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Localização e Trajeto do Nervo Cutâneo Lateral da Coxa na Injeção Intramuscular, Esquemas de Literatura

Um estudo sobre a localização, distribuição e trajeto do nervo cutâneo lateral da coxa e sua relação topográfica com a área recomendada para a prática de injeção intramuscular, com ênfase na dor decorrente desse procedimento. O estudo foi realizado através da dissecação clássica de 20 cadáveres adultos masculinos, observando a localização dos ramos nervosos do nervo cutâneo lateral da coxa em relação ao iliotibial tract. Os resultados indicam que a porção inferior do terço médio da coxa é a região menos inervada e, portanto, recomendada para a prática de injeção intramuscular na região antero-lateral da coxa, pois acarretará menos dor nesta área.

Tipologia: Esquemas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Pipoqueiro
Pipoqueiro 🇧🇷

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bg1
Rev Assoc Med Bras 2002; 48(4): 353-6 353
N
ERVO
CUTÂNEO
LATERAL
DA
COXA
VS
INJEÇÃO
INTRAMUSCULAR
DD
DD
DISTRIBUIÇÃOISTRIBUIÇÃO
ISTRIBUIÇÃOISTRIBUIÇÃO
ISTRIBUIÇÃO DODO
DODO
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NERVONERVO
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CUTÂNEOCUTÂNEO
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, F
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IZZO
R
IBEIRO
, R
ODRIGO
B
ARBOSA
L
ONGUINHO
E
S
ILVA
Trabalho realizado no Curso de Ciências Médicas do Centro Universitário Lusíada (UNILUS), Santos, SP
Artigo OriginalArtigo Original
Artigo OriginalArtigo Original
Artigo Original
RESUMO – A técnica de injeção intramuscular (IM) na região
ântero-lateral da coxa é prática médica muito utilizada. Entretan-
to, apesar desta área ser apontada como segundo melhor local para
esta prática, tanto em adultos como em crianças, a técnica ainda
mostra-se muito dolorosa em ambos.
O
BJETIVO
. Estudar a localização, distribuição, trajeto e relação
topográfica do nervo cutâneo lateral da coxa com a área recomen-
dada para prática da injeção intramuscular, relacionando-os à dor
decorrente de tal procedimento.
M
ÉTODO
. Através da exposição da região ântero-lateral por dissec-
ção clássica, o nervo cutâneo lateral da coxa foi identificado e isolado
em 20 cadáveres adultos masculinos fixados, dando-se ênfase à
visualização de seus ramos nervosos sobre o tracto iliotibial.
R
ESULTADOS
. Após emergir medialmente em relação à espinha
ilíaca ântero-superior, em 100% dos casos, o nervo cutâneo lateral
da coxa emite três ramos calibrosos em 70% dos espécimes, sendo
que em 30% emite apenas dois. No terço superior, e na porção
superior do terço médio da coxa, observa-se uma rede de numero-
sos ramúsculos nervosos envoltos por quantidade variável de tecido
adiposo. Todavia, na porção inferior do terço médio da coxa e no
terço inferior, não se visualizam ramos nervosos importantes.
C
ONCLUSÃO
. Baseados em nossos dados, recomendamos a utili-
zação da porção inferior do terço médio da coxa como local de
escolha para prática de injeção IM na região ântero-lateral da coxa,
por se tratar de uma região menos inervada, o que acarretará
menos dor nesta área durante tal procedimento, trazendo maior
conforto ao paciente.
U
NITERMOS
: Técnica de injeção intramuscular. Nervo cutâneo lateral
da coxa.
I
NTRODUÇÃO
Motivados pelos dados na literatura médi-
ca e pela escassez de detalhes nas descrições
anatômicas dos textos clássicos acerca do tra-
jeto dos ramos nervosos, estudamos a locali-
zação, distribuição e trajeto do nervo cutâneo
lateral da coxa e sua relação topográfica com a
área recomendada para a prática da injeção
intramuscular. Nosso intuito foi relacionar a
dor associada à injeção intramuscular na região
com a distribuição do nervo cutâneo lateral da
coxa, observando cuidadosamente a iner-
vação cutânea desta região.
A injeção intramuscular na área lateral da
coxa (região do músculo vasto lateral e do
tracto iliotibial) é prática médica e de enferma-
gem muito utilizada
1-3
em adultos e crianças.
Segundo textos clássicos, a técnica recomen-
dada baseia-se no volume da massa muscular e
na distribuição da inervação e vascularização,
que envolvem a área lateral da coxa. Entretan-
to, esta técnica mostra-se muito dolorosa,
principalmente em adultos.
A região ântero-lateral da coxa, em di-
versos textos, vem sendo apontada como o
segundo melhor local de escolha indicado
para a injeção IM em adultos e em crianças
2,3
(Tabela 1).
Textos clássicos em anatomia
4-14
descre-
vem sucintamente o nervo cutâneo lateral da
coxa, limitando-se a mostrar sua emergência
do plexo lombar e na raiz da coxa. Com
respeito à sua distribuição na região ântero-
lateral da coxa, os detalhes são omitidos ou
desconhecidos.
As fibras nervosas do plexo lombar que
*Correspondência:
Avenida Ana Costa, 118 – Vila Mathias
Cep:11064-032 – Santos – Sp – Fone: (013) 223-4579
formam o nervo cutâneo lateral da coxa são
compostas por ramos das raízes L2 e L3
8,9
. O
nervo cutâneo lateral da coxa pode-se originar
do nervo femoral ou constituir um ramo inde-
pendente do plexo lombar (L2, ou L1 e L2)
8
.
Sua origem extra abdominal ocorre abaixo do
ligamento inguinal medialmente à origem do
músculo sartório
6,9
, de onde, em seu trajeto
descendente, cruza o m. sartório em sua face
anterior e divide-se em dois ramos terminais:
um ramo glúteo (que se dirige látero-poste-
riormente, cruzando o músculo tensor da
fáscia lata), e um ramo femoral, que continua o
trajeto vertical da emergência cutânea do ner-
vo até a patela, ramificado-se para inervar a
pele da região ântero-lateral da coxa
9-11
.
Tabela 1 – Distribuição das regiões de injeção IM em relação à
escolha de indicação (em adulto e crianças)
Região de injeção Escolha de indicação
Ventro – Glútea Primeira
Ântero – Lateral da Coxa Segunda
Dorso – Glútea Terceira
Deltóidea Quarta
pf3
pf4

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N ERVO CUT¬NEO LATERAL DA COXA VS INJE«√O INTRAMUSCULAR

DDD DDISTRIBUI«√OISTRIBUI«√OISTRIBUI«√OISTRIBUI«√OISTRIBUI«√O DODODODODO NERVONERVONERVONERVONERVO CUT¬NEOCUT¬NEOCUT¬NEOCUT¬NEOCUT¬NEO LALALATERALLALATERALTERALTERALTERAL DDDDDAAAAA COCOCOXACOCOXAXAXAXA NANANANANA

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*R OG…RIO P ORTO DA R OCHA ,G ERALDO J OS… M EDEIROS F ERNANDES , A LESSANDRO V ENGJER , M AURÕCIO L EAL D IAS M ONGON , F ¡BIO P IZZO R IBEIRO , R ODRIGO B ARBOSA L ONGUINHO E S ILVA Trabalho realizado no Curso de Ciências Médicas do Centro Universitário Lusíada (UNILUS), Santos, SP

ArtigoArtigoArtigoArtigoArtigo OriginalOriginalOriginalOriginalOriginal

RESUMO ñ A tÈcnica de injeÁ„o intramuscular (IM) na regi„o ‚ntero-lateral da coxa È pr·tica mÈdica muito utilizada. Entretan- to, apesar desta ·rea ser apontada como segundo melhor local para esta pr·tica, tanto em adultos como em crianÁas, a tÈcnica ainda mostra-se muito dolorosa em ambos. O BJETIVO. Estudar a localizaÁ„o, distribuiÁ„o, trajeto e relaÁ„o topogr·fica do nervo cut‚neo lateral da coxa com a ·rea recomen- dada para pr·tica da injeÁ„o intramuscular, relacionando-os ‡ dor decorrente de tal procedimento. M…TODO. AtravÈs da exposiÁ„o da regi„o ‚ntero-lateral por dissec- Á„o cl·ssica, o nervo cut‚neo lateral da coxa foi identificado e isolado em 20 cad·veres adultos masculinos fixados, dando-se Ínfase ‡ visualizaÁ„o de seus ramos nervosos sobre o tracto iliotibial. R ESULTADOS. ApÛs emergir medialmente em relaÁ„o ‡ espinha ilÌaca ‚ntero-superior, em 100% dos casos, o nervo cut‚neo lateral

da coxa emite trÍs ramos calibrosos em 70% dos espÈcimes, sendo que em 30% emite apenas dois. No terÁo superior, e na porÁ„o superior do terÁo mÈdio da coxa, observa-se uma rede de numero- sos ram˙sculos nervosos envoltos por quantidade vari·vel de tecido adiposo. Todavia, na porÁ„o inferior do terÁo mÈdio da coxa e no terÁo inferior, n„o se visualizam ramos nervosos importantes. C ONCLUS√O. Baseados em nossos dados, recomendamos a utili- zaÁ„o da porÁ„o inferior do terÁo mÈdio da coxa como local de escolha para pr·tica de injeÁ„o IM na regi„o ‚ntero-lateral da coxa, por se tratar de uma regi„o menos inervada, o que acarretar· menos dor nesta ·rea durante tal procedimento, trazendo maior conforto ao paciente.

U NITERMOS : TÈcnica de injeÁ„o intramuscular. Nervo cut‚neo lateral da coxa.

I NTRODU«√O

Motivados pelos dados na literatura mÈdi- ca e pela escassez de detalhes nas descriÁıes anatÙmicas dos textos cl·ssicos acerca do tra- jeto dos ramos nervosos, estudamos a locali- zaÁ„o, distribuiÁ„o e trajeto do nervo cut‚neo lateral da coxa e sua relaÁ„o topogr·fica com a ·rea recomendada para a pr·tica da injeÁ„o intramuscular. Nosso intuito foi relacionar a dor associada ‡ injeÁ„o intramuscular na regi„o com a distribuiÁ„o do nervo cut‚neo lateral da coxa, observando cuidadosamente a iner- vaÁ„o cut‚nea desta regi„o. A injeÁ„o intramuscular na ·rea lateral da coxa (regi„o do m˙sculo vasto lateral e do tracto iliotibial) È pr·tica mÈdica e de enferma- gem muito utilizada 1-3^ em adultos e crianÁas. Segundo textos cl·ssicos, a tÈcnica recomen- dada baseia-se no volume da massa muscular e na distribuiÁ„o da inervaÁ„o e vascularizaÁ„o,

que envolvem a ·rea lateral da coxa. Entretan- to, esta tÈcnica mostra-se muito dolorosa, principalmente em adultos. A regi„o ‚ntero-lateral da coxa, em di- versos textos, vem sendo apontada como o segundo melhor local de escolha indicado para a injeÁ„o IM em adultos e em crianÁas 2, (Tabela 1). Textos cl·ssicos em anatomia 4-14^ descre- vem sucintamente o nervo cut‚neo lateral da coxa, limitando-se a mostrar sua emergÍncia do plexo lombar e na raiz da coxa. Com respeito ‡ sua distribuiÁ„o na regi„o ‚ntero- lateral da coxa, os detalhes s„o omitidos ou desconhecidos. As fibras nervosas do plexo lombar que

*CorrespondÍncia: Avenida Ana Costa, 118 – Vila Mathias Cep:11064-032 – Santos – Sp – Fone: (013) 223-

formam o nervo cut‚neo lateral da coxa s„o compostas por ramos das raÌzes L2 e L3 8,9^. O nervo cut‚neo lateral da coxa pode-se originar do nervo femoral ou constituir um ramo inde- pendente do plexo lombar (L2, ou L1 e L2) 8. Sua origem extra abdominal ocorre abaixo do ligamento inguinal medialmente ‡ origem do m˙sculo sartÛrio 6,9^ , de onde, em seu trajeto descendente, cruza o m. sartÛrio em sua face anterior e divide-se em dois ramos terminais: um ramo gl˙teo (que se dirige l·tero-poste- riormente, cruzando o m˙sculo tensor da f·scia lata), e um ramo femoral, que continua o trajeto vertical da emergÍncia cut‚nea do ner- vo atÈ a patela, ramificado-se para inervar a pele da regi„o ‚ntero-lateral da coxa 9-^.

Tabela 1 ñ DistribuiÁ„o das regiıes de injeÁ„o IM em relaÁ„o ‡ escolha de indicaÁ„o (em adulto e crianÁas) Regi„o de injeÁ„o Escolha de indicaÁ„o Ventro ñ Gl˙tea Primeira ¬ntero ñ Lateral da Coxa Segunda Dorso ñ Gl˙tea Terceira DeltÛidea Quarta

R OCHA PR ET AL.

M …TODOS

Selecionamos aleatoriamente 20 coxas (sendo 10 direitas e 10 esquerdas) de ca- d·veres adultos masculinos fixados, de ida- de entre 20 e 40 anos, todas provenientes do LaboratÛrio de Anatomia do Curso de CiÍncias MÈdicas do UNILUS em Santos ñ SP. Os espÈcimes apresentaram altura va- riando entre 1,60 m e 1,80 m com desvio padr„o de 0,10, e peso variando entre 60 kg e 90 kg com desvio padr„o de 0,15. A regi„o da coxa escolhida para a expo- siÁ„o estendeu-se da regi„o inguinal ao tend„o patelar e da linha mediana anterior ‡ margem lateral da cabeÁa longa do m˙s- culo bÌceps da coxa. A dissecaÁ„o foi realizada da maneira cl·s- sica, por planos, procedendo-se ‡ identifica- Á„o e isolamento dos ramos nervosos subcut‚- neos. Deu-se especial Ínfase ‡ visualizaÁ„o do tracto iliotibial. Utilizou-se o paquÌmetro de Vernier (Mitutoyo“Digital) para estabelecimento das medidas, sendo estas realizadas pelo mesmo observador. O acompanhamento do trajeto dos ramos nervosos foi comple- tado sob aumento (4x). Logo apÛs, os es- pÈcimes foram fotografados para compro- var os dados encontrados.

R ESULTADOS

O nervo cut‚neo lateral da coxa, em todos os casos, emerge medialmente ‡ espinha ilÌaca ‚ntero-superior e inferior- mente ao ligamento inguinal. Em 14 espÈcimes (70%), encontramos trÍs ramos calibrosos, localizados exatamente sobre o tracto iliotibial (Figs.1 e 2), cujas descri- Áıes, com pequenas variaÁıes, seriam: ï O primeiro ramo, o mais vertical, calibroso e longo dos trÍs ramos, prolonga- se atÈ a porÁ„o distal do fÍmur, prÛximo ‡ articulaÁ„o do joelho; ï O segundo ramo, com di‚metro inferior ao primeiro, dispıe-se de maneira oblÌqua, formando um ‚ngulo medial, de aproximada- mente 30∞, com o terceiro ramo; ï O terceiro ramo, mais lateral, dis- pıe-se com di‚metro semelhante ao se- gundo ramo, e segue obliquamente no sentido pÛstero-inferior, bifurcando-se em dois segmentos: um transversal e outro descendente.

Em seis espÈcimes (30%) encontramos dois ramos, como descrito na literatura(6,10), tambÈm dispostos sobre o tracto iliotibial (Fig. 3). Nas regiıes do terÁo superior e da porÁ„o superior do terÁo mÈdio da coxa, incidindo exata- mente sobre o tracto iliotibial, visualizamos uma

rede de numerosos ram˙sculos nervosos envoltos por quantidade vari·vel de tecido adiposo (Fig. 4). Todavia, na porÁ„o do terÁo mÈdio da coxa e no terÁo inferior, numa faixa imediata- mente anterior ao tracto iliotibial, n„o se ob- serva trama nervosa significativa.

Figura 1 ñ Origem extra-abdominal no nervo cut‚neo lateral da coxa (NCL) abaixo do ligamento inguinal, em membro inferior direito, subdividindo-se em trÍs ramos: 1, 2 e 3

Figura 2 ñ Esquema ilustrando a distribuiÁ„o do nervo cut‚neo lateral da coxa (NCL) sobre a regi„o ‚ntero-lateral da coxa, com suas respectivas ramificaÁıes: 1, 2 e 3

R OCHA PR ET AL.

Apesar da dor local n„o estar relacionada ex- clusivamente ‡ distribuiÁ„o do NCLC sobre a regi„o ‚ntero-lateral da coxa, acreditamos numa diminuiÁ„o dos fatores ·lgicos. Embora a dor provocada pela injeÁ„o intramuscular possa tambÈm ser devida ao com- prometimento traum·tico de outras estruturas profundas como f·scia e tendıes, por exemplo, a ·rea aqui proposta diminui a ocorrÍncia de fenÙmenos dolorosos por minimizar a possibili- dade de que sejam atingidos ramos nervosos.

C ONCLUS√O

Baseados nos dados obtidos da anatomia local, recomendamos considerar a utilizaÁ„o da porÁ„o inferior do terÁo mÈdio da coxa (metade distal do ret‚ngulo j· descrita na tÈcnica cl·ssica), como prioridade na escolha para a aplicaÁ„o da injeÁ„o IM na regi„o ‚ntero-lateral da coxa sem- pre que possÌvel, por se tratar de uma regi„o com menor incidÍncia de ramos nervosos, (re- gi„o menos inervada), o que poder· acarretar menos dor nesta ·rea durante tal procedimen- to, trazendo maior conforto ao paciente.

S UMMARY

D ISTRIBUTION OF THE LATERAL CUTA -

NEOUS NERVE OF THE THIGH IN THE AREA OF INTRAMUSCULAR INJECTION The technique of intramuscular injection (IM) into the antero-lateral region of the thigh is widely used. Nevertheless, despite this area

Artigo recebido: 26/07/ Aceito para publicaÁ„o: 06/02/

being indicated as the second best location for this practice, the technique is still observed to be very painful for both adult and child patients. O BJECTIVE. To study the localization, distribution and course of the lateral cutaneous nerve of the thigh, and its topographic relationship with the area recommended for the practice of intramuscular injection, relating these characteristics to the pain resulting from such procedures. M ETHOD. By means of exposing the antero- lateral region by classical dissection, the lateral cutaneous nerve of the thigh was identified and isolated in 20 fixed adult male cadavers, giving emphasis to the viewing of its nerve rami across the iliotibial tract. R ESULTS. In 100% of the cases, the late- ral cutaneous nerve emerged medially in relation to the upper anterior iliac spine. After this, it issued three wide-caliber rami in 70% of the specimens and only two in the remaining 30%. In the upper third and in the upper portion of the middle third of the thigh, a network of numerous small nerve rami was observed, enveloped in a variable quantity of adipose tissue. However, in the lower portion of the middle third of the thigh and in the lower third, no significant nerve rami were seen. C ONCLUSION. Based on our data, we recommend whenever possible that the distal half of the region displayed by the classical technique be utilized as the

location of choice for the practice of intramuscular injection into the antero-late- ral region of the thigh. This is because this region is less innervated by the lateral cutaneous nerve of the thigh, which will cau- se less pain in this area during such procedures, thereby affording greater comfort to the patient. [Rev Assoc Med Bras 2002; 48(4): 353-6]

KEY WORDS : Intramuscular injection technique. Lateral cutaneous nerve of the thigh.

R EFER NCIAS

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  2. Horta WA, Teixeira MS. InjeÁıes parenterais. Rev Esc Enferm USP 1973; 7:46-79.
  3. Castellanos BEP. Estudo sobre as regiıes para aplicaÁ„o de injeÁıes por via intramuscular. S„o Paulo: ¡tica; 1987. p.89.
  4. Gray H, Warwick R, Williams PL, editors. Anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan;
    1. p.987-8.
  5. Hollinshead WH, Rosse C. Anatomia. 4a ed. Rio de Janeiro: Interlivros; 1991. p.314-5.
  6. RouviËre H. PrÈcis díanatomie et de dissection. Paris: Masson et Cie. 1913. p.402-
    1. (Collection de prÈas mÈdicaux)
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    1. p.106.
  8. Gardner ED, Gray DJ, Oírahilly R. Anatomia: estudo regional do corpo humano. 2a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1967. p.492.
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  11. Spalteholz W. Atlas de anatomia humana. S„o Paulo: Roca; 1998. p.396.
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  13. Sobotta J, Staubesand J, ed. Atlas de anatomia humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan;
  14. p.350.
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  17. Becton Dickinson Ind˙strias Cir˙rgicas. AtualizaÁ„o em tÈcnicas de injeÁ„o. Arte Impressa; 1991. p.63-6.

Figura 6 ñ Esquema ilustrando a ·rea proposta para injeÁ„o intramuscular na regi„o ‚ntero-lateral da coxa, utilizando-se a metade distal do quadril·tero (·rea hachurada) como local de escolha para a aplicaÁ„o desta injeÁ„o