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Este documento aborda os principais aspectos relacionados ao diagnóstico diferencial de dor abdominal aguda, uma condição clínica comum e potencialmente grave. Ele detalha as características da dor, os principais sinais e sintomas, os exames complementares relevantes e as principais etiologias, como apendicite, colecistite, pancreatite, obstrução intestinal, isquemia mesentérica e gravidez ectópica. O documento fornece informações valiosas para profissionais de saúde realizarem uma avaliação abrangente e um diagnóstico preciso, visando um manejo adequado e oportuno dos pacientes com dor abdominal aguda.
Tipologia: Transcrições
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Não perca as partes importantes!
Definição: Dor abdominal de início agudo, não traumática*, havendo a necessidade de diagnóstico e tratamento imediatos.
6) GIORDANO: fala a favor de processos inflamatórios/infecciosos envolvendo os rins, ou presença de obstrução ureteral 7) JOBERT: normalmente, na região hepática espera-se uma macicez à percussão; logo, o sinal de Jobert fala a favor de pneumoperitônio (ar fora das alças ocas). 8) TORRES-HOMEM: pode falar a favor tanto de um abscesso hepático quanto de um processo subfrênico direito. 9) MURPHY: favorece a hipótese de colecistite aguda. O ponto cístico localiza-se no rebordo costal à direita; palpa- se o ponto cístico, e ao mesmo tempo pede-se ao paciente para realizar uma inspiração forçada, que levará à uma retificação do diafragma, empurrando o fígado para baixo e consequentemente anteriorizando a VB, a qual irá em direção à palpação realizada pelo examinador. Caso a VB e peritônio estejam irritados, o paciente sentirá dor, e irá parar de forma súbita a inspiração. 10) CHANDELIER: fala a favor de infecções ginecológicas. Se por meio do exame físico e anamnese bem feitos não se consegue chegar a um diagnóstico etiológico ou definir se o paciente é cirúrgico , pode-se lançar mão de exames complementares.
a) USG DE VB: observar a parede espessada (normalmente, não se vê essa “parede dupla”); na imagem, provavelmente essa parede é > 4mm. Há também um cálculo impactado no infundíbulo (seta vermelha). b) TC DE ABD: mostra também o espessamento da parede da VB (captando contraste), com líquido perivesicular sugerindo um quadro de colicistite aguda. 1) TC DE ABD: pancreatite – as setas mostram líquido peripancreático; observar que há perda do contorno do pâncreas. 2) TC DE ABD: mostra uma pancreatite totalmente disforme, com presença de coleção, sugerindo um quadro de pancreatite aguda. A dor do AA perfurativo é completamente diferente daquela observada no AA inflamatório (conforme mencionado antes, apresenta caráter mais progressivo); no AA perfurativo, a dor é súbita, que já inicia com grande intensidade (muitas vezes o paciente consegue relatar há quanto tempo começou a dor, justamente pelo fato dela começar já com grande intensidade). Sendo assim, o paciente procura rapidamente atendimento. Muitas vezes esse paciente já chega grave ( fácies toxêmica: desidratado, com fácies de dor). No exame físico abdominal, há irritação peritoneal difusa – isso se traduz em um “abdome em tábua” (ao pedir para o paciente relaxar o abdômen, ele não consegue). Essa inflamação abdominal intensa causa uma contratura involuntária dos músculos retoabdominais. Logo, existe dor à palpação em todos os quadrantes e o abdômen está rígido (devido à contratura). Sendo assim, ao nos depararmos com uma história de dor súbita abdominal + abdômen em tábua, devemos pensar em AA perfurativo.
O exame que deve ser solicitado diante da suspeita clínica de AA perfurativa é a ROTINA DE AA. Uma vez definido nesse exame a presença de PNEUMOPERITÔNIO, não há mais necessidade de nenhum outro exame de imagem. O tratamento é cirúrgico. A causa mais comum de AA perfurativo é a úlcera gástrica. O local de maior prevalência da úlcera gástrica é na região pré-pilórica. ROTINA DE AA: RX DE TÓRAX PA + RX DE ABDOME EM POSICAO ORTOSTÁTICA + RX DE ABDOME EM DECÚBITO DORSAL a) As setas mostram um pneumoperitônio (o ar “desenha”o diafragma). b) RX com raios laterais, mostrando pneumoperitônio. 1) TC DE ABD: a seta mostra a região onde vemos o pneumoperitônio. (OBS: no RX, vemos uma área de hipotransparência; na TC, diz-se hipodensidade). Observa-se ar também na loja renal; isso fala a favor de retropneumoperitônio. Nesse caso, devemos pensar em perfuração de duodeno, pois é um dos únicos órgãos de víscera oca que são retroperitoneais. 2) TC DE ABD: pneumoperitônio entre alças de sigmóide, falando a favor de uma diverticulite complicada (inicialmente, um aa inflamatório que evoluiu para um aa perfurativo – perfuração do divertículo para cavidade abdominal).
A) RX DE ABD EM DECÚBITO DORSAL: a imagem mostra distensão de delgado, com distensão de cólon associado. B) RX DE ABD EM POSICAO ORTOSTÁTICA: a imagem mostra múltiplos níveis hidroaéreos (setas), com rarefação de gás na ampola retal. TC DE ABD: a imagem mostra uma intussuscepção: vemos a parede de uma alça, e dentro dela vemos outra alça (circuladas em vermelho). Geralmente, esses pontos de intussuscepção ocorrem no íleo terminal, envolvendo a válvula ileocecal, ou em um ponto qualquer que haja “cabeça de pressão”, ex: pólipo intestinal, neoplasia de delgado.
A partir do momento que há a lesão vascular, será iniciado um sangramento que geralmente é de grande monta. Logo, o paciente apresentará dor abdominal súbita, associada à instabilidade hemodinâmica ( paciente chega hipocorado, taquicárdico e hipotenso). Dor súbita + instabilidade hemodinâmica: a primeira suspeita deve recair sobre AA hemorrágico! Na maioria das vezes, a dor não é muito expressiva pois o sangue não irrita rapidamente o peritônio; portanto, ao exame físico, a dor pode ser leve. Sempre que estivermos diante de uma paciente em idade fértil, solicitar beta- HCG. O hemograma irá mostrar uma anemia aguda. Caso haja disponibilidade no serviço, pode-se usar o FAST (USG à beira leito), uma vez que o diagnóstico deve ser feito o mais rápido possível. O USG mostrará presença de líquido livre na cavidade, não havendo necessidade de nenhum outro exame complementar para fechar o diagnóstico de AA hemorrágico caso o paciente apresente a clínica compatível (dor súbita + instabilidade hemodinâmica). A causa mais comum de AA hemorrágico envolvendo mulheres na idade fértil é a gravidez ectópica rota; e independente do sexo, o aneurisma de aorta. USG TRANSVAGINAL: a imagem marcada mostra presença de líquido livre em fundo de saco, sugerindo uma gravidez ectópica rota. Nesse caso, a paciente deve ser submetida rapidamente à uma laparotomia.
A segunda imagem também mostra alças que captam contraste e outras onde isso não ocorre. Mostra também áreas de pneumatose (presença de ar na parede da alça, o que sugere sofrimento importante da mesma). A maioria dos diagnósticos é feito nessa fase, e pouco tem a se fazer. Geralmente são realizadas grandes ressecções, porém nesse estágio são liberados muitos metabólitos oriundos da isquemia, levando à evolução para um quadro de sepse/choque séptico de difícil reversão.