UNIVERSIDADE FEDERAL DE JATAÍ
FISIOTERAPIA
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
Docente: Dr. Joane Severo Ribeiro
Discente: Patrícia de Oliveira Rosa
DISMENORREIA: CONCEITO, SUBTIPOS E A ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA
A dismenorreia é definida como a dor pélvica associada ao ciclo menstrual,popularmente
conhecida como cólica menstrual, geralmente localizada na região abdominal inferior e que
pode irradiar para a região lombar ou membros inferiores. Trata-se de um distúrbio
ginecológico comum entre mulheres em idade reprodutiva, sendo responsável por
considerável impacto na qualidade de vida, atividades diárias e produtividade.
Classifica-se em dois subtipos principais: dismenorreia primária e dismenorreia
secundária:
● Dismenorreia primária ocorre na ausência de patologia pélvica identificável e está
frequentemente relacionada à produção excessiva de prostaglandinas pelo
endométrio, o que leva à intensificação das contrações uterinas e consequente dor .
Costuma se manifestar logo após a menarca, com episódios dolorosos durante os
primeiros dias da menstruação.
● Dismenorréia secundária está associada a condições patológicas específicas, como
endometriose, miomatose uterina, adenomiose ou doença inflamatória pélvica.
Nesses casos, a dor tende a ser mais persistente, podendo ocorrer antes, durante
ou após o período menstrual, e com maior intensidade .
Atuação da Fisioterapia na Dismenorreia
Entre as abordagens fisioterapêuticas mais utilizadas estão:
● Eletroterapia, especialmente a estimulação elétrica nervosa transcutânea , que atua
na modulação da dor por meio da teoria do "controle do portão".
● Termoterapia, com aplicação de calor local promovendo relaxamento muscular e
aumento do fluxo sanguíneo, o que contribui para o alívio sintomático.
● Técnicas de terapia manual, como liberação miofascial e massagens abdominais e
lombares, que ajudam na redução da tensão e das aderências fasciais.
● Exercícios terapêuticos e cinesioterapia, que auxiliam no equilíbrio muscular,
melhora da postura e liberação de endorfinas, promovendo analgesia natural.
● Pilates promove melhora no funcionamento dos órgãos pélvicos por ajustes no
metabolismo, no equilíbrio hidroeletrolítico, nas condições hemodinâmicas e no fluxo
sanguíneo, promovendo analgesia por meio de mecanismos endógenos que
aumentam o limiar de dor.
● Bandagem elástica funcional facilita a circulação e promove analgesia a partir da
pressão exercida pela bandagem
Referências
