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DISSERTAÇÃO Sinara Cunha Lima .pdf, Provas de Odontologia

diferentes iniciadores, sendo dois fotopolimerizáveis (Variolink® Esthetic LC e NX3®. LC) e um dual (NX3® DC). Foram confeccionados discos de cerâmica IPS ...

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Raimundo
Raimundo 🇧🇷

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
MESTRADO EM ODONTOLOGIA
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM CLÍNICA INTEGRADA
SINARA CUNHA LIMA
INFLUÊNCIA DA ESPESSURA E TRANSLUCIDEZ DA CERÂMICA DE
DISSILICATO DE LÍTIO NA TAXA DE CONVERSÃO DE CIMENTOS
RESINOSOS COM DIFERENTES INICIADORES
Recife
2021
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

MESTRADO EM ODONTOLOGIA

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM CLÍNICA INTEGRADA

SINARA CUNHA LIMA

INFLUÊNCIA DA ESPESSURA E TRANSLUCIDEZ DA CERÂMICA DE

DISSILICATO DE LÍTIO NA TAXA DE CONVERSÃO DE CIMENTOS

RESINOSOS COM DIFERENTES INICIADORES

Recife 2021

SINARA CUNHA LIMA

INFLUÊNCIA DA ESPESSURA E TRANSLUCIDEZ DA CERÂMICA DE

DISSILICATO DE LÍTIO NA TAXA DE CONVERSÃO DE CIMENTOS RESINOSOS

COM DIFERENTES INICIADORES

Dissertação apresentada ao programa de Pós-graduação em Odontologia do Centro de Saúde da Universidade Federal de Pernambuco como requisito parcial para obtenção do título de mestre em Odontologia com área de concentração em Clínica Integrada. Orientadora: Profa^ Drª Bruna de Carvalho Farias Vajgel Coorientadora: Profa^ Drª Renata Cimões Recife 2021

SINARA CUNHA LIMA

"INFLUÊNCIA DA ESPESSURA E TRANSLUCIDEZ DA CERÂMICA DE DISSILICATO DE LÍTIO NA

TAXA DE CONVERSÃO DE CIMENTOS RESINOSOS COM DIFERENTES INICIADORES"

Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Ciências da Saúde, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Odontologia. Área de concentração: Clínica Integrada . Aprovado em: 30/08/ Orientador: Prof.ª Dr.ª Bruna de Carvalho Farias Vajgel BANCA EXAMINADORA


Prof.ª Dr.ª Joel Ferreira Santiago Junior (Examinador Externo) Universidade de São Paulo, Campus Bauru


Prof.ª Dr.ª Cátia Maria Fonseca Guerra (Examinadora Externa) Universidade Federal de Pernambuco


Prof.ª Dr.ª Juliana Raposo Souto Maior (Presidenta) Universidade Federal de Pernambuco

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente aos meus pais, Monica da Cunha e Joselito Lima por terem me concebido e criado com tanto amor e carinho. Agradeço por todo o suporte e incentivo dado para que eu pudesse estudar. À minha irmã, Mariana Cunha, por ser companheira em todos os momentos. Obrigada por sempre ter uma palavra amiga e uma boa história para contar. Ao meu esposo, Carlos Eduardo Sá, que é o meu companheiro do dia-a- dia a apenas 10 meses. Agradeço pelo empréstimo do carro para ir à UFPE, pelas horas dedicadas me ajudando com as planilhas do excel e tentando entender as análises estatísticas junto comigo, e pelo café quente nas noites de estudo. À toda minha família que sempre esteve presente, em especial à minha tia e madrinha Vera Lúcia que como professora vibrou junto comigo a aprovação no vestibular e foi a responsável por me presentear com o primeiro jaleco. À professora Bruna Farias pela orientação na monitoria de PPR, na iniciação cientifica e agora no mestrado. Agradeço pelo suporte concedido para realização dessa pesquisa. Obrigada pela confiança, conselhos, pelos puxões de orelha, por acreditar em mim e por me presentear com desafios cada dia maiores. A senhora foi peça-chave na construção deste trabalho e na minha formação acadêmica. À professora Renata Cimões pela co-orientação no trabalho e na vida. Agradeço pelas palavras sinceras e pela generosidade. À todos os amigos do grupo de pesquisa Perio-Implante UFPE, em especial as alunas da graduação Andreza Amaral e Giovanna Bione, e a colega do doutorado Jéssyca França que me ajudaram ativamente na construção desta dissertação. À todos da turma de mestrado 2019. Agradeço pelas conversas descontraídas e pelo suporte e esforço para sanar as dúvidas. Ao Junior Lima, técnico em prótese dentária, que construiu junto comigo toda a metodologia para obter os discos de cerâmica e executou com maestria a confecção dos discos em seu laboratório Junior Lima-atelier dental. Agradeço pelas inúmeras vezes que me recebeu em seu laboratório.

RESUMO

A taxa de conversão (TC) dos cimentos resinosos pode ser influenciada pela espessura e translucidez das restaurações indiretas, assim como pelo tipo de cimento empregado. Portanto, o objetivo foi avaliar a influência da espessura e translucidez da cerâmica de dissilicato de lítio na TC de cimentos resinosos com diferentes iniciadores, sendo dois fotopolimerizáveis (Variolink®^ Esthetic LC e NX3® LC) e um dual (NX3®^ DC). Foram confeccionados discos de cerâmica IPS e.max® Press em quatro espessuras (0,3, 0,5, 1, 0 , e 1,5 mm) na cor A2, e em três translucidez: HT (alta translucidez), LT (baixa translucidez), e MO (média opacidade). Em seguida, 234 amostras de cimento resinoso com 5mm de diâmetro e 1mm de espessura foram fotopolimerizados com a interposição dos respectivos discos de cerâmica. Após, a TC das amostras foi mensurada pela Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR). Os dados TC (%) foram avaliados pelos testes Mann-Whitney e Kruskal Wallis (p < 0,05). Observou-se diferença significativa entre todos os cimentos estudados (p < 0,05), onde o Variolink obteve as melhores médias de TC ( 8 0,62 ± 5,51%), e o NX3 DC apresentou as menores TC (38,36 ± 3, 82 %). Quanto à influência das espessuras na TC, não houve diferença significante (p>0,05), exceto para as espessuras do grupo HT do NX3 DC (p = 0,005). Para translucidez, a MO interferiu na TC do Variolink (78,32 ± 7,36%; p=0,018), e o NX3 DC apresentou menores TC com diferença significativa para as diferentes translucidezes dos discos cerâmicos (p=0,001). Portanto, conclui-se que a maioria das espessuras e translucidezes da cerâmica não afetou a TC dos cimentos resinosos fotopolimerizáveis, com exceção do cimento dual que foi negativamente influenciado pelas espessuras dentro do grupo HT e pelas translucidezes. O Variolink (Ivocerin®) quando comparado com o NX3 LC e DC (REDOX®) obteve melhores TC, mesmo com cerâmicas mais espessas e opacas, sugerindo uma ampla aplicação clínica. Palavras-chave: cerâmica; cimentos de resina; fotoiniciadores dentários.

ABSTRACT

The degree of conversion (DC) of resin cements might be influenced by the thickness and translucency of indirect restorations, as well as by the type of resin cement. Therefore, the study aimed to evaluate the influence of the thickness and translucency of lithium disilicate ceramic on the DC of resin cements with different initiators: two light-cured (Variolink®^ Esthetic LC and NX3®^ Light), and one dual (NX3®^ Dual). IPS e.max®^ Press ceramic discs were prepared in four thicknesses (0.3, 0.5, 1.0, and 1.5 mm), color A2, and in three translucency: HT (high translucency), LT (low translucency), and MO (medium opacity). Subsequently, 234 samples of resin cement, with 5mm diameter and 1mm height, were photopolymerized through those ceramic discs. The DC of the samples was assessed by Fourier Transform Infrared Spectroscopy (FTIR), and evaluated by Mann-Whitney and Kruskal Wallis. There was statistical difference between all cements (p £ 0.05), where Variolink had the highest DC mean (80,62 ± 5,51%), and NX3 Dual the lowest (38,36 ± 3,82%). Among thicknesses, there were no differences (p>0.05), except for NX3 Dual HT group (p = 0,005). For translucency, MO type affected Variolink DC (78.32 ± 7.36%; p=0.018), and NX3®^ Dual showed a significant difference in DC among translucencies (p=0.001). To conclude, thickness and translucency do not affect the DC of light-cured resin cements; however, the DC of the dual-cured resin cement was significantly affected by translucencies. Variolink (Ivocerin®) when compared to NX3 Light and Dual (REDOX®) reached higher DC, even with thicker and more opaque ceramics, suggesting a wide clinical application. Keywords: ceramic; resin cement; photoinitiators, dental.

LISTA DE TABELAS

DISSERTAÇÃO

Tabela 1 – Cimentos resinosos utilizados na pesquisa....................................... 21 Tabela 2 – Distribuição dos grupos de acordo com os cimentos resinosos e quantidade de amostras. ................................................................ 23 ARTIGO Table 1 – Group distribution according to resin cements .................................... 48 Table 2 – Resin cements ..................................................................................... 49 Table 3 – Comparative analysis of DC means according to the cement, and thickness and translucency of ceramic ............................................. 50 Tabela 4 – Comparative analysis of DC means according to the cement, and thickness and translucency of ceramic. ............................................ 51 Table 5 – Descriptive means of DC according to resin cement and ceramic translucency. .................................................................................... 52

LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

Æ Diâmetro ATR Reflectância total atenuada BAPO 2,4,6-Trimetilbenzofenona Bis-EMA Bisfenol A dimetacrilato etoxilado Bis-GMA Bisfenol A glicol dimetacrilato CQ Canforoquinona CRO Registro no conselho regional de odontologia D3MA 1,10-decanodiol dimetacrilato DC Dual-cured (cura dual) DP Desvio padrão EDMAB Etil 4-dimetil aminobenzoato FTIR Espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourier HEMA Metacrilato de 2-hidroxietila HT Alta translucidez LC Light-cured (fotopolimerizável) LT Baixa translucidez MEMO metacriloxipropiltrimetoxisilano MO Média opacidade mW/cm^2 Miliwatt por centímetro quadrado N e n Número NX3 Terceira geração do cimento resinoso Nexus SLA estereolitografia TC Taxa de conversão TEGDMA Trietileno glicol dimetacrilato TPO Óxido de 2,4,6-trimetil benzoildifenil fosfina UDMA Uretano dimetacrilato UFPE Universidade Federal de Pernambuco Variolink E Variolink Esthetic LC

1 INTRODUÇÃO

A busca atual por restaurações estéticas tem como resultado um aumento no uso de facetas de cerâmica na Odontologia. As facetas possuem ampla aplicação clínica e dependendo da indicação podem ter de 1 mm a menos de 0,5 mm de espessura, enquanto coroas totais de cerâmica possuem espessura a partir de 1, 0 mm (1, 2). Para o sucesso deste procedimento, a qualidade do material restaurador indireto não é o único critério a ser considerado. O sucesso a longo prazo dessas restaurações é determinado em parte, pela durabilidade da união adesiva que pode ser influenciada pela espessura e translucidez da restauração indireta, assim como pelo tipo de cimento e sistema adesivo empregado. A cimentação adesiva das restaurações cerâmicas oferece diversas vantagens, dentre elas a união química com a estrutura dentária, onde os cimentos resinosos proporcionam esta união (3). Outro fator importante quanto ao sucesso da adesão, é a influência da cerâmica na conversão dos monômeros dos cimentos resinosos em polímeros (4). Os parâmetros inerentes a cerâmica que podem influenciar na TC estão relacionadas com o tipo da cerâmica, translucidez do material e espessura das restaurações (5), assim como as propriedades físicas de reflexão, absorção e refração da luz do fotopolimerizador quando entra em contato com o disco de cerâmica também influenciam na TC (6). Consequentemente, baixas TC estão relacionadas com um excesso de monômero residual que é citotóxico para a polpa e tecidos orais, assim como lixiviação desses monômeros por difusão da água, afetando diretamente na força e estabilidade da união adesiva, aumentando também a porosidade do cimento e levando a um acúmulo de bactérias, por fim, comprometendo a integridade da estrutura dentária e longevidade da restauração indireta (1, 7-9). A translucidez dos materiais cerâmicos pode variar de acordo com os fatores: saturação da cor, estrutura cristalina, espessura, número de ciclos de queima, tamanho das partículas cristalinas e pigmentos. Já a espessura da cerâmica pode influenciar a transmissão e qualidade da luz do fotopolimerizador que atinge a camada de cimento subjacente (6, 10-12). Portando, a escolha do tipo de cerâmica, espessura, cor e opacidade (translucidez) reflete diretamente na TC dos cimentos resinosos. Dessa forma, alguns estudos têm proposto que quanto maior a espessura da faceta, maior deve ser o tempo de exposição à luz para aumentar a energia

radiante que atinge o cimento resinoso e assim obter melhores propriedades mecânicas (1, 13-17). Os cimentos resinosos são compostos por diferentes tipos de monômeros e iniciadores que quando ativados, reagem formando cadeias poliméricas e atingindo um estado sólido (18, 19). Consequentemente, as características e propriedades desses cimentos dependem diretamente da TC dos monômeros em polímeros (20). Estes são classificados de acordo com o tamanho das partículas (micro e nano), tipo de adesão (convencional e auto condicionante), e pelo tipo de cura (química, dual ou fotoativado) (7, 8, 21). Os cimentos duais dependem da exposição à luz e de reações químicas de cura para produzir quantidades suficientes de radicais livres capazes de aumentar a TC do monômero em polímero, assim melhorando suas propriedades físicas e mecânicas (22). Porém, tais cimentos possuem aminas terciárias em sua composição que atuam como co-iniciadores do processo de polimerização, e estão associados a um comprometimento da estabilidade da cor a longo prazo (7, 23). A etapa de manipulação dos cimentos duais, faz com que a incorporação de bolhas de ar seja inevitável, e esta interação com o oxigênio atmosférico pode enfraquecer algumas propriedades, como dureza e rugosidade. Para minimizar esta reação com oxigênio, vários fabricantes desenvolveram pontas de automistura (20, 24). Já os cimentos fotopolimerizáveis possuem iniciadores que dependem da luz azul para iniciar a polimerização. A CQ é um fotoiniciador Norrish tipo II, onde ela depende de uma molécula doadora de hidrogênio, normalmente uma amina terciária, para desencadear a formação de radicais livres. Esses radicais reagem com os monômeros metacrilatos e dão início ao processo de polimerização. Por outro lado, a amina terciária presente em materiais com a CQ provoca um amarelamento do material a longo prazo devido a uma reação de oxidação, desfavorecendo o fator estabilidade de cor (24). Atualmente, alguns cimentos têm utilizado fotoiniciadores Norrish tipo I (Ivocerin®, TPO, BAPO) em sua formulação, os quais não necessitam de componentes químicos adicionais para a formação de radicais (18, 19, 25). Estes quando expostos a luz sofrem uma clivagem, a molécula se divide em dois ou mais radicais que reagem com os monômeros para formar a cadeia polimérica, um exemplo são os derivados do benzoil germânio (Ivocerin) que clivam em radicais germila e benzoíla (7, 8, 14, 26). Os fotoiniciadores tipo I

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral Avaliar a influência da espessura e translucidez da cerâmica de dissilicato de lítio na TC de cimentos resinosos com diferentes iniciadores, sendo dois fotopolimerizáveis (Variolink®^ Esthetic LC e NX3®^ LC) e um dual (NX3®^ DC). 2.2 Objetivo específico

  • Avaliar a influência das espessuras (0,3, 0,5, 1,0 e 1,5 mm) na TC dos cimentos resinosos Variolink®^ Esthetic LC, NX3®^ LC e NX3® DC;
  • Verificar a influência das translucidezes (HT, LT e MO) na TC dos cimentos resinosos Variolink®^ Esthetic LC, NX3®^ LC e NX3®^ DC;
  • Comparar a TC de cimentos resinosos com diferentes iniciadores, sendo dois fotopolimerizáveis (Variolink® Esthetic LC e NX3® LC) e um dual (NX3® DC);

3 METODOLOGIA

3.1 Localização do estudo O presente estudo foi realizado no Laboratório da pós-graduação em Odontologia e no Laboratório de combustíveis (LAC) da Universidade Federal de Pernambuco, e em parceria com o Laboratório Junior Lima Atelier Dental/ CRO-PE: 440, localizado na cidade do Recife-PE. 3.2 Tipo de estudo Este estudo é do tipo experimental laboratorial. 3.3 Hipóteses H0: a) a espessura e translucidez da cerâmica de dissilicato de lítio não afeta a TC dos cimentos resinosos; b) Não houve diferença entre a TC dos cimentos fotopolimerizáveis e dual. H1: a) a espessura e translucidez da cerâmica de dissilicato de lítio afeta a TC dos cimentos resinosos; b) Houve diferença entre a TC dos cimentos fotopolimerizáveis e dual. 3.4 Confecção dos discos de cerâmica Inicialmente foram confeccionados discos de cerâmica IPS e.max®^ Press (Ivoclar Vivadent) com Æ = 10 mm, em quatro espessuras (0,3 mm, 0,5 mm, 1,0 mm, 1,5 mm) na cor A2, e em três translucidezes: HT (alta translucidez), LT (baixa translucidez), e MO (média opacidade) de acordo com as especificações do fabricante (n=3 discos para cada espessura/translucidez, totalizando 36 discos cerâmicos), pelo laboratório Junior Lima – atelier dental (tabela 2 ) (28-30). Primeiramente, um protótipo dos discos de cerâmica foi projetado no programa exocad GmbH®^ seguindo o diâmetro e espessuras estabelecidos. O projeto foi salvo no formato STL para ser impresso em uma impressora 3D com resina (Anycubic Photon LCD-based SLA 3D Printer, Shenzhen, China) (Figuras 1 e 2).

Aleatoriamente, um dos lados do disco de cerâmica foi submetido a acabamento e polimento com pedras e borrachas (DT01, DT08 diamante - Diaturbo, Ribeirão Preto, Brasil) para simular o processo que o técnico em prótese dental realiza nas restaurações indiretas de cerâmica (32). O outro lado do disco não foi submetido a polimento. Todas os discos foram limpos em cubas ultrassônicas em água deionizada (Ultrasonic Cleaner 1440 D) por 10 min e secas com jatos de ar comprimido. As espessuras finais foram confirmadas com um especímetro (Golgran) e um paquímetro digital (Zaas precision; 0,01 mm). Duas camadas de pasta glaze (IPS e.max Ceram Glaze, Ivoclar-Vivadent) foram aplicadas na superfície da cerâmica polida com movimentos em direção única. Cada camada de pasta glaze queimou no forno de sinterização (P710 Programat; Ivoclar-Vivadent) por 15 min, segundo orientações do fabricante. Após, os discos foram condicionados em recipientes específicos e separados por translucidez e espessura (Figura 5) de acordo com a tabela 2. Figura 4: Discos de cerâmica após injeção (4 espessuras). Figura 3: Discos de resina no anel de injeção. Fonte: A autora. Fonte: A autora.

3.5 Mensuração da irradiância transmitida (mW/cm^2 ) O aparelho emissor de luz LED através dos discos de cerâmica utilizado foi o fotopolimerizador VALO (Ultradent Inc, South Jordan, UT, USA), na potência standard (20s), onde, de acordo com o fabricante, alcança uma irradiância de até 1000 mW/cm^2 neste modo (1). Um radiômetro (Hilux Ledmax Dental Curing Light Meter, Benlioğlu Dental Inc.) foi utilizado para confirmar e mensurar a irradiância que atravessou os discos de cerâmica (33) (Figura 6). Para isto, os discos de cerâmica foram posicionados sobre a área fotossensível do radiômetro e a ponta LED do fotopolimerizador foi posicionada em contato e perpendicular ao disco (32). Primeiramente, o aparelho foi acionado por 60 segundos, completando três ciclos de 20 segundos. Esta etapa teve por objetivo padronizar a temperatura da lâmpada (34). Para obter uma irradiância estável, todas as mensurações foram registradas após 10 segundos de ativação (32). Posteriormente, foi realizada uma leitura controle, onde a ponta fotopolimerizadora foi colocada perpendicular e em contato com a porção central da superfície fotossensível do radiômetro. As mensurações foram realizadas com todos os discos de cerâmica, seguindo o protocolo descrito anteriormente (30, 35). Figura 5: Aspecto final dos discos de cerâmica. Fonte: A autora.