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Uma revisão bibliográfica sobre as diferentes apresentações de olho vermelho em crianças, enfatizando as conjunctivites e suas principais etiologias, manifestações clínicas, métodos diagnósticos e tratamentos. Os autores abordam conjunctivites bacterianas, virais e alérgicas, incluindo sintomas, diagnósticos e tratamentos adequados.
O que você vai aprender
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
Carolina Tauil Pereira Andréa Portela Rafael de Matos José Amadeu de A.Vargas
OFTALMOPATIAS/diagnóstico; CONJUNTIVITE/diagnóstico; CRIANÇA; CONJUNTIVITE/etiologia; CONJUNTIVITE/terapia.
EYE DISEASES/diagnosis, CONJUNCTIVITIS/diagnosis; CHILD; CONJUNCTIVITIS/etiology; CONJUNCTIVITIS/therapy.
Os autores fazem uma revisão bibliográfica sobre as diferentes apresentações de olho vermelho, enfatizando as conjuntivites na criança. São apresentadas suas principais etiologias de acordo com a faixa etária, bem como manifestações clínicas, métodos diagnósticos e tratamentos.
The authors review the literature on the various presentations of red eye, emphasizing the conjunctivitis in children. Its main causes are presented according to age
O olho vermelho é um problema clínico encontrado diariamente em serviços de emergência. Felizmente, a maioria das causas são relativamente benignas e auto-limitadas, no entanto, muitas condições associadas com alta morbidade e que são potencialmente ameaçadoras da visão podem se manifestar como um olho vermelho. Os médicos de serviços de emergência devem estar aptos a reconhecer características de alto risco a partir da história e exame físico para que,quando necessário, o paciente seja urgentemente encaminhamento ao oftalmologista e receba tratamento adequado.^1 A Tabela 1 resume os principais sinais de alerta a serem observados.
Tabela 1.Diagnóstico Diferencial de Olho Vermelho^2 Condição Visão Desconforto Secreção Aparência Pupilas Conjuntivite viral
Normal Dor leve,pode haver nódulo pré-auricular palpável
Serosa Hiperemia conjuntival e edema palpebral suave
Normal
Conjuntivite bacteriana
Normal Queimação,irritação, lacrimejamento
Copiosa mucopurulenta, purulenta
Hiperemia bilateral Normal
Conjuntivite alérgica
Normal Prurido e lacrimejamento bilateral
Serosa, mucóide Hiperemia bilateral e conjuntiva “alagadiça”
Normal
Hemorragia subconjuntival
Normal Ausente Ausente Extravasamento unilateral de sangue nitidamente circunscrito
Normal
Irite* Turva Dor moderada a severa, fotofobia
Ausente ou aquosa
Hiperemia circuncorneal
Miose unilateral, pode ser irregular, reação lenta à luz Glaucoma agudo de ângulo fechado*
Turva Dor severa,fotofobia,náu- sea, vômitos,cefaléia,vê-se halos ao redor da luz
Ausente ou aquosa
Hiperemia circuncorneal,córnea turva
Dilatação parcial unilateral, Não reativa
Úlcera corneana*
Turva Dor severa,fotofobia,lacri- mejamento, sensação de corpo estranho
Aquosa ou purulenta
Hiperemia circuncorneal e episcleral,defeito epitelial nas manchas de fluoresceina na córnea
Normal
*Encaminhamento imediato ao oftalmologista
A inflamação da conjuntiva, estrutura mucosa que reveste a superfície posterior das pálpebras (conjuntiva tarsal) e anterior da esclera (conjuntiva bulbar), recebe o nome de conjuntivite e constitui-se em causa frequente de procura aos serviços de assistência médica, sendo a mais freqüente causa de olho vermelho.A conjuntivite em crianças, assim como no adulto, é diagnosticada através dos sinais oculares de hiperemia da conjuntiva bulbar e/ou produção de secreção mucóide ou purulenta, entre outros sintomas. Diferentes causas etiológicas podem levar à inflamação da conjuntiva, como a infecção bacteriana, viral e a reação à alérgenos ou a produtos químicos. O desafio ao médico é atentar para os sinais e sintomas característicos de cada tipo de conjuntivite para então fornecer ao paciente o tratamento mais adequado.^3
cada 10-30 minutos, aumentando gradualmente para intervalos de 2h,até que o corrimento purulento desapareça.^5
Conjuntivite por Chlamydia Trachomatis Sinais e sintomas : presença de secreção mucopurulenta e reação conjuntival papilar.Se não tratada pode evoluir com a formação de um pannus corneano superior (tecido fibrovascular subepitelial). Diagnóstico : clínico Tratamento: eritromicina VO 50mg/Kg/24h divididas e 4 doses por 2 semanas.^5
Conjuntivites em Crianças de 1 A 5 Anos
Bacteriana (Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus, e Moraxella catarrhalis).^4
Sinais e sintomas: início abrupto com hiperemia conjuntival, sensação de corpo estranho, lacrimejamento, secreção purulenta ou mucopurulenta com edema palpebral e formação de crostas nos cílios impedindo a abertura ocular ao acordar(principal manifestação clínica). Diagnóstico: clínico Tratamento : As opções mais utilizadas atualmente são os colírios antibióticos das seguintes classes: aminoglicosídeos, terapias de combinação com polimixina B, macrolídeos, ou fluoroquinolonas. Considerações para a escolha do antibiótico tópico apropriado incluem ampla cobertura de bactérias oculares Gram-positivas e Gram-negativas, rápida taxa de erradicação, baixa resistência bacteriana, mínima toxicidade para o olho, o conforto do paciente, e um conveniente esquema de posologia para incentivar a adesão ao tratamento.^4 Neste sentido o besifloxacino, a mais recente fluoroquinolona tópica oftálmica, aprovado em Maio de 2009 nos EUA pela Food and Drug Administration para o tratamento de conjuntivite bacteriana,tem como vantagem um esquema posológico reduzido. Em um estudo realizado em 2011 em adultos e crianças com conjuntivite bacteriana, besifloxacino suspensão oftálmica 0,6%, administrado duas vezes por dia durante 3 dias foi associada com taxas significativamente maiores de resolução clínica e erradicação bacteriana comparado com o veículo, e foi bem tolerado em crianças e adolescentes de 1 a 17 anos.4,^6 Dentre as opções mais usadas atualmente: ciprofloxacino,ofloxacina e tobramicina – 1 gota 6 x ao dia por 5-7 dias.Em caso de complicação com a manifestação de otite média concomitante (infecção por Haemophilus influenzae ) deve-se associar tratamento sistêmico.4,
Há argumentos a favor e contra a necessidade de afastamento de pacientes com conjuntivite, considerando-se que a doença é geralmente inofensiva e que o custo social das restrições é elevado, especialmente quando se leva em conta as necessidades dos pais de crianças acometidas.Por outro lado, a conjuntivite pode ser desconfortável e desagradável e ambos bactérias (por exemplo, o Streptococcus pneumoniae ) e vírus (especialmente o adenovírus) podem causar surtos em determinadas circunstâncias.O clínico deve individualizar as recomendações para pacientes com conjuntivite sobre o retorno ao trabalho, escola ou creche com base na duração da doença, a resolução dos sintomas, uso de antibióticos tópicos ( aplicado a infecções bacterianas comprovadas), ocorrência de um surto e as circunstâncias do paciente quanto a capacidade de realizar boa higiene das mãos e possivel contato com pessoas imunossuprimidas.^7
Conjuntivites em Escolares e Adolescentes
Hiperaguda (Neisseria gonorrhoeae) Sinais e sintomas: produção de secreção purulenta copiosa, dor,diminuição da acuidade visual.Pode ocorrer ceratite e perfuração corneana. Diagnóstico: manifestações clínicas e coloração de Gram da secreção purulenta e cultura, mostrando diplococos gram-negativos intracelulares. Tratamento: o paciente deve ser prontamente encaminhado ao oftalmologista para manejo agressivo.Requer hospitalização para tratamento tópico,sistêmico e monitoramento.^9
Viral Altamente contagiosa,transmitida por contato direto ou através de material contaminado. Adenovírus é o principal patógeno. Sinais e sintomas: Secreção aquosa, hiperemia conjuntival. A presença de linfonodo pré-auricular pode confirmar o diagnóstico. Pode ocorrer febre e/ ou faringite associada.^4 Diagnóstico: clínico Tratamento : Irrigação ocular,compressas frias,uso de lágrimas artificiais.^9
Alérgica Associada a doenças atópicas como rinite alérgica,eczema e asma, e desencadeada por exposição a alérgenos. Sinais e sintomas: prurido, secreção aquosa ou mucoserosa, papilas tarsais, quemose bilateral maior que eritema. Diagnóstico: clínico. Presença de espirros e coriza.^8