Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Diagnóstico Laboratorial da Deficiência de Vitamina B12: Guia Completo, Resumos de Nutrição

Um guia abrangente sobre o diagnóstico laboratorial da deficiência de vitamina b12, abordando os principais marcadores sanguíneos, testes complementares e interpretações dos resultados. Aborda também a importância do monitoramento periódico dos níveis de cobalamina e a necessidade de considerar outros fatores que podem influenciar os resultados dos testes.

Tipologia: Resumos

2025

À venda por 01/04/2025

dra-ianna-carmo
dra-ianna-carmo 🇧🇷

32 documentos

1 / 1

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA DEFICIÊNCIA DE B12
- Um hemograma mostrando a presença de um alto volume corpuscular médio (VCM) pode
alertar o médico para a presença de deficiência de cobalamina.
- A deficiência de folato pode levar a níveis falsamente baixos de cobalamina.
- Em casos com quadro clínico suspeito e alteração hematológica, mas o nível sérico de
cobalamina é indeterminado, a medição de homocisteína plasmática (normal 5-15 umol/L) e
metil malonato plasmático -MMA elevado (normal <0,28 umol/L, muito específico) podem ser
considerados como testes complementares porque são marcadores funcionais do estado de Cbls
no organismo.
- Holotranscobalamina é a forma de Cbls absorvida pelas células para atender à demanda
metabólica e testes laboratoriais tornaram-se disponíveis recentemente.
- A presença de anticorpos anti-fator intrínseco e anticorpos anti-células parietais deve ser
investigada quando não causa aparente para níveis muito baixos de Cbls e pode estar
presente em anemia perniciosa que pode influenciar os resultados de testes baseados em
tecnologias de luminescência de ligação competitiva, dificultando o diagnóstico de deficiência
de Cbls. - A insuficiência renal e a presença de erros inatos do metabolismo podem interferir na
dosagem de MMA e homocisteína, respectivamente.
- O aumento da homocisteína é menos específico, pois também aumenta em casos de deficiência
de folato, deficiência de vitamina B6 e hipotireoidismo. São muito úteis quando há quadro clínico
sugestivo de deficiência de Cbls, mas com níveis normais. Níveis limítrofes falsamente normais
podem ocorrer em doença hepática crônica ou doenças mieloproliferativas.
- Para pacientes com concentrações limítrofes de cobalamina (entre 200 e 300 pg/mL),
recomenda-se a interpretação de marcadores de deficiência adicionais. O principal marcador
utilizado nessas situações é o MMA. O MMA é um metabólito intermediário que se acumula em
casos de deficiência de cobalamina, apresentando aumento de sua concentração. O mesmo
ocorre com a homocisteína. No entanto, a homocisteína também pode aumentar em casos de
deficiência de folato, diferentemente do MMA.
- Níveis elevados de homocisteína podem ser observados em pacientes com trombose arterial
decorrente de doença aterosclerótica e em indivíduos com tromboembolismo venoso. Esses
níveis geralmente são normalizados apenas com a administração de ácido fólico, por isso
raramente preciso usar complexo B nessa situação clínica. Infelizmente, a normalização da
homocisteinemia não es associada à redução da frequência de recorrência de trombose
venosa.
-Os níveis séricos de cobalamina devem ser monitorados periodicamente, incluindo contagem
de folato, ferro, hematócrito e reticulócitos. Os níveis de homocisteína e MMA podem ser úteis.
O pool de plaquetas e os níveis de potássio também devem ser monitorados durante a terapia
com cobalamina. O acompanhamento seriado deve ser de 2 a 6 meses, dependendo do quadro
clínico.

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Diagnóstico Laboratorial da Deficiência de Vitamina B12: Guia Completo e outras Resumos em PDF para Nutrição, somente na Docsity!

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA DEFICIÊNCIA DE B

  • Um hemograma mostrando a presença de um alto volume corpuscular médio (VCM) pode alertar o médico para a presença de deficiência de cobalamina.
  • A deficiência de folato pode levar a níveis falsamente baixos de cobalamina.
  • Em casos com quadro clínico suspeito e alteração hematológica, mas o nível sérico de cobalamina é indeterminado, a medição de homocisteína plasmática (normal 5-15 umol/L) e metil malonato plasmático - MMA elevado (normal <0,28 umol/L, muito específico) podem ser considerados como testes complementares porque são marcadores funcionais do estado de Cbls no organismo.
  • Holotranscobalamina é a forma de Cbls absorvida pelas células para atender à demanda metabólica e testes laboratoriais tornaram-se disponíveis recentemente.
  • A presença de anticorpos anti-fator intrínseco e anticorpos anti-células parietais deve ser investigada quando não há causa aparente para níveis muito baixos de Cbls e pode estar presente em anemia perniciosa que pode influenciar os resultados de testes baseados em tecnologias de luminescência de ligação competitiva, dificultando o diagnóstico de deficiência de Cbls. - A insuficiência renal e a presença de erros inatos do metabolismo podem interferir na dosagem de MMA e homocisteína, respectivamente.
  • O aumento da homocisteína é menos específico, pois também aumenta em casos de deficiência de folato, deficiência de vitamina B6 e hipotireoidismo. São muito úteis quando há quadro clínico sugestivo de deficiência de Cbls, mas com níveis normais. Níveis limítrofes falsamente normais podem ocorrer em doença hepática crônica ou doenças mieloproliferativas.
  • Para pacientes com concentrações limítrofes de cobalamina (entre 200 e 300 pg/mL), recomenda-se a interpretação de marcadores de deficiência adicionais. O principal marcador utilizado nessas situações é o MMA. O MMA é um metabólito intermediário que se acumula em casos de deficiência de cobalamina, apresentando aumento de sua concentração. O mesmo ocorre com a homocisteína. No entanto, a homocisteína também pode aumentar em casos de deficiência de folato, diferentemente do MMA.
  • Níveis elevados de homocisteína podem ser observados em pacientes com trombose arterial decorrente de doença aterosclerótica e em indivíduos com tromboembolismo venoso. Esses níveis geralmente são normalizados apenas com a administração de ácido fólico, por isso raramente preciso usar complexo B nessa situação clínica. Infelizmente, a normalização da homocisteinemia não está associada à redução da frequência de recorrência de trombose venosa.
  • Os níveis séricos de cobalamina devem ser monitorados periodicamente, incluindo contagem de folato, ferro, hematócrito e reticulócitos. Os níveis de homocisteína e MMA podem ser úteis. O pool de plaquetas e os níveis de potássio também devem ser monitorados durante a terapia com cobalamina. O acompanhamento seriado deve ser de 2 a 6 meses, dependendo do quadro clínico.