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Displasia Congênita de Quadril: Anatomia, Desenvolvimento e Diagnóstico, Notas de estudo de Ortopedia

A displasia congênita de quadril (ddq), uma condição que afeta o desenvolvimento da articulação do quadril. O texto descreve a anatomia do quadril, o desenvolvimento da articulação, os fatores de risco para a ddq, os sintomas, o diagnóstico e o tratamento. O documento também inclui informações sobre os testes de barlow e ortolani, utilizados para avaliar a instabilidade do quadril em recém-nascidos.

Tipologia: Notas de estudo

2025

À venda por 06/04/2025

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OSSOS
Ocíngulo do membro inferior é um anel ósseo, em
forma de bacia, que une a coluna aos dois fêmures.
Suas principais funções são:
Suporta o peso do tronco nas posições sentada
e em pé.
Transfere o peso do esqueleto axial para as
pernas quando em e ao caminhar.
Serve de ponto de fixação para músculos
importantes da locomoção, postura e parede
abdominal.
Esse cíngulo é formado por 3 ossos:
Ossos do quadril direito e esquerdo: cada um
deles é formado pela fusão de ílio (superior),
ísquio (posteroinferior) e púbis (anteroinferior).
Na infância, esses ossos são separados e se
fundem por volta dos 23 anos de idade.
Sacro.
No ponto de fusão do ílio, ísquio e púbis encontra-se
oacetábulo (cavidade hemisférica), que recebe a
cabeça do fêmur.
Pelve falsa (maior): localizada superiormente à linha
terminal, é limitada pelas asas do ílio lateralmente e
pelas vértebras lombares posteriormente.
Pelve verdadeiro (menor): A região abaixo da linha
terminal é cercada principalmente por estruturas
ósseas, formando uma bacia profunda que abriga os
órgãos pélvicos. Tem grande importância na
obstetrícia e ginecologia.
SCULOS
ARTICULÕES
Articulações sacroilíacas: unem o esqueleto axial e o
esqueleto apendicular inferior.
APG 7-DISPLASIA CONGÊNITA QUADRIL
Objetivos
1-Compreender a morfofisiologia do quadril;
2-Erigir a displasia congênita de quadril.
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OSSOS

 O cíngulo do membro inferior é um anel ósseo, em forma de bacia, que une a coluna aos dois fêmures. Suas principais funções são:  Suporta o peso do tronco nas posições sentada e em pé.  Transfere o peso do esqueleto axial para as pernas quando em pé e ao caminhar.  Serve de ponto de fixação para músculos importantes da locomoção, postura e parede abdominal.  Esse cíngulo é formado por 3 ossos:  Ossos do quadril direito e esquerdo: cada um deles é formado pela fusão de ílio (superior), ísquio (posteroinferior) e púbis (anteroinferior). Na infância, esses ossos são separados e se fundem por volta dos 23 anos de idade.  Sacro.  No ponto de fusão do ílio, ísquio e púbis encontra-se o acetábulo (cavidade hemisférica), que recebe a cabeça do fêmur.  Pelve falsa (maior): localizada superiormente à linha terminal, é limitada pelas asas do ílio lateralmente e pelas vértebras lombares posteriormente.  Pelve verdadeiro (menor): A região abaixo da linha terminal é cercada principalmente por estruturas ósseas, formando uma bacia profunda que abriga os órgãos pélvicos. Tem grande importância na obstetrícia e ginecologia.

MÚSCULOS

ARTICULAÇÕES

 Articulações sacroilíacas: unem o esqueleto axial e o esqueleto apendicular inferior.

APG 7-DISPLASIA CONGÊNITA DÊ QUADRIL

Objetivos

1-Compreender a morfofisiologia do quadril; 2-Erigir a displasia congênita de quadril.

 Sínfese púbica: une os púbis.  É uma articulação esferóidea formada pela cabeça do fêmur e o acetábulo.  O lábio do acetábulo, uma borda de fibrocartilagem, aumenta a profundidade do acetábulo, proporcionando um encaixe eficaz com a cabeça do fêmur e tornando os deslocamentos do quadril raros.

LIGAMENTOS

MOVIMENTOS DO QUADRL

DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL

 É uma expressão genérica que descreve um espectro de anormalidades do quadril, podem ser congênitas ou de desenvolvimento após o nascimento.  Essa displasia implica progressiva deformidade do quadril, em que o fêmur proximal, o acetábulo e a cápsula são defeituosos→ perda da relação articular.  A DDQ manifesta-se de várias formas, dependendo do grau de deslocamento, da idade do paciente, ou, ainda, da condição do quadril, se é instável, displásico, subluxado ou luxado.  Na instabilidade, o quadril está contido e reduzido, mas lasso (frouxo, solto), instável e, por conseguinte, passível de luxação.  A luxação é o deslocamento completo de uma articulação, com perda total do contato entre as superfícies articulares, enquanto a subluxação é um deslocamento parcial com algum contato ósseo.  A luxação do quadril é dividida em 3 categorias:  Teratológica: ocorre antes do nascimento e envolve graves deformidades do acetábulo, da cápsula e do fêmur proximal, associada a outras malformações, como mielomeningocele, artrogripose múltipla congênita, agenesia lombossacral e anomalias cromossômicas;  Neurológica: em decorrência dos desequilíbrios musculares pós-natais, como na paralisia cerebral;  Típica: ocorre em crianças normais. (luxação, subluxação, quadril “luxável”, e quadril “subluxável”.)

 Essas alterações nos genes comprometem a formação da cartilagem e dos tecidos articulares, tornando as articulações mais frágeis, instáveis e propensas a lesões e dificuldades de movimento.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

 (^) A manifestação clínica é dada por achados durante o exame físico sendo estes: encurtamento do membro inferior, assimetria das dobras da coxa, das pregas poplíteas, das dobras inguinais e frouxidão de extensão do quadril e joelho.  Em recém-nascidos, a displasia do quadril sem instabilidade ou luxação é assintomática e só pode ser detectada por ultrassonografia ou testes.

DIAGNÓSTICO

 Deve ser feito o mais precocemente possível.  O médico deverá observar: existência de alguma assimetria dos membros inferiores; excessiva rotação externa dos membros inferiores; desproporção da bacia; ou encurtamento aparente dos membros inferiores em relação ao tronco.  O exame ideal deve ser realizado no berçário ou nos primeiros dias de vida, considerando a história clínica, fatores de risco e antecedentes para o diagnóstico.  A investigação de uma criança com patologia ortopédica exige uma anamnese detalhada e um exame físico completo, que inclui informações sobre o período pré, peri e pós-natal, além de uma avaliação do sistema musculoesquelético e neurológico.  A inspeção, palpação, avaliação da amplitude de movimento e da marcha (para as crianças que já andam) são essenciais para uma avaliação completa. No recém-nascido e nos bebês o diagnóstico da DDQ é eminentemente clínico e realizado com as manobras de Ortolani e de Barlow.  Com o progressivo deslocamento posterolateral e cranial da cabeça femoral, aumentam as alterações anatômicas nas articulações.  A contratura em adução do quadril: movimento de abdução fica limitado.  Encurtamento aparente da coxa: pode ser identificado com o sinal de Galeazzi, que mostra uma diferença no comprimento das pernas.  Postura em rotação externa do membro inferior faz com que a perna fique em rotação externa quando o quadril e o joelho estão em extensão.  A assimetria das pregas glúteas ocorre quando as pregas nas nádegas ficam desiguais, sendo mais visíveis quando há luxação unilateral.  A criança anda com claudicação por conta da fraqueza do glúteo médio e do encurtamento do membro afetado.  Em ortostatismo, apresenta lordose lombar excessiva, rotação externa do MI, trocanter maior proeminente e sinal de Trendelenburg positivo.  Com o aumento da contratura em adução do quadril, ocorre geno valgo compensatório.  Quando o diagnóstico é muito tardio, aparece sob a forma de dor em consequência de artrose precoce do quadril.

SINAIS CLÍNICOS

MANOBRAS

 O teste de Ortolani é realizado da seguinte forma:

  1. O bebê é posicionado em decúbito dorsal;
  2. Os quadris e joelhos do bebê são flexionados a 90 °;
  3. O examinador estabiliza um quadril enquanto examina o outro;
  4. A coxa do quadril em exame é abduzida. O polegar está na face interna da coxa e o indicador no trocanter maior.
  5. O médico aplica uma leve tração anterior no trocanter maior. Tem-se a sensação tátil de um ressalto ou solavanco (clunk).

 O examinador deve segurar cada coxa da criança entre o polegar e o dedo indicador médio. Deve ser feito com delicadeza, e a criança deve estar calma.  O examinador deve repetir a manobra algumas vezes para confirmar os achados, alternando entre os testes de Barlow e Ortolani, e depois examinar o outro quadril da mesma forma. https://www.youtube.com/watch?v=mEUqxUjU_Cw&t=1s. Entre 3 e 6 meses de vida, a redução do quadril em uma criança acordada se torna impossível, tornando raro um sinal de Ortolani positivo. Por isso, a manobra de Ortolani perde seu valor diagnóstico nessa faixa etária.  É uma manobra provocativa da luxação de um quadril instável.  O teste de Barlow é realizado da seguinte forma:

  1. O bebê é posicionado em decúbito dorsal;
  2. Os quadris e joelhos do bebê são flexionados a 90 graus;
  3. O examinador estabiliza a pelve do bebê com uma mão;
  4. Com a outra mão, o médico:  Flexiona e aduz o quadril;  Aplica uma força posterior suave sobre o joelho.  Avalia o encurtamento da coxa, quando ambos os quadris estão em 90 ° de flexão, comparando a altura dos joelhos, procurando assimetrias.  (^) Na luxação unilateral do quadril, a coxa afetada apresenta mais dobras do que o lado normal. No entanto, dobras extras podem ocorrer normalmente e não indicam, por si só, a presença de luxação.  O sinal de Hart é a limitação da abdução do quadril afetado quando as coxas estão flexionadas a 90 ° e os joelhos totalmente dobrados.  É o sinal mais confiável para diagnosticar um quadril luxado e deve ser avaliado com a criança apoiada em uma superfície firme. Na luxação unilateral, a abdução é visivelmente menor no lado afetado em comparação com o normal.  O teste de Klisic ajuda a identificar uma luxação bilateral do quadril. O examinador coloca o terceiro dedo no trocânter maior e o indicador na espinha ilíaca anterossuperior, traçando uma linha imaginária entre eles.  Em um quadril normal, essa linha aponta para o umbigo. No caso de luxação, o trocânter está mais elevado, deslocando a linha para uma posição entre o umbigo e o osso púbis.

EXAMES DE IMAGEM

 O quadril do RN é cartilaginoso, por isso a cabeça do fêmur não é vista no RX. Até os 6 meses de vida, é melhor avaliado através do ultrassom.  Métodos de avaliação do quadril:  Estática de Graf: analisa o fêmur proximal e o contorno da pelve; mede a displasia cartilagínea.  Consiste na análise do quadril em plano coronal avaliando-se os tetos ósseos e cartilaginosos e o aspecto do acetábulo.  O ângulo alfa avalia a profundidade do acetábulo ósseo, sendo menor em casos mais rasos. O ângulo beta analisa o acetábulo cartilaginoso, sendo menor quando há melhor conformação.  Classificação: classe I-normais, não precisa de acompanhamento; classe II- maduros, imaturos ou anormais; classe III-subluxados; classe IV-luxados.

 Esta necessidade não deveria existir, pois o ideal é que o diagnóstico seja efetuado bem antes dessa faixa etária.  O tratamento de crianças acima de 1,5 a 2 anos é controverso. Pode-se tentar a redução fechada, mas a redução aberta é frequentemente necessária. Nessa idade, pode ser preciso encurtar o fêmur ou realizar osteotomias acetabulares, como as de Salter e Dega, para facilitar a redução.  A redução do quadril é indicada até os 4 ou 5 anos. Após essa idade, são realizadas operações mais complexas, como osteotomias pélvicas (Steel, Chiari, poligonal pélvica) ou, em casos graves, artroplastias totais do quadril. REFERÊNCIAS: HEBERT, Sizínio; FILHO, Tarcísio E. P B.; XAVIER, Renato; et al. Ortopedia e Traumatologia. Grupo A, 2017. MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne MR. Anatomia Orientada para Clínica. Grupo GEN, 2022. COHEN, Moisés; MATTAR JUNIOR, Rames; JESUS-GARCIA FILHO, Reynaldo. Tratado de Ortopedia_._ São Paulo: Roca,