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A displasia congênita de quadril (ddq), uma condição que afeta o desenvolvimento da articulação do quadril. O texto descreve a anatomia do quadril, o desenvolvimento da articulação, os fatores de risco para a ddq, os sintomas, o diagnóstico e o tratamento. O documento também inclui informações sobre os testes de barlow e ortolani, utilizados para avaliar a instabilidade do quadril em recém-nascidos.
Tipologia: Notas de estudo
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O cíngulo do membro inferior é um anel ósseo, em forma de bacia, que une a coluna aos dois fêmures. Suas principais funções são: Suporta o peso do tronco nas posições sentada e em pé. Transfere o peso do esqueleto axial para as pernas quando em pé e ao caminhar. Serve de ponto de fixação para músculos importantes da locomoção, postura e parede abdominal. Esse cíngulo é formado por 3 ossos: Ossos do quadril direito e esquerdo: cada um deles é formado pela fusão de ílio (superior), ísquio (posteroinferior) e púbis (anteroinferior). Na infância, esses ossos são separados e se fundem por volta dos 23 anos de idade. Sacro. No ponto de fusão do ílio, ísquio e púbis encontra-se o acetábulo (cavidade hemisférica), que recebe a cabeça do fêmur. Pelve falsa (maior): localizada superiormente à linha terminal, é limitada pelas asas do ílio lateralmente e pelas vértebras lombares posteriormente. Pelve verdadeiro (menor): A região abaixo da linha terminal é cercada principalmente por estruturas ósseas, formando uma bacia profunda que abriga os órgãos pélvicos. Tem grande importância na obstetrícia e ginecologia.
Articulações sacroilíacas: unem o esqueleto axial e o esqueleto apendicular inferior.
1-Compreender a morfofisiologia do quadril; 2-Erigir a displasia congênita de quadril.
Sínfese púbica: une os púbis. É uma articulação esferóidea formada pela cabeça do fêmur e o acetábulo. O lábio do acetábulo, uma borda de fibrocartilagem, aumenta a profundidade do acetábulo, proporcionando um encaixe eficaz com a cabeça do fêmur e tornando os deslocamentos do quadril raros.
É uma expressão genérica que descreve um espectro de anormalidades do quadril, podem ser congênitas ou de desenvolvimento após o nascimento. Essa displasia implica progressiva deformidade do quadril, em que o fêmur proximal, o acetábulo e a cápsula são defeituosos→ perda da relação articular. A DDQ manifesta-se de várias formas, dependendo do grau de deslocamento, da idade do paciente, ou, ainda, da condição do quadril, se é instável, displásico, subluxado ou luxado. Na instabilidade, o quadril está contido e reduzido, mas lasso (frouxo, solto), instável e, por conseguinte, passível de luxação. A luxação é o deslocamento completo de uma articulação, com perda total do contato entre as superfícies articulares, enquanto a subluxação é um deslocamento parcial com algum contato ósseo. A luxação do quadril é dividida em 3 categorias: Teratológica: ocorre antes do nascimento e envolve graves deformidades do acetábulo, da cápsula e do fêmur proximal, associada a outras malformações, como mielomeningocele, artrogripose múltipla congênita, agenesia lombossacral e anomalias cromossômicas; Neurológica: em decorrência dos desequilíbrios musculares pós-natais, como na paralisia cerebral; Típica: ocorre em crianças normais. (luxação, subluxação, quadril “luxável”, e quadril “subluxável”.)
Essas alterações nos genes comprometem a formação da cartilagem e dos tecidos articulares, tornando as articulações mais frágeis, instáveis e propensas a lesões e dificuldades de movimento.
(^) A manifestação clínica é dada por achados durante o exame físico sendo estes: encurtamento do membro inferior, assimetria das dobras da coxa, das pregas poplíteas, das dobras inguinais e frouxidão de extensão do quadril e joelho. Em recém-nascidos, a displasia do quadril sem instabilidade ou luxação é assintomática e só pode ser detectada por ultrassonografia ou testes.
Deve ser feito o mais precocemente possível. O médico deverá observar: existência de alguma assimetria dos membros inferiores; excessiva rotação externa dos membros inferiores; desproporção da bacia; ou encurtamento aparente dos membros inferiores em relação ao tronco. O exame ideal deve ser realizado no berçário ou nos primeiros dias de vida, considerando a história clínica, fatores de risco e antecedentes para o diagnóstico. A investigação de uma criança com patologia ortopédica exige uma anamnese detalhada e um exame físico completo, que inclui informações sobre o período pré, peri e pós-natal, além de uma avaliação do sistema musculoesquelético e neurológico. A inspeção, palpação, avaliação da amplitude de movimento e da marcha (para as crianças que já andam) são essenciais para uma avaliação completa. No recém-nascido e nos bebês o diagnóstico da DDQ é eminentemente clínico e realizado com as manobras de Ortolani e de Barlow. Com o progressivo deslocamento posterolateral e cranial da cabeça femoral, aumentam as alterações anatômicas nas articulações. A contratura em adução do quadril: movimento de abdução fica limitado. Encurtamento aparente da coxa: pode ser identificado com o sinal de Galeazzi, que mostra uma diferença no comprimento das pernas. Postura em rotação externa do membro inferior faz com que a perna fique em rotação externa quando o quadril e o joelho estão em extensão. A assimetria das pregas glúteas ocorre quando as pregas nas nádegas ficam desiguais, sendo mais visíveis quando há luxação unilateral. A criança anda com claudicação por conta da fraqueza do glúteo médio e do encurtamento do membro afetado. Em ortostatismo, apresenta lordose lombar excessiva, rotação externa do MI, trocanter maior proeminente e sinal de Trendelenburg positivo. Com o aumento da contratura em adução do quadril, ocorre geno valgo compensatório. Quando o diagnóstico é muito tardio, aparece sob a forma de dor em consequência de artrose precoce do quadril.
O teste de Ortolani é realizado da seguinte forma:
O examinador deve segurar cada coxa da criança entre o polegar e o dedo indicador médio. Deve ser feito com delicadeza, e a criança deve estar calma. O examinador deve repetir a manobra algumas vezes para confirmar os achados, alternando entre os testes de Barlow e Ortolani, e depois examinar o outro quadril da mesma forma. https://www.youtube.com/watch?v=mEUqxUjU_Cw&t=1s. Entre 3 e 6 meses de vida, a redução do quadril em uma criança acordada se torna impossível, tornando raro um sinal de Ortolani positivo. Por isso, a manobra de Ortolani perde seu valor diagnóstico nessa faixa etária. É uma manobra provocativa da luxação de um quadril instável. O teste de Barlow é realizado da seguinte forma:
O quadril do RN é cartilaginoso, por isso a cabeça do fêmur não é vista no RX. Até os 6 meses de vida, é melhor avaliado através do ultrassom. Métodos de avaliação do quadril: Estática de Graf: analisa o fêmur proximal e o contorno da pelve; mede a displasia cartilagínea. Consiste na análise do quadril em plano coronal avaliando-se os tetos ósseos e cartilaginosos e o aspecto do acetábulo. O ângulo alfa avalia a profundidade do acetábulo ósseo, sendo menor em casos mais rasos. O ângulo beta analisa o acetábulo cartilaginoso, sendo menor quando há melhor conformação. Classificação: classe I-normais, não precisa de acompanhamento; classe II- maduros, imaturos ou anormais; classe III-subluxados; classe IV-luxados.
Esta necessidade não deveria existir, pois o ideal é que o diagnóstico seja efetuado bem antes dessa faixa etária. O tratamento de crianças acima de 1,5 a 2 anos é controverso. Pode-se tentar a redução fechada, mas a redução aberta é frequentemente necessária. Nessa idade, pode ser preciso encurtar o fêmur ou realizar osteotomias acetabulares, como as de Salter e Dega, para facilitar a redução. A redução do quadril é indicada até os 4 ou 5 anos. Após essa idade, são realizadas operações mais complexas, como osteotomias pélvicas (Steel, Chiari, poligonal pélvica) ou, em casos graves, artroplastias totais do quadril. REFERÊNCIAS: HEBERT, Sizínio; FILHO, Tarcísio E. P B.; XAVIER, Renato; et al. Ortopedia e Traumatologia. Grupo A, 2017. MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne MR. Anatomia Orientada para Clínica. Grupo GEN, 2022. COHEN, Moisés; MATTAR JUNIOR, Rames; JESUS-GARCIA FILHO, Reynaldo. Tratado de Ortopedia_._ São Paulo: Roca,