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Diferença do rendimento do trabalho de mulheres e homens ..., Notas de estudo de Construção

(homem) e R$ 2.050 (mulher). A comparação das jornadas de trabalho1 mostrava um número inferior de horas trabalhadas na semana para as mulheres.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Wanderlei
Wanderlei 🇧🇷

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Diferença do rendimento do trabalho de mulheres e homens nos grupos
ocupacionais
Pnad Contínua -2018
I) Introdução
A diferença do rendimento do trabalho entre homens e mulheres envolve diversos aspectos
estruturais do mercado de trabalho. Dentre eles, pode-se apontar a idade, cor ou raça, horas
trabalhadas, nível de instrução e tipo de ocupação exercida pela pessoa.
Além dessas questões, outros elementos importantes possibilitam a compreensão daquela
diferença. Por exemplo, o tempo de trabalho na ocupação exercida influencia a evolução profissional
ou planejamento de carreira, com consequentes efeitos sobre a remuneração do trabalhador.
Associado a esse último aspecto, ressaltam-se as possíveis interrupções e/ou rotatividade no
mercado de trabalho que muitas vezes acarretam reinserção em novos trabalhos com rendimentos
mais baixos, fator que pode ser mais relevante no caso das mulheres.
Os arranjos familiares também contribuem para o tipo de inserção no mercado de trabalho,
principalmente para as mulheres com filhos menores, que muitas vezes direcionam parte importante
do seu tempo para o cuidado de pessoas e de afazeres domésticos.
Para o escopo desse texto foram selecionados alguns indicadores, nível Brasil, sobre
características básicas, tais como horas trabalhadas, cor ou raça, idade e nível de instrução; e, com
relação ao perfil do trabalho, analisou-se os grupamentos ocupacionais. Inicialmente, foram
apresentadas as diferenças de rendimento médio real habitual de todos os trabalhos entre mulheres
e homens de 25 a 49 anos de idade ocupados na semana de referência. Em seguida, mostrou-se
alguns resultados de rendimento do trabalho principal por grupamentos ocupacionais.
Por fim, para ilustrar as diferenças de rendimento de trabalho existente entre homens e
mulheres, foram selecionados alguns grupos de base da Classificação de Ocupação para Pesquisas
Domiciliares - COD. Na escolha das ocupações foi fundamental que elas atendessem os seguintes
critérios: i) apresentassem frequência expressiva, ii) que as estimativas apresentassem coeficientes
de variação baixos; iii) e que o comportamento das estimativas fosse homogêneo ao longo da série
histórica (2012 a 2018). As estimativas do estudo foram baseadas nos 4º trimestres de cada ano da
série da PNAD Contínua.
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Diferença do rendimento do trabalho de mulheres e homens nos grupos

ocupacionais

Pnad Contínua - 2018

I) Introdução

A diferença do rendimento do trabalho entre homens e mulheres envolve diversos aspectos estruturais do mercado de trabalho. Dentre eles, pode-se apontar a idade, cor ou raça, horas trabalhadas, nível de instrução e tipo de ocupação exercida pela pessoa. Além dessas questões, outros elementos importantes possibilitam a compreensão daquela diferença. Por exemplo, o tempo de trabalho na ocupação exercida influencia a evolução profissional ou planejamento de carreira, com consequentes efeitos sobre a remuneração do trabalhador. Associado a esse último aspecto, ressaltam-se as possíveis interrupções e/ou rotatividade no mercado de trabalho que muitas vezes acarretam reinserção em novos trabalhos com rendimentos mais baixos, fator que pode ser mais relevante no caso das mulheres. Os arranjos familiares também contribuem para o tipo de inserção no mercado de trabalho, principalmente para as mulheres com filhos menores, que muitas vezes direcionam parte importante do seu tempo para o cuidado de pessoas e de afazeres domésticos. Para o escopo desse texto foram selecionados alguns indicadores, nível Brasil, sobre características básicas, tais como horas trabalhadas, cor ou raça, idade e nível de instrução; e, com relação ao perfil do trabalho, analisou-se os grupamentos ocupacionais. Inicialmente, foram apresentadas as diferenças de rendimento médio real habitual de todos os trabalhos entre mulheres e homens de 25 a 4 9 anos de idade ocupados na semana de referência. Em seguida, mostrou-se alguns resultados de rendimento do trabalho principal por grupamentos ocupacionais. Por fim, para ilustrar as diferenças de rendimento de trabalho existente entre homens e mulheres, foram selecionados alguns grupos de base da Classificação de Ocupação para Pesquisas Domiciliares - COD. Na escolha das ocupações foi fundamental que elas atendessem os seguintes critérios: i) apresentassem frequência expressiva, ii) que as estimativas apresentassem coeficientes de variação baixos; iii) e que o comportamento das estimativas fosse homogêneo ao longo da série histórica (2012 a 2018). As estimativas do estudo foram baseadas nos 4º trimestres de cada ano da série da PNAD Contínua.

II) Características gerais

A população ocupada de 25 a 49 anos totalizava 56,4 milhões de pessoas no Brasil em 2018. Esse contingente era composto por 54,7% de homens e 45,3% de mulheres. Essas estimativas não apresentaram variações importantes desde 2012, mostrando o predomínio da participação masculina no contingente de ocupados. Em 2018, o valor médio da hora trabalhada era de R$ 13,0 para a mulheres e de R$14,2 para os homens, indicando que o valor do rendimento da mulher representava 91, 5 % daquele recebido pelos homens. Quando analisada a razão do rendimento de mulheres e homens pelo valor do rendimento médio total, a proporção diminuía, sendo de 79,5% em 2018: valores de R$ 2. 579 (homem) e R$ 2. 050 (mulher). A comparação das jornadas de trabalho^1 mostrava um número inferior de horas trabalhadas na semana para as mulheres. Em média, o homem trabalhava 42,7 horas, enquanto a mulher 37, horas, o que acarretava cerca de 4,8 horas a menos na jornada semanal da mulher em 2018. A redução dessa diferença em comparação a 2012, quando era de 6,0 horas, foi decorrente de a redução das horas trabalhadas ter sido mais acentuada entre os homens (queda de 1,6 hora) do que entre as mulheres (0,4 hora). Gráfico 1 - Razão (%) do rendimento médio habitual de todos os trabalhos de mulheres em relação ao de homens de 25 a 49 anos de idade ocupados da semana de referência, segundo o rendimento médio por hora trabalhada e o rendimento médio total - Brasil – 4º trimestres 2012 - 2018 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. (^1) Refere-se às horas trabalhadas em todos os trabalhos voltados para o mercado, excluindo, portanto, as horas dedicadas a outras formas de trabalho, tais como afazeres domésticos e cuidados de pessoas. 89, 76, 87, 75, 88, 76, 88, 78, 90, 80, 88, 78, 91, 79, 0, 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90, 100, Razão rendimento/hora trabalhada entre mulher/homem Razão rendimento médio entre mulher/homem 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Gráfico 3 - Razão (%) do rendimento médio habitual de todos os trabalhos de mulheres em relação ao de homens de 25 a 49 anos de idade ocupados da semana de referência, segundo os grupos de idade - Brasil – 4º trimestre 2012 - 2018 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. A série de rendimento médio do trabalho habitual da PNAD Contínua mostrou diferença importante quando se desagregava esse indicador pela cor ou raça da população ocupada. Ao longo dela era observado que o rendimento médio da população ocupada de cor preta ou parda correspondia, em média, a 60,0% daquela de cor branca. Além da diferença de rendimento existente entre cor ou raça na população ocupada total, a desagregação simultânea do rendimento médio, por cor/raça e sexo, permaneceu mostrando que as mulheres, sejam elas brancas, pretas ou pardas, têm rendimento inferior ao dos homens da mesma cor. Entretanto, verificou-se que a proporção de rendimento médio da mulher branca ocupada em relação ao de homem branco ocupado (76,2%) era menor que essa razão entre mulher e homem de cor preta ou parda (80, 1 %) em 2018. A menor desigualdade entre rendimentos de pretos e pardo pode estar relacionada ao fato dessa população ter maior participação em ocupações de rendimentos mais baixos, muitas vezes, baseadas em piso mínimo. Esse comportamento ocorreu em todos os anos, de 2012 até 2018. 76,6 (^) 75,6 76,8^ 78,^ 80, 78,3 79, 88, 85,0 (^) 83,1 86,^ 89, 85,8 86, 77,3 (^) 75,7 77,5 78,^ 81,2 (^) 80,4 81, 71,4 71,8^ 73,^ 75,9 77, 73,2 74, 0, 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90, 100, 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Total mulher Mulher 25 a 29 anos de idade Mulher 30 a 39 anos de idade Mulher 40 a 49 anos de idade

Gráfico 4 - Razão (%) de rendimento médio habitual de todos os trabalhos de mulheres em relação ao de homens de 25 a 49 anos de idade ocupados da semana de referência, por cor ou raça - Brasil – 4º trimestres- 2012 - 2018 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. O nível de instrução da população ocupada de 25 a 49 anos tem aumentado ao longo da série da Pesquisa, com crescimento da proporção de pessoas com pelo menos o Ensino médio completo e Nível superior. Em 2012, 13,1% dos homens ocupados tinham o Ensino superior, passando para 18,4% em 2018. Entre as mulheres essa estimativa foi de 16,5% (2012) para 22,8% (22,0%). Em 2018, o rendimento médio mais baixo, segundo o nível de instrução, era o da mulher do grupo sem instrução e fundamental incompleto (R$ 880), enquanto o mais elevado era recebido por homens de Nível superior completo (R$ 5.928). Com exceção de 2012, a razão do rendimento entre mulheres e homens sem instrução e fundamental incompleto alcançava o percentual mais elevado entre todos os níveis de instrução, atingindo 68,6% em 2016. Enquanto entre os anos de 2012 a 2014 a razão apresentava trajetória de crescimento com o nível de instrução; nos anos de 2017 e 2018, a tendência se invertia com as mulheres de nível superior completo obtendo os menores percentuais: (62,7% em 2017) e (64,3% em 2018). 76,6 (^) 75,6 76,8 78,^ 80,8 (^) 78,3 79, 74,0 (^) 72,4 73,7 75,^ 78, 75,8 (^) 75,3 76,2^ 75,8 76, 78,7 79,3^ 78,6 80, 0, 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90, 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Total Mulher Mulher Branca Mulher Preta ou Parda

Gráfico 6 - Distribuição percentual (%) da população de 25 a 49 anos de idade ocupada na semana de referência, por grupamentos ocupacionais do trabalho principal - Brasil – 4º trimestre - 2018 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. A participação das mulheres foi ressaltada nas ocupações elementares (55,3%), trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados (59,0%), entre os profissionais das ciências e intelectuais (63,0%) e como trabalhadoras de apoio administrativo (64, 5 %) – grupamentos nos quais elas eram maioria dentre os ocupados. O predomínio dos homens, por outro lado, era observado nos grupamentos que tinham, relativamente, as menores participações de ocupados, como os de membros das forças armadas, policiais e bombeiros militares (86,8%); operadores de instalações e máquinas e montadores (86,2%); trabalhadores qualificados, operários e artesões (83,8%) e os trabalhadores qualificados da agropecuária, florestais, da caça e da pesca (78, 9 %). Gráfico 7 - Distribuição percentual (%) da população de 25 a 49 anos de idade ocupada na semana de referência, por grupamentos ocupacionais do trabalho principal, segundo o sexo - Brasil - 4º trimestre - 2018 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. 1, 4,7 4, 7,8 8,^ 8, 13,0 13, 16, 22, 0, 5, 10, 15, 20, 25, Membros das forças armadas, policiais e bombeiros militares Trabalhadores qualificados da agropecuária, florestais, da caça e da pesca Dirigentes e gerentes Trabalhadores de apoio administrativo Técnicos e profissionais de nível médio Operadores de instalações e máquinas e montadores Trabalhadores qualificados, operários e artesões da construção, das artes mecânicas e outros ofícios Profissionais das ciências e intelectuais Ocupações elementares Trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados 86,8 (^) 86,2 (^) 83, 78, 58,2 (^) 54, 44,7 (^) 41, 37,0 (^) 35, 13,2 13,8^ 16,^ 21, 41,8 45, 55,3 59,^ 63,0 64, 0, 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90, 100, Membros das forças armadas, policiais e bombeiros militares Operadores de instalações e máquinas e montadores Trabalhadores qualificados, operários e artesões da construção, das artes mecânicas e outros ofícios Trabalhadores qualificados da agropecuária, florestais, da caça e da pesca Dirigentes e gerentes Técnicos e profissionais de nível médio Ocupações elementares Trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados Profissionais das ciências e intelectuais Trabalhadores de apoio administrativo Homem Mulher

Foram analisados, para cada grupo ocupacional, o rendimento médio habitual do trabalho principal, a participação percentual das mulheres na ocupação, o percentual de horas trabalhadas pelas mulheres em comparação a dos homens e a diferença do rendimento em 2018. Os maiores rendimentos médios ocorreram nos grupamentos dos Diretores e gerentes, no dos Profissionais das ciências e intelectuais e entre os Membros das forças armadas, policiais e bombeiros, tanto para os homens quanto para as mulheres. No primeiro grupo (Diretores e gerentes), o rendimento médio das mulheres (R$ 4. 435 ) correspondia a 71,3% do recebido pelos homens (R$ 6.216). Já no grupamento dos Profissionais das ciências e intelectuais, no qual as mulheres tinham participação majoritária (63,0%), a razão dos rendimentos baixava para 64,8%. As mulheres também apresentavam participação acima de 60% no grupo dos Trabalhadores de apoio administrativo, contudo, o percentual do rendimento médio delas era bastante superior àquele registrado no grupo dos Profissionais das ciências e intelectuais, atingindo a razão de 86,2%. Com exceção do grupamento formado por Membros das forças armadas, policias e bombeiros militares, a maior razão de rendimento médio entre mulheres e homens foi de 89,8% entre os trabalhadores das Ocupações elementares. Nesse grupo, contudo, ocorriam as menores médias de rendimentos para homens (R$ 1.0 60 ) e mulheres (R$ 9 51 ).

Trabalhadores qualificados da agropecuária, florestais, da caça e da pesca, que possuíam a estrutura mais envelhecida, no qual 47,4% dos seus trabalhadores tinham entre 40 e 49 anos de idade. O grupamento dos Trabalhadores de apoio administrativo apresentava a maior proporção de ocupados entre 25 e 29 anos de idade (27,5%). Tal como mostrado para a população ocupada de 25 a 49 anos de idade, foi também observada a tendência de redução do percentual de ganho de rendimento da mulher com o aumento da idade em, praticamente, todos os grupos ocupacionais. A maior redução ocorria no grupamento dos Trabalhadoras qualificadas da agropecuária, florestais, da caça e da pesca, grupamento em que a mulher de 25 a 29 anos apresentava a razão de 88,4% do rendimento masculino, enquanto a de 40 a 49 anos tinham essa proporção reduzida a 64,5% .Por outro lado, as mulheres das Ocupações elementares foram as únicas a não registrarem esse movimento de queda conforme o aumento da idade, mantendo a razão em torno de 8 9 ,0%. Gráfico 8 - Razão (%) do rendimento médio do trabalho principal das mulheres em relação ao de homens de 25 a 49 anos de idade ocupados na semana de referência, por grupamentos ocupacionais, segundo os grupos de idade - Brasil – 4 º trimestre de 2018 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Quanto à cor ou raça, os grupamentos de Dirigentes e gerentes (64,1%) e Profissionais das ciências e intelectuais (60,4%) tinham as maiores proporções de pessoas brancas, enquanto os das ocupações elementares (69,1%) e dos Trabalhadores qualificados, operários e artesões da construção, das artes mecânicas e outros ofícios (60,3%) registravam as principais participações de trabalhadores da cor preta ou parda. Como observado anteriormente, para o total da população ocupada de 25 a 49 anos de idade, a diferença de rendimentos da mulher branca em relação ao homem branco era maior do que aquela existente entre a mulher preta ou parda frete ao homem de cor preta ou parda. Esse mesmo comportamento foi, principalmente, reproduzido nos grupamentos de Dirigentes e gerentes (70,5% e 81,3%), Profissionais das ciências e intelectuais (62,9% e 70,3%) e dos Trabalhadores qualificados

da agropecuária, florestais, da caça e da pesca (66,4% e 72,1%). Por outro lado, nos grupamentos dos Trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados (66,8% e 65,7%) e dos Trabalhadores qualificados, operários e artesões da construção, das artes mecânicas e outros ofícios (68,1% e 60,8%) as razões das mulheres pretas ou parda eram inferiores as das mulheres cor branca frente ao homem branco. Gráfico 9 - Razão (%) do rendimento médio do trabalho principal das mulheres em relação ao de homens de 25 a 49 anos de idade ocupados na semana de referência, por grupamentos ocupacionais, segundo a cor ou raça - Brasil - 4 º trimestre de 2018 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

III) Ocupações selecionadas

Para a análise no nível mais desagregado foram selecionadas ocupações que tinham tanto rendimento baixo quanto elevado; que estavam associadas a níveis de instrução distintos e que apresentavam baixa ou elevada participação de mulheres. A seleção mostrou diversos níveis de diferença de rendimento entre homens e mulheres em ocupações iguais. Em 2018, o rendimento médio da população ocupada de 25 a 49 anos de idade era de R$ 2.260. Os Médios especialistas tinham o maior rendimento (R$14.929) e os Trabalhadores dos serviços domésticos em geral (R$855) o menor. Em todos os casos, o percentual do rendimento médio recebido pelas mulheres era inferior ao dos homens, independentemente de a ocupação apresentar baixa ou elevada participação feminina no contingente de ocupados ou ter rendimentos baixos ou elevados. A participação das mulheres no contingente de ocupados era acentuada entre os Professores do Ensino fundamental (84,0%), Trabalhadores de centrais de atendimento (72,2%), Trabalhadores dos serviços domésticos em geral (95,0%) e dos Trabalhadores de limpeza de interior de edifícios,

Gráfico 10 - Razão (%) do rendimento médio habitual do trabalho principal das mulheres

em relação ao de homens de 25 a 49 anos ocupada semana de referência, por ocupações

selecionadas - Brasil - 4º trimestre – 2018

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. 64, 66, 71, 71, 72, 79, 81, 82, 86, 87, 87, 90, 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100, Agricultores e trabalhadores qualificados na agricultura (exclusive hortas, viveiros e jardins) Gerentes de comércios atacadistas e varejistas Balconistas e vendedores de lojas Médicos especialistas Advogados e juristas Média total Trabalhadores dos serviços domésticos em geral Professores de universidades e do ensino superior Escriturários gerais Trabalhadores de centrais de atendimento Trabalhadores de limpeza de interior de edifícios, escritórios, hotéis e outros estabelecimentos Professores do ensino fundamental