções : altera_x(float a); move_raio(float dr); seria desejável que somente essas funções pudessem modificar x, y e raio. Você verá que isso é possível em encapsulamento 1.3. Por hora, crie essas funções.
3)Teste a função membro move com argumentos negativos, exemplo ac.move(−1.0,−1.5);. O resultado é coerente?
1.2.2. MÉTODOS OU FUNÇÕES MEMBRO. 15
4)Crie uma nova struct que representa um ponto, que informações você precisa armazenar? Que funções seriam úteis? Faça um programa para testar sua classe.
5)Melhore a classe contador, defina uma função que imprime o contador na tela. Se você estivesse fazendo um programa para rodar numa interface gráfica com o usuário esta função de imprimir na tela seria a mesma? Definir uma função que retorna uma copia do valor atual do contador garante maior portabilidade? Por quê? Para aprender a retornar valores consulte: 1.2.3.
6)"Há uma tendência em definir o maior número de funções membro em uma classe, porque nunca se pode prever exatamente o seu uso em programas futuros". Comente esta frase, tendo em vista o conceito de portabilidade. Você já é capaz de citar outras medidas que tornem suas classes mais portáveis? Leia o exercício anterior.
Até agora só tínhamos visto funções membro com valor de retorno igual a void. Uma função membro, assim como uma função comum, pode retornar qualquer tipo, inclusive os definidos pelo usuário. Sendo assim, sua chamada no programa se aplica a qualquer lugar onde se espera um tipo igual ou equivalente ao tipo do seu valor de retorno, seja numa lista de argumentos de outra função , numa atribuição ou num operador como o cout << variavel;
#include <iostream.h>
struct contador
//conta ocorrencias de algo
{
1.2.3. FUNÇÕES MEMBRO QUE RETORNAM VALORES. 16