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Digestão e Metabolismo em Nutrição Animal: Monogástricos e Ruminantes, Notas de estudo de Criação Animal

Este resumo abrangente, explora os intricados processos digestivos de monogástricos e ruminantes, desvendando as diferenças fundamentais entre esses dois grupos de animais em relação à sua capacidade de degradar alimentos. Além disso, traz o metabolismo de carboidratos e proteínas, revelando como esses macronutrientes essenciais são processados e utilizados no organismo dos animais. Compreender esses aspectos da nutrição animal é crucial para otimizar a alimentação e o manejo de animais de produção, contribuindo para a saúde e o desempenho animal e, por extensão, para a produção sustentável de alimentos.

Tipologia: Notas de estudo

2023

À venda por 06/10/2023

nil-chaves
nil-chaves 🇧🇷

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NUTRIÇÃO ANIMAL
Slide 1
Alimento Concentrado: São aqueles com menos de 18% de fibra bruta na matéria
seca.
Alimento volumoso: São aqueles que possuem teor de fibra bruta superior a 18% na
matéria seca.
Ensilagem: Prática agrícola destinada à guarda e conservação de forragens em silos.
Silagem: Forragem tirada dos silos para alimentar os animais.
Feno: Planta ceifada e seca.
Fenação: Processo empregado para conservar forragem.
Nutrientes Digestíveis Totais (NDT): É um dos modos mais empregados para
expressar a energia dos alimentos para os ruminantes.
ALIMENTO VOLUMOSO
Baixo teor energético, altos teores em fibra;
Possuem menos de 60% de NDT;
Mais de 18% de fibra bruta e podem ser divididos em secos e úmidos.
Principal recurso alimentar dos ruminantes;
Aparelho digestivo com grande capacidade de ingestão.
Alto valor nutritivo pela capacidade metabólica do ruminante em ingerir e digerir
plantas fibrosas-carne e leite;
Fonte mais econômica.
PASTAGEM: É uma gramínea (tipo de planta forrageira) de bom crescimento, da qual
o animal se alimenta direto no pasto. Quando cortada e servida no cocho, é chamada
de “capineira”;
Vantagem econômica é obtida quando a utilização de forragem pastejada é
alta;
Altas taxas de ingestão de forragem para a maximização da produção.
VOLUMOSO
Forragem Seca
Fenos; Palhas
Forragens Aquosas
Silagens; Forragens Verdes; Raízes; Tubérculos
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Baixe Digestão e Metabolismo em Nutrição Animal: Monogástricos e Ruminantes e outras Notas de estudo em PDF para Criação Animal, somente na Docsity!

NUTRIÇÃO ANIMAL

Slide 1 Alimento Concentrado: São aqueles com menos de 18% de fibra bruta na matéria seca. Alimento volumoso: São aqueles que possuem teor de fibra bruta superior a 18% na matéria seca. Ensilagem: Prática agrícola destinada à guarda e conservação de forragens em silos. Silagem: Forragem tirada dos silos para alimentar os animais. Feno: Planta ceifada e seca. Fenação: Processo empregado para conservar forragem. Nutrientes Digestíveis Totais (NDT ): É um dos modos mais empregados para expressar a energia dos alimentos para os ruminantes. ALIMENTO VOLUMOSO ● Baixo teor energético, altos teores em fibra; ● Possuem menos de 60% de NDT; ● Mais de 18% de fibra bruta e podem ser divididos em secos e úmidos. ● Principal recurso alimentar dos ruminantes; ● Aparelho digestivo com grande capacidade de ingestão. ● Alto valor nutritivo pela capacidade metabólica do ruminante em ingerir e digerir plantas fibrosas-carne e leite; ● Fonte mais econômica. PASTAGEM: É uma gramínea (tipo de planta forrageira) de bom crescimento, da qual o animal se alimenta direto no pasto. Quando cortada e servida no cocho, é chamada de “capineira”; ● Vantagem econômica só é obtida quando a utilização de forragem pastejada é alta; ● Altas taxas de ingestão de forragem para a maximização da produção. VOLUMOSO Forragem Seca Fenos; Palhas Forragens Aquosas Silagens; Forragens Verdes; Raízes; Tubérculos

TIPOS DE VOLUMOSOS

  1. Forragens destinadas ao pastejo;
  2. Forrageiras fornecidas verdes e picadas no cocho - capineiras e cana-de-açúcar;
  3. Conservadas pela desidratação - fenos;
  4. Conservadas pelas fermentações – silagens. ● FORRAGENS CONSERVADAS Aproveitar os excessos do período chuvoso e armazená-Ios para a época crítica; ➔ Fenação e Ensilagem. FENO: Mistura de plantas secas de diferentes espécies, principalmente gramíneas e leguminosas. o feno NÃO É uma espécie de planta O princípio básico para obter feno no campo é cortar a forrageira e deixa-la desidratar, podendo ser no próprio local, mantendo seu valor nutricional. Para o preparo do feno, é necessário que a planta tenha reduzido seu teor de umidade entre 10% e 20%. - Processo de obtenção : Envolve a secagem e desidratação das plantas. - Finalidade: Facilita o armazenamento de forragens. - Armazenamento prolongado : Permite que as forragens sejam conservadas por um longo período. - Preservação das características nutritivas: O feno mantém seu valor nutricional ao longo do tempo. SILAGEM: É o produto resultante da fermentação da planta forrageira na ausência de ar com o objetivo de conseguir a maior concentração possível de ácido láctico. O milho e o sorgo são as espécies mais utilizadas na produção de silagens em virtude do

Fase de estabilização: Na fase de estabilidade da ensilagem, o pH ideal fica entre 3, e 4,2, o que inibe o crescimento bacteriano e interrompe a fermentação. Isso perdura até a abertura do silo. Quanto mais rápida a fermentação, mais nutrientes são preservados, melhorando o valor nutricional. O ácido lático é predominante em silagens de boa qualidade (normalmente 60% dos ácidos orgânicos totais), com pouco cheiro. O cheiro de vinagre é devido ao ácido acético e pode indicar uma fermentação mais lenta devido à baixa disponibilidade de carboidratos solúveis. Inicialmente, as enterobactérias dominam, produzindo ácido acético, mas, à medida que o pH cai abaixo de 5,0, as bactérias produtoras de ácido lático prevalecem. As bactérias láticas também produzem outros compostos, como etanol e ácido succínico. O grupo de bactérias anaeróbias Clostridium pode afetar negativamente a qualidade da silagem se o pH não estiver suficientemente baixo, produzindo ácido butírico e aminas, o que resulta em perda de matéria seca e redução do consumo pelos animais. A preservação eficaz da forragem no silo depende da atividade das bactérias láticas, que são tolerantes a variações de pressão osmótica, oxigênio e temperatura, crescem rapidamente e inibem outras bactérias. CANA-DE-AÇÚCAR ● Alimento volumoso suplementar para bovinos; ● Características desejáveis como forrageiras; ● Grande produção de forragem por unidade de área; ● Baixo custo e alta produtividade; ● Colheita: período de escassez de forrageiras. ● Simplicidade no estabelecimento e manejo da cultura; ● Baixas perdas culturais: grande resistência; ● Alto teor de fibra e água, baixo teor de proteína; ● Baixo teor de minerais: necessidade de mineralização. CONCENTRADO Energéticos Cereais e seus subprodutos Proteicos De origem animal De origem vegetal ALIMENTOS CONCENTRADOS Alto teor de energia; mais de 60% de NDT, menos de 18% de Fibra Bruta, sendo divididos em: Energéticos: menos de 20% de Proteína Bruta (PB); Proteicos: mais de 20% de Proteína Bruta (PB).

  • Alimentos de origem vegetal e animal;
  • Alimentos de origem animal são proibidos para ruminantes; Devido ao risco que seu uso traz para a sanidade do rebanho nacional. Dentre as doenças que podem decorrer

de seu uso estão o Botulismo e a Encefalopatia Espongiforme Bovina, popularmente conhecida como doença da “Vaca Louca”. ● ALIMENTOS ENERGÉTICOS

  • Grãos de cereais: Milho, sorgo, arroz, trigo, aveia, cevada;
  • Subprodutos dos grãos;
  • Raízes e tubérculos: mandioca e batata;
  • Subprodutos da indústria: polpa cítrica e melaço;
  • Gorduras e óleos;
  • Casca de soja e casca de café. ● ALIMENTOS PROTÉICOS
  • Origem vegetal : algodão, soja, amendoim, coco, girassol, etc.
  • Origem animal: farinha de carne, sangue, penas, vísceras. Principais utilizados na alimentação animal são: ➔ Farelo de soja; ➔ Farelo de algodão; ➔ Farelo de canola; ➔ Farelo de girassol; ➔ Farelo de amendoim; ➔ Grão de soja; ➔ Caroço de algodão; ➔ Farinha de peixe; ➔ Farinha de carne e ossos. MINERAIS, VITAMINAS E ADITIVOS Minerais: Compostos de minerais utilizados na alimentação animal; Vitaminas: Vitaminas lipo e hidrossolúveis; Aditivos: Compostos de substâncias como antibióticos, hormônios, probióticos, antioxidantes, etc. SUBPRODUTOS DA AGROINDÚSTRIA
  • Substituto de alimento tradicional;
  • Vantagem econômica;
  • Problemas para as indústrias processadoras: como a poluição ambiental.
  • Subprodutos agroindustriais com diversas composições químicas: alimentação de ruminantes;
  • Alguns se destacam pela alta disponibilidade, outros por suas características bromatológicas. Slide 2

PROCESSO DIGESTIVO DOS RUMINANTES

  • Rúmen e Retículo: Compartimentos para a atividade fermentativa microbiana
  • Omaso: Compartimento de transição (omaso) que antecede o compartimento gástrico propriamente dito
  • Abomaso: Compartimento gástrico propriamente dito onde ocorre digestão gástrica. COMPONENTES DO SISTEMA DIGESTÓRIO BOCA ● Ausência de incisivos superiores; ● Apresentam uma placa acolchoada que age em conjunto com os incisivos inferiores; ● Os lábios e a língua atuam na apreensão dos alimentos; ● Cortam ou arrancam o alimento por pressão dos incisivos inferiores contra a placa. SALIVA ● Presença de mucina (ação lubrificante): deslizamento do alimento; ● Contém tampões; ● A saliva é alcalina (pH 8,2 a 8,4). ● O que determina o poder tampão da saliva é a taxa de consumo a qual depende do tipo de alimento; A ingestão de concentrado ; Aumenta a velocidade de ingestão de matéria seca e ↓ a produção de saliva; A ingestão de forragem: Diminui a velocidade de ingestão de MSe ↑ a quantidade de saliva; O poder tampão: mantém o pH ruminal, permite boa atuação das bactérias celulolíticas. Algumas formas de controlar o pH ruminal:
  • Parcelar a dieta em várias refeições;
  • Dieta completa (volumoso + concentrado);
  • Uso de tamponantes e alcalinizantes (bicarbonato de sódio, óxido de magnésio...). RÚMEN É o maior compartimento do trato gastrointestinal (TGI) do ruminante; As paredes do rúmen plenamente desenvolvido apresentam pequenas vilosidades, as papilas. A mucosa não secreta enzimas. Funções:
  • Armazenamento e embebição do alimento;
  • Mistura e divisão física das partículas ingeridas;
  • Contagem de 16 a 40 bilhões de bactérias e200.000 protozoários/ml de fluido ruminal. Câmara de fermentação: Ambiente ideal para os microrganismos;
  • Úmido;
  • Quente (39°C);
  • Anaeróbio (sem ar);
  • pH desejável (em torno de 7). A fermentação pré-gástrica (rúmen-retículo) produz:
  • Síntese microbiana de vitaminas do complexo B e K; Síntese de aminoácidos e proteínas;
  • Síntese de ácidos graxos voláteis (AGV). RUMINAÇÃO: É a regurgitação repetida e remastigação dos alimentos; O processo consiste no retorno do bolo alimentar do rúmen para boca onde é remastigado, na presença de maior quantidade de saliva, e posteriormente redeglutido. Movimentos misturadores: Contrações do rúmen-retículo que auxiliam na misturada digesta com o conteúdo ruminal (rico em microrganismos);
  • Favorece a absorção de AGV;
  • Evita que as partículas sólidas flutuem sobre as líquidas, participam da passagem de alimentos para o omaso e abomaso. Eructação: Processo de expulsão dos gases formados durante a fermentação microbiana dos nutrientes ingeridos; **Os principais gases formados são:
  • Metano (CH4);**
  • Dióxido de carbono (CO2) ;
  • Gás sulfídrico (H2S);
  • Monóxido de carbono (CO);
  • Gás hidrogênio (H2)
  • Gás Nitrogênio (N2); Bovinos adultos produzem 30 a 50 Litros/h e ovinos 5Iitros/h. RETÍCULO ● Paredes com membrana mucosa contendo inúmeras pregas; ● Não secreta enzimas; Funciona na movimentação do alimento ingerido para o rúmen ou para o omaso, na regurgitação da ingesta para a ruminação. OMASO ● Órgão esférico contendo muitas lâminas musculares semelhantes às folhas de um livro; ● Localiza-se no lado direito do rúmen-retículo; ● Não secreta enzimas; Atua na absorção de água e AGV. ABOMASO ● Considerado o estômago verdadeiro dos ruminantes; ● Localizado ventralmente ao omaso, estendendo-se caudalmente, do lado direito do rúmen; ● A mucosa secreta o suco gástrico; ● A região glandular do abomaso geralmente corresponde à do estômago dos monogástricos.
  • Alimentação mais concentrada;
  • Fibra não é utilizada (algumas exceções);
  • Maior exigência no aspecto nutricional. Possui um compartimento simples para a digestão gástrica, isto é, um estômago simples. Ex: porco, cavalo, cão, gato e galinha; A maioria dos monogástricos utiliza alimentos fibrosos de modo pouco eficiente, com exceção do cavalo e do coelho. DIGESTÃO
  • Forças mecânicas (mastigação, contrações musculares);
  • Ação química (HCI no estômago, bile no intestino delgado);
  • Atividade enzimática (pepsina gástrica, amilase pancreática, lipase pancreática...). COMPONENTES DO SISTEMA DIGESTÓRIO BOCA Contém quatro grupos acessórios: ● Lábios - apreensão; ● Língua - apreensão, mistura e deglutição; ● Dentes - apreensão e mastigação; ● Glândulas salivares - três pares de glândulas que secretam a saliva. SALIVA ● Água - umedece os alimentos abocanhados; ● Mucina - lubrifica os alimentos, facilitando a digestão; ● Íons bicarbonato - tampões ajudando a regular o pH do estômago; ● Enzimas - amilase (alfamilase) (ausente no cavalo, cão, gato); lisozima. ESÔFAGO ● Ondas peristálticas. ESTÔMAGO ● Órgão digestório oco, em forma de pêra. ● Estoca, por algum tempo e tritura, mediante contrações musculares, o alimento ingerido; ● A presença de alimento no estômago induz a produção de suco gástrico. ● Contém água, HCl e pepsinogênio (pepsina c/pH ácido); INTESTINO DELGADO Tubo digestório dividido em três seções: ● Duodeno - sítio ativo de digestão e absorção; ● Jejuno - sítio ativo de absorção; ● Íleo - porção caudal. Sítio ativo de absorção e reabsorção. INTESTINO GROSSO Três seções:

Ceco - tamanho variável nas diferentes espécies. Geralmente muito maior em herbívoros do que em carnívoros e onívoros; ● Colón - seção média; ● Reto - última seção. Funções:

  • Reabsorção de água;
  • Reservatório de componentes não digeridos no intestino delgado;
  • Câmara de fermentação microbiana, com alguma digestão de alimentos fibrosos, síntese bacteriana e de vitaminas K e algumas do complexo B;
  • Formação e expulsão do bolo fecal. SISTEMA DIGESTÓRIO DAS AVES A anatomia do trato gastrointestinal (TGI) difere consideravelmente das espécies tipicamente monogástricas. BOCA ● Bico córneo para apreender, rapidamente, pequenas partículas de alimentos; ● Reduz parcialmente o tamanho do alimento a ser deglutido; ● Língua e glândulas salivares semelhantes às dos outros animais. ESOFAGOInglúvio (papo): área avolumada no esôfago, que apresenta as seguintes funções: Compartimento de armazenagem e umedecimento dos alimentos (grãos); ● Permite ação prolongada da amilase salivar. PROVENTRÍCULO (ESTÔMAGO QUÍMICO) ● Porção posterior ao Inglúvio e anterior à moela que apresenta as seguintes funções: ● Sítio de produção do suco gástrico (HCI e pepsinogênio); ● Meio ácido (pH próximo a 4); ● A ingesta atravessa muito rapidamente (14 segundos). VENTRÍCULO (MOELA OU ESTÔMAGO MUSCULAR) ● Órgão muscular oco, de paredes muito grossas e epitélio cornificado; ● Tritura os alimentos, de forma similar à mastigação dos mamíferos, mediante contrações involuntárias. Contrações ocorrem a cada 20 a 30 segundos; ● A moela possui, no seu interior, pedriscos e outras partículas duras que ajudam na trituração do alimento, mas que não são essenciais para a sua função; ● Não secreta enzimas.

ESTÔMAGO

● Capacidade de 6 a 8 litros; A mucosa do estômago possui glândulas que secretam o suco gástrico o Suco gástrico é formado por água, sais minerais, muco, HCl e pepsinogênio; ● pH 1,7 – 2,0: destrói microrganismos provenientes da dieta. ● O ácido clorídrico ativa o pepsinogênio que produz a pepsina, que atua na digestão das proteínas ingeridas; ● O HCl ativa também a renina, importante enzima produzida por mamíferos jovens, que promove a coagulação do leite. INTESTINO DELGADO - DUODENO, JEJUNO E ÍLEO ● Existem quatro secreções que atuam no intestino delgado: ● suco duodenal, suco biliar, suco pancreático e suco intestinal. INTESTINO GROSSO - CECO, CÓLON E RETO ● A digestão no intestino grosso se realiza por meio de enzimas procedentes do intestino delgado e através da ação de microrganismos que habitam no ceco; ● Estes microrganismos são em sua maioria proteolíticos e atacam as proteínas que não foram no intestino delgado. MONOGÁSTRICOS DE CECO FUNCIONAL (equinos e coelhos) EQUINOS Processo semelhante ao dos outros monogástricos; O equino é bastante seletivo, usa os lábios para apreensão e seleção dos alimentos; A secreção salivar tem como principal função umedecer os alimentos, não possui alfa-amilase. A deglutição é irreversível; O estômago pequeno, com rápida taxa de passagem; No intestino grosso o bolo alimentar permanece por 24hs; ● Digestão de CNF (carboidratos não fibrosos) ocorre no ID; ● CNF que escapam da digestão serão fermentados no ceco e cólon. O intestino grosso forma câmaras de fermentação onde a celulose é degradada com a ajuda das bactérias e protozoários;

● Os AGVs produzidos por essa fermentação microbiana são uma importante fonte de energia para o organismo. A ausência de fibra na dieta pode causar alterações no trânsito intestinal, incluindo a permanência excessiva da digesta (resíduos de alimentos não digeridos) no cólon e no ceco. Essa situação pode resultar em uma produção aumentada de gases e na formação de substâncias tóxicas devido à fermentação bacteriana, o que pode causar desconforto abdominal, inchaço e cólicas. COELHOS Estômago e ceco bem adaptados à digestão de forragens e cereais; Alimenta-se cerca de 25x por dia; Ingestão permanente para manutenção do trânsito eficiente da digesta; Até o final do ID a digestão é similar aos monogástricos. Intestino grosso tem importante papel, devido a fermentação cecal; Excreção seletiva da fibra; Reingestão do conteúdo cecal (cecotrofagia); Lipídeos dos cecotrófos estimulam a mucosa do IG, que envia msg para o cérebro para a realização da cecotrofagia. A ingestão das fezes moles permite a incorporação de nutrientes como proteínas, vitaminas do complexo B e K, além de AGVs. Slide 4 CARBOIDRATOS NA NUTRIÇÃO ANIMAL São compostos à base de CHO, distribuídos em abundância nos tecidos animais e vegetais; São as biomoléculas mais abundantes na natureza:

Função: Representa a fonte + importante e + barata; ● Podem ser digeridos e absorvidos com facilidade e em grande quantidade. ● São armazenados no organismo para servir como energia prontamente disponível.

- Formação das gorduras de reserva ● Absorção de carboidratos em quantidades superiores; ● Fígado e outros tecidos transformam e estocam na forma de glicogênio; ● Transforma-se em triglicerídeos (gordura de reserva). ● Armazenamento de energia

  • Economia no uso de proteínas ● Proteínas podem ser fontes de energia (gliconeogênese); ● Não é uma boa solução metabólica, nem econômica; ● Dieta adequada em carboidratos (energia), economiza proteína para uso mais nobre, como o uso de AA. O glicogênio é um polissacarídeo de reserva dos animais, sendo encontrado principalmente em células do fígado e músculos. O glicogênio é o principal polissacarídeo de reserva em animais, assim como o amido é o das plantas. CARBOIDRATOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS - Sacarose, lactose, amido (amilose + amilopectina). Amido: um polissacarídeo
    • Principal constituinte das rações;
    • Facilmente digerido pelo organismo dos animais e fermentável pelas bactérias presentes;
    • Alto valor energético;
    • Sua digestão resulta em glicose (forma dos açúcares para absorção).
  • Milho, arroz, batata, mandioca, trigo. Lactose: junção da glicose e a galactose.
    • Açúcar presente no leite e seus derivados. É um dissacarídeo composto por glicose e galactose. Sacarose: junção da glicose e da frutose,
    • Açúcar de mesa. É um dissacarídeo composto por glicose e frutose. Fibras Celulose: A celulose é o principal carboidrato estrutural encontrado em vegetais, mas possui baixa digestibilidade na maioria das espécies. Sua degradação depende do grau de lignificação, sendo resistente à degradação enzimática. No rúmen dos ruminantes, a celulose é decomposta em celobiose e, posteriormente, em glicose, fornecendo energia. A quantidade de celulose digerida varia com o teor de

lignina na forragem, com maior lignificação resultando em menor digestibilidade. Portanto, a celulose desempenha um papel crucial na nutrição animal, mas sua eficiência na digestão depende da lignina presente na dieta. ● Corresponde de 20 a 40% da MS das forragens; ● O produto da degradação dos carboidratos no rúmen são os AGVs (acético, propiônico e butírico); ● Forragem 5% de lignina na MS (80% celulose digerida); ● Forragem 10% de lignina na MS (60% celulose digerida). Hemicelulose: A hemicelulose é um componente importante encontrado nas paredes das células vegetais. Ela desempenha um papel fundamental na estrutura dessas células, intercalando-se entre as fibrilas de celulose. Esse entrelaçamento confere elasticidade às paredes celulares e impede que as fibras de celulose se toquem, proporcionando suporte e resistência. Em comparação com a celulose, a hemicelulose é menos resistente à desagregação química, tornando-se mais facilmente degradada. Vale ressaltar que a composição da hemicelulose pode variar significativamente entre diferentes espécies vegetais, o que a torna um componente diversificado nas paredes celulares. Além disso, a hemicelulose está intimamente associada à lignina, outro componente presente nas paredes celulares das plantas. Essa associação contribui para a resistência e integridade das paredes celulares, desempenhando um papel crucial na funcionalidade das células vegetais. Lignina - Não é carboidrato

  • Polímero de alto peso molecular, representa 5 a 10%da MS da planta;
  • Sua concentração nos vegetais aumenta com a idade da planta.
  • Não tem valor nutritivo;
  • Alta resistência a degradação química;
  • Incrustação física das fibras das plantas pela lignina dificulta o acesso microbiano, diminuindo a digestibilidade da fibra. Pectina:
  • Carboidrato estrutural não fibroso;
  • Taxa e a extensão de degradação são semelhantes aos CNE (carboidratos não estruturais).

Para que a proteína dos alimentos possa ser usada pelos animais, tem que sofrer digestão e absorção e tornar-se apta ao metabolismo. ● Macromoléculas biológicas mais abundantes, ocorrendo em todas as células e em todas as partes das células; ● São constituintes orgânicos essenciais dos organismos vivos; ● Depois da água, são os nutrientes em maior concentração nos tecidos musculares dos animais. ● A proteína forma o principal constituinte do organismo do animal, sendo, pois, indispensável para o crescimento, a reprodução e a produção Sem a síntese de proteína não haveria vida.

**- Principal constituinte de órgãos e tecidos moles do corpo animal; FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS:

  • Estrutural:
  • Fonte de energia
  • Regulação do metabolismo:
  • Mecanismo de defesa:
  • Balanço de fluidos:
  • Genética:** Formação de nucleoproteínas - Transporte: Proteína na alimentação animal Dietas elaboradas com cereais e farelos não atendem as necessidades de AAs Quando um alimento que contém a proteína é consumido, são hidrolisados no sistema digestório em peptídeos e aminoácidos livres, que, por sua vez, são absorvidos pelo organismo e metabolizados para formar novos tipos de proteínas nos diferentes tecidos corporais como músculos e proteínas funcionais, por exemplo, as enzimas. Os aminoácidos, são subdivididos em aminoácidos não essenciais e essenciais, esse último tem que ser suprido por meio da dieta. As proteínas que não são digeridas acabam nas fezes, junto com proteínas microbianas e enzimas usadas na digestão. De maneira geral, a proteína da matéria fecal humana é composta de 40% de proteínas não digeridas, 40% de proteínas microbianas e 20% de proteínas enzimáticas. Nos animais domésticos, 20% a 25% da proteína ingerida são excretados. No humano, essa quantidade baixa para 7% a 8 %. ● Componente mais caro da ração animal; ● A qualidade de um alimento pode ser comparada com a de outro pela composição dos AAs; ● Dietas elaboradas com cereais e farelos não atendem as necessidades de AAs

- QUALIDADE DAS PROTEÍNAS: Monogástrico: quantidade e qualidade são de vital importância; Ruminantes: menor exigência na qualidade das proteínas. . **Monogástricos:

  1. Qualidade das Proteínas:** Para os monogástricos, a qualidade das proteínas é de extrema importância. Isso significa que a composição de aminoácidos das proteínas consumidas deve ser adequada para atender às necessidades nutricionais do organismo. Os aminoácidos essenciais, que não podem ser sintetizados pelo corpo e devem ser obtidos na dieta, são vitais. Uma deficiência de aminoácidos essenciais pode levar a problemas de saúde e crescimento prejudicado. 2. Digestibilidade: A digestibilidade das proteínas também é crítica para os monogástricos. Eles dependem da eficácia da digestão de proteínas para obter os aminoácidos necessários. Proteínas de baixa qualidade ou mal digeríveis podem levar à má utilização dos nutrientes e à produção insuficiente de proteínas próprias do corpo. **Ruminantes:
  2. Menor Exigência na Qualidade:** Os ruminantes têm uma vantagem em relação à qualidade das proteínas, devido à sua complexa fermentação microbiana no estômago. Eles têm a capacidade de aproveitar as proteínas de baixa qualidade, como as encontradas em forragens fibrosas, porque os microrganismos em seu sistema digestivo podem sintetizar proteínas bacterianas a partir de compostos simples, como o nitrogênio amoniacal. 2. Quantidade e Equilíbrio: Em vez de focar na qualidade das proteínas, os ruminantes geralmente precisam se concentrar na quantidade de proteínas consumidas e em equilibrar a relação entre proteínas e carboidratos na dieta. Isso ocorre porque a fermentação microbiana em seus estômagos pode ser limitada pelo suprimento de nitrogênio. Manter um equilíbrio adequado entre proteínas e carboidratos é essencial para a saúde e o desempenho dos ruminantes. A qualidade de uma fonte de proteína pode ser determinada através de três características:
  3. A quantidade de proteína no alimento,
  4. A quantidade de aminoácidos essenciais na proteína e
  5. A digestibilidade AMINOÁCIDOS Aminoácidos são as unidades formadoras das proteínas. Podemos classificá-los em dois grupos principais: os aminoácidos essenciais e os não essenciais.Existem 20 diferentes tipos de aminoácidos formando estas importantes macromoléculas, cada um com propriedades específicas. Estrutura: