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Dimensionamento de trilhos, Manuais, Projetos, Pesquisas de Engenharia de Rodovias

Este documento fala do dimensionamento de trilhos tipos e módulo de elasticidade

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020

Compartilhado em 28/05/2020

Belmiro12345
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Introducao
O presente trabalho aborda-se-a sobre um tema muito importante em projectos de via no
que tange a escolha do tipo de trilho a empregar e modelo de elasticidade da via. Onde
apresentar-se a de forma clara os aspectos fundamentais a considerar na escolha do
triho a empregar na via ferrea de forma a garantir um bom funcionamento das
componentes da via pois o trilho é a peça que recebe diretamente o carregamento
produzido pelo movimento do veículo e responsável por transferir de maneira
apropriada esses esforços para os demais elementos da superestrutura e da infra-
estrutura.
Sendo o trilho o elemento mais importante da via-férrea permanente constitui de
extrema importância a análise da escolha do tipo a empregar, assim como o seu modelo
de elasticidade. O presente trabalho abordara de forma clara e concisa sobre o tema
citado.
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Introducao

O presente trabalho aborda-se-a sobre um tema muito importante em projectos de via no

que tange a escolha do tipo de trilho a empregar e modelo de elasticidade da via. Onde

apresentar-se – a de forma clara os aspectos fundamentais a considerar na escolha do

triho a empregar na via ferrea de forma a garantir um bom funcionamento das

componentes da via pois o trilho é a peça que recebe diretamente o carregamento

produzido pelo movimento do veículo e responsável por transferir de maneira

apropriada esses esforços para os demais elementos da superestrutura e da infra-

estrutura.

Sendo o trilho o elemento mais importante da via-férrea permanente constitui de

extrema importância a análise da escolha do tipo a empregar, assim como o seu modelo

de elasticidade. O presente trabalho abordara de forma clara e concisa sobre o tema

citado.

ESCOLHA DO TIPO DE TRILHO A EMPREGAR

Trilhos

O trilho é o componente mais importante da via permanente ferroviária, pois tem duas

funções essenciais para o funcionamento da via (BRINA, 1979):

a) constitui a superfície do rolamento por onde trafega o veículo

ferroviário, servindo como guia;

b) é a peca que recebe diretamente o carregamento produzido pelo

movimento do veículo, além de ser responsável por transferir de

maneira apropriada esses esforços para os demais elementos da

superestrutura e da infra-estrutura.

Para que consiga desempenhar essas funções de maneira eficiente, é preciso que o trilho

tenha dureza, tenacidade, elasticidade e resistência à flexão, características que são

encontradas no aço.

O perfil adoptado para os trilhos ferroviários convencionados é o “Vignole”, composto

por patim, alma e boleto, conforme indicam a Figura 6 e a Figura 7, a seguir.

Figura 1. Perfil do trilho Vignole

FONTE: AREMA Manual for Railway Engineering, 2009

Exemplo de Aplicação do Método de Zimmermann

Selecionar, entre os perfis de trilhos fabricados, pela CSN , o mais adequado de acordo

com os dados abaixo fornecidos:

Dados:

  • Peso por eixo: 20 t ;
  • Coeficiente de impacto:
  • Faixa de socaria : 70 cm;
  • Taxa de dormentação: 1 750 / km ;
  • Dimensões do dormente : 2,0 m x 0,20 m x 0,16 m ;
  • Coeficiente de lastro

: C = 9 kgf / cm 3 ;

  • Módulo de elasticidade: E = 2100 000 kgf / cm 2 ;
  • Tensão admissível à flexão:

σ = 1 500 kgf / cm 2.

Solução:

a) a = comprimento convertido / taxa de dormentação

a = 1 000 / 1750 =0,57 m = 57 cm;

b ¿ D =0,9 .C. b. c → D =0,9 x 0,009 x 20 x 70 =11,34 tf / cm;

c ¿ γ =( 6_. E. I_ )/( D. a

3

) → γ =( 6 x 2100 x 1 610,8)/(11,34 x 57

3

γ =9,66( para perfil TR 45 ) ;

1ª Hipótese : M ’ máx =[( 7 + 8 γ )/ 8_._ ( 5 + 2 γ )]. P. Cd. a

M ’ max =[( 7 + 8 x 9,66)/ 8 x ( 5 + 2 x 9,66)]. P. Cd. a

M ’ max =0,433_. P. Cd. a ;_

2ª Hipótese : M ” max =[ γ /( 2 + 3 γ )]. P. Cd. a

M ” max =[9,66 /( 2 + 3 x 9,66)]. P .Cd. a

M ” max =0,312_. P. Cd. a_

M ’ max > M ”max ( adotar o maior momento calculado ) , assim :

M ’ máx = Mmáx ; Mmáx =0,433 x 10 tf x 1,3 x 57 cm = 321 tf. cm ;

e ¿ σ = Mmáx / W = 321 /205,6 ( tab )=1,56 tf / cm 2 = 1560 kgf / cm 2 ;

Conclusão : para as condições dadas, o trilho de perfil TR 45 satisfaz (no limite) , pois

1 560 kgf / cm 2 1 500 kgf / cm

2

Tensão no Contato Roda-Trilho

No caso de tráfego de trens pesados (trens de minério), além da verificação do trilho à

flexão, será necessário verificar se a tensão no contato roda-trilho (esforço cortante),

não ultrapassa um determinado limite de tolerância.

Assim, pelo critério da AREA, adaptado da expressão de Thomas e Höersch, temos:

τ =( 11750_. P_

0,

)/( R

1

0,

– R

r

τ

Onde:

τ ´ - esforço cortante (em psi – pounds / square inch ou lb / pol

2

  • P – carga dinâmica ( lb) ;
  • Ro – raio nominal da roda ( pol );

R 1 =( Rr x Rh )/( Rh – Rr ) ;

Rr

  • raio de curvatura do boleto;
  • Rh – raio da roda na concavidade do friso;
  • τ ´ - esforço cortante admissível;
  • τ ´ = 50 000 psi ( 3515 kgf / cm 2 ) – para roda nova;

τ ´ = 67 500 psi ( 4 745 kgf / cm 2 ) – para roda usada.

Modelo de ZIMMERMANN para via em viga com apoios contínuos.

A Figura ilustra os resultados obtidos por Zimmermann (1888). Pode-se observar

que os valores máximos do deslocamento e do momento fletor ocorrem no ponto de

aplicação da forca Q

Por outro lado, Clarke (1957) afirma que “nenhum cálculo de tensões ou

deformações na via pode ser considerado como exatos. As variáveis envolvidas são

numerosas, mas um tratamento analítico utilizável é de grande valor para a

comparação com dados experimentais e para a determinação de prováveis tensões

na via produzidas por qualquer novo projeto de veículo”. Assim, o projeto baseia-

se sobre solicitações produzidas por forças estáticas concentradas e na direção

vertical, o que não corresponde à realidade, pois as solicitações são dinâmicas e

tridimensionais.

SCHRAMM (1977) diz que existem ainda imprecisões e incertezas em relação às

ações que atuam nos trilhos e as tensões nos trilhos variam entre largos limites. E

na determinação das tensões na via permanente não se deve contar com o mesmo

grau de precisão obtido com estruturas como pontes e outras. A incerteza quanto

aos dados básicos implica, obviamente, também na incerteza em relação aos

resultados. Portanto, na determinação das tensões, é ilusório procurar atingir

maior grau de precisão através da sofisticação dos cálculos. Mais importante que a

verdadeira grandeza das tensões é a comparação do comportamento de diferentes

tipos de cargas, perfis de trilhos, espaçamento dos dormentes etc.

Até o presente momento, apenas as ações verticais são consideradas no projeto e

dimensionamento dos elementos que compõem a via permanente. As ações

transversais são consideradas para limitar a velocidade máxima dos veículos e as

ações longitudinais para verificar a flambagem da via.

Estimativa de deslocamentos elásticos no pavimento ferroviário

Conforme apresentado por BASTO (1999) do modelo de Zimmrmann o modelo de

Talbot, as teorias clássicas consideram a rigidez do trilho como uma das principais

Conclusão

Visto que considera-se de importância fundamental no projeto de vias férreas a escolha

de tipo de trilho a empregar e o estudo prévio do módulo de elasticidade da via

procurou-se explicar de que forma e feita a escolha do melhor tipo de trilho. Esta que e

feita segundo o método de Zimmermann ou Tensão no Contato Roda-Trilho.

Bibliografia

AGUIAR, Lucas T. de. Inspeção de Via Permanente: Um fator determinante no

processo de Direcionamento da Manutenção Ferroviária. 2011, 53 p., Monografia

[Trabalho de Conclusão de Curso] – Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora

– BR. 2011.

COIMBRA, Marcelo do V. Modos de Falha dos Componentes da Via Permanente

Ferroviária e Seus Efeitos no Meio Ambiente. 2008, 168 p., Dissertação [Mestrado em

Engenharia e Transportes] - Instituo Militar de Engenharia. Rio de Janeiro – BR. 2008.